quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Peregrinação à Meca - Fieis guineenses se despedem do Presidente da República



Bissau 23 Ago 17 (ANG) – O Chefe de Estado guineense recebeu esta manhã os cumprimentos de despedida dos 510 peregrinos guineenses para o cumprimento do quinto pilar do Islão na cidade santa de Meca, na Arabia Saudita.

Na ocasião, José Mário Vaz agradeceu o alto-comissário encarregue de organizar a campanha do prensente ano, especialmente o seu elenco pelo trabalho feito,“sem os quais não seria fácil ter uma excelente organização como a deste ano”.

“Façam uma boa viagem e peçam a bênção Divina para o país porque já estamos cansados de conversas. O que queremos a partir de agora para a Guiné-Bissau é trabalho e quem quer conversar que o faça sozinho”,recomendou.

José Mário Vaz pediu aos peregrinos que no regresso se unam e trabalhem em prol do desenvolvimento do país, frisando que conversas não constroem estradas, hospitais, nem paga as propinas das crianças.

Por seu turno, o Alto-Comissário para a Peregrinação à lugares sagrados dos muçulmanos disse que a organização deste ano superou todas as espectativas porque num total de 510 peregrinos 370 beneficiaram de bolsas concedidas pelo Chefe de Estado.

Botche Candé disse que os que pagaram 2,5 milhões receberam um acréscimo de 350 mil francos cfa cada um, por isso, segundo ele ,os peregrinos não receberão o reembolso como era o costume.

“ Por isso cada peregrino deve ter o seu dinheiro do bolso para comprar o que quiser no regresso, porque o transporte, a alimentação, habitação e deslocações internas para deferentes lugares sagrados de Meca já estão garantidas”, disse.

Em nome dos peregrinos, Alanso Fati agradeceu ao José Mário Vaz pelo que fez pela comunidade islâmica do país, bem como a colaboração das autoridades no acesso aos documentos.

São 510 peregrinos guineenses divididos em dois grupos, sendo  que o primeiro deve deixar o pais dia 24 e o segundo  no dia seguinte . A Guine-Bissau esteve presente no ano transacto em Meca com 312 peregrinos. 

ANG/ANG/SG

Álcool na gravidez leva um em cada 13 bebés a nascer com problemas

Nem é preciso que seja frequente, o consumo de álcool durante a gravidez pode afetar a saúde e o desenvolvimento do seu filho.


Estudo estima que por todo o mundo oito em cada mil bebés que nascem com Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). Revela ainda que uma em cada 13 mulheres que consumiram álcool durante a gravidez dá à luz um bebé com distúrbios do espectro da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF).

Esta síndrome aumenta o risco de a criança desenvolver deficiências físicas, mentais, comportamentais ou de aprendizagem.

Para o estudo, publicada na revista JAMA Pediatrics, a equipa de investigadores analisou a prevalência - ou a frequência com que os bebés nascem com SAF - em crianças desde o nascimento até ais 16 anos de idade em 187 países.

Como reporta o Indian Express, apesar de a região europeia é a que mostra níveis mais altos, com cerca de 20 casos de SAF por cada mil crianças, o leste da região mediterrânea mostrou ter a menor prevalência.

Nos Estados Unidos da América há 15 casos de SAF por cada mil crianças, enquanto no Canadá há oito casos por cada mil crianças. Em 76 países, mais de uma em cada 100 pessoas jovens tinha SAF.

Os especialistas revelam que é preciso prevenir o consumo de álcool durante a gravidez e que também é necessário identificar as crianças com SAF e encaminhá-las para os cuidados de que elas vão precisar ao longo da vida.

POR VÂNIA MARINHO
NAOM

EUA afirmam que impasse político deve ser resolvido pelos guineenses

O novo embaixador dos Estados Unidos para a Guiné-Bissau, Tulinabo Mushingi, disse hoje que o 'status quo' é "simplesmente inaceitável", referindo-se ao impasse político no país e defendeu que o assunto deve ser resolvido pelos guineenses.


"Ouvi dizer que a Guiné-Bissau se encontra num impasse devido à situação política. Sendo assim, o 'status quo' é simplesmente inaceitável, todos nós, todos vós, todo o povo da Guiné-Bissau, todos os atores devem fazer alguma coisa para sair desta situação", afirmou o embaixador dos Estados Unidos, que está baseado no Senegal, num encontro com os jornalistas.

Para Tulinabo Mushingi, os "atuais líderes devem tomar prontamente medidas que promovam o consenso e permitam a criação de um Governo inclusivo".

"Líderes políticos de todas as alas devem priorizar os interesses nacionais e encontrar uma solução para a crise atual", afirmou.

Questionado sobre se os EUA já não defendem a aplicação do Acordo de Conacri para ultrapassar o impasse político no país, o embaixador disse que isso "não é segredo".

"O que estou a dizer é que há um impasse político. E os guineenses é que devem decidir o que vão fazer. Não cabe aos EUA impor um acordo aqui. É para os guineenses decidirem", afirmou.

Em junho, a embaixadora interina dos EUA Martina Boustani defendeu que os acordos de Bissau e de Conacri "representam a melhor forma para a saída do impasse político do país".

"Vimos que o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) já iniciou o processo de reintegração dos 15 dissidentes, uma das cláusulas do Acordo de Conacri. Aguardamos a nomeação de um primeiro-ministro de consenso pelo Presidente Vaz (José Mário Vaz), seguido de um Governo inclusivo", afirmou.

A embaixadora interina sublinhou também que todas as partes podem contar com o apoio dos Estados Unidos "através das Nações Unidas e da CEDEAO, na medida em que implementem aqueles acordos".

O novo embaixador dos Estados Unidos, que esteve até agora no Burkina-Faso, entregou hoje as cartas credenciais ao Presidente da Guiné-Bissau.

O Acordo de Conacri, patrocinado CEDEAO, prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.

O atual Governo da Guiné-Bissau, de iniciativa presidencial, não tem o apoio do partido que ganhou as eleições com maioria absoluta e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.

Por Lusa