24 de julho de 2022

O Secretário Nacional do MADEM-G15, Abel da Silva, em representação do Coordenador Nacional, sábado dia 24, em Bissaquel, presenciou o acto político de grande relevância onde ex-militantes do PAIGC que aderiram ao Movimento Para Alternância Democrática (MADEM-G15).

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O momento foi testemunhado por dirigentes do Partido e por citadinos locais.

Teve ainda lugar um jogo de futebol pondo assim frente a frente as equipas de Colômbia e Bidjadj. 

Depois  do encontro o  Secretário Nacional fez a entrega dos cartões aos novos militantes do MADEM-G15 e um breve discurso de agradecimento .


MISSÃO DO PRESIDENTE ÚMARO SISSOCO EMBALÓ EM NOME DA CEDEAO À REPÚBLICA DO BURKINA FASO.

Na sua deslocação para Ouagadougou/BurkinaFaso, em missão da CEDEAO de que é Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo, o General Úmaro Sissoco Embaló e a delegação que o acompanha mantiveram um encontro de trabalho com  o Presidente de Transiçâo do Burkina Faso, seguido de uma conferência de imprensa.


🔴🎥 Communiqué final de la visite du Président en exercice de la CEDEAO

(Ouagadougou, 24 juillet 2022). Le Président du Faso, le Lieutenant-colonel Paul-Henri Sandaogo DAMIBA, a eu une séance de travail, ce dimanche en fin de matinée avec une délégation de la Communauté économique des États de l’Afrique de l’Ouest (CEDEAO). Conduite par le Président en exercice de l’organisation communautaire, le Président bissau-guinéen Umaro Sissoco EMBALO, la délégation était composée du Médiateur de la CEDEAO pour le Burkina, Mahamadou ISSOUFOU et du Président de la commission de la CEDEAO, Dr Omar Alieu TOURAY.

« Nous sommes venus évaluer la progression des engagements qui ont été pris depuis la conférence des Chefs d’État et de Gouvernement de la CEDEAO. Le Président a montré aussi sa vision et ce sur quoi le gouvernement de la Transition doit se focaliser », a déclaré le Président en exercice de la CEDEAO à la fin des travaux.

Umaro Sissoco EMBALO a insisté sur les délais établis par la Commission pour le retour à l’ordre constitutionnel et la mise en place de mécanismes de suivi et d’évaluation comprenant le Médiateur, la CEDEAO, l’Union africaine, les représentants de l’ONU à Ouagadougou.

Sur la question des délais, le Président EMBALO a précisé : « nous avons un consensus de 24 mois qui va du 1er Juillet 2022 au 1er juillet 2024 ». Il a, par ailleurs, rappelé les grandes priorités de la Transition au Burkina Faso qui sont « le défi sécuritaire, les questions humanitaires, le retour à l’ordre constitutionnel et la mobilisation des ressources ».

Le Président en exercice de la CEDEAO a salué les progrès enregistrés par le gouvernement burkinabè en matière de lutte contre le terrorisme et a appelé à une mobilisation aux côtés du peuple du Burkina Faso.

Direction de la Communication de la Présidence du Faso

GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ, CHEFE DE ESTADO GUINEENSE E PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CEDEAO EM MISSÃO DA ORGANIZAÇÃO REGIONAL EM OUAGADOUGOU.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

A delegação da CEDEAO chefiado pelo Presidente da República da Guiné-Bissau General Úmaro Sissoco Embaló, actual Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO deu inicio aos contactos politicos com vista a encontrar soluções que permitam.levar o Burkina Faso a implementar as últimas Recomendações da Cimeira da CEDEAO realizada em Accra.

Para dar seguimento a sua estratégia, o Presidente Úmaro Sissoco Embaló manteve uma reunião com os representantes da comunidade internacional acreditados em Ouagadougou, tendo o processo de transição como pano de fundo.

O Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO está acompanhado para além do Mediador designado pela CEDEAO para o Burkina Faso, o ex-Presidente da República do Niger, Mahamadou Issoufou e do Presidente da Comissão da CEDEAO,  o ex-Ministro gambiano dos Negócios Estrangeiros, Alieu Touray, pela nossa Ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação internacional e Comunidades, Suzy Carla Barbosa, pelo Chefe de Gabinete do Presidente da República, Califa Soares Cassamá e pelo Embaixador Alfredo Cabral, Conselheiro Diplomático do Presidente da República.


O General Úmaro Sissoco Embaló, tal como fez em Conakry, procurará inteirar-se melhor sobre o actual estado politico que presentemente se regista no Burkina Faso à luz das últimas recomendações saidas da Cimeira da CEDEAO realizada em Accra/Ghana.

Suspenso das instâncias da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o Burkina Faso e os membros da junta foram até agora poupados a outras sanções.

Uma missão ministerial da África ocidental que visitou Ouagadougou mostrou-se satisfeita por Damiba estar "aberto" ao diálogo.

A CEDEAOe a União Africana pediram à junta um calendário "razoável" para o "regresso à ordem constitucional", razão pela qual este será um dos principais objectivos da missão do actual Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, General Úmaro Sissoco Embaló na capital burkinabê.


O Presidente Umaro Sissoco Embaló na sua qualidade de Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO deixou esta manhã Bissau rumo à Ouagadougou / Burkina Faso para se inteirar in loco do estado de transição daquele estado membro da organização em conformidade com as Recomendações da Cimeira da CEDEAO realizada a 3 de Julho corrente em Accra/Ghana.

Ao deixar Bissau, o Chefe de Estado e Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO recebeu os cumprimentos de despedidas do Primeiro-Ministro Nuno Gomes Nabiam


China lança com sucesso segundo módulo da estação espacial

© Reuters

Por LUSA  24/07/22 

A China lançou hoje com "sucesso" o segundo de três módulos da sua estação espacial em construção no espaço, um passo crucial para a conclusão da instalação, noticiou hoje a AFP.

A nave espacial Wentian, que pesa cerca de 20 toneladas e não tem astronautas a bordo, foi impulsionada às 07:22 em Lisboa por um foguete Long March 5B a partir do centro de lançamento Wenchang na ilha tropical de Hainan (sul).

Um quarto de hora mais tarde, um funcionário da agência espacial responsável pelos voos tripulados (CMSA) anunciou o "sucesso" do lançamento.

Este módulo de laboratório, que tem quase 18 metros de comprimento e 4,2 metros de diâmetro, deve atracar com Tianhe, o primeiro módulo da estação, que está em órbita desde abril de 2021.

A operação de acoplagem é um desafio para a tripulação, uma vez que requer várias manipulações sucessivas e de alta precisão, nomeadamente com um braço robótico.

"Esta é a primeira vez que a China tem de atracar veículos tão grandes em conjunto", e "é uma operação delicada", disse à AFP Jonathan McDowell, astrónomo do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, nos EUA.

Uma manipulação que terá de ser repetida com a chegada de um novo módulo de laboratório mais tarde, em 2022.

Em última análise, "isto permitirá que a estação seja muito mais eficaz, com o espaço e o poder para realizar mais experiências científicas", diz McDowell.

Equipado com três áreas de dormir, uma sanita e uma cozinha, Wentian servirá como plataforma de apoio para controlar a estação em caso de falha.

O módulo também tem espaços para experiências científicas e inclui uma câmara de ar que se tornará a passagem preferida para passeios espaciais.

Chamada Tiangong (Palácio Celestial) mas também conhecida pela sua sigla CSS (Chinese Space Station em inglês), a estação espacial chinesa deverá estar totalmente operacional até ao final do ano.

Depois de Wentian este fim de semana, os três astronautas da missão Shenzhou-14, atualmente na estação espacial, acolherão o terceiro e último módulo, Mengtian, em outubro.

A estação terá então a sua forma final em forma de T. O seu tamanho será semelhante ao da extinta estação russo-soviética Mir. Espera-se que a sua vida útil seja de pelo menos 10 anos e possivelmente 15 anos.

"A CSS terá então concluído a sua construção em apenas um ano e meio, o ritmo mais rápido da história para uma estação espacial modular", diz Chen Lan, um analista do website Go Taikonauts.com, especializado no programa espacial chinês.

"Em comparação, a construção da Mir e da Estação Espacial Internacional (ISS) levou 10 e 12 anos, respetivamente", disse.

A conclusão do Tiangong permitirá também à China realizar, pela primeira vez, um revezamento da tripulação em órbita.

Esta substituição deverá ter lugar em dezembro, quando os astronautas da Shenzhou-14, atualmente na estação espacial, derem lugar aos da Shenzhou-15.

Tiangong acolherá então os seis membros da tripulação durante vários dias.

A China foi pressionada a construir a sua própria estação porque os Estados Unidos se recusaram a permitir a sua participação no ISS.

O gigante asiático tem vindo a investir milhares de milhões de euros no seu programa espacial há várias décadas.

A China enviou o seu primeiro astronauta para o espaço em 2003. No início de 2019, aterrou uma nave espacial no outro lado da Lua, uma estreia mundial.

Em 2020, trouxe de volta amostras da Lua e finalizou Beidou, o seu sistema de navegação por satélite, um concorrente do GPS norte-americano.

Em 2021, a China aterrou um pequeno robô em Marte e planeia enviar humanos para a Lua até 2030.

UCRÂNIA/RÚSSIA - "Ninguém estará em segurança" com Putin, diz biógrafo John Sweeney

© Lusa

Por LUSA  24/07/22 

O jornalista britânico John Sweeney, autor de um livro biográfico sobre Vladimir Putin, acredita que "ninguém estará em segurança" enquanto o presidente russo continuar no poder, e avisa que a guerra na Ucrânia é uma lição de democracia. 

"Penso que o que os ucranianos nos estão a ensinar é que a democracia deve ser defendida, a liberdade de expressão não é oferecida. E penso que devemos prestar atenção ao que está a acontecer na Ucrânia", afirmou Sweeney à Agência Lusa, a propósito do lançamento do livro "Killer in the Kremlin" ["Assassino no Kremlin"].

"Durante demasiado tempo vivemos demasiado confortavelmente e tornámos-nos ligeiramente 'zombificados'. Mas a Rússia é uma ameaça. Enquanto Putin estiver no poder, ninguém estará em segurança. Temos de fazer-lhe frente", afirma Sweeney, que estava em Kiev quando a Rússia lançou a ofensiva militar sobre a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

O livro, que se anuncia como um "relato explosivo do reinado de terror de Putin", é o resultado de 22 anos a seguir o ex-espião e agora presidente, desde a guerra na Chechénia nos anos 2000, quando diz ter visto "provas de crimes de guerra do exército russo". 

Em 2014, deslocou-se à Sibéria e interpelou o presidente russo para a BBC, perguntando-lhe sobre "as mortes na Ucrânia", uma referência ao derrube do avião MH17, que provocou a morte de 298 pessoas.

O avião da Malaysia Airlines que seguia de Amesterdão para Kuala Lumpur despenhou-se após ter sido atingido por um míssil quando sobrevoava o leste da Ucrânia durante o conflito que culminou com a anexação da Crimeia. 

"Não há dúvida de que o MH17 foi rebentado no céu pelo exército russo", apesar dos desmentidos de Moscovo, garante Sweeney, que investigou o acidente para a estação pública britânica. 

Putin respondeu, responsabilizando Kiev por não querer um "diálogo político substancial com o leste do país". Meses mais tarde, a Rússia apoiou as repúblicas separatistas ucranianas de Donetsk e Lugansk e anexou a península da Crimeia.

Em 2018, Sweeney voltou ao tema, investigando as relações com Putin dos oligarcas russos que frequentavam o Reino Unido e as ligações com o Kremlin do empresário Arron Banks, um dos aliados e financiadores de Nigel Farage durante o referendo para o Brexit. 

Mais recentemente, escreveu sobre a proximidade entre o primeiro-ministro Boris Johnson e o antigo espião russo Alexander Lebedev, cujo filho, Evgeny, proprietário dos jornais Evening Standard e Independent, entrou na Câmara dos Lordes com o título Barão Lebedev, de Hampton, no bairro de Richmond, em Londres, sobre o Tamisa, e da Sibéria, na Federação Russa".

O livro inclui informação usada para todos estes trabalhos e também para o 'podcast' "Talking on Putin" ["Falando sobre Putin"], que Sweeney lançou em fevereiro com financiamento coletivo [crowdfunding] a partir de Kiev.

Desde que deixou a BBC, em 2019, Sweeney, de 64 anos continuou como jornalista independente, além de autor de vários livros, o que lhe deu também mais liberdade. 

O novo livro aborda o percurso de Putin através de pessoas que o conheceram, especialistas e também de opositores, e inclui várias teorias por provar, desde a doença que alegadamente afeta Vladimir Putin a rumores de pedofilia e bissexualidade.

Sobre a muito falada deformação facial do presidente russo, sugere que possa ser resultado de um excesso de esteróides, tal como aconteceu com John F. Kennedy por causa dos tratamentos à doença de Addison, que terão como efeito secundário um aumento de agressividade.

Mas isto não quer dizer que Putin tenha enlouquecido, vinca, lembrando a conversa com um psiquiatra.

"Ele é mau, mas não louco. Ele não tem vozes na cabeça, não tem alucinações", argumenta, acrescentando que isto "são boas notícias porque quer dizer que não nos vai atacar com bombas nucleares".

Antes de invadir a Ucrânia, Putin já tinha lançado ataques à ordem internacional e às democracias ocidentais, mantendo-se a suspeita no livro sobre a influência sobre o 'Brexit', apesar de várias investigações oficiais britânicas não terem encontrado indícios.   

"Nenhuma dessas investigações foi de boa qualidade. Aqueles que podem realmente saber são [os serviços de inteligência britânicos] MI6 e não lhes foi pedido que investigassem", afirmou à Lusa, alegando que o Partido Conservador, no poder, não está interessado. 

Sobre o primeiro-ministro, Boris Johnson, reconhece o mérito no confronto da Rússia e de Putin "a partir de 24 de fevereiro", mas deixa críticas sobre as relações anteriores com oligarcas, nomeadamente frequentando festas na mansão dos Lebedev em Itália.

"A relação com os Lebedev é imprópria. Alexander Lebedev foi do KGB e [o KGB] é como o Hotel California", diz, numa referência à música dos Eagles, que cantavam que "nunca se pode sair".