quinta-feira, 22 de maio de 2025

Dezenas de imigrantes viviam em alojamento ilegal em Arroios. Foram retirados e vão ser realojados... Pessoas foram identificadas, mas ainda não se sabe se estão regulares em Portugal

Por cnnportugal.iol.pt

Cerca de 30 imigrantes foram retirados na quarta-feira de um alojamento ilegal em Arroios, estando em curso o realojamento por parte da Câmara Municipal e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, revelou esta quinta-feira a junta de freguesia.

Em declarações à agência Lusa, a presidente da Junta de Freguesia de Arroios, Madalena Natividade (independente eleita pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), disse que foi desmantelado um alojamento ilegal que funcionava num restaurante desativado, sem condições de habitabilidade, e que albergava cerca de 30 imigrantes indostânicos.

As pessoas viviam em “condições muito desumanas”, com baratas e ratos, indicou a autarca de Arroios, referindo que a situação foi denunciada pelos vizinhos, que se queixaram à junta “do cheiro nauseabundo e de movimentos estranhos a entrar e sair do restaurante”.

As queixas foram recebidas “a semana passada” e Madalena Natividade pediu aos serviços de licenciamento que tentassem perceber o que se passava nas imediações, tendo decidido pedir ajuda à Polícia Municipal de Lisboa para fazer a fiscalização, que “confirmou que, realmente, havia ali indícios de alguma ilegalidade”.

A intervenção no local ocorreu na quarta-feira de manhã, adiantou a presidente da junta, referindo que as pessoas imigrantes foram identificadas, desconhecendo-se, para já, se estão regulares no país.

Questionada sobre o processo de realojamento, a autarca indicou que “o devido acompanhamento da situação” está a ser assegurado pelos serviços da Câmara Municipal e da Santa Casa da Misericórdia, com o envolvimento da Polícia Municipal, sem adiantar detalhes.

Os imigrantes retirados deste alojamento ilegal “mal falavam inglês”, pelo que houve “alguma dificuldade” na recolha de informações, mas há a indicação de que “pagavam entre 180 a 200 euros por mês” para pernoitar neste restaurante desativado, revelou Madalena Natividade.

Como presidente da Junta de Freguesia de Arroios, Madalena Natividade afirmou que a sua preocupação é zelar pela saúde pública, garantir a segurança e “combater esta imigração ilegal, que está a crescer”.

Relativamente a outras situações de alojamento ilegal em Arroios, a autarca disse que tem recebido “muitas denúncias” quanto a apartamentos e prédios particulares, sobretudo relacionadas com a sobrelotação e a falta de condições de habitabilidade, e casos pontuais associados a espaços comerciais, referindo que, além deste restaurante desativado, foi identificada uma situação de habitação irregular num espaço de um dentista.

A intervenção da junta é motivada “por uma questão de segurança” em espaços com sobrelotação, bilha de gás e insalubridade, porque “são tudo focos que podem depois trazer problemas de saúde pública”, explicou.

“Como presidente de junta, tenho que me preocupar com a saúde pública, não só de quem está naqueles espaços insalubres como também da própria vizinhança e também da segurança de todos. Eu tenho que me preocupar com todos os que estão aqui no espaço da freguesia”, reforçou Madalena Natividade.

Para a autarca, os proprietários dos imóveis onde há alojamento ilegal têm que ser responsabilizados, inclusive porque estão a receber dinheiro para que as pessoas pernoitem sem condições de salubridade.

“Estas fiscalizações deveriam de acontecer com mais regularidade e sempre que necessário”, defendeu Madalena Natividade, assegurando que a junta vai continuar a trabalhar nesse âmbito.

Empresas ocidentais que enviam ajuda para Kyiv alvo de 'hackers' russos... 'Hackers' que trabalham para a inteligência militar russa atacaram empresas ocidentais de tecnologia e logística envolvidas no transporte de assistência à Ucrânia, revelou hoje a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA).

© Reuters   Lusa   22/05/2025 

Os 'hackers' tentavam obter detalhes sobre o tipo de assistência que entrava na Ucrânia e, como parte do esforço, procuravam aceder aos 'feeds' [fluxo de conteúdo] de câmaras ligadas à Internet perto das passagens de fronteira ucranianas, de acordo com o relatório da NSA sobre o ciberataque.

Os ataques cibernéticos procuraram penetrar empresas de defesa, transporte e logística em vários países ocidentais, incluindo os EUA, bem como portos, aeroportos e sistemas ferroviários.

O relatório não especificou que tipos de ajuda a Rússia estava a monitorizar, mas os aliados da Ucrânia contribuíram com montantes significativos de assistência militar e humanitária desde o início da guerra.

Mais de 10.000 câmaras ligadas à internet foram visadas, incluindo dispositivos privados e câmaras de trânsito públicas perto de pontos críticos de transporte, como portos, centros ferroviários ou passagens de fronteira.

A maioria estava na Ucrânia, embora alguns estivessem na Roménia, na Polónia e noutros países do leste ou centro da Europa.

As autoridades não divulgaram detalhes sobre o sucesso dos 'hackers' ou durante quanto tempo permaneceram despercebidos. A atividade detalhada no relatório começou em 2022, o mesmo ano em que a Rússia invadiu a Ucrânia.

As autoridades esperam que a Rússia continue os seus esforços para espiar as remessas de ajuda, e as empresas envolvidas na logística ou nas remessas de ajuda devem estar em alerta, de acordo com o relatório, que foi emitido em conjunto pela NSA, o FBI e agências de segurança de várias nações aliadas.

"Para se defenderem e mitigarem estas ameaças, as entidades em risco devem antecipar os alvos", frisou a NSA.

As autoridades ligaram a atividade a uma unidade de inteligência militar russa chamada "Fancy Bear", bem conhecida pelas suas campanhas anteriores contra os EUA e os seus aliados.

Os 'hackers' utilizaram uma variedade de táticas para obter acesso, incluindo o 'spearphishing', que envolve o envio de mensagens aparentemente autênticas a uma potencial vítima, contendo 'links' para 'software' prejudicial ou pedidos de informação confidencial.

A equipa russa também explorou vulnerabilidades de segurança em dispositivos informáticos utilizados em escritórios pequenos e residenciais, redes que muitas vezes não possuem as medidas de segurança encontradas em sistemas maiores.

Os 'hackers' não utilizaram técnicas particularmente inovadoras, de acordo com Grant Geyer, diretor de estratégia da empresa de cibersegurança Claroty.

No entanto, o esforço amplo, mas cuidadosamente orquestrado, dá aos russos uma compreensão da ajuda enviada à Ucrânia, apontou.

A Rússia pode utilizar as informações obtidas para melhorar o seu planeamento de guerra, ou para planear mais ataques cibernéticos ou físicos à cadeia de abastecimento da Ucrânia, alertou Geyer.

No outono, os responsáveis dos serviços de informação dos EUA emitiram um boletim público a orientar as empresas e os fornecedores de defesa norte-americanos a aumentar as precauções de segurança após vários atos de sabotagem na Europa que as autoridades atribuíram à Rússia.



António Costa homenageado durante visita à Costa do Marfim. E há imagens ... A homenagem ocorreu durante a cerimónia de entrega do prémio da paz, Félix Houphouet-Boigny da UNESCO, com o qual António Costa foi premiado em outubro do ano passado.

© Getty Images  Por Notícias ao Minuto  22/05/2025 

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, foi homenageado esta quinta-feira pelos líderes da comunidade ebrié de Abidjan, a capital económica da Costa do Marfim, durante uma visita oficial ao país.

A homenagem ocorreu durante a cerimónia de entrega do prémio da paz, Félix Houphouet-Boigny da UNESCO, com o qual António Costa foi premiado em outubro do ano passado pelo seu compromisso com a paz e a promoção dos países em desenvolvimento.

Nomeado em honra do primeiro chefe de Estado costa-marfinense, o galardão distingue pessoas ou instituições que tenham dado um contributo significativo para a causa da paz.

O ex-primeiro-ministro português decidiu entregar o valor do prémio, cerca de 130 mil euros, ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

"Receber o prémio Houphouët-Boigny é uma grande responsabilidade. Foi esta responsabilidade que me levou a doar o valor deste prémio ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Pelo seu trabalho em garantir a vida, a dignidade, a segurança e a proteção dos refugiados”, escreveu António Costa na rede social X.

No dia em que recebeu o prémio de paz da UNESCO na capital costa-marfinense, António Costa vincou ainda que, "perante um mundo fragmentado, com regras postas em causa e inúmeros dilemas internacionais, é necessário recordar a força destes valores".


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Aumento de acidentes rodoviários: PR CRITICA A IMPRUDÊNCIA DE MOTORISTAS E PERDA DE VIDAS HUMANAS NA ESTRADA QUE LIGA AEROPORTO A SAFIM

  O DEMOCRATA  22/05/2025

O Presidente da República insurgiu-se contra o comportamento de motoristas e criticou o excesso de velocidade que se verifica na estrada que liga a rotunda do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira ao setor de Safim, cujos acidentes de viação já resultaram na perda de muitas vidas humanas e bens materiais destruídos, por falta de prudência dos condutores.

“Lamentavelmente, estamos a ter casos de acidentes de viação graves na estrada que liga o aeroporto a Safim. Nem nos foi entregue a obra já causamos muitas perdas de vidas humanas e bens materiais destruídos. É preciso prudência. As pessoas têm de ser capacitadas. É uma pena o que tem acontecido nos últimos dias naquela estrada”, criticou o chefe de Estado, à saída da reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira, 22 de maio.

Relativamente à presidência aberta de cinco dias que o levou ao interior do país, o Presidente da República elogiou a maturidade dos cidadãos que disse souberam diferenciar, desta vez, a campanha política de um Presidente na presidência aberta que a lei lhe reserva constitucionalmente.

“Fui inaugurar o lançamento da primeira pedra para a construção da estrada Quebo-BoKé e algumas infraestruturas construídas com o apoio de parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau. A União Europeia, por exemplo, financiou a construção de pistas rurais no sul do país, precisamente em Cabudu, Como, Cair e Guilledje. Pessoalmente, financiei a construção de furos de água. Em Guilledje, por exemplo, temos um problema que é a salinidade da água e temos a questão da energia que saiu da Guiné-Conacri e passou praticamente por todas as zonas do país. Tive a oportunidade de visitar o campo agrícola de um cidadão espanhol que fez um investimento de mais de 60 milhões de euros, tudo no sentido de constatar o que está a ser feito no terreno e em quê é que podemos apoiar na saúde, na educação e noutros setores essenciais e fi-lo no hospital de Buba. Apoiei com colchoes”, frisou.

O Presidente Sissoco Embaló anunciou que o governo e o Estado da Guiné-Bissau estão em contato com algumas instituições financeiras internacionais que já se manifestaram disponíveis e o interesse em ajudar na construção de algumas estradas do país, sobretudo no sul do país.

Relativamente ao troço que liga Safim a Mansoa (Jugudul), Umaro Sissoco Embaló afirmou que a República Popular da China vai construir duas autovias à semelhança da estrada de Safim.

A propósito, revelou que a diretora da presidência recebeu na quarta-feira, 21 de maio de 2025, o Embaixador da República Popular da China para analisar esse assunto e começar a fazer os caminhos para a efetivação do plano de execução da obra.

Esta quinta-feira, a Polícia de Segurança Pública de Portugal denunciou ter apreendido cautelarmente 353 passaportes genuínos da Guiné-Bissau transportados por um cidadão guineense intercetado no aeroporto de Lisboa, que disse ter sido incumbido de entregar a documentação em Bruxelas, por um Alto Comissariado do país lusófono.

“Pelas dúvidas e por poder estar em causa a segurança, todos os documentos foram cautelarmente apreendidos e a diligência comunicada ao Ministério Público”, informou o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis) em comunicado divulgado hoje.

O Cometlis adianta que o homem de 47 anos foi retido pelas 20:00 de terça-feira no rastreio Schengen no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa por um vigilante que suspeitou da bagagem de cabina do passageiro, que continha “353 passaportes da República da Guiné-Bissau em nome de outros tantos cidadãos guineenses, com diferente aparência no que respeita à tez da pele, dos nomes e da indumentária”.

Confrontado pela PSP, o homem explicou que fora incumbido por “um Alto Comissariado, que identificou” de entregar a documentação à representação diplomática da Guiné-Bissau em Bruxelas, na Bélgica.

Os polícias da Divisão de Segurança Aeroportuária e Controlo Fronteiriço tentaram, sem sucesso, confirmar os contornos do transporte, que não constitui uma “prática comum”, tendo concluído que os passaportes são genuínos.

Segundo o comunicado, entre a documentação existiam “documentos impressos e manuscritos em nome do referido Alto Comissariado”.

Questionado sobre a situação de venda de passaportes do país no estrangeiro, Sissoco Embaló disse que a Guiné-Bissau não vende passaportes e que todos os passaportes são imprimidos no país e assinados pelas autoridades competentes, apenas são transportados para as embaixadas mediante uma declaração assinada pelo importador.

“Pode ter havido algumas falhas, porque o ministro dos Negócios Estrangeiros está fora do país e a Secretária de Estado também. O ministro do Interior e o Secretário de Estado da Ordem Pública estavam comigo na presidência aberta, portanto foi o que aconteceu. Aproveitaram a viagem de um portador para lavar os passaportes dada a urgência, mas não foram transportados de forma ilegal, não”, esclareceu e anunciou em cinco anos da sua presidência os cidadãos da Guiné-Bissau não emitem vistos para viajar com mais de sessenta países do mundo e disse que se não fosse a governação da coligação PAI Terra Ranka, o país teria superado esta questão com muitos países da União Europeia.

Instado a pronunciar-se sobre uma possível tentativa de fabricar resultados eleitorais nas próximas eleições simultâneas (legislativas e presidenciais) na Guiné-Bissau, um plano que seria executado por ele [Umaro Sissoco Embaló] e pelo Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, denunciado pela presidente do Movimento Social Democrata, Joana Cobde Nhanca, o chefe de Estado disse que “os guineenses não têm o senso de limite”.

Relativamente à mega manifestação anunciada pela Frente Popular, uma organização da sociedade civil, para o próximo domingo, 25 de maio, Umaro Sissoco disse não ter recebido nenhuma comunicação da sociedade civil representada por Fodé Caramba Sanhá e desde logo avisou que qualquer ato terá uma resposta adequada.

“A Guiné-Bissau não é um país de marginais. Não temos e não vamos fabricar sequer um único marginal. Quem quiser ser marginal terá que sair da Guiné-Bissau. As pessoas que anunciaram a marcha foram identificadas, um grupo de bandidos que quer perturbar a ordem”, acusou.

Por: Filomeno Sambú

Afinal, a União Soviética ainda existe... Quem o diz é Anton Kobyakov, conselheiro de Vladimir Putin. Segundo este, a URSS foi criada por decisão do Conselho de Deputados do Povo e, por isso, deveria ter sido dissolvida pelo mesmo órgão, o que não aconteceu: a União Soviética foi dissolvida pela vontade dos dirigentes da Bielorrússia, Ucrânia e Rússia, o que, segundo Kobyakov, é ilegal.

Este e outros temas em mais um episódio de “Daqui Moscovo”, com José Milhazes.

@Sicnoticias 

África do Sul: Dados refutam acusação de Trump sobre morte de "milhares" de agricultores... Dados da organização AfriForum, constituída por 'afrikaner' (descendentes de europeus), refutam acusações do Presidente norte-americano, Donald Trump, de que "milhares" de agricultores brancos foram mortos na África do Sul.

© Chip Somodevilla/Getty Images   Lusa   22/05/2025

O tema sobre o alegado genocídio aos agricultores brancos voltou a ser debatido por Trump quando recebeu quarta-feira, na Casa Branca, o seu homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa. 

Segundo Trump, existem "centenas", até "milhares, de sul-africanos" que querem ir para os Estados Unidos da América (EUA), devido a uma suposta "perseguição aos agricultores brancos".

No entanto, os dados da própria organização AfriForum, constituída por 'afrikaner' (descendentes de europeus), refutam Trump ao terem registado 49 homicídios em quintas sul-africanas em 2023, sem especificarem etnias, informação avançada pela agência France-Presse.

Estes 49 homicídios são uma pequena fração dos 27.621 contabilizados pela polícia sul-africana entre abril de 2023 e março de 2024 em toda esta nação, vizinha de Moçambique.

As autoridades sul-africanas reportaram, para o mesmo período, 436 homicídios e 331 tentativas de homicídio em áreas rurais, como quintas, pequenas propriedades e terrenos agrícolas. Contudo, a maioria dessas vítimas são trabalhadores agrícolas negros, refletindo a estrutura demográfica do setor.

Segundo dados do instituto de estatística sul-africano (StatsSA), existiam, em 2022, cerca de 2,2 milhões de agregados familiares negros que viviam da agricultura, comparados com aproximadamente 127 mil famílias brancas.

Ainda assim, a minoria branca detinha 72% das terras agrícolas em 2017, apesar de representar apenas 7,3% da população total de 62 milhões de habitantes, de acordo com os censos de 2022.

Esta narrativa de genocídio contra agricultores brancos tem sido repetida por grupos da extrema-direita internacional e levou a que 59 pessoas fossem acolhidas como refugiadas nos EUA, segundo a embaixada norte-americana em Pretória citada pela AFP --- um número simbólico face ao universo de cerca de 4,5 milhões de sul-africanos brancos.

Questionado sobre o número de pedidos de asilo ou vistos humanitários recebidos, o Departamento de Estado dos EUA afirmou apenas que a embaixada continua a "analisar os pedidos de indivíduos que manifestaram interesse em mudar-se para os Estados Unidos", sem fornecer dados específicos.

A Câmara de Comércio Sul-Africana nos EUA, que criou uma plataforma de registo para recolher manifestações de interesse, indicou em março que recebeu 67.042 pedidos de sul-africanos que pretendiam emigrar.

No entanto, segundo referiu o presidente da organização, Neil Diamond, à AFP em fevereiro, "não é fácil para um sul-africano emigrar, sobretudo para os Estados Unidos".

A esmagadora maioria dos homicídios na África do Sul continua a ocorrer em áreas urbanas, com altos níveis de criminalidade e violência, afetando predominantemente a população negra.

Especialistas apontam que a persistência das desigualdades estruturais herdadas do regime do 'apartheid' contribui para o contexto social e económico que alimenta estes níveis de violência.


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PR guineense desdramatiza apreensão de passaportes no aeroporto de Lisboa

Bissau, 22 mai 2025 (Lusa) -- O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, desdramatizou hoje a apreensão de 353 passaportes guineenses pela polícia portuguesa, no aeroporto de Lisboa, e considerou "normal" a prática de transporte daqueles documentos em mão.

"A questão dos passaportes, e não são só os passaportes da Guiné-Bissau, mesmo os de outros países, são transportados na mão. Entrega-se à pessoa e faz-se uma declaração. Não há nada de anormal", observou Sissoco Embaló, em declarações aos jornalistas, à saída da reunião semanal do Conselho de Ministros.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) apreendeu cautelarmente, na noite de terça-feira, 353 passaportes genuínos da Guiné-Bissau transportados por um cidadão guineense intercetado no aeroporto de Lisboa, que disse ter sido incumbido, por um Alto Comissariado guineense, de entregar a documentação em Bruxelas.

"Pelas dúvidas e por poder estar em causa a segurança, todos os documentos foram cautelarmente apreendidos e a diligência comunicada ao Ministério Público", informou o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis), em comunicado divulgado hoje.

O Presidente guineense afirmou que não se trata de qualquer negócio ilícito envolvendo os passaportes do país e enfatizou que aqueles documentos, mesmo para cidadãos residentes no estrangeiro, são impressos, assinados em Bissau e enviados aos respetivos donos, via embaixada.

Umaro Sissoco Embaló defendeu que os 353 passaportes foram transportados por um cidadão guineense, a pedido de alguém da autoridade do país, devido ao facto de os ministros dos Negócios Estrangeiros, Carlos Pinto Pereira, e o do Interior, Botche Candé, se encontrarem naquele dia fora de Bissau.

"Na pressa entregou-se a um cidadão normal para que os entregue na nossa embaixada. Nada de anormal", disse Embaló, admitindo, contudo, ter faltado observar algum pormenor protocolar.

O Chefe de Estado guineense notou que bastava acompanhar os passaportes de uma declaração oficial.

"Muitos cidadãos estrangeiros que aqui se encontram recebem os respetivos passaportes na mão", em Bissau, sublinhou Embaló.

O Presidente guineense frisou que os passaportes da Guiné-Bissau "são seguros", o que fez com que, em cinco anos da sua presidência, o país tenha rubricado acordos de supressão de vistos com 60 países.

"A minha guerra é proteger os nossos passaportes", afirmou Sissoco Embaló.

MB // MLL

Lusa/Fim

A Coordenação do Curso de Engenharia Informática da Universidade Lusófona da Guiné realizou hoje (22.05), Conferência " Empreendedorismo e Inovação Tecnológica ".

O evento que reuniu estudantes,  professores, profissionais da area tecnológica e empreendedores, transformação digital e criação de soluções locais com impacto sustentável.

@Radio Voz Do Povo

PR fez um balanço positivo da Presidência Aberta. General Umaro Sissoco Embaló visitou as localidades de Ganadu, Quebo, Buba, Catio e Guiledje, onde inaugurou infraestruturas e lançou pedras para o início de mais obras.

 O Presidente Embalo à saída do Conselho de Ministros, destacou a receção calorosa da população e, abordou vários assuntos de atualidade, tendo destacdo a visita de Estado do Presidente do Senegal à Bissau a iniciar no dia 25.

Se houver ataque a instalações nucleares, Irão irá responsabilizar EUA

Por LUSA 

O Irão responsabilizará Washington por qualquer ataque israelita às suas instalações nucleares, avisou hoje o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, antes de uma nova ronda de conversações com os Estados Unidos (EUA), em Roma, na sexta-feira.

Teerão e Washington, inimigos desde a Revolução Islâmica de 1979, iniciaram conversações a 12 de abril sobre o programa nuclear iraniano.

Os dois países voltam a reunir-se na sexta-feira em Itália para uma quinta ronda de negociações, com a mediação de Omã.

Na terça-feira, a estação televisiva CNN, citando vários responsáveis norte-americanos sob condição de anonimato, afirmou que Israel, um inimigo declarado de Teerão, se preparava para atacar as instalações nucleares do Irão.

"Na eventualidade de um ataque às instalações nucleares da República Islâmica do Irão pelo regime sionista, o governo dos EUA (...) assumirá a responsabilidade legal", escreveu Araghchi numa carta dirigida ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que foi hoje tornada pública.

O Irão não reconhece o Estado de Israel, que classifica repetidamente como um "regime sionista".

"O Irão adverte firmemente contra qualquer aventureirismo do regime sionista e responderá de forma decisiva a qualquer ameaça ou ato ilegal", acrescentou, na mesma missiva, o chefe da diplomacia iraniana.

"Se o regime sionista delirante cometer um ato insensato e lançar um ataque, receberá certamente uma resposta devastadora e decisiva na sua pequena e vulnerável geografia", insistiu, por seu lado, o porta-voz da Guarda Revolucionária do Irão, o exército ideológico do país, general Ali Mohammad Naïni, citado pela agência de notícia iraniana ISNA.

O Irão e os Estados Unidos voltam a reunir-se numa altura em que ambos manifestam publicamente desacordo sobre a questão sensível do enriquecimento de urânio.

No domingo, o enviado norte-americano para o Médio Oriente, Steve Witkoff, que lidera as conversações em nome de Washington, disse que os Estados Unidos "não podem autorizar nem 1% de capacidade de enriquecimento" de urânio no Irão.

Teerão, que defende o seu direito à energia nuclear civil, considera esta exigência como uma linha vermelha, contrária às disposições do Tratado de Não Proliferação (TNP), do qual o Irão é signatário.

Hoje, dezenas de manifestantes reuniram-se perto da central nuclear de Fordo, no centro do Irão, para reafirmar o "direito inalienável" à energia nuclear, segundo imagens de vídeo divulgadas pela agência noticiosa Mehr.

Os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, e Israel há muito que suspeitam que o Irão pretende adquirir armas nucleares.

Teerão rejeita as alegações e defende ter o direito à energia nuclear para fins civis, nomeadamente energéticos.

O anterior acordo com o Irão, o Tratado de Não Proliferação (TNP), foi concluído em 2015, mas caducou com a decisão de Donald Trump de retirar os Estados Unidos do pacto em 2018, durante o primeiro mandato presidencial (2017-2021).

O acordo envolvia também a China, a França, a Rússia, o Reino Unido e a Alemanha, e limitava o programa nuclear do Irão em troca do levantamento das sanções económicas.

Desde que regressou à presidência, em janeiro, Trump apelou ao Irão para negociar um novo texto, mas ameaçou bombardear o país se a diplomacia falhasse.

Costa quer África com lugar no Conselho de Segurança da ONU

Por LUSA 

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu hoje que África tenha um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e "representação justa" nas instituições financeiras internacionais, pedindo uma "parceria para o futuro" com a Europa.

"Sem uma representação justa da comunidade internacional nas nossas instituições comuns, as frustrações só irão aumentar e a legitimidade das instituições só diminuirá", disse António Costa discursando na capital da Costa do Marfim, em Abidjan.

África deve ter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, África deve ter uma representação justa nas instituições financeiras internacionais porque, sem reformas no sistema internacional, o seu declínio apenas se acelerará, a distribuição da riqueza será ainda mais injusta e a resolução de conflitos será ainda mais difícil", acrescentou.

No dia em que recebe o prémio de paz da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na capital costa-marfinense, António Costa vincou que, "perante um mundo fragmentado, com regras postas em causa e inúmeros dilemas internacionais, é necessário recordar a força destes valores".

"Devemos, África e Europa, promovê-los juntos de mãos dadas, numa parceria para o futuro", vincou.

Realçando que o mundo "não necessita de conflitos inúteis", o presidente do Conselho Europeu considerou ser "inaceitável que os direitos humanos sejam violados diariamente, como em Gaza", quando se assinalam quase dois anos da guerra de Israel contra o grupo islamita Hamas, que já causou milhares de mortos e centenas de feridos devido aos ataques israelitas.

"Devemos pôr fim a esta catástrofe humanitária e trabalhar para implementar a solução dos dois Estados no Médio Oriente", apelou.

De igual forma, o responsável português adiantou ser "inaceitável que as fronteiras sejam redesenhadas pela força das armas, como acontece na Ucrânia", apelando a uma "paz justa e duradoura".

Além disso, classificou como "inaceitável que a guerra se sobreponha ao diálogo, como no Sudão e na República Democrática do Congo", apelando à "boa vontade dos líderes para acabar com a guerra e iniciar uma era de paz".

António Costa recebeu hoje, em Abidjan, o prémio da paz Félix Houphouet-Boigny da UNESCO.

Na ocasião, o líder da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado da UE indicou que "receber este prémio representa uma enorme responsabilidade", sendo esta "ainda maior devido às novas funções" europeias, nas quais prometeu que irá "continuar a defender estes valores".

António Costa doou 150 mil dólares (cerca de 130 mil euros) ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados devido ao "trabalho que desenvolve para garantir a vida, a dignidade, a segurança e os direitos fundamentais de milhões de pessoas deslocadas e refugiadas em todo o mundo", adiantou, durante a cerimónia.

Nomeado em honra do primeiro chefe de Estado costa-marfinense, o galardão distingue pessoas ou instituições que tenham dado um contributo significativo para a causa da paz.

António Costa foi premiado em 07 de outubro de 2024.

Educação: Sindicato Nacional dos Professores e Funcionários da Escola Superior da Educação "SIESE", denúncia esta Quinta-Feira 22-05-2024, durante uma conferência de imprensa "ilegalidade" no processo de seleção dos bolseiros internos da escola de formação de professores Tchico Té para o curso do mestrado na língua portuguesa.

 

GUINÉ-BISSAU CELEBRA DIA INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE EM MEIO A AMEAÇAS À SUA RIQUEZA NATURAL

  Rádio Sol Mansi   22 05 2025

O mundo celebra nesta quinta-feira, 22 de maio, o Dia Internacional da Biodiversidade. Na Guiné-Bissau, a efeméride está a ser assinalada num contexto preocupante, marcado por múltiplas ameaças à sua rica diversidade natural.

A Guiné-Bissau possui uma biodiversidade significativa, com uma vasta gama de espécies animais e vegetais. No entanto, essa riqueza encontra-se em risco devido a fatores como a desflorestação, a caça furtiva, a pesca excessiva e os impactos das alterações climáticas.

Num discurso gravado esta manhã, o Ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, Viriato Cassamá, anunciou que “a Guiné-Bissau tornou-se recentemente um dos primeiros países africanos a ratificar o Acordo sobre a Biodiversidade Marinha em Áreas Fora da Jurisdição Nacional”.

O governante assegurou ainda que o país está a caminhar “com esperança e determinação para um futuro em que a proteção da biodiversidade seja o alicerce do desenvolvimento económico e da coesão social”.

Por sua vez, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, na sua mensagem alusiva à data, criticou os interesses de curto prazo “que incentivam a utilização insustentável dos recursos naturais do planeta” e alertou que a perda de biodiversidade é uma crise global que nenhum país, por mais rico ou poderoso que seja, pode enfrentar sozinho.

António Guterres advertiu que “a humanidade está a destruir a biodiversidade a passos largos, através da poluição, da crise climática e da destruição dos ecossistemas”, sublinhando que “é urgente mudar a forma como produzimos e consumimos”.

Marine Le Pen defende ofensiva israelita em Gaza... A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, defendeu hoje a continuidade da ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza para "erradicar o Hamas e libertar o povo palestiniano".

© Reuters  por Lusa   22/05/2025 

"Énecessário ir até ao fim desta guerra contra esta organização terrorista? Penso que sim", disse Le Pen em entrevista ao canal público France 2. 

A líder do partido União Nacional (RN, na sigla em francês), defendeu, contudo, a entrada de ajuda humanitária em Gaza, afirmando que "a comida deve poder passar".

"[É preciso] ajudar Israel a garantir que esta ajuda seja distribuída e não capturada pelo Hamas".

Le Pen culpou exclusivamente o Hamas e os seus membros pela situação humanitária em Gaza.

"Eles [Hamas] usam a população civil como escudos humanos e desviam a ajuda humanitária quando esta chega", afirmou a líder do RN.

A guerra em Gaza teve início após os ataques do grupo islamita palestiniano Hamas ao território israelita, em 07 de outubro de 2023, que provocou mais de 1.200 mortos e fez 250 reféns.

A ofensiva militar de Israel sobre Gaza já matou mais de 50 mil palestinianos, incluindo mulheres e crianças.


Leia Também: Identificados funcionários de Israel mortos. Yaron e Sarah iam casar-se...     Foram mortos a tiro em frente ao Museu Judaico de Washington.  


"Lamento, não tenho avião para vos dar". A resposta a Trump que viralizou... O que começou por ser um encontro amigável, rapidamente se transformou numa "desastre", tal como descreve a imprensa norte-americana.

© Chip Somodevilla/Getty Images   por  Notícias ao Minuto  22/05/2025 

Uma intervenção do presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, durante um tenso encontro com o homólogo norte-americano, Donald Trump, na Sala Oval, na quarta-feira, tornou-se viral. 

Ramaphosa disse que não tinha um avião para oferecer Trump, numa referência ao facto de os Estados Unidos terem aceitado um avião como presente do governo do Qatar. 

A resposta surgiu depois de Trump montar uma emboscada ao seu homólogo sul-africano na Sala Oval, ao mostrar-lhe vídeos com o fim de apoiar as acusações norte-americanas de os agricultores brancos sul-africanos serem vítimas de um "genocídio" - o que Ramaphosa e outros sul-africanos têm negado reiteradamente.

Nesta sequência, Peter Alexander, da NBC, mudou de tema e perguntou a Trump sobre o facto de o Pentágono ter aceitado o avião de luxo. 

"Sr. presidente, o Pentágono anunciou que iria aceitar um avião do Qatar para ser usado como Air Force One...” disse Alexander, antes de Trump o interromper e de o chamar de "idiota".

"És um verdadeiro idiota, sabes, és um péssimo repórter. Número um, não tem o que é preciso para ser repórter, não é suficientemente inteligente", disse Trump, acusando-o de desviar as atenções das suas alegações.

"Por que é que um país deu um avião à Força Aérea dos Estados Unidos?... Para nos ajudarem, porque precisamos de um Air Force One", disse Trump. "É disso que aquele idiota [jornalista] fala, depois de ver uma coisa [vídeo] em que milhares de pessoas morreram", continuou.

Neste momento, Ramaphosa interrompeu-o e atirou: "Lamento, não tenho um avião para vos dar", disse Ramaphosa. 

"Gostava que tivesse. Eu aceitava-o", respondeu Trump. "Se o seu país oferecesse um avião à Força Aérea dos Estados Unidos, eu aceitaria", acrescentou.

Mais tarde, ao ser questionado sobre a 'emboscada', Ramaphosa procurou minimizar o incidente, afirmando que os dois "não se demoraram" neste assunto.

Acrescentou que Trump tinha aceitado reunir-se outra vez com ele e que representantes dos dois Estados iriam discutir assuntos comerciais.

As relações bilaterais, note-se, estão muito tensas desde o regresso de Trump à Casa Branca.

As alegações de Trump apoiam as palavras de Elon Musk, que nasceu na África do Sul, e já acusou os líderes do país de "encorajarem abertamente o genocídio de pessoas brancas na África do Sul".

A África do Sul têm rejeitado veementemente as acusações norte-americanas de genocídio contra brancos sul-africanos.


O Presidente da República, foi recebido com uma expressiva manifestação popular no seu regresso a Bissau, após uma visita oficial às regiões Leste e Sul do país.

A população saiu às ruas da capital para acolher o Chefe de Estado, numa demonstração de reconhecimento pelo compromisso com o desenvolvimento nacional. O Presidente percorreu, lado a lado com o povo, o trajecto até ao Palácio da República.

@Presidência da República da Guiné-Bissau


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Oitenta e um senadores dos EUA apoiam sanções à Rússia... Um projeto de lei prevendo novas sanções dos Estados Unidos à Rússia reuniu o apoio de 81 dos 100 senadores norte-americanos, de ambos os partidos, que criticam a pouca vontade de Moscovo para terminar a guerra na Ucrânia.

© Bill Clark/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images   Lusa  22/05/2025

Apesar do amplo apoio, ainda não é certo que a lei seja colocada a votação pelo líder republicano do Senado, John Thune, que disse preferir esperar por instruções da Casa Branca sobre a questão. 

O senador democrata Richard Blumenthal, que apresentou o projeto de lei, defendeu numa declaração conjunta com o senador republicano Lindsey Graham, um aliado próximo do Presidente Donald Trump, que "estas sanções seriam impostas se a Rússia se recusasse a encetar negociações de boa-fé com vista a uma paz duradoura com a Ucrânia".

 "O projeto de lei também impõe tarifas aduaneiras de 500% sobre os bens importados de países que compram petróleo, gás, urânio e outros produtos à Rússia", acrescentaram os dois senadores na declaração divulgada quarta-feira.

A União Europeia adotou formalmente esta semana um 17º pacote de sanções e espera uma "forte reação" de Washington se Moscovo se mantiver irredutível.

"A Rússia é o agressor. É a Rússia que deve pôr fim a este banho de sangue", disse o senador Lindsey Graham num discurso no hemiciclo na quarta-feira.

"Aprecio os esforços sinceros do Presidente Trump para reunir as partes e encontrar uma solução com a qual todos possamos viver", acrescentou, antes de criticar o que considerou ser a assimetria nas respostas russas e ucranianas a esses esforços.

"Penso que [Volodymyr] Zelensky (Presidente ucraniano) está pronto a fazer concessões para acabar com esta guerra. [Vladimir] Putin (Presidente russo) parece estar mais disposto a falar do que a atuar", acusou o político republicano.

"Agora é o momento de aumentar o custo desta guerra para Putin", afirmou.

A Rússia negou na quarta-feira que esteja a atrasar as conversações sobre a resolução da guerra na Ucrânia, numa reação a críticas de Kiev e dos aliados ocidentais.

"Ninguém tem interesse em arrastar o processo", disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

"Uma lista de condições para um cessar-fogo será elaborada separadamente", tal como foi "acordado em Istambul" em 16 de maio, durante as primeiras conversações russo-ucranianas desde 2022, acrescentou.

Peskov disse também que a Rússia ainda não recebeu qualquer proposta do Vaticano para mediar a guerra na Ucrânia, como foi sugerido pelo Papa Leão XIV.  

Acrescentou que Moscovo acolhe com agrado a "vontade e disponibilidade" de todas as partes, segundo a agência de notícias italiana ANSA.

Putin e Trump mantiveram uma conversa telefónica esta semana, que não conseguiu produzir uma trégua na Ucrânia.

Após o telefonema, Trump, que tinha prometido durante a campanha eleitoral acabar com o conflito em "24 horas", garantiu que Moscovo e Kiev iriam "iniciar imediatamente negociações com vista" a uma trégua.

Putin disse que Moscovo vai propor a Kiev que trabalhasse num memorando, uma fase preliminar, segundo o que explicou, para "um possível futuro tratado de paz".

Mas, até à data, não foi anunciado qualquer calendário e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na segunda-feira à noite que não sabia nada sobre esta nova ideia de um memorando.  

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.