quinta-feira, 8 de setembro de 2022

MADEM G-15: José Carlos Macedo e alguns colegas exonerados.

O Coordenador do Movimento para Alternância Democrática, Braima Camará exonerou hoje quinta-feira (8-9-2022), os supervisores daquela formação política para a província Leste, regiões de Cacheu e Biombo.

Tratam-se José Carlos Macedo Monteiro supervisor da zona Leste, Maria da Conceição Évora da região de Biombo e Cipriano Mendes Pereira da região de Cacheu.

No despacho da exoneração a posse da Rádio TV Bantaba, Braima Camará não justificou ao motivos, contudo ressaltou ser competências estatutárias.

Por: Radio TV Bantaba  Setembro 8, 2022


Leia Também: 

  • ESCLARECIMENTO! 
No quadro dos preparativos do II. Congresso Ordinário do MADEM G-15, serão realizadas as conferências regionais as quais servirão para a eleição dos Coordenadores Regionais.

Neste âmbito, e por razões de transparência, os Supervisores que são candidatos às Coordenaçoes Regionais foram exonerados das suas funções, permitindo todos os concorrentes disputarem em pé de igualdade.

MADEM G-15 está coeso Braima Camará continua a ter confiança total nos seus Combatentes, rumo a Vitória final.

HORA TCHIGA

Cidade da Praia: Polícia descobre suspeitas drogas na Cadeia Central

Foto de arquivo

Eugénio Teixeira voaportugues.com setembro 08, 2022

A Cadeia Central da Praia, principal de Cabo Verde, foi alvo nesta quarta-feira (7) de uma operação policial, que culminou na apreensão de suspeitas drogas, telemóveis e outros objectos proibidos.

A busca teve a participação de agentes das Polícia Nacional e Judiciária, Guardas prisionais e Forças Armadas.

O pó suspeito de ser droga, segundo o ministério da Justiça, vai agora ser analisado nos laboratórios da polícia.

Na leitura do presidente da Associação da Força de Segurança Prisional, a descoberta realça as deficiências nas cadeias do país.

Acompanhe: ÁUDIO AQUI

9 de setembro - 74º aniversário da fundação da República Popular Democrática da Coreia

By: Agência Central de Notícias da Coreia

PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS NAS COMEMORAÇÕES DO BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.

 @Presidência da República da Guiné Bissau  SUA EXC. PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARTICIPA NAS CELEBRAÇÕES DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Faleceu Isabel II, aos 96 anos

Britain Queen Elizabeth II

Por voaportugues.com  08/09/22

Rainha Isabel II morre em 96, anunciou o palácio. O seu filho, Carlos sucede-lhe de imediato como rei.

Londres - A monarca britânica de maior longevidade morreu nesta quinta-feira, 8, aos 96 anos de idade e após vários meses de delicada saúde.

A rainha - uma figura imediatamente reconhecida por milhares de milhões de pessoas em todo o mundo - celebrava o ano do Jubileu de Platina no trono.

Ela ascendeu ao trono após a morte do seu pai, o Rei Jorge VI, a 6 de Fevereiro de 1952, quando tinha apenas 25 anos.

A sua morte ocorreu enquanto ela estava de visita ao Quénia.

"Os meus pensamentos - e os pensamentos das pessoas de todo o nosso Reino Unido - estão com Sua Majestade a Rainha e a sua família neste momento", disse a nova primeira-ministra Liz Truss, que foi corroborada pelos líderes na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

Uma fotografia da rainha a saudar Truss em Balmoral na terça-feira, 6, já tinha dado o alarme, mostrando um hematoma roxo profundo na mão direita da monarca.

Na quarta-feira, 7, um dia após a nomeação de Truss como 15º primeira-ministra do seu reinado, a rainha retirou-se de uma reunião planeada com os seus conselheiros políticos, depois de lhe ter sido dito para descansar.

O seu falecimento ocorre depois de ter ficado visivelmente fragilizada nos últimos meses e uma sucessão de desistências de compromissos públicos.

Caminhava ultimamente com a ajuda de um bengala e foi também vista no início deste ano, no Chelsea Flower Show, num buggy motorizado.

Para além do Reino Unido, a rainha era também chefe de Estado em 14 países da Commonwealth em todo o mundo, incluindo o Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Chefiou ainda a comunidade da Commonwealth, que compreende 56 países, entre eles Moçambique, e acolhe mais de um quarto da população da humanidade.

Para a maioria dos seus súbditos, foi o único monarca que alguma vez conheceram, figurando em carimbos, notas e moedas, e imortalizada na cultura popular.

Mas os britânicos foram forçados a encarar a realidade de que o seu reinado atingira os seus anos crepusculares, quando o seu marido de 73 anos, o Príncipe Filipe, faleceu em Abril de 2021, apenas algumas semanas antes do seu 100º aniversário.

"Ela é apenas uma parte das nossas vidas. Ela tem sido a rainha para todas as nossas vidas", disse Maureen Barnett, 66 anos, à porta do Palácio de Buckingham.

No seu primeiro pronunciamento, o agora rei Charles escreveu: "A morte da minha querida mãe, a majestade a rainha, é um momento de grande tristeza para mim e para os membros da minha família. Nós lamentamos profundamente o falecimento de uma querida soberana e uma mãe que foi muito amada. Eu sei que a perda dela será muito sentida no país, na Commomwealth e por incontáveis povos no mundo".

A primeira-ministra Liz Truss escreveu numa rede social que ele agora vai se chamar Rei Charles III.


General ucraniano alerta para possível "Terceira Guerra Mundial"

© Reuters

Notícias ao Minuto  08/09/22 

O chefe militar do país destacou que é "impossível descartar completamente a possibilidade do envolvimento direto dos principais países do mundo num conflito nuclear 'limitado'".

Num dos poucos comentários públicos que fez desde o início da guerra na Ucrânia, aqui citado pela Reuters, o chefe militar do país alertou, na quarta-feira, para a seriedade da ameaça do uso de armas nucleares por parte da Rússia sobre o território ucraniano. Caso tal acontecesse, acrescentou, aumentaria o risco de uma eventual Terceira Guerra Mundial.

Nas palavras do general Valeriy Zaluzhnyi, num artigo que conta com a autoria do legislador Mykhailo Zabrodskyi e que foi publicado pela agência noticiosa estatal Ukrinform,  tal abriria portas para um evento confilto nuclear "limitado" com outras potências mundiais.

"Existe uma ameaça direta da utilização, sob certas circunstâncias, de armas nucleares táticas pelas forças armadas russas", referiu o chefe militar ucraniano sobre o atual contexto da guerra.

O general destacou ainda que é "também impossível descartar completamente a possibilidade do envolvimento direto dos principais países do mundo num conflito nuclear 'limitado', no contexto da qual a perspetiva de uma Terceira Guerra Mundial já é diretamente visível"

De recordar que Moscovo tem vindo a negar o recurso, até ao momento, a armas químicas ou nucleares sobre o território ucraniano.

Segundo as previsões veiculadas no mesmo artigo, que apresenta uma análise detalhada sobre a situação no terreno feita pelo general, é espectável que a guerra na Ucrânia se prologue para o próximo ano.

"A duração da guerra já é medida em meses, e há todos os motivos para acreditar que este período de tempo se prolongará para além de 2022", escreveu ainda o responsável militar.

E, na perspetiva dos dois autores deste texto, o armamento que tem vindo a ser continuamente fornecido pelos países aliados constituirão a "base material da resistência da Ucrânia" no próximo ano.

No artigo, Valeriy Zaluzhnyi argumentou ainda que o país invadido terá de igualar a gama de armas de Moscovo para inverter a maré da guerra. "O único caminho para uma mudança cardinal na situação estratégica é sem dúvida uma série de contra-ataques consecutivos, ou idealmente simultâneos, por parte das forças armadas ucranianas durante a campanha de 2023", avaliou ainda.

De recordar que, por exemplo, os Estados Unidos têm vindo já a fornecer ao governo de Kyiv sofisticadas armas de longo alcance, na condição da Ucrânia não as utilizar para atingir alvos dentro da Rússia, de acordo com as autoridades americanas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, de acordo com os mais recentes dados da ONU. Adicionalmente, a entidade contabilizou ainda, até agora, 5.718 civis mortos e 8.199 feridos, embora sublinhe que estes números estão muito aquém dos reais.

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© Reuters

Notícias ao Minuto  08/09/22 

Ministério das Relações Externas do Kremlin reagiu a estas ações prometendo que a Rússia não "se fechará" para o mundo.

A Rússia ameaçou, esta quinta-feira, a Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia por terem aplicado restrições nas suas fronteiras a cidadãos russos. 

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Kremlin, Maria Zakharova, reagiu a estas ações prometendo que a Rússia não "se fechará" para o mundo, mas prometeu medidas de retaliação.

Maria Zakharova, porta-voz deste ministério, indicou à agência Reuters que "os interesses do povo russo será tido em conta em primeiro lugar" quando forem escolhidas as medidas de retaliação.

Recorde-se que o primeiro-ministro da Estónia, Kaja Kallas, anunciou que o seu governo vai fechar-se ao turismo russo em resposta a "sérias ameaças de segurança públicas".

Numa declaração conjunta feita hoje, os quatro países  que fazem fronteira com a Rússia assumiram-se "cada vez mais preocupados com o influxo substancial e crescente de cidadãos russos para a União Europeia e o espaço Schengen" através das suas fronteiras.

Por considerarem tratar-se de uma "séria ameaça", o grupo decidiu fechar-se ao turismo proveniente da Rússia. 

O primeiro-ministro da Estónia indicou que, apesar disso, haverá exceções. 

As novas restrições entram em vigor no dia 19 de setembro.


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VIDEO CONTENDO IMAGENS DA PARTIDA PARA O BRASIL DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ E ESPOSA ONDE PARTICIPARÃO EM REPRESENTAÇÃO DA GUINÉ-BISSAU ÀS COMEMORAÇÕES QUE MARCARÃO O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Saúde Pública - Nota de advertência ao executivo guineense sobre últimos acontecimentos no setor da saúde, marcado com a suspensão de mais de mil Técnicos de Saúde Novos Ingressos.



 Radio TV Bantaba

NIGÉRIA: Cerca de 7.000 pénis de burro apreendidos pelas autoridades na Nigéria

© Photo Credit: AFP

Por LUSA  08/09/22 

Cerca de 7.000 pénis de burro, destinados à exportação para Hong Kong, foram apreendidos no Aeroporto Internacional Murtala Muhammed em Ikeja, no sul de Lagos, na Nigéria, informou hoje o Serviço Aduaneiro da Nigéria.

"Após a interceção dos 7.000 genitais de burro macho, os importadores declararam falsamente estas partes ilegais da vida selvagem como genitais de vaca macho", disse o controlador aduaneiro Sambo Dangaladima.

"Após um exame adequado, os funcionários de exportação descobriram que eram genitais masculinos de burro. Esta é a primeira vez que apreendemos este tipo de artigo. Não permitiremos que tal comércio ilegal da vida selvagem floresça sob a nossa supervisão", acrescentou Dangaladima aos jornalistas.

A carga, escondida em dezasseis sacos, valia pouco mais de 216 milhões de nairas (cerca de 506.000 euros).

Em junho passado, a Nigéria, que proíbe a exportação desse material, apreendeu mais de 2.800 peles de burro que alegadamente eram traficadas ilegalmente para a China para serem utilizadas na medicina tradicional.

O comércio internacional de partes do corpo do burro para satisfazer a procura na China, onde milhões de animais são abatidos todos os anos por uma gelatina (ejiao) premiada na medicina tradicional, pode levar a espécie à extinção, de acordo com avisos de organizações de todo o mundo.

Confrontado com uma escassez de burros no mercado interno devido à sobre-exploração, nos últimos anos o gigante asiático voltou-se para o continente africano.

Vários países africanos, como o Níger, Burkina Faso e Senegal, proibiram a exportação de partes de burros para a China depois de dezenas de milhares de equinos terem sido abatidos pelas suas peles.

@Adom TV  Badwam Media Review on Adom TV (8-9-22)

Jorge Herbert - PAIGC ó kadera! Isto é quase a mesma coisa que pôr José Sócrates e Fátima Felgueiras a falar da justiça em Portugal!

Com gente dessa índole, desde organizadores, palestrantes e assistência, como é que a nossa Guiné-Bissau há-de endireitar!? O mais grave é que é justamente toda essa gente que querem ser dirigentes do Estado guineense!

Fonte: Jorge Herbert


Mulher dá à luz gêmeos com tons de pele completamente diferentes


Pai dos bebês é metade jamaicano, metade escocês. Pessoas costumam perguntar se as crianças são realmente filhos de Chantelle 

@Record TV Goiás   GÊMEOS PAIS DIFERENTES CASO RARO - GOIANA DEU À LUZ GÊMEOS DE PAIS DIFERENTES

Em abril deste ano, a jovem Chantelle Broughton, de 29 anos, deu à luz gêmeos no Nottingham City Hospital, na Inglaterra. O parto foi normal e tranquilo, mas, ao longo dos últimos meses, os filhos de Chantelle e Ashton, que é metade jamaicano e metade escocês, ficaram diferentes um do outro.

Acontece que Ayon e Azirah, apesar de gêmeos, têm tonalidades de pele completamente distintas. Enquanto o menino Ayon possui pele clara e olhos verdes, a pequena Azirah tem a pele escura e os olhos castanhos. Esse tipo de nascimento é raríssimo: ocorre apenas uma vez em 1 milhão.

Segundo a mãe das crianças, elas nasceram do mesmo jeitinho, mas, com o passar das semanas, a diferença na cor da pele se acentuou. Chantelle contou que já foi questionada algumas vezes se ela era a mãe dos bebês, e como seria possível algo assim.

Ela, então, precisa explicar a origem de Ashton, pai dos gêmeos. Além da aparência, os pequenos são diferentes em personalidades. Ayon gosta de atenção, e Azirah, conforme Chantelle, “é mais tranquila”.

“Muitas vezes as pessoas não querem mencionar isso [a diferença de cor entre os bebês], mas quando dizemos a elas, elas dizem que é loucura, pois você não vê com muita frequência. Eu não gostaria que fosse de outra maneira, é certamente único”, desabafa a mamãe, toda orgulhosa.

União Europeia é o "parceiro fiável" de África frente à Rússia

© Reuters

Por LUSA  08/09/22 

O Alto-Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa considerou hoje que a Europa é o "parceiro fiável" de África face à Rússia e que a guerra na Ucrânia prejudica o continente e o resto do mundo.

Num artigo de opinião publicado no jornal queniano Daily Nation, Josep Borrell salientou que África é um "continente vibrante" que está a forjar o seu futuro através da transformação digital, de uma agricultura mais eficiente e sustentável, da construção de infraestruturas, do reforço da segurança e do investimento na sua juventude.

"Por esta razão, propomos que a Europa seja o parceiro de escolha da África", disse o alto-representante, que hoje inicia uma viagem a Moçambique que o levará também ao Quénia e à Somália, salientando que "o investimento europeu em África é mais de cinco vezes maior do que o da China".

No entanto, acrescentou, o futuro do mundo está ensombrado pelas "consequências devastadoras da guerra da Rússia contra a Ucrânia sobre a segurança alimentar, os preços da energia, a dívida e a insegurança".

A guerra afeta toda a gente, mas "África é uma das suas principais vítimas colaterais", referiu o chefe da diplomacia europeia, que admitiu que "alguns países africanos olham para esta guerra de uma perspetiva diferente" da UE.

Borrell disse ainda que a UE e o continente africano podem chegar a acordo sobre "quatro pontos fundamentais".

O primeiro é que "a Europa, a África e o mundo inteiro não podem aceitar um mundo de 'poder faz bem', onde grandes potências podem reivindicar 'esferas de influência' e atacar os vizinhos para anexar o seu território".

O alto-representante propõe defender e revitalizar a ordem multilateral, daí o seu apoio à exigência do continente de que a União Africana tenha um assento no G20, grupo de 20 países desenvolvidos e emergentes.

Em segundo lugar, defendeu "o alívio da crise alimentar" em muitos países africanos, causada em parte pela disputa na Ucrânia, um importante fornecedor de cereais para o continente.

"Outros tentam distrair a atenção da sua responsabilidade culpando as sanções da UE [à Rússia]. Mas estes não proíbem os países africanos de importar e transportar produtos agrícolas russos ou de pagar por eles. A guerra é o problema", argumentou.

O terceiro ponto é intensificar o trabalho conjunto para preservar a segurança do continente africano, e neste campo, a UE é o "parceiro mais fiável" de África, apoiando 11 missões de manutenção da paz, disse.

"A Rússia contribui com 78 pessoas de segurança para as operações de manutenção da paz da ONU em África, em comparação com os 6.000 da UE. Mas a Rússia também contribui para a deterioração da situação de segurança em África com várias centenas de mercenários de empresas militares privadas, como vemos no Mali e na República Centro-Africana", acrescentou Borrell.

Finalmente, o chefe da diplomacia europeia considera que "África e a Europa devem continuar a preparar-se para o futuro, e não regressar ao passado".

"Embora o colonialismo seja uma mancha indelével na consciência da Europa, enfrentar a nossa responsabilidade pelo passado fez de nós melhores parceiros para o futuro. A Europa está a olhar para África com novos olhos: com otimismo e confiança", referiu.

O chefe da diplomacia da UE começa hoje uma visita de dois dias a Moçambique, em que vai reunir-se com o Presidente, Filipe Nyusi, e entregar equipamento não bélico para apoiar o combate em Cabo Delgado.

Na sexta-feira, Borrell vai visitar a Missão de Formação Militar da União Europeia (EUTM Moçambique), no campo de treino da Katembe, margem sul de Maputo, "onde vai testemunhar a cerimónia de entrega de equipamento financiado pelo Mecanismo de Paz Europeia".

A missão apoia o treino de unidades de reação rápida das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e conta com 119 membros de 12 países. 

Portugal assume o comando da missão e é o país com o maior contingente, atualmente de 68 militares dos três ramos das forças armadas e GNR.

A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por violência armada, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Há cerca de 800 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Vídeo mostra explosão antes de apagão em cidade russa. Ataque ucraniano?

© explosão belgorod

Notícias ao Minuto  08/09/22 

O incidente terá ocorrido na cidade de Belgorod, onde desde o início da guerra já aconteceram várias explosões.

© explosão belgorod
Uma explosão numa subestação elétrica deixou, esta quinta-feira, deixou metade da população de Belgorod, na Rússia, sem eletricidade.

De acordo com a agência de notícias estatal Ria Novosti, tratou-se de um "acidente", mas há quem questione se terá sido um ataque ucraniano, dada a proximidade com a fronteira.

Uma subestação elétrica em Belgorod, na Rússia, foi palco de uma explosão nas últimas horas, deixando parte da cidade sem eletricidade.

"Ataque, qualidade da manutenção russa ou o regresso da tour dos Chainsmokers?", questionou um utilizador no Twitter.

As imagens foram também partilhadas pelo jornalista de investigação búlgaro Christo Grozev, descrevendo a situação como "algo que parece ser um ataque ucraniano".

Este não é o primeiro incidente reportado na zona desde o início da invasão das tropas russas, tendo já a cidade sido palco de um incêndio num paiol ou mesmo o que terá sido uma explosão num depósito de munições


Leia Também: Piratas informáticos pró-Rússia "declaram guerra" ao Governo japonês

EUA aprovaram novo pacote de ajuda militar ao governo de Kyiv

© Reuters

Por LUSA  08/09/22

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou um pacote de ajuda militar à Ucrânia de 675 milhões de dólares, anunciou hoje o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, reiterando o auxílio de "longo prazo" a Kyiv.

Austin, que se encontra na base área de Ramstein, na Alemanha, para encontros com representantes dos países aliados, disse que Joe Biden aprovou hoje a última tranche de apoio norte-americano à Ucrânia, que enfrenta desde fevereiro uma invasão militar russa. 

O secretário da Defesa disse que o pacote de ajuda também incluiu obuses, munições de artilharia, ambulâncias blindadas e sistemas de defesa antitanque, entre outros equipamentos. 

Por outro lado, Austin afirmou que a "guerra (contra a Ucrânia) encontra-se num outro 'momento chave'", referindo-se à contraofensiva de Kyiv no sul do país.

"Neste momento estão a ser demonstrados os êxitos dos nossos esforços comuns, no campo de batalha", disse. 

O responsável norte-americano considerou que "os contornos da guerra (na Ucrânia) estão a mudar, assim como a missão deste grupo de contacto", referindo-se ao Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, em cujos encontros participam o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, o ministro da Defesa do Executivo de Kyiv e representantes dos aliados. 

"No longo prazo, vamos trabalhar em conjunto para treinarmos as forças ucranianas", garantiu ainda Lloyd Austin, destacando a atualização da "base industrial da defesa no sentido de atender aos requisitos da Ucrânia, a longo prazo".

"Devemos evoluir à medida que a luta evolui", declarou o governante da Administração norte-americano em declarações à margem das reuniões na Alemanha.


Leia Também: Kyiv refuta acusações de Putin sobre destino dos cereais exportados

Presidente da República discursa no Congresso brasileiro em comemoração dos 200 anos do Brasil

Por SIC Notícias

Nesta sessão solene estará presente o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, vai discursar esta quinta-feira numa sessão solene comemorativa dos 200 anos da independência do Brasil, no Congresso Nacional brasileiro, em Brasília.

Estão previstas intervenções nesta sessão do Presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, e dos presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, assim como dos responsáveis pelas comissões constituídas nas duas câmaras brasileiras para estas comemorações.

Nesta sessão solene estará presente o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, segunda figura do Estado português, que participa nas comemorações do bicentenário da independência do Brasil a convite do presidente do Senado Federal brasileiro.

Marcelo Rebelo de Sousa chegou a Brasília na terça-feira para participar nas comemorações dos 200 anos da independência do Brasil, a convite de Bolsonaro, com quem nesse dia teve um encontro bilateral de cerca de 20 minutos no Palácio Itamaraty.

PRESIDENTE MARCELO REBELO DE SOUSA REJEITA POSSIBILIDADE DE ESTAR ASSOCIADO A CAMPANHA ELEITORAL BRASILEIRA

O Presidente português defendeu que "seria incompreensível que Portugal não estivesse representado ao mais alto nível" nas comemorações dos 200 anos do Brasil e rejeitou a possibilidade de ficar associado à campanha eleitoral brasileira, sustentando que "são duas coisas completamente separadas".

Cabo Verde e Guiné-Bissau são os outros dois países representados nas comemorações do bicentenário da independência do Brasil pelos respetivos chefes de Estado, José Maria Neves e Umaro Sissoco Embaló.

Na quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa assistiu ao desfile cívico-militar do 7 de Setembro, no centro da tribuna de honra, ao lado de Jair Bolsonaro, e ofereceu um jantar a representantes de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) presentes em Brasília.

As comemorações do bicentenário da independência do Brasil acontecem quando está em curso a campanha oficial para as eleições presidenciais brasileiras de 2 de outubro, com uma eventual segunda volta em 30 de outubro, às quais são candidatos, entre outros, Jair Bolsonaro e o ex-Presidente Lula da Silva.

O programa do Presidente português no Brasil termina com uma receção à comunidade portuguesa no Navio Escola Sagres, no Rio de Janeiro, na sexta-feira.

GUERRA NA UCRÂNIA: Kyiv reconhece pela primeira vez ter atingido bases russas na Crimeia

© Reuters

Por LUSA  07/09/22 

O chefe do Estado-Maior do Exército ucraniano, o general Valery Zaluzhny, reconheceu hoje, pela primeira vez, que bases russas na Crimeia anexada foram atingidas por mísseis em agosto, e ameaçou prosseguir estas operações.

A Ucrânia "efetuou com sucesso ataques de mísseis sobre bases militares do inimigo, designadamente no aeródromo de Saki", indicou num artigo publicado pela agência noticiosa pública Ukrinform.

No início de agosto diversas explosões atingiram este aeródromo russo situado na Crimeia, provocando um morto, vários feridos, e destruindo munições destinadas à aviação militar, entre outro material.

Kyiv não tinha reconhecido oficialmente até ao momento a responsabilidade por este ataque, nem um outro que alguns dias mais tarde atingiu um depósito de munições no norte da Crimeia.

"A tarefa das Forças Armadas para 2023" consiste em prosseguir "o deslocamento das hostilidades" em direção a esta península, onde Moscovo dispõe de "importantes agrupamentos de tropas" para a sua invasão, acrescentou Zaluzhny.

O chefe militar, que raramente se exprime nos 'media', apelou para a continuidade do apoio militar do Ocidente, sobretudo através do envio de armamento de longo alcance.

O raio de ação dos mísseis de cruzeiro russos atinge os 2.000 quilómetros, enquanto o das forças ucranianas não ultrapassa os 100 quilómetros, segundo precisou o representante militar.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de sete milhões para os países vizinhos --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que entrou hoje no seu 196.º dia, 5.718 civis mortos e 8.199 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Suspensão de novos ingressos: SINDICATOS CRITICAM MEDIDA “IMPOPULAR” E PEDEM GOVERNO MAIS ESCLARECIMENTOS

 JORNAL ODEMOCRATA  07/09/2022 

Os sindicatos do setor de saúde e da educação ouvidos pelo nosso semanário criticam a decisão do executivo guineense que suspendeu a admissão dos novos ingressos destes setores na função pública. Uma decisão que consideram impular e pedem ao governo mais esclarecimentos sobre o grupo de funcionários referidos no comunicado do executivo. 

Os sindicalistas ouvidos são o porta-voz do coletivo de novos ingressos no setor de saúde, bem como os responsáveis da Frente Comum, uma organização de professores que integra o Sindicato Democrático dos Professores (Sindeprof) e a Frente Nacional dos Professores e Educadores.

NOVOS INGRESSOS CONFIRMAM PAGAMENTO DE 99% DA DÍVIDA A TÉCNICOS CLÍNICOS

O porta-voz dos técnicos de saúde de novos ingressos, confirmou na entrevista ao nosso seminário que o governo pagou 99% da dívida  a técnicos da área clínica, mas alguns técnicos ligados aos serviços da administração e inspeção não foram pagos. Segundo Dencio Florentino Ié, o fato deve-se à falta de abertura de contas bancárias e à falta de alguns documentos exigidos pelo executivo.

Em relação à informação que dava conta que todos os técnicos novos ingressos pagos seriam mandados para casa, o porta-voz disse que o coletivo que lidera não recebeu até ao momento nenhum documento oficial sobre esse assunto e que se trata apenas de uma intenção.   

Sobre à medida adotada pelo governo em Conselho de Ministro que suspende novas admissões nos setores de saúde e educação, Dencio Florentino Ié disse que o coletivo que representa ainda está a procurar entender melhor a medida, porque o governo não especificou de forma clara qual grupo de técnicos é visado.

“O que temos reclamado junto do governo é o nosso processo de recenseamento. O primeiro-ministro também produziu uma carta dessa natureza a 2 de agosto e quero acreditar que se trata do mesmo assunto, embora não tenha especificado se se trata apenas de novas contratações ou não. As informações que recebemos de alguns responsáveis do ministério da saúde pública indicam que essa decisão não inclui o nosso grupo”, assegurou.

O porta-voz dos técnicos de saúde novos ingressos disse que o coletivo tem uma média de mil e duzentos técnicos que aguardam para serem inscritos na função pública.

FRENTE COMUM DOS PROFESSORES CONSIDERA A MEDIDA “IMPOPULAR E ABERRANTE”

A Frente Comum, uma organização de professores que integra o Sindicato Democrático dos Professores (Sindeprof) e a Frente Nacional dos Professores e Educadores, considerou a decisão do governo uma medida “ impopular” e “aberrante”.

Em entrevista telefónica, Alfredo Biaguê, porta-voz da Frente Comum dos professores, disse que embora seja da competência do executivo tomar decisões que lhe convém, deveria ter ponderado se era necessário ou não tomar essa decisão, porque “não se deve tomar uma medida impopular”.

“ É uma medida aberrante. Porque no ano letivo findo, o executivo contratou professores sem formação pedagógica. É absurdo contratar uma pessoa formada em culinária, na canalização, na construção civil, na serralheira e até na enfermagem para vinculá-la com o Estado no ministério da Educação”, criticou.

Biaguê defendeu que a medida deveria ter sido acompanhada de um estudo de três anos, porque o setor do ensino não pode e nem deve ser visto apenas no raio do Setor Autónomo de Bissau. Portanto, “essa medida não terá nenhum resultado esperado”.

Segundo Alfredo Biaguê, o mais grave na decisão é a suspensão das promoções, reclassificações e equiparação na administração pública em geral.

Contactado pela redação, o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), Afonso Martinho Mendes, disse que o sindicato só reagirá à medida do governo depois de concertação interna.

ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO CRITICA MEDIDA DO GOVERNO QUE CONSIDERA “MERAMENTE ECONÓMICA”

Em reação à suspensão de admissão de novos ingressos nos setores de saúde e educação anunciada pelo governo, Miguel Lisandro Soares da Gama, professor universitário, disse que se trata de uma medida “meramente económica” que não reflete as reais necessidades desses setores, uma medida tomada sem ter em consideração as fragilidades e as necessidades dos setores sociais, particularmente a educação.

“Se o governo decidiu abrir exceção a setores sociais é porque tem consciência das demandas que existem”, sustentou.

Miguel Lisandro Soares da Gama salientou que antes de avançar com medida o governo deveria ter realizado um estudo para descobrir se haveria ainda a necessidade “imperiosa” de recrutamento, tanto na educação como no setor de saúde.

“No setor de saúde, por exemplo, tem-se falado sistematicamente de falta de técnicos de saúde  nos diferentes  centros de saúde. Na área de educação, para além de colocações que são feitas anualmente,  o governo recorre ainda a quadros de outras áreas para colmatar o vazio no sistema e a falta de professores para cobertura nacional”, frisou.

Miguel Lisandro Soares da Gama avançou que a medida do governo pode criar um “buraco” no sistema, porque várias escolas funcionarão sem professores suficientes, lembrando que devido à falta de professores especializados, alguns   docentes das escolas de formação de professores acumulam, para além dos horários letivos que têm, algumas cadeiras para colmatar as necessidades.

“Quando o  governo  suspende a admissão de novos ingressos nos setores da educação e da saúde, bem como as promoções, reclassificações e equiparação na administração pública em geral na Guiné-Bissau, está a abrir caminhos para agudizar a crise”, disse, apontando que o  executivo deveria ter controlado primeiro as suas despesas e as dos titulares dos órgãos públicos, acabar com entradas na função pública por vias ilegais e acelerar o processo de reforma na Função Pública.

“Proibir a entrada de novos ingressos não resolve o problema, mas sim, está a criar novo problema com impactos sociais imprevisíveis”, disse.

Na decisão tomada em comunicado do Conselho de Ministros no passado dia 25 de agosto, o executivo argumenta a medida com base nos dados apresentados pelo Ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, segundo os quais, houve um aumento do número do pessoal nos setores da educação e da saúde e, consequentemente a subida da massa salarial.

Sobre esse assunto, Miguel Soares da Gama disse que o governo deveria ter tomado também em consideração o surgimento de novos centros de formação de professores.

“Essas escolas de formação foram instituídas com base num estudo feito sobre as necessidades do setor e concluiu-se que havia a necessidade de formação de professores, porque o número de professores que Tchico Té, 17 de fevereiro, INEFD e a escola de formação de Bolama tirava anualmente era muito insuficiente. Essa medida contraria esse princípio. A construção desses estabelecimentos foi financiada pelo Banco Mundial. Com a política  do FMI,  o governo está a fechar o acesso aos professores  e aos técnicos de saúde”, notou, alertando que a decisão só vai aumentar o nível de desemprego.

“As escolas vão continuar  a formar professores e o  nível de desemprego vai aumentar. Os estudantes que concluíram cursos neste ano letivo, com o anúncio dessa medida, com certeza já estão em desespero   total. Quero acreditar que o Conselho de Ministros não teve tempo de ouvir os técnicos do ministério da educação nacional, porque essa decisão não vai ajudar na melhoria do sistema”, afirmou.

Miguel Gama não poupou críticas ao governo e disse que as autoridades nacionais  devem parar de adotar medidas para satisfazer a comunidade internacional, porque “a comunidade internacional deve procurar conhecer primeiro as reais necessidades do país”, para poder tomar medidas  que vão em conformidade aos problemas que o país tem.

Por: Filomeno Sambú

EDUCAÇÃO: Mais de 50 milhões crianças fora do sistema de ensino em África

© Reuters

Por LUSA  07/09/22 

Um relatório conjunto de três entidades internacionais revelou hoje que 57 milhões de crianças e adolescentes estão fora do sistema educativo na África Central e Ocidental, perfazendo quase um quarto daqueles que não vão à escola no mundo.

No Burkina Fazo, Chade, Mali e Níger, mais de metade das crianças não tem acesso à educação.

Apenas na zona central do Sahel o encerramento de escolas aumentou 66% e, em toda a região, havia mais de 12.400 centros educativos fechados no final de 2021, um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e do Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC, sigla em Inglês).

A oficial regional do NRC, Maureen Magee, enfatizou que "cada criança fora da escola, cada dia de aprendizagem perdido, é um tijolo a menos para construir a paz e a prosperidade na região".

Especialistas temem que haja uma geração perdida e, por extensão, anos de entrave ao desenvolvimento global.

Entre os desafios pendentes está também a blindagem de centros educativos contra possíveis ataques, algo que as três organizações quiseram enfatizar ante do Dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques, que é comemorado na sexta-feira.

As escolas são, por vezes, alvo de ataques que, por sua vez, fazem com que muitos estudantes optem por não ir às aulas por medo.

A violência também leva à fuga em massa de populações, cenários em que as famílias, inclusive crianças e adolescentes, deixam tudo para trás.

A diretora do ACNUR para a área, Millicent Mutuli, ressaltou que "manter o acesso a uma educação segura e de qualidade é crucial também para refugiados".

O relatório propõe reconstruir as escolas destruídas e oferecer formas de aprendizagem alternativas à presencial.


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ONU: Igualdade de direitos para as mulheres? "Pode levar até 286 anos"

© Reuters

Por LUSA  07/09/22 

A ONU Mulheres alertou hoje que, com o atual ritmo de progresso, levará 286 anos para que as mulheres tenham os mesmos direitos e proteções legais que os homens.

"Pode levar até 286 anos, quase três séculos, para que as mulheres tenham os mesmos direitos e proteções legais que os homens", salientou a vice-diretora-geral da ONU Mulheres, Anita Bhatia, durante uma conferência de imprensa que serviu para apresentar o relatório sobre a matéria.

Durante o seu discurso, Bhatia insistiu que "ao ritmo atual de progresso, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) do objetivo 5 [focado na igualdade de género] podem levar décadas, e até séculos, para se materializarem".

Além disso, sublinhou que "a paridade na força de trabalho não será alcançada nos próximos 140 anos" e que "é provável que demore 40 anos para alcançar a igualdade de representação nos parlamentos de todo o mundo", caso não ocorram melhorias.

O relatório apresenta que as mulheres perderam cerca de 800.000 milhões de dólares em rendimentos em 2020 devido à pandemia de covid-19 e que, apesar de "um aumento em algumas partes do mundo, a sua participação nos mercados de trabalho será menor em 2022 do que antes da pandemia".

O estudo estima também que até ao final deste ano haverá 383 milhões de mulheres e meninas a viverem abaixo do limiar da pobreza e 386 milhões de homens e meninos nessa situação.

Anita Bhatia alertou ainda para a existência de vários fatores "que agravam um panorama já sombrio para a igualdade de género", como as consequências da pandemia de covid-19 ou a atual crise alimentar, financeira e de combustíveis.

"A guerra em curso na Ucrânia está a piorar a insegurança alimentar, limitando a oferta de trigo, fertilizantes e combustível e impulsionando a inflação. Cerca de 36 países dependem da Rússia e da Ucrânia para mais de metade das suas importações de trigo, incluindo nações afetadas por conflitos como o Sudão, Síria e Iémen", pode ler-se no relatório da ONU Mulheres.

Maria-Francesca Spatolisano, adjunta do secretário-geral da ONU para a coordenação de políticas, sublinhou na conferência de imprensa que "a igualdade de género é a base para alcançar todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável".

Já a diretora de programa da Organização para o Meio Ambiente e Desenvolvimento das Mulheres (WEDO), Katie Tobin, destacou que o relatório reconhece que mulheres e meninas, especialmente em todo o sul global, são afetadas significativa e desproporcionalmente pela crise climática e pela destruição ambiental".

Para Tobin, a situação "tem suas raízes na discriminação sistémica e nas desigualdades estruturais" sofridas pelas mulheres.


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