sexta-feira, 9 de junho de 2023

EDWARD SNOWDEN: Trump? "Não é errado dizer que é um caso de acusação seletiva"

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Notícias ao Minuto   09/06/23 

"Os segredos derramados são a moeda corrente de Washington, e Trump não foi o único a espalhá-los. Foi apenas o menos gracioso", afirmou Edward Snowden.

Edward Snowden, o ex-analista da Agência Central de Informações (CIA) que revelou pormenores de programas de espionagem norte-americanas, reagiu, esta sexta-feira, ao facto de o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter sido indiciado de 37 crimes por manipulação de documentos classificados, considerando que "não é errado dizer que é um caso de acusação seletiva".

"Brincadeiras à parte, não é errado dizer que a acusação de Donald Trump por manipulação de documentos confidenciais é um caso de acusação seletiva", começou por referir Snowden, que se encontra fugido na Rússia desde que divulgou  os dados sobre o sistema de escutas dos serviços de informações dos EUA.

"Os segredos derramados são a moeda corrente de Washington, e Trump não foi o único a espalhá-los. Foi apenas o menos gracioso", acrescentou.

No entanto, para Snowden, "é difícil sentir pena de um homem que teve quatro anos na Casa Branca para reformar esse sistema quebrado e, em vez disso, deixou-o no mesmo lugar, em detrimento do público norte-americano".  

O republicano foi indiciado de 37 crimes por manipulação de documentos classificados, que levou para a sua mansão na Florida após deixar a Casa Branca. Segundo a acusação, Trump colocou em risco a "segurança nacional" dos Estados Unidos ao manter na sua posse segredos nucleares norte-americanos após a sua saída da Casa Branca.

Nos Estados Unidos, uma lei obriga os presidentes a enviarem todos os seus 'e-mails', cartas e outros documentos de trabalho aos arquivos nacionais.

Em janeiro de 2021, quando deixou a Casa Branca para se instalar na sua luxuosa residência em Mar-a-Lago, na Florida, Donald Trump levou dezenas de caixas cheias de arquivos. Um ano depois, após vários avisos, devolveu 15 caixas contendo quase 200 documentos classificados.

O FBI, no entanto, calculou que Trump não tinha devolvido tudo, o que resultou numa operação de busca em Palm Beach pelos agentes federais a 8 de agosto e na apreensão de cerca de trinta outras caixas, contendo 11.000 documentos.

Segundo a acusação, foram encontrados documentos classificados "num salão de baile", mas também "numa casa de banho, na banheira", num "escritório" ou "num quarto".

Estes "incluíam informações sobre as capacidades de defesa dos Estados Unidos e de países estrangeiros", "sobre os programas nucleares americanos" e "sobre potenciais vulnerabilidades no caso de um ataque aos Estados Unidos e seus aliados".

A sua potencial "divulgação teria posto em perigo a segurança nacional dos Estados Unidos, as suas relações internacionais", destacou o procurador especial Jack Smith, nomeado em novembro para supervisionar a investigação de forma independente.


UCRÂNIA/RÚSSIA: Mais de 25 mil casas danificadas pela destruição da barragem, diz ONU

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POR LUSA   09/06/23 

O nível da água começou a diminuir na região afetada pela destruição da barragem de Kakhovka, no sul da Ucrânia, mas mais de 25.000 casas estão danificadas e continua a aumentar o número de deslocados, foi hoje divulgado.

De acordo com um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), quatro dias após o incidente "as inundações começaram a diminuir, embora o desastre ainda esteja a causar deslocamentos e a aumentar as necessidades humanitárias".

Nas áreas da região de Khersonska sob controlo ucraniano, 320 pessoas foram retiradas das suas casas nas últimas 24 horas, aumentando o número total de pessoas que fugiram para mais de 2.500, segundo a Organização Internacional para Migração (OIM), citada pela OCHA.

Ainda na região controlada por Kyiv, quase 40 vilas e cidades foram "severamente afetadas pelas inundações, com mais de 3.620 casas registadas como danificadas até o momento".

Já as autoridades apoiadas por Moscovo naquela região divulgaram hoje que o número de casas inundadas aumentou para mais de 22.000, com "graves consequências humanitárias para milhares de pessoas".

Segundo informações divulgadas também hoje pelas autoridades ucranianas e russas, as inundações terão provocado já 13 mortos.

A coordenadora humanitária da OCHA para a Ucrânia, Denise Brown, liderou hoje um comboio humanitário interagências com suprimentos adicionais para a cidade de Bilozerka, numa das zonas controlada pela Ucrânia "mais afetada pelas inundações".

"Os trabalhadores humanitários continuam os seus esforços para aumentar a assistência humanitária, alcançando mais de 30.000 pessoas com ajuda crítica, principalmente alimentos e água", salientou a OCHA no seu relatório.

A destruição da barragem da Central Hidroelétrica de Kakhovka, na região de Kherson, no sul da Ucrânia, já é considerada um dos maiores desastres industriais e ecológicos da Europa nas últimas décadas.

A Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente da destruição da barragem, construída no rio Dniepre na década de 1950.

Desde o início da guerra, a ONU apresentou como confirmados 8.983 civis mortos, dos quais 879 vítimas de minas terrestres e outros engenhos por explodir, incluindo 94 crianças, e 15.442 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou também, até agora, a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


SONO: Quer dormir e não consegue? Três justificações muito comuns... Leia o que dizem especialistas em sono.

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Notícias ao Minuto   09/06/23 

Muitos pensam que o cansaço ajuda (e muito) a dormir toda a noite sem interrupções. É, no entanto, uma ideia errada, já que existe uma grande diferença entre sentir o sono ou estar cansado, explica Nilong Vyas, uma pediatra e especialista em sono, no site BestLife. 

Mais especificamente, "sentir-se cansado pode ocorrer por vários motivos, incluindo stresse emocional, fadiga por esforço excessivo secundário ao exercício, um dia agitado ou até mesmo dias repetidos de sono interrompido. Estar com sono resulta de reações químicas no cérebro que indicam ao corpo que é hora para descansar", acrescenta. 

Se é algo que lhe acontece e não consegue justificar leia alguns motivos mais comuns que esta e outros especialistas na área enumeraram no site - nem todos são tão graves como pensa. 

Distúrbios de sono 

Alguns "distúrbios do sono, como apneia do sono, síndrome das pernas inquietas e distúrbio do movimento periódico dos membros, podem interferir na capacidade de adormecer ou permanecer deitado", diz Sean Ormond, médico especializado em anestesia. 

Maus hábitos e higiene de sono

Por exemplo, "comer antes de dormir, beber cafeína ou álcool antes de dormir, usar drogas recreativas e fumar cigarros", faz com que não consiga adormecer com facilidade, Monique May, médica de família e especialista em sono.

"Má higiene do sono significa ver televisão ou qualquer ecrã na cama, manter horários de sono irregulares e usar o quarto para outras atividades além de dormir e fazer sexo. Manter o quarto fresco, escuro e silencioso ajuda a manter o sono", acrescenta. 

Problemas de saúde não diagnosticado

"Condições médicas como doenças cardíacas, pulmonares, diabetes e condições neurodegenerativas também podem afetar o sono. Alterações hormonais durante o ciclo menstrual e na menopausa têm este efeito", explica Sean Ormond.


Rússia deixa em definitivo tratado sobre armas convencionais em novembro

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POR LUSA   09/06/23 

A Rússia vai abandonar em definitivo, em 7 de novembro, o Tratado sobre as Forças Armadas Convencionais na Europa, que eliminou em 1990 a vantagem quantitativa que a União Soviética tinha naquela época, divulgou hoje o governo russo.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo anunciou, em comunicado, que informou os países signatários de que esta decisão entrará em vigor em 150 dias.

A lei sobre a denúncia daquele tratado, assinada no final de maio pelo Presidente russo, Vladimir Putin, entrou hoje em vigor, noticiou a agência Efe.

Agora, os países signatários devem convocar uma conferência num prazo de três semanas, para que Moscovo apresente os motivos para a renúncia.

Entre as razões do Kremlin está a entrada na NATO de muitos países que não são signatários do tratado.

"É evidente que, nas novas condições, o tratado tornou-se algo do passado. Os nossos adversários não devem ter a ilusão de que a Rússia pode regressar a ele", frisou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

A NATO condenou a saída da Rússia do tratado, acusando Moscovo de ter passado anos a não cumprir o que é considerado a "pedra angular" da arquitetura europeia de segurança.

O Conselho do Atlântico Norte, a mais alta instância de decisão da organização, sublinhou hoje em comunicado, que a Rússia "há muitos anos não cumpre as suas obrigações" ao abrigo deste tratado.

"A guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia e a cumplicidade da Bielorrússia são contrárias aos objetivos do tratado", declararam os 31 aliados.

Para a Aliança Atlântica, a decisão de retirada da Rússia é "a mais recente de uma série de ações que minam sistematicamente a segurança euro-atlântica" e "demonstra mais uma vez o desrespeito contínuo de Moscovo pelo controlo de armas, incluindo reciprocidade, transparência, conformidade e verificação".

A aplicação do tratado, que visava impedir que qualquer uma das alianças presentes na Europa durante a Guerra Fria -- a NATO e o Pacto de Varsóvia -- acumulasse forças para lançar uma ofensiva rápida, já tinha sido suspensa pelo Kremlin em 2007.

A razão dada pelo Kremlin na altura foram os planos dos EUA de implantar elementos do seu escudo antimísseis na Europa Oriental, que a Rússia considerou uma "ameaça direta" à sua segurança.

O tratado, que entrou em vigor em 1992, quando a URSS já tinha desaparecido, estabeleceu limites iguais para o número de tanques, veículos blindados de combate, artilharia pesada, aviões de combate e helicópteros de ataque que a Aliança Atlântica e o Pacto de Varsóvia poderiam posicionar entre o Oceano Atlântico e os Urais.

Portugal, que integra a NATO, é um dos países signatários do acordo internacional sobre armas convencionais na Europa.

Na sequência do anúncio do Kremlin de que a Rússia abandonaria definitivamente este tratado, o vice-presidente do conselho de segurança russo, Dmitri Medvedev, destacou que o seu país irá aumentará ao máximo a produção de armas, num contexto de guerra na Ucrânia.

Putin defende que um dos motivos para a sua decisão de intervir militarmente na Ucrânia em fevereiro de 2022 é a aproximação da infraestrutura militar da Aliança Atlântica às fronteiras russas e os planos de tornar a Ucrânia "antirrussa".


Leia Também: Trump indiciado por 37 crimes no caso dos documentos classificados

Guiné-Bissau. Líder da coligação vencedora anuncia em breve nome para PM

© Radio TV Bantaba PAI Terra Ranka Conferência de imprensa sobre eleição

POR LUSA  09/06/23 

O líder da coligação vencedora das legislativas na Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, disse hoje que em breve será conhecido o nome a ser proposto para chefiar o novo Governo e garantiu estar aberto a falar com outros partidos.

"A plataforma nunca apresentou de forma clara quem seria o seu candidato a primeiro-ministro, é o que a plataforma vai fazer a partir desta altura", disse Domingos Simões Pereira, quando questionado pela Lusa sobre quem seria apontado como primeiro-ministro, depois de o Presidente guineense ter recuado na sua decisão.

O chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, afirmou durante a campanha eleitoral que não nomearia Domingos Simões Pereira primeiro-ministro do país caso vencesse as legislativas, mas na quinta-feira, numa mensagem à Nação, reconheceu os resultados e recuou na sua intenção.

"Vamos ter reuniões e discutir essas questões e muito proximamente não só a comunicação social, como o conjunto do povo guineense, ficará a saber qual é a proposta da plataforma para o cargo de chefe de Governo", afirmou Domingos Simões Pereira, na sede do partido, em Bissau.

Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), lidera a coligação Plataforma da Aliança Inclusiva -- Terra Ranka, que venceu com maioria absoluta as legislativas de domingo na Guiné-Bissau, obtendo 54 dos 102 deputados do parlamento guineense.

"Temos de esquecer tudo o que ficou para trás, temos de olhar para frente, temos de olhar de forma positiva e o que vamos encontrar olhando para a frente são as leis e, portanto, quem é homem ou mulher de Estado tem de ter um compromisso com as leis", disse o líder do PAIGC.

"O que se disse anteriormente ficou para trás, ao reconhecer que a plataforma PAI -- Terra Ranka venceu as eleições, ninguém tem dúvidas que é sua responsabilidade apontar um primeiro-ministro, formar o Governo e conduzir a ação governativa", salientou Domingos Simões Pereira.

Questionado sobre se a PAI -- Terra Ranka está disponível para coligações, o líder do PAIGC afirmou que o partido já deu provas da sua "capacidade de abertura, diálogo e inclusão".

"O que posso garantir é que estamos interessados e abertos a falar com todas as formações políticas, queremos ouvir todas as formações políticas, queremos analisar as várias ideias que essas formações podem trazer como contributo para aquilo que é o nosso programa eleitoral, se esse diálogo vai resultar num entendimento para uma eventual participação ou não, é algo que só o tempo irá dizer", afirmou Domingos Simões Pereira.

Nas declarações, o líder da PAI -- Terra Ranka destacou também que as prioridades do novo Governo vão ser resolver o problema da fome, que se faz sentir no país devido à fraca campanha de comercialização da campanha de caju, principal produto de exportação da Guiné-Bissau e do qual depende não só a economia, mas também, direta ou indiretamente, 80% da população.

Domingos Simões Pereira destacou também como prioridades imediatas garantir que o próximo ano letivo começa na data prevista e que decorra sem interrupções e a reintegração de dezenas de técnicos de saúde essenciais para um melhor funcionamento do setor.

A Comissão Nacional de Eleições divulgou na quinta-feira os resultados das eleições legislativas do passado domingo que deram a vitória à coligação PAI - Terra Ranka com 54 dos 102 deputados ao parlamento, conquistando assim a maioria absoluta.

Os resultados provisórios indicam também que o Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15) obteve 29 deputados na Assembleia Nacional Popular, mais dois assentos do que em 2019 e o líder do partido, Braima Camará, já felicitou o vencedor, manifestando-se pronto para colaborar e ajudar a arranjar soluções de estabilidade política para o país.

O Partido de Renovação Social (PRS) conseguiu 12 deputados, uma grande descida em relação às legislativas de 2019, quando obteve 21 assentos, e o líder da formação política, Fernando Dias, disse que respeita a vontade do povo e a mensagem de "repreensão pela companhia em que se encontrava", referindo-se ao facto de ter integrado o anterior Governo.

O Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), criado no final de 2021, e liderado por Botche Candé, obteve seis deputados na sua estreia eleitoral.

O grande derrotado nas eleições legislativas é a Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau, liderada pelo primeiro-ministro cessante Nuno Gomes Nabiam, que obteve apenas um deputado, quando em 2019 elegeu cinco deputados.


O líder do Partido da Nova Democracia-PND, Abás Djaló em conferência de imprensa para pronunciamento político sobre os resultados eleitorais. Contrariamente as eleições anteriores, o PND não conseguiu eleger.

 

Radio Voz Do Povo 

APU-PDGB liderado por atual chefe do executivo reconhece os resultados eleitorais que, ditam apenas um deputado para o PARTIDO na pessoa do Presidente Nuno Gomes Nabiam.

 Radio Voz Do Povo 

Coligação PAI-TERRA RANKA fala em Conferência de Imprensa


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Radio Voz Do Povo 

Faleceu hoje, 09/06/2023, em Bissau, Faustino Fudut Embali, vítima de doença prolongada.

 Radio TV Bantaba

Oposição no Senegal denuncia morte de mais de 20 manifestantes

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POR LUSA    09/06/23 

O partido senegalês PASTEF, liderado pelo opositor Ousmane Sonko, denunciou hoje a morte de mais de 20 pessoas na sequência da repressão policial dos protestos contra a condenação a dois anos de prisão do seu líder.

O Patriotas Africanos para o Trabalho, a Ética e a Fraternidade (PASTEF) apelou às autoridades para que libertem "mais de 700 presos políticos".

O partido já está também a apelar à realização de novas manifestações hoje e sábado contra a sentença de prisão de Sonko.

O porta-voz do PASTEF, El Hadj Malick Ndiaye, afirmou que 21 pessoas morreram durante os protestos e sublinhou que "é necessário libertar os presos políticos", segundo a agência noticiosa estatal senegalesa APS.

O Ministério do Interior senegalês calculou em 16 o número de mortos nos tumultos desencadeados pela condenação a dois anos de prisão de Sonko por "corrupção de jovens", no âmbito de um processo por alegada violação e ameaças de morte, acusações que acabaram por ser rejeitadas.

Ndiaye apelou ao Presidente senegalês, Macky Sall, para que "não dê ouvidos àqueles que pensam que a estratégia do terror deve prevalecer" e afirmou que Sonko "é a pessoa mais maltratada no Senegal". O líder da oposição está cercado na sua casa, no bairro de Keur Gorgui, na capital, Dacar, porque se recusa a entregar-se às autoridades.

O partido da oposição, entretanto, já convocou novas manifestações para hoje e sábado em Dacar "contra a injustiça e a detenção de mais de 700 pessoas" nos últimos protestos.

A porta-voz adjunta do partido, Marie-Rose Faye, garantiu que "o PASTEF tomou as medidas necessárias para ajudar as famílias das vítimas em termos de despesas de hospitalização dos feridos, autópsias e honorários de advogados".

Por fim, Faye sublinhou que o partido "está a compilar documentação" sobre as consequências das manifestações com vista a uma eventual queixa ao Tribunal Penal Internacional (TPI), ao mesmo tempo que apelou a que as eleições presidenciais de 2024 sejam "livres, inclusivas e transparentes".

O processo contra Sonko sofreu uma nova reviravolta na quinta-feira, quando a queixosa, Adji Sarr, apresentou um recurso contra a condenação, segundo os seus advogados.

"Voltámos à estaca zero. Haverá um novo julgamento", disse El Hadj Diouf, advogado da mulher, Adji Sarr, conforme relatado pela Radio France Internationale.

Na quarta-feira, Sall ordenou a abertura de investigações "imediatas e sistemáticas" sobre as manifestações que se seguiram à condenação do líder da oposição, uma decisão tomada "tendo em conta a gravidade desproporcionada dos acontecimentos", de acordo com um comunicado emitido pelo Conselho de Ministros após uma reunião para abordar a situação.

A Amnistia Internacional anunciou na quinta-feira que documentou a morte de 23 pessoas, incluindo três crianças, durante os violentos protestos no início do mês no Senegal, após a condenação do líder da oposição Ousmane Sonko a dois anos de prisão.

"As autoridades senegalesas devem proceder imediatamente a uma investigação independente e transparente sobre a morte de pelo menos 23 pessoas, incluindo três crianças, durante as manifestações violentas de 01 e 02 de junho", declarou aquela organização não-governamental (ONG) num comunicado.

O processo contra Sonko por alegada violação foi aberto em março de 2021, quando a detenção do líder da oposição levou a protestos dos seus apoiantes que eclodiram na sequência da sua condenação.

Na semana passada, o Senegal, país vizinho da Guiné-Bissau, mergulhou na pior situação de violência dos últimos anos, depois de Ousmane Sonko, o aguerrido opositor de Sall e candidato às eleições presidenciais de 2024, ter sido condenado a dois anos de prisão por "aliciamento de menores", num caso em que era acusado de violação de uma massagista.

O veredicto impossibilita Sonko de concorrer às presidenciais.


Leia Também: Amnistia documenta 23 mortos nos violentos protestos no Senegal

Repetindo o mesmo erro! ...DSP deve se distanciar dessas pessoas imprudentes!!

É hora de construir o país✅ e não de fabricar mais problemas.❌



Mantenham-no sob vigilância apertada!
FÚRIA DE POVO COLOCA SISSOCO  ENCURRALADO E ENCOSTADO À PAREDE..
Homi stá em DESESPERO TOTAL, ma ina fingi Sak-saki inda pa DISFARÇA.




A NATO vai realizar o maior exercício de defesa aérea desde que foi criada entre 12 e 23 de junho, na Alemanha, com a participação de 10.000 efetivos e 220 aeronaves de 25 países.

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POR LUSA  09/06/23 

 NATO faz maior exercício aéreo num cenário de invasão por forças de leste

A NATO vai realizar o maior exercício de defesa aérea desde que foi criada entre 12 e 23 de junho, na Alemanha, com a participação de 10.000 efetivos e 220 aeronaves de 25 países.

Denominado Air Defender 2023 (AD23), o exercício será coordenado pela Força Aérea Alemã (Luftwaffe) e nele irão participar Suécia e Japão, dois países que não integram a NATO (sigla em inglês da Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Participam também Bélgica, Bulgária, Chéquia, Croácia, Dinamarca, Eslovénia, Estados Unidos, Estónia, Espanha, Finlândia, França, Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, Roménia e Turquia.

"Queremos demonstrar a agilidade e rapidez das Forças Aéreas como primeira resposta e mostrar o poder aéreo da NATO", disse o comandante da Luftwaffe, tenente-general Ingo Gerhartz, citado numa publicação da Aliança Atlântica.

O oficial alemão referiu que 100 aviões dos Estados Unidos estarão a voar na Europa durante o exercício para destacar que a dimensão transatlântica "é uma prova sólida da coesão e da solidariedade da NATO".

O maior exercício de defesa aérea da NATO vai realizar-se em plena guerra da Rússia contra a Ucrânia, iniciada por Moscovo em 24 de fevereiro de 2022.

Os países da NATO têm fornecido armamento às forças armadas ucranianas para combaterem as tropas russas, no que Moscovo considera ser uma "guerra por procuração" travada pelo Ocidente contra a Rússia.

A colaboração dos países participantes no AD23 "permite uma dissuasão credível contra um potencial agressor", segundo o chefe da Luftwaffe.

O exercício tem como pano de fundo a invasão fictícia da Alemanha por forças especiais da organização Brückner e outras forças da aliança militar de leste OCCASUS (ocaso, em português), após um confronto de anos com a NATO.

A Rússia, que liderou a aliança militar do Pacto de Varsóvia durante a Guerra Fria entre a antiga União Soviética e o Ocidente, mobilizou uma organização militar privada, o Grupo Wagner, para combater na Ucrânia.

Chefiado pelo empresário Yevgeny Prigozhin, um aliado do Presidente Vladimir Putin, o Grupo Wagner esteve em destaque na batalha por Bakhmut, no leste da Ucrânia, considerada a mais longa e sangrenta desde o início da guerra.

No cenário fictício do AD23, as forças aéreas e terrestres introduzidas na Alemanha a partir do Leste controlam cerca de um quarto do país e tentam avançar para o Mar Báltico e conquistar o porto de Rostock (norte).

"Em consequência, a aliança ocidental desencadeia um estado de defesa [coletiva do território da aliança] ao abrigo do artigo 5.º do Tratado da NATO", segundo o cenário do exercício divulgado pela Luftwaffe.

O artigo 5.º estabelece que um ataque armado contra um Estado-membro da NATO na Europa ou nos Estados Unidos representa um ataque a todos os países da organização, podendo desencadear uma resposta coletiva.

O tratado foi assinado em 04 de abril de 1949, em Washington, pelos 12 países fundadores da NATO, incluindo Portugal, que não participa no exercício AD23.

As tropas e aeronaves participantes no AD23 ficarão estacionadas na Alemanha, Países Baixos e Chéquia.

"Os participantes praticarão Operações Aéreas Compostas em áreas de treino sobre a Alemanha e realizarão as chamadas missões de ida e volta para os Estados Bálticos e a Roménia", segundo a NATO.

As três áreas de exercícios aéreos, no leste, norte e sul da Alemanha, serão utilizadas apenas durante duas a quatro horas por dia, em várias alturas, e, por razões de segurança, estarão fechadas ao tráfego aéreo civil durante esses períodos.

"O ruído das aeronaves não pode ser totalmente evitado. Exercícios como o Air Defender 23 são uma parte importante do treino militar e um pré-requisito para que a Força Aérea Alemã e os seus aliados possam cumprir a missão na defesa nacional e da Aliança", disse a Luftwaffe.



Destruição da barragem de Nova Kakhovka "é uma escalada muito grande do conflito, equivale ao uso de armas de destruição maciça”

 A investigadora Diana Soller esteve esta manhã na CNN Portugal para analisar a destruição da barragem de Nova Kakhovka, bem como a contraofensiva ucraniana, que, de acordo com os EUA, já terá começado, apesar de Kiev insistir que não fará qualquer anúncio sobre a mesma.




Leia Também: Rússia retirou 1.500 pessoas de zonas inundadas após colapso de barragem

VLADIMIR PUTIN "em declínio" cancela conferência de imprensa anual

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Notícias ao Minuto   09/06/23 

O Instituto para o Estudo da Guerra aponta que o presidente russo tem uma posição cada vez mais frágil no interior do Kremlin.

O presidente russo, Vladimir Putin, cancelou uma conferência de imprensa anual que é normalmente marcada para esta altura, com órgãos russos a explicarem que a decisão deve-se à "instabilidade" da guerra na Ucrânia.

A notícia foi avançada na quinta-feira pelo jornal russo Kommersant, que citou fontes no Kremlin. O diário afirmou que a decisão já tinha sido tomada há vários meses devido à progressão da guerra, e o encontro anual com os jornalistas deverá ficar adiado até novembro ou dezembro até que a "situação militar russa esteja mais estável".

Ainda assim, como em março de 2024 os russos voltam às urnas para votar nas eleições presidenciais, o presidente pode voltar ao pódio mais cedo.

No seu último relatório sobre o conflito, o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), uma organização norte-americana que estuda a guerra, afirmou que o cancelamento da conferência "indica que o Kremlin acredita que a captura de Bakhmut é uma vitória informativa insuficiente para compensar a situação militar geralmente instável na Ucrânia".

Além disso, o ISW considera que atrasar o fórum 'Linha Direta', no qual o líder russo tem a oportunidade de falar a órgãos internacionais, é um reflexo do "declínio de Putin, de um líder aparentemente envolvido e forte para um mais frequentemente retratado como minuciosamente envolvido em pequenos projetos de infraestrutura".

Há vários dias que o presidente não surge em público nem faz qualquer declaração em direto, com as suas palavras a surgirem na quarta-feira sob a forma de um comunicado, no qual acusou a Ucrânia de ser a responsável pela destruição da barragem de Kakhovka.

Nos últimos dias, os russos têm aumentado os seus esforços para concluir a tomada da cidade de Bakhmut, naquela que tem sido a mais longa e dura batalha de toda a guerra. No entanto, ao mesmo tempo, os ucranianos terão iniciado a sua antecipada contraofensiva, que passará também pelo sul do país, além da região de Donetsk.


Sudão declara chefe da missão da ONU no país 'persona non grata'

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POR LUSA   09/06/23 

O governo do Sudão declarou o chefe da Missão Integrada das Nações Unidas para a Assistência à Transição no Sudão (UNITAMS, na sigla em inglês), Volker Perthes, 'persona non grata', foi anunciado na quinta-feira.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros sudanês comunicou oficialmente ao secretário-geral da ONU, António Guterres, a decisão, que entrou em vigor no mesmo dia, sobre o alemão Perthes.

A ONU tinha anunciado anteriormente na rede social Twitter que Perthes estaria na quinta-feira, na capital da Etiópia, Adis Abeba, para uma série de negociações diplomáticas.

O chefe do exército sudanês e governador de facto do país, general Abdel Fattah al-Burhan, tinha exigido a demissão de Perthes, que acusou de ser o responsável pela guerra, iniciada em meados de abril, entre as suas forças e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) do general Mohamed Hamdan Daglo.

Numa carta dirigida à ONU, Al-Burhan acusou Perthes de "ter ocultado" nos relatórios a situação explosiva em Cartum antes do início das hostilidades. Sem "essas mentiras", o general "Daglo não teria lançado as operações militares", argumentou.

Em resposta, António Guterres reafirmou "total confiança" no enviado.

Mas, no início de junho, o Conselho de Segurança prolongou por apenas seis meses a duração da UNITAMS, criada em junho de 2020 para apoiar a transição democrática no Sudão, na sequência da queda de Omar el-Bashir, no ano anterior. Até então, a UNITAMS tinha sido sempre renovada por um ano.

No início de maio, dezenas de pessoas manifestaram-se em frente à residência do enviado da ONU no país para exigir a sua "expulsão imediata".

Nos últimos meses, militantes do exército e de grupos islâmicos sudaneses organizaram ainda várias manifestações contra Perthes, que também foi alvo de ameaças de morte.

Em abril, a ONU manifestou "profunda preocupação" com um vídeo, que circulou nas redes sociais, no qual um homem exigia uma 'fatwa' (decreto religioso islâmico) para matar Perthes.

Já no ano passado Al-Burhan tinha exigido que Perthes deixasse de "interferir nos assuntos internos" do Sudão, ameaçando-o de expulsão do país.

Os confrontos no Sudão, iniciados em 15 de abril e que opõem o exército às RSF, causaram pelo menos 1.800 mortos, de acordo com a organização não-governamental de monitorização de conflitos ACLED.

Devido aos confrontos, mais de 1,3 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar as áreas de residência ou a refugiar-se nos países vizinhos.


Leia Também: Sudão: Forças em conflito vão retomar negociações indiretas

PR Sissoco Embalo junta-se as celebrações da vitória do "PAI TERRA RANKA" na Praça dos Heróis Nacionais.

©  Radio Voz Do Povo


Leia Também: Logo após a divulgação dos resultados provisórios pela Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau, o Presidente Sissoco Embaló e líderes do MADEM-G15 e do PRS reconheceram a vitória do PAI – Terra Ronka.

AMNISTIA INTERNACIONAL: Amnistia documenta 23 mortos nos violentos protestos no Senegal

© Lusa

POR LUSA   08/06/23 

A Amnistia Internacional anunciou hoje ter documentado a morte de 23 pessoas, incluindo três crianças, durante os violentos protestos no início do mês no Senegal, após a condenação do líder da oposição Ousmane Sonko a dois anos de prisão.

"As autoridades senegalesas devem proceder imediatamente a uma investigação independente e transparente sobre a morte de pelo menos 23 pessoas, incluindo três crianças, durante as manifestações violentas de 1 e 2 de Junho", declarou hoje aquela organização não-governamental (ONG) num comunicado.

O número de vítimas mortais registado pela Amnistia Internacional (AI) na capital, Dacar, e na cidade de Ziguinchor, sul do país, ultrapassa o número oficial fornecido pelo Ministério do Interior senegalês, que anunciou até agora um total de 16 mortos.

De acordo com testemunhas, familiares e com acesso a algumas certidões de óbito, vários dos mortos foram abatidos a tiro.

Dois dos menores que morreram em Dacar e Ziguinchor, com 16 e os 17 anos, estavam a participar nas manifestações, enquanto um deles morreu quando regressava do trabalho, confirmou à agência de notícias EFE o investigador da AI, Ousmane Diallo.

A ONG apelou à "clarificação da presença de homens armados e à civil que atuam ao lado das forças de segurança" e que, munidos de armas, atacam "violentamente" os manifestantes.

"O Estado não deve permitir a presença de indivíduos não identificados como membros das forças da ordem nas operações de aplicação da lei, nem o uso da força", disse Seydi Gassama, director executivo da Amnistia Senegal.

"Estas são violações claras do Direito internacional", acrescentou.

No entanto, numa conferência de imprensa realizada no domingo, a polícia senegalesa negou a presença de membros das forças de defesa ou de segurança em trajes civis e acusou elementos de "forças ocultas" do estrangeiro de se terem infiltrado entre os manifestantes.

As manifestações tiveram início na passada quinta-feira e prosseguiram na sexta-feira e, em menor escala e intensidade, no sábado e na segunda-feira na maioria dos bairros de Dacar e das principais cidades do país, na sequência do anúncio, a 01 de junho, da condenação a dois anos de prisão por corrupção de menores do líder da oposição Ousmane Sonko.

Sonko foi julgado em 23 de maio, depois de ter sido acusado no início de 2021 por uma jovem massagista, Adji Sarr, de "violações repetidas" e "ameaças de morte", acusações de que foi absolvido pelo tribunal, que o considerou culpado, no entanto, do crime de corrupção de menores (aplicável quando jovens entre os 18 e os 21 anos são vítimas de abusos, segundo o Código Penal senegalês).

A condenação poderá impedir o líder da oposição de concorrer às eleições presidenciais previstas para fevereiro de 2024.

Sonko denunciou a "instrumentalização" da justiça pelo Presidente Macky Sall, eleito em 2012 e reeleito em 2019, para o impedir de concorrer às presidenciais de 2024.

Conhecido pelo seu discurso "antissistema", o líder da oposição critica a má governação, a corrupção e o neocolonialismo francês, e conta com uma forte adesão da juventude senegalesa.

Também hoje em Dacar, o Governo senegalês convidou o corpo diplomático para dar a sua versão dos acontecimentos.

"O Senegal é um país de abertura, transparência e verdade. Abertura significa que falamos com a comunidade internacional, transparência significa que lhes dizemos exatamente o que está a acontecer e verdade significa que podemos trocar opiniões", declarou a ministra dos Negócios Estrangeiros, Aïssata Tall Sall, na presença de várias dezenas de diplomatas estrangeiros reunidos no ministério em Dacar.

A ministra disse estar pronta para uma discussão "sem tabus, sem tergiversações" antes de a reunião prosseguir sem a presença dos jornalistas.

O ministério declarou que tinha preparado uma brochura para os diplomatas com a versão do executivo sobre os acontecimentos.

As autoridades senegalesas mostraram-se preocupadas com o impacto na imagem do país dos distúrbios, que estão a dar origem a narrativas diametralmente opostas por parte do Governo e da oposição.


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