quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

EUA. Invasão do Capitólio inviabilizou ratificação da vitória de Biden

© Getty Images

LUSA   06/01/21 

A invasão do Capitólio por apoiantes do Presidente cessante norte-americano, Donald Trump, inviabilizou hoje a ratificação, por parte do Colégio Eleitoral, da vitória do democrata Joe Biden nas eleições de 03 de novembro.

Pouco antes do início dos trabalhos da reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Representantes, foi travada uma guerra verbal entre Trump e o seu vice-Presidente, Mike Pence, com o chefe de Estado cessante a pressioná-lo para que não permitisse que o Congresso ratifique os resultados eleitorais, tirando partido da sua função, por inerência do cargo, de presidente do Senado.

Em resposta, e à medida que os arredores do Capitólio se iam juntando milhares de apoiantes de Trump, Pence acabou por desafiar o ainda Presidente, salientando que chefe de Estado cessante não tem o poder para rejeitar os votos eleitorais. 

Na ocasião, Pence argumentou com a Carta Magna dos Estados Unidos, lembrando o juramento que fez de "apoiar e defender a Constituição" o impede de "reivindicar autoridade unilateral para determinar quais os votos eleitorais que devem ser contados e quais os que não devem".

Após o início dos trabalhos, os republicanos no Congresso opuseram-se à contagem dos votos do Colégio Eleitoral do Arizona, forçando a uma votação sobre a vitória de Biden, ameaçando, paralelamente, contestar resultados noutros estados e perturbando a validação da vitória do candidato democrata.

A objeção foi feita pelo representante Paul Gosar e foi assinada pelo senador do Texas Ted Cruz, ambos republicanos, obrigando as duas câmaras a resolver este desafio, através de uma votação, missão para a qual dispunham de duas horas.

Pelo meio, o líder republicano do Senado norte-americano, Mitch McConnell, ainda defendeu que anular a eleição presidencial "prejudicaria para sempre" a imagem da república, criticando a rejeição da contagem de votos do Arizona por legisladores do seu partido. 

"Se esta eleição for invalidada com base em alegações simples dos perdedores, a nossa democracia entrará numa espiral mortal", disse McConnell, numa menção que arrefeceu os ânimos do grupo de republicanos que pretendia responder aos apelos de Trump, que gostaria de ver anulados os resultados eleitorais.

McConnell deu o mote para os argumentos que vários representantes democratas repetiram nos minutos seguintes, alegando que a contestação dos resultados eleitorais carece de "provas ou fundamentos" e que, muitas vezes, são sustentados por "teorias da conspiração".

Foi nesse tom que o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, conduziu a oposição à objeção dos republicanos aos resultados no estado do Arizona, tentando evitar que a situação se repetisse para a contagem de votos noutros estados, como tinha sido antecipado pelo grupo de representantes apoiantes de Trump.

Enquanto a discussão prosseguia no Senado e na Câmara de Representantes, a polícia do Capitólio começou a evacuar alguns prédios de escritórios do Congresso, por causa da presença de milhares de apoiantes de Trump, que se manifestaram hoje em Washington e se deslocaram para o local onde estão a ser ratificados os resultados eleitorais.

No interior do Capitólio, vários legisladores, incluindo republicanos, usaram as suas contas na rede social Twitter para criticar a ação dos manifestantes, assegurando que não se vão deixar intimidar pela sua presença ou pelos seus apelos para que a contagem de votos do Colégio Eleitoral seja rejeitada.

Na rede social Twitter, Trump incitou inicialmente os apoiantes a deslocarem-se para a área do Capitólio e o inevitável aconteceu, com distúrbios provocados por vários apoiantes do presidente cessante que conseguiram entrar no edifício, obrigando à interrupção dos trabalhos, que seriam, posteriormente, suspensos.

Num comício em frente à Casa Branca, Trump tinha pedido aos manifestantes para se dirigirem para o Capitólio e fazer ouvir a sua voz, em protesto contra o que considera ser uma "fraude eleitoral", tendo mesmo dito que "nunca" aceitaria a sua derrota nas eleições de 03 de novembro.

Os manifestantes obedeceram ao comando do Presidente cessante e dirigiram-se para o Capitólio, tendo ultrapassado a oposição das forças de segurança. Minutos depois, agentes de segurança começaram a evacuar escritórios do Capitólio, por razões de segurança e, de seguida, aconselharam a suspensão dos trabalhos.

Logo a seguir, num novo "tweet", Trump apelou aos apoiantes que estão a manifestar-se para se manterem pacíficos. 

"Por favor, apoiem a nossa Polícia do Capitólio e as forças de segurança. Eles estão verdadeiramente do lado do nosso País. Mantenham-se pacíficos!", escreveu.

A confusão entretanto gerada levou o presidente da Câmara de Washington D.C. a ordenar o recolher obrigatório a partir das 18:00 locais (23:00 em Lisboa) e o Capitólio fechou as portas, com pedidos de reforço de outras forças policiais.

As forças de segurança deram máscaras anti-gás aos legisladores que estavam em trabalho e começaram a evacuar a Câmara de Representantes e o Senado, retirando também das instalações o vice-Presidente Mike Pence.

Pouco depois, em mais um "tweet", Trump voltou a pedir aos manifestantes que se mantenham pacíficos, mas sem apelar ao fim dos protestos. 

"Peço a todos no Capitólio dos EUA que permaneçam pacíficos. Sem violência! Lembrem-se, NÓS somos o Partido da Lei e da Ordem - respeitem a Lei e os nossos fantásticos homens e mulheres de azul", escreveu Trump na rede social Twitter, numa referência aos agentes das forças de segurança.

Deslocação à Republica do Ghana para assistir a cerimónia de posse do Presidente reeleito, Sr. Nana Akufo-Addo.














Fonte: Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló


Guiné-Bissau: Subsídio de 1 milhão de euros para o Presidente "é um insulto"


Segundo o Orçamento Geral do Estado, aprovado no Parlamento, o Presidente Sissoco Embaló receberá, em 2021, perto de um milhão de euros. Sindicato critica os "luxos" dos governantes enquanto o povo "vive na miséria".

Está instalada a polémica sobre o chamado "Fundo de Soberania" atribuído aos titulares dos órgãos de soberania, um valor adicional ao salário e regalias que já auferem. 

Consta no Orçamento Geral do Estado (OGE), aprovado pela nova maioria no Parlamento, que o Presidente da Guiné-Bissau passa a receber, em 2021, perto de um milhão de euros; o presidente do Parlamento e o primeiro-ministro recebem o equivalente a quase 400 mil euros, cada um, enquanto o presidente do Supremo Tribunal de Justiça receberá 152 mil euros. 

Grupos de cidadãos e partidos políticos pedem ao Presidente para vetar o OGE para 2021. Umaro Sissoco Embaló ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Entretanto, Nelson Moreira, deputado do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), partido que sustenta o atual Governo no Parlamento, diz que foi apenas atualizada uma proposta que já vinha de 2018, quando o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) estava no poder.

"Não há nada de novo", afirma Moreira em declarações à DW África. "A única coisa que foi feita, nesta legislatura e nessa sessão parlamentar, é a atualização desse Fundo de Soberania, um fundo que é posto à disposição dos titulares dos órgãos de soberania para poderem desempenhar condignamente as suas funções." 

Guiné-Bissau: Que lições tirar das últimas eleições presidenciais?

A DW África sabe que o anterior Presidente guineense, José Mário Vaz, recebia pouco mais de 76 mil euros de subsídio de representação. Agora, esse subsídio passaria a ser designado como "Fundo de Soberania", recebendo o Presidente da República em 2021 o equivalente a cerca de 915 mil euros, segundo o OGE. O deputado Nelson Moreira concorda com o aumento.

"Sim, porque, com base num trabalho feito, chegou-se a essa conclusão da necessidade de ser atualizado o valor em função da atual situação e circunstâncias em que o país está a viver."

Por seu lado, Wasna Papai Danfa, vice-líder da bancada parlamentar do PAIGC, partido que se recusou a participar na votação do OGE, refere que esse dinheiro dava para resolver vários problemas sociais que o país enfrenta, afirmando mesmo que se trata de uma medida "inconstitucional".

"Somado, esse montante dá mil e duzentos milhões de FCFA [mais de 1,8 milhões de euros]. E, se olharmos para o OGE, veremos que a verba atribuída ao Ministério da Família e Coesão Social é quase o mesmo valor. Ou seja, os quatro titulares dos órgãos de soberania ganham praticamente o mesmo que um ministério, que é extremamente importante para o nosso contexto social."

Para a bancada parlamentar do PAIGC, o país não estará em condições de aguentar tanto encargo no contexto da pandemia de Covid-19.

"O país não está em condições de atribuir um valor destes aos titulares dos órgãos de soberania. Quando dizem para apertarmos o cinto, não deve ser para os mais pobres. Nunca vi na Guiné-Bissau um Presidente da República a ganhar anualmente 600 milhões de FCFA, sem contar com as regalias e o seu salário."

Júlio Mendonça, secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné

Povo paga mais impostos, governantes "ostentam luxos"

Uma das vozes mais críticas ao OGE, mesmo antes da sua aprovação, é o líder da maior central sindical do país, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG). Júlio Mendonça lamenta que os trabalhadores do Estado paguem mais impostos, sem aumento de salário mínimo, enquanto os titulares vão ganhar mais dinheiro "à custa deles". O sindicalista diz que o "Fundo de Soberania" não reflete a realidade do país.

"Para nós, é um insulto ao povo. O povo vive na miséria, não há hospitais, não há nada, mas os governantes andam a ostentar luxos. Quando disse, no ano passado, que se fosse aprovado esse OGE, 2021 seria um ano de greve, era isso que estava em causa. Porque esse OGE prova que não têm sentimento ao povo. Querem aumentar a carga fiscal num pobre funcionário, mas não pagam impostos."

A União Nacional dos Trabalhadores cumpre esta quarta-feira (06.01) o terceiro dia de uma greve geral em protesto, entre outros pontos, contra o OGE. Mas Júlio Mendonça diz que o Governo ignora a paralisação. Além disso, líderes sindicais estarão a ser alvo de ameaças: "Temos informações de que pretendem fazer algumas manobras de intimidação aos dirigentes sindicais da UNTG. Mas estamos tranquilos e esperamos essas intimidações, porque estamos a defender os direitos laborais."

A greve geral deve terminar na sexta-feira (08.01), mas a UNTG pretende avançar com novo pré-aviso. Falta saber se o Presidente irá vetar ou promulgar o OGE de 2021.

DW//Agência de Notícias da Guiné-Bissau

Ciclo de Greves : INACEP inicia amanhã uma greve por um período de 15 dias.


O sindicato de Base da Imprensa Nacional, anunciou esta quarta-feira 06/01/2021 que vai iniciar amanha uma greve de 15 dias para exigir entre outros pagamento de vários meses de salários em atraso.

A intenção da paralização foi anúnciada hoje numa conferência de imprensa pelo presidente do Sindicato de base da referida instituição Walter Mendonça. Na qual assegurou que a greve só vai ser levantada quando for pagos os 6 meses de salários atrasados, caso contrário emitirão novo pré aviso de greve.

Walter Mendonça, disse que a difícil situação com que depara os funcionários tem constituído uma das maiores preocupações. Tendo denunciado que a nova Direção dirigida por Bamba Banjai, empregou 39 funcionários e efetivou em menos de quatro meses, 28 subordinados empregues pelo mesmo e atualmente são no total cerca de 150 funcionários com trabalhos a menos.

Aos jornalistas, Mendonça informa que, a Direção anterior tinha um salário bruto de 22 milhões de fcfa, sem contar com o imposto e segurança social que ronda num valor de 18 milhões. E a atual direção liderada pelo Bamba Banjai, conta com salário de 28 milhões de fcfa, montante esse que não se inclui imposto e nem segurança social.

Walter Mendonça, denúncia ainda o desaparecimento de inúmeras receitas das produções interna, exigindo o paradeiro das receitas, pois até momento a divida com os funcionários não foram liquidados. Além disso, requerem a dívida da segurança social, matérias-primas, e controle das receitas interna.

Fonte: capgb.com

Presidente de BOAD na Guiné-Bissau, em perspetiva um elevado volume de financiamentos para o país!


O Presidente em exercício do Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD), anunciou esta terça-feira 05 de Janeiro de 2021 que têm em manga um pacote de financiamento sequencial para diferentes projetos e programas que visam ajudar o desenvolvimento sócio econômico da Guiné-Bissau.

” Como sabem, estou assumir a presidência da BOAD e neste âmbito mantivemos encontro com o Presidente da República Embaló, no qual, debatemos vários programas e projetos a financiar ou a refinanciar que já discutimos com o ministro das finanças João Aladje Mamadu Fadia com vista ao desenvolvimento da Guiné-Bissau” Enfatizou

Serge Ekue, falava a imprensa depois da audiência com o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, no palácio rosa, em Bissau.

Aos jornalistas, Serge Ekue disse que a BOAD tem vindo a companhar o país daí que pretendem financiar os setores de Infraestrutura, Saúde, Transporte e Telecomunicações Turismo entre outros.

” Temos vindo acompanhar o país e temos em perspetiva vários projetos de engajamento conjunto com as autoridades Guineenses. Disse sublinhando que, ” trabalhamos em diferentes quadrantes de financiamento de uma maneira sequencial afim de identificar os projetos prioritários, podemos destacar aqui as Infra-estruturas, Saúde, Transportes e Telecomunicações Turismo e entre outros” Finalizou

Fonte: capgb.com

Abdu Mané,, reage sobre aprovação Projeto de Institucionalização do dia da Assembleia N. Popular


Abdu Mané, Lider de bancada parlamentar do Madem G15, reage sobre aprovação Projeto de Institucionalização do dia da Assembleia Nacional Popular que será comemorado no dia 23 de Setembro e Suspensão do trabalho na ANP.

ANP: Apresentação, discussão e votação do Projeto de Institucionalização do Dia do Constituinte

ANP: 
Período Antes de Ordem do Dia.
- Apresentação,  discussão e votação do Projeto de Institucionalização do Dia do Constituinte

ANP: Período Antes de Ordem do Dia. - Apresentação, discussão e votação do Projeto de Institucionalização do Dia do Constituinte

Bafatá: A mais duma semana de greve no setor de energia em Bafatá


Bafatá: A mais duma semana de greve no setor de energia em Bafatá, houve violação pela parte da Direção a fornecer energia elétrica aos clientes.
O delegado da energia de Bafatá Jorge Cunté Na Ghala, ouvido sobre a polêmica, garante continuar a fornecer corrente  elétrica e disse que não existe nenhum acordo entre as partes.

Recorda que o sindicato de base da energia de Bafatá, está exigir a direção da energia o pagamento de 9 meses do ano 2020.

Radio Bantaba

GUINE-BISSAU - Apresentação, discussão e votação do P de Institucionalização do Dia do Constituinte.


Radio Bantaba

Obras em curso na Av. Macky Sall

Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo

MOPHU/05.01.2021 ( terça-feira)

Ministério Das Obras Públicas Habitação e Urbanismo.

Obras em curso na Av. Macky Sall








Populares de Bessassema denunciam morte de homem de 65 anos por “carga policial”


Um homem de 65 anos, que teria ficado ferido na sequência da alegada “carga policial”, morreu no passado 02 de janeiro, em Bessassema, arredores de Tite, na região de Quínara, no sul da Guiné-Bissau.

À reportagem do Capital News, uma fonte familiar explicou que tudo aconteceu após confrontos entre polícias e adeptos de uma das equipas participantes do torneio de futebol entre as aldeias, organizado em Bessassema, pela comunidade local:

“Foi nos finais de dezembro último e no decurso do torneio desportivo. Houve confrontos entre polícias e adeptos, no torneio desportivos em Bessassema. No dia seguinte os polícias voltaram a aldeia e encontraram pessoas sentadas, na cerimónia de choro e começaram a bater nelas e feriram um velho de 65 anos, que veio a falecer no dia 2 de Janeiro”, explica.

Mas de acordo com uma fonte policial, contactada pelo CNEWS, terão sido os adeptos de Bessassema que agrediram forças da ordem e não confirma o óbito:

“Nós não soubemos se nos dias seguintes tinha falecido alguém. Eles (populares) agrediram os polícias e feriram-nos. Se houvesse morto dias depois, eles deviam ir ao hospital, para confirmar se foi por causa de confrontos com os polícias. Todavia, vamos investigar e apurar responsabilidades sobre as circunstâncias do ocorrido”, promete.

O Capital News soube que seis polícias ficaram feridos na sequência dos confrontos com os adeptos da equipa de Bessassema, que participava no torneio desportivo, que já foi interrompido devido a esse acontecimento.

Por CNEWS

DEPUTADO AGNELO REGALA PEDE DEMISSÃO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA


O deputado da bancada parlamentar da União para Mudança, Agnelo Augusto Regala, pediu esta quarta-feira, 06 de janeiro de 2021, ao chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, para demitir das suas funções o Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, por ter enganado a sociedade guineense com informações falsas sobre o mandado de captura internacional contra Domingos Simões Pereira.

Na sequência das declarações do chefe de Estado da Guiné-Conacri, Alpha Condé, reproduzidas pelo líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, o Procurador-Geral da República informou que teria emitido um mandado de captura internacional contra o presidente do PAIGC, uma notícia já desmentida pela Interpol, tendo sido também demitido e nomeado novo diretor nacional da Interpol.

Na altura, Domingos Simões Pereira criticou a forma como Sissoco Embaló decidiu lidar com as “acusações graves” do país vizinho, tendo dito que “não respondia às acusações  de tentativa de desestabilizar a Guiné-Conacri porque  não reconhecia  a legitimidade de Alpha Condé, porque este pretendia um terceiro mandato”.

Agnelo Augusto Regala falava durante no período antes da ordem do dia da sessão plenária desta quarta-feira, na qual considerou “vergonhosas as perseguições políticas e justiça seletiva que neste momento se verifica no país”.

O deputado da União para a Mudança disse que quando o Procurador-Geral da República induz o Presidente da República em erro, ao ponto de dizer que emitiu um mandato de captura internacional contra o cidadão Domingos Simões Pereira “é extremamente grave”, conjugado com outro processo forjado contra o cidadão Aristides Gomes.

“Se na verdade queremos paz e estabilidade no país, devemos deixar de fazer justiça seletiva. Por estas razões, condenamos a situação e apelamos ao Presidente da República que tome uma atitude clara sobre essa matéria, demitindo o Procurador-Geral da República das suas funções”, reforçou.

Por seu lado, a deputada da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Maria Odete Costa Semedo, disse que tiveram a informação, através da comunicação social, que o atual primeiro-ministro foi indiciado pela Polícia Judiciária, no caso das madeiras, assim espera que essa situação seja resolvida, porque “o povo precisa de esclarecimentos sobre esse assunto”.

Odete Semedo disse ter informação de carpinteiros, em algumas localidades da capital, que estão a batalhar diariamente para conseguir o sustento cujos lotes de madeira foram apreendidos “indiscriminadamente a mando do atual governo”. Revelou na sua comunicação que até ao momento os carpinteiros não sabem do paradeiro das madeiras apreendidas e insta a Comissão Especializada para Áreas do Comércio a trabalhar nessa matéria.

“Queremos também falar da história do mandado de captura internacional sobre o cidadão Domingos Simões Pereira. Quando alguém está no poder e utiliza esse poder para pisar outras pessoas, isso não é bom para o funcionamento de Estado. Existe um grupo de pessoas indicadas para serem perseguidas, mas o PAIGC nunca se cansará de lutar para que haja uma verdadeira justiça. Depois da vergonha sobre o mandato de captura internacional, assiste-se agora à exoneração e nomeação, com uma agenda definida, para perseguir algumas individualidades no país”, sublinhou.

Enquanto isso, Martina Muniz, da bancada parlamentar do Partido da Renovação Social (PRS), defendeu que os sindicatos em greve devem ponderar mais e dar a oportunidade ao atual executivo para resolver as suas reivindicações. Martina Muniz pediu aos sindicatos dos professores para não aderirem à greve, porque as escolas públicas não funcionaram durante dois anos e que o primeiro trimestre do presente ano letivo já terminou.

“Não há necessidade de os professores aderirem à greve, porque nem todos os pais e encarregados terão condições de pagar a escola dos filhos nas escolas privadas”, alertou.

O democrata//

FÁBRICA DE OXIGÊNIO DO HOSPITAL SIMÃO MENDES NÃO FUNCIONA DEVIDO A UMA AVARIA

O principal hospital da Guiné-Bissau Simão Mendes está sem oxigênio há mais de uma semana devido à avaria da fábrica de produção do oxigênio do posto de saúde pública em Bissau.

A informação foi transmitida à Rádio Jovem nesta segunda-feira, 04 de janeiro, pelo diretor de Serviço de Manutenção Técnica e Biomedicina da própria instituição, Serifo Adulai Bá, na qual informa que é necessário trocar os componentes, de acordo com a recomendação do fabricante para permitir a melhor qualidade e quantidade necessária de oxigênio.

"A fábrica de produção do oxigênio depara-se com problemas de manutenção de peças que, seis em seis meses, é recomendada que seja feita a mudança dos componentes, nomeadamente filtros de ar, compressor, filtros de óleo, óleo, válvulas silenciadoras, filtros de passagem antibacterianas e sensores" explicou Serifo Adulai Bá.

O responsável explicou ainda que enviou, desde dezembro último, uma nota à direção do Hospital Simão Mendes, informando o ocorrido, mas até então não recebeu uma resposta por parte do diretor do hospital, Agostinho Semedo, sublinhando que tiveram, recentemente, um encontro com o ministro de Saúde Pública, Antônio Deuna, no qual o governante pediu ao responsável do Serviço de Manutenção Técnica e Biomedicina no sentido de entrar em contato com o fabricante, a empresa portuguesa ATB Multiservice. 

Em resposta, Adulai Bá informou ao ministro António Deuna que a referida empresa está de férias neste momento e que não tem como enviar as tais peças para Portugal.

A fábrica produzia, diariamente, entre 150 a 200 garrafas do oxigénio e, neste momento, devido à falta de manutenção, não consegue produzir nenhuma garrafa do oxigênio.

O Serviço de Manutenção Técnica e Biomedicina disse à rádio Jovem que a última manutenção da fábrica foi feita no mês de julho de 2020.

Por: Alison Cabral

Antigo PGR Bacar Biai vai ser novo director nacional de Interpol na Guiné-Bissau


O Governo da Guiné-Bissau exonorou o diretor nacional de Interpol, Melancio Correia. Para o seu lugar irá o antigo procurador-geral da República Bacari Biai, sugundo as informações avançadas pelas fontes do executivo e judiciais disseram à agência Lusa.

A exoneração de Melancio Correia acontece horas depois de o coletivo de advogados do ex-primeiro-ministro guineense Domingos Simões Pereira criticar a sua atuação pelo seu envolvimento na tentativa de execução de um mandado de captura internacional emitido contra o político pelo Procurador-Geral da República, Fernando Gomes.

O coletivo de advogados de Domingos Simões Pereira acusou o diretor nacional da Interpol de ter tido "um comportamento que entristece o país" quando aceitou solicitar a emissão do mandado de captura internacional "mesmo sabendo que a medida não obedece às formalidades legais".

Na resposta da Interpol ao Ministério Público guineense e à qual o coletivo de advogados de Domingos Simões Pereira teve acesso, é referido que o artigo 3.º dos estatutos daquela organização determina que é "estritamente proibido à organização realizar qualquer intervenção ou atividade de caráter político, militar, religioso ou racial".

Segundo fontes concordantes do Governo e judiciais, o novo diretor nacional da Interpol passa a ser Bacari Biai, que deixou as funções de Procurador-Geral da República em julho de 2019. Bacari Biai, magistrado jubilado do Ministério Público, foi também diretor da Polícia Judiciária (PJ).

Melancio Correia é quadro sénior da PJ guineense e esteve sempre ligado ao gabinete nacional da Interpol na Guiné-Bissau desde a sua criação, em 2006, até ser nomeado diretor nacional pelo atual ministro da Justiça, Fernando Mendonça, em junho de 2020.

DW//

 


Ministro de Justiça suspende o diretor Nacional de Interpol e, em seu lugar nomeia o antigo Procurador-geral da República Bacar Biai.