terça-feira, 11 de julho de 2017

Jorge Herbert

O Inspector do Ministério da Educação foi a uma escola para avaliar o aproveitamento dos alunos.

Pediu à professora para sair da sala e, a seguir, perguntou a um dos alunos da primeira fila:
- Quem incendiou Roma?

O menino, muito assustado, já quase a chorar, respondeu:
- Juro que não fui eu, senhor inspector.

Bastante chocado com a resposta, o inspector chama a professora e contou-lhe o sucedido.
E a professora respondeu:
- O Joãozinho não é mentiroso. Se ele disse que não foi ele, é porque não foi mesmo!

Horrorizado, o inspector foi à procura do Presidente da Câmara, narrou-lhe o sucedido e sugeriu que ele solicitasse ao Ministério da Educação a demissão da professora.

O Presidente coçou a cabeça, meditou alguns instantes e disse:
- Não podemos mandá-la embora, inspector! Ela precisa do emprego, pois é ela quem sustenta a família e, além disso, foi indicada para o cargo pelo presidente do Partido. Vamos fazer um acordo: o senhor diz-me quanto foi o prejuízo do incêndio e a Câmara paga!

COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE VENDA DE CASTANHA DE CAJU DETECTA CONDIÇÕES INAPROPRIADAS NOS ARMAZÉNS DE ESTOQUE


A Comissão de Concertação para o acompanhamento do processo de comercialização, exportação e transformação de castanha de Caju efetuou esta, terça-feira (11/07), a primeira etapa da visita aos armazéns de stockagens de castanha de Caju, entre Safim e uma parte de Bissau

A comissão é composta pelo governo e pelo sector privado, chefiada pela Agencia Nacional de Caju “ANCA”.

Nesta primeira fase que deve continuar ainda, esta quarta-feira (12), representantes de algumas empresas visitadas, tiveram reacções de satisfação e ao mesmo tempo alguns denunciaram os factos verificados constantemente no terreno até mesmo nos armazéns, onde encontram pedras, blocos de cimento e outros materiais, misturados com a castanha de Caju, no sentido de aumentarem pesos para os compradores, isto referindo ao representante da Empresa “Euro Impex”, de Infali Badji.

Para Hassan Nazé Mazé, do grupo “Latex Foam”, a sua empresa pretende criar mais armazéns no interior do país, nomeadamente em Bambadinca, Fulacunda e Buba.

Entretanto, Salum Faty, da Empresa “Elbrod Bissau SARL”, diz estar a contar exportar pelo menos seis mil toneladas ainda este ano.

Já depois da visita, o presidente da Agência Nacional de Caju, Malam Djaura, elogiou as condições apresentadas em alguns armazéns e ao mesmo tempo criticou os que apresentaram condições inapropriadas para a estoque de Caju.

No entanto, Djaura promete não escandalizar nada, mas a comissão vai continuar a sensibilizar as empresas no sentido de melhorarem as condições de estoque para “corrigir os males” detetados. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Baio Dansó
Imagem: Baio Dansó
Radiosolmansi

PRIMEIRA-DAMA DIZ BASTA A ‘MORTE PREMATURA’ CAUSADA PELA IGNORÂNCIA

A Primeira-Dama da Guiné-Bissau, Maria Rosa Vaz, disse esta terça-feira, 11 de julho 2017, que é sua responsabilidade dizer basta à morte prematura causada pela negligência e ignorância da população no país, pela discriminação contra as mulheres e à gravidez indesejada, mas sim ao planeamento familiar.

Maria Rosa Vaz falava na cerimônia da celebração do dia Mundial da População que decorreu no bairro de Bandim (Praça de Bandim) sob o lema “Planeamento Familiar, Empoderamento das Pessoas, Desenvolvimento das Nações”.

Rosa Vaz assegurou que se todos os dias morrem mulheres na Guiné-Bissau durante o parto, por isso o planeamento familiar pode reduzir a mortalidade.

“A responsabilidade é de todas as mulheres guineenses, dos homens e jovens no sentido de preservar o direito à saúde. Isso pode ajudar muito na redução da mortalidade materno infantil”, advertiu.

A secretaria de Estado da Gestão Hospitalar, Maria Inácia Có, explicou na ocasião que cerca de 225 milhões das mulheres no mundo não têm acesso às informações sobre planeamento familiar ou aos serviços necessários para evitar a gravidez. Adiantou ainda que o planeamento familiar é crucial para a igualdade do género e o empoderamento das mulheres e que também é um fator essencial para redução da pobreza.

“Nos últimos anos, o governo da Guiné-Bissau, em colaboração com os parceiros internacionais, organizações femininas e a sociedade civil, tem levado a cabo várias atividades e iniciativas dirigidas às mulheres visando melhorar o planeamento familiar e o desenvolvimento sustentável da população”, assegurou a governante.

Para a representante do Fundo das Nações Unidas para População no país, Kourtoum Nacro, a organização que dirige estabeleceu um objectivo ambicioso e transformador para eliminar toda a demanda insatisfeita do planeamento familiar até 2030.

Segundo Kourtoum Nacro, cerca de 2014 milhões das mulheres nos países em desenvolvimento carecem de métodos de planeamento familiar seguros e eficazes e a maioria dessas mulheres vive em 69 países mais pobre do mundo.

De refererir que o planeamento familiar salva vidas e contribui para a prevenção das gravidezes indesejadas, redução dos riscos associados aos partos, abortos praticados em condições de insegurança e doenças transmitidas sexualmente. 

Por: Aguinaldo Ampa
OdemocrataGB
A ESTRADA QUE LIGA MAMPATA-FORREA E SECTOR DE CACINE, SUL DO PAÍS ESTA TOTALMENTE BARRADO POR UM CAMIÃO CARREGADO DE CASTANHA DE CAJU QUE ESTAGNOU NO MEIO DE CAMINHO DEVIDO A MÃ CONDIÇÃO DESTA ESTRADA E QUE MOTIVOU DESDE ONTEM NÃO HÁ ESPAÇO PARA SAÍDA E NEM ENTRADA DE CARROS NESTA VIA. 

SEGUNDO INFORMAÇÃO EXISTE UMA VIA ALTERNATIVA ENTRE QUEBO E CHAMARA UM CAMINHO QUE NÃO É APROPRIADO PARA VEÍCULOS DE GRANDE PORTE...

Um abraço do vosso irmão bacaridala baldé.

Bacaridala Baldé via facebook





Porque é que a água do mar é azul e não transparente?

Esta é uma dúvida que muitas pessoas têm.


Quando estamos na praia e começamos a caminhar na água conseguimos ver tudo, pois a água é transparente. Porém, quando estamos em alto mar não vemos nada, pois a água torna-se azul escura e deixamos de ver o fundo.

Mas afinal por que razão isto acontece? A explicação é-nos dada num artigo do jornal catalão La Vanguardia.

A causa para esta diferença está na luz e na forma como os nossos olhos a percecionam. A luz que nos chega do sol é branca, embora seja composta pela cores violeta, azul, roxo, verde, laranja e amarelo.

Mas ao penetrar na água, uma parte da luz é absorvida, em especial a parte onde estão as cores violeta, roxo e laranja. Em contrapartida, o verde e o azul não são absorvidos e, por isso, continuam a penetrar a água.

Esta é então a razão para a água do mar ser azul e em certos locais verde, pois são estas as cores que não são absorvidas pela água e, por isso, continuam a atravessá-la.

Claro que existem outros fatores que condicionam a cor da água do mar, como as plantas marítimas ou as descargas poluentes.

Noticiasaominuto

Acordos bilaterais com países que não pertencem à UE

A UE tem dois tipos de acordos de pesca com países que não pertencem à UE:

  • acordos de parceria no domínio da pesca no âmbito dos quais a UE dá apoio financeiro e técnico em troca de direitos de pesca para os navios da UE, em geral concluídos com os países parceiros do Sul 

  • «acordos do Norte» – gestão conjunta de unidades populacionais partilhadas com a Noruega, a Islândia e as Ilhas Faroé

Acordos de parceria no domínio da pesca


A Comissão negoceia e conclui, em nome da UE, acordos de pesca sustentáveis com países que não pertencem à UE para autorizar os navios da UE a capturar peixes das unidades populacionais excedentárias na zona económica exclusiva (ZEE) do país parceiro em causa.

Os acordos relativos ao atum permitem aos navios da UE seguir as migrações das unidades populacionais de atum ao longo da costa africana e do Oceano Índico.

Os acordos mistos permitem o acesso a uma grande variedade de unidades populacionais na zona económica exclusiva do país parceiro.

Estes acordos também incidem na conservação dos recursos e na sustentabilidade ambiental e garantem a todos os navios da UE normas idênticas de controlo e de transparência.

Em contrapartida, a UE concede aos países parceiros uma contribuição financeira, repartida em duas partes:

  • direitos de acesso à ZEE


  • apoio financeiro «setorial»

O apoio setorial visa fomentar o desenvolvimento da pesca sustentável nos países parceiros, reforçando a sua capacidade administrativa e científica mediante uma atenção especial à gestão, acompanhamento, controlo e vigilância da pesca sustentável.

Impacto da reforma da política europeia das pescas nos acordos

Parte da reforma da política europeia das pescas visa:

  • melhorar o conhecimento científico subjacente aos direitos de pesca concedidos ao abrigo dos acordos e proporcionar mais informações sobre o esforço de pesca global exercido nas águas dos países parceiros

  • reforçar o aspeto da boa governação dos acordos e incluir uma cláusula de proteção dos direitos humanos, bem como aumentar gradualmente a contribuição dos armadores da UE para os custos de acesso


  • fomentar a pesca sustentável nas águas dos países parceiros definindo melhor os objetivos da concessão do apoio setorial da UE e assegurando a sua supervisão regular.

Acordos do Norte

As atividades de pesca da UE no Mar do Norte e no nordeste do Atlântico estão intimamente dependentes da Noruega, da Islândia e das Ilhas Faroé, países vizinhos da UE. Grande parte das unidades populacionais visadas estendem-se além fronteiras, pelo que faz todo o sentido que as quatro partes coordenem as suas atividades, tanto mais que as várias frotas nem sempre estão interessadas nas mesmas unidades populacionais.

Por conseguinte, é feita uma gestão conjunta de muitas das unidades populacionais e recorre-se ao intercâmbio das quotas para evitar desperdícios. Algumas destas unidades populacionais são geridas através da Convenção Intergovernamental das Pescas do Atlântico Nordeste, especificamente instituída para o efeito, e outras no âmbito de acordos entre os estados costeiros.

Trata-se de acordos extremamente importantes para uma parte significativa da frota da UE, destacando-se em especial o acordo com a Noruega, que cobre quotas num valor superior a dois mil milhões de euros.

Lista de acordos de pesca

PaísData de termoTipoContribuição anual da CEAfetado ao desenvolvimento da política das pescas

Cape Verde22.12.2018Tuna550 000 €/ 500 000 €275 000 €/ 250 000 €
ComorosProtocol expired on 31.12.2016
Cook Islands13.10.2020Tuna385 000 / 350 000 €350 000 €
Côte d'Ivoire30.6.2018Tuna680 000 €257 500 €
GabonProtocol expired on 23.7.2016
Greenland31.12.2020Mixed16 099 978 €2 931 000 €
Guinea- Bissau23.11.2017Mixed  9 200 000 €3 000 000 € 
KiribatiNo protocol in force since 16.09.2015
Liberia8.12.2020Tuna715 000 €/ 650 000 €/ 585 000357 500/ 325 000/ 292 500
Madagascar31.12.2018Tuna1 566 250/
1 487 500 €
700 000 €
 Mauritania15.11.2019Mixed59 125 000 €4 125 000 €
MauritiusProtocol expired on 27.1.2017 
Micronesia  No protocol in force since 25.2.2010
Morocco27.2.2018Mixed30 million €14 million €
MozambiqueProtocol expired on 31 January 2015
São Tomé and Principe22.5.2018Tuna710 000/
675 000 €
325 000 €
Senegal19.11.2019Tuna (+ hake component) 1 808 000/
1 668 000 € 
750 000 €
Seychelles17.1.2020Tuna
5 350 000 € in 2014
To 5 000 000 in 2019
2 600 000 €
Solomon IslandsNo protocol in force since 9.10.2012

Northern agreements

CountryPeriod
Faeroe Islands2006 - 2012
Norway2009 - 2015

Estado Islâmico confirma a morte do líder al-Baghdadi

Líder do grupo terrorista terá mesmo sido abatido na sequência do ataque aéreo executado em maio passado.


Tudo aponta para que o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, esteja mesmo morto.

Depois de, no passado mês de junho, o ministro russo da Defesa ter afirmado que al-Baghdadi e outros 30 militantes do Estado Islâmico tinham sido mortos na sequência de um ataque aéreo realizado em maio, a confirmação parece ter chegado.

A China Xinhua News, agência de notícias oficial do governo chinês, adianta que um dos militantes do Daesh confirmou, a um jornal local, que o seu líder morreu, informação essa que, de acordo com a mesma fonte, já está a ser veiculada pelos meios de comunicação do Médio Oriente.

"A organização do Daesh fez circular um breve comunicado pelos meios de comunicação da região de Tal Afar, no leste de Mossul, onde confirma a morte do líder al-Baghdadi", pode ler-se no site da al-Sumaria, agência noticiosa do Iraque.

Sem avançar com mais pormenores, o mesmo documento diz que o sucessor será nomeado "em breve".

Islamic State (IS) militant group confirms death of its top leader Abu Bakr al-Baghdadi http://xhne.ws/Bd720 


Also...

Assim se celebrou em Mossul, após Iraque declarar vitória sobre o Daesh

Durante três anos a cidade esteve sob controlo do autoproclamado Estado Islâmico. Após a 'libertação', fez-se a festa.


É uma das maiores cidades iraquianas. Mas há cerca de três anos caiu sob domínio dos jihadistas, tornando-se mesmo um dos bastiões do autoproclamado Estado Islâmico.

Foi há três anos que o avanço do Daesh chegou até ali. Soldados iraquianos, receosos e mal preparados, fugiram. Deixaram para trás armamento e uma cidade.

Foi ali que, nos anos seguintes, os jihadistas impuseram a sua lei, deixando pelo caminho um rasto de mortes e fugitivos. Foi também ali que, em 2014, Abu Bakr al-Baghdadi, líder dos jihadistas, surgiu a discursar em público, num vídeo que se tornou uma raridade.

Mas este mês, o Iraque voltou a recuperar o controlo da cidade. A longa luta prolongou-se rua a rua, edifício a edifício, até ao momento em que os iraquianos declararam vitória.

É mais uma derrota para o grupo extremista que em tempos dominou um crescente território no Médio Oriente. Já para os habitantes de Mossul, antes da longa reconstrução, houve momentos de celebração, captados pela objetiva da Reuters.




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NAOM

Dezenas de milhares de crianças talibé alvo de abusos no Senegal

Dezenas de milhares de crianças talibé no Senegal continuam a ser obrigadas a pedir nas ruas e a serem alvo de abusos por parte de várias escolas corânicas tradicionais, denuncia-se hoje num relatório de várias instituições internacionais.


No documento, elaborado conjuntamente pelas organizações Human Rights Watch (HRW) e Plataforma para a Promoção e Proteção dos Direitos Humanos (PPDH, coligação de várias instituições senegalesas), é lembrado que o Governo senegalês aprovou legislação para combater estas práticas há um ano, mas "com pouco sucesso".

O relatório, de 40 páginas e intitulado "Continuo a Ver os Talibés a Pedir: O Fracasso do Programa Governamental para Proteger as Crianças Talibé no Senegal", analisa os êxitos e os fracassos do primeiro ano de aplicação da medida, destinada a retirar as crianças da rua.

Por outro lado, documenta os constantes abusos de que foram alvo as crianças talibé em Dacar e noutras quatro regiões do Senegal durante o primeiro ano de vigência do programa governamental, em que foram detetados casos de violência, abusos físicos e sexuais, de jovens acorrentados em locais escondidos e imposição forçada de peditórios.

As duas organizações destacam também o desafio que tem estado em curso para levar os responsáveis pelas violações à Justiça.

"Enquanto se dá um passo na direção certa, o programa do Senegal para retirar as crianças das ruas pouco foi capaz de fazer face aos números alarmantes de crianças talibé exploradas, abusadas e negligenciadas todos os dias", sublinhou a diretora associada do Departamento África da HRW, Corinne Dufka.

As crianças talibé que são exploradas pelas escolas corânicas, também conhecidas como madrassas, são difíceis de encontrar, prossegue-se no relatório, que dá conta do caso de um jovem, "com oito ou nove anos", que conseguiu escapar aos marabutos (professores da escola corânica).

"Pedíamos dinheiro e arroz nas ruas. O marabuto exigia-nos 400 Francos CFA/dia (0,60 euros/dia). Às quartas-feiras exigiam-nos 500 francos CFA (0,76 euros) para pagar a renda e a eletricidade. Se não conseguíssemos esse dinheiro, ou não recitássemos os versos (do Alcorão), o marabuto batia-nos", contou o jovem.

Em todo o Senegal estima-se que existam cerca de 50 mil crianças talibé a residir nas escolas corânicas e que são forçadas diariamente pelos seus professores a pedirem dinheiro, arroz ou açúcar nas ruas, vivendo em condições de extrema pobreza e, em muitos casos, sujeitas a abusos físicos e psicológicos.

Segundo o relatório, nem todas as escolas corânicas estão nestas circunstâncias, havendo inúmeras em que os marabutos respeitam os direitos das crianças a seu cuidado.

O programa governamental, iniciado em junho de 2016, começou com o retirar as crianças da rua, que alcançou algum sucesso. Até março deste ano, foram retiradas 1.547 crianças das ruas em Dacar, tendo centenas delas conseguido regressar às suas famílias.

Contudo, mais de mil das crianças identificadas como talibé foram devolvidas aos cuidados dos mesmos marabutos das madrassas a que pertenciam, lê-se no documento, com o Governo a evitar quaisquer investigações oficiais aos envolvidos no processo, bem como às condições de vida dos jovens.

"O Estado nunca verificou se as crianças são colocadas ou recolocadas numa boa escola corânica ou não. Algumas delas não têm quaisquer condições e as crianças dormem no chão. Há doenças, não há água nem latrinas. E, apesar de todas estas condições, as crianças continuam nas ruas a pedir", salientou o imã Elimame Diagné, presidente do Coletivo para a Modernização das Escolas Corânicas, instituição que integra a PPDH.

O relatório denuncia, por outro lado, que, desde o início do programa governamental, a HRW documentou as mortes de duas crianças talibé, aparentemente como resultado de abusos dos marabutos, cinco casos de abuso sexual por parte de marabutos ou de assistentes e 28 casos de violência, acorrentamento ou prisão nas escolas corânicas.

"O Governo (senegalês) tem de garantir que qualquer das crianças retiradas das ruas não regresse a uma escola corânica que tenha registos de violações aos direitos das crianças", exigem as duas organizações.

"Temos de parar com a exploração e abuso das crianças talibé, o setor mais vulnerável da população. Chegou a altura de pôr fim a esta violação em massa dos direitos das crianças no Senegal, que continua à vista de todos. Somos todos responsáveis. Todos temos a obrigação de agir coletivamente, com o Estado na linha da frente", concluiu Mamadou Wane, presidente da PPDH.

Noticiasaominuto

BISSAU ACOLHE 19ª REUNIÃO DOS PRESIDENTES DE TRIBUNAIS DE CONTA DA UEMOA

Os presidentes e Juízes conselheiros do Tribunal de Contas da UEMOA encontram-se reunidos esta segunda-feira e com a duração de três dias, na 19ª reunião anual estatutária.

O encontro de Bissau contou com presença de oito presidentes de tribunais de Contas que compõem a União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA).

Na abertura dos trabalhos, o Ministro da Presidência de Conselho de Ministros, Malal Sane afirmou que o país tem enfrentado, ao longo dos últimos 19 anos, sucessivas instabilidades políticas e governativas, que não permitiram a implementação do Plano Estratégico de Desenvolvimento, aproveitando as vantagens das organizações regionais, como a UEMOA e a CEDEAO…

«Ao longo dos últimos 19 anos, a Guiné-Bissau tem enfrentado dificuldades persistente decorrente sobretudo de constantes instabilidades políticas e governativas, essas dificuldades não permitem o país implementar o seu plano estratégico de desenvolvimento aproveitando as vantagens da sua adesão as organizações regionais tais como UEMOA e CEDEAO pois a adesão da Guiné-Bissau a UEMOA, é uma oportunidade real para o desenvolvimento das enormes potencialidade que o país dispõem no sector da agricultura, pesca, comercio e turismo através de promoção do investimento dos estrangeiros»

Para o presidente do Tribunal de Contas, Dionísio Cabi, a governação só é caracterizada de boa se existir rigor na execução dos orçamentos por isso os tribunais de contas têm que ser fortes, sob pena de as sistemáticas sangrias dos fundos públicos ponham em causa os superiores interesses do povo.

Por outro lado sublinha que “ninguém duvida que a boa governação constitui um dos pilares da subsistência da democracia e a governação só é caracterizada de boa se existir rigor na execução dos orçamentos”, diz.

De referir que este encontro de três dias se realiza ao abrigo do Artigo 69 do Tratado da UEMOA e durantes os dias vão ser feitos a avaliação dos sistemas de controlo das contas e o balanço do controlo efectuado durante o exercício findo, com o propósito de garantir a fiabilidade dos dados orçamentais dos respectivos Estados membros.

Recorde-se que no ano passado a 18ª reunião estatutária dos Presidentes dos Tribunais de Contas dos Estados Membros da União e dos Juízes Conselheiros do Tribunal de Contas da UEMOA teve lugar em Abidjan.

Por: Marcelino Iambi
Radiosolmansi

O primeiro-ministro guineense, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que foi preciso coragem para pedir a renegociação dos acordos de cooperação no âmbito da comunicação social e que Portugal e a Guiné-Bissau estão ligados e são inseparáveis.

"O nosso ministro da Comunicação Social, Victor Pereira, escreveu cartas a Portugal e esteve em Portugal, onde falou com o seu homólogo. Agora, todo o Estado é soberano, tinha de haver alguém com coragem para pedir a renegociação dos acordos de cooperação", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

O primeiro-ministro guineense falava no aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, antes de partir para Addis Abeba, Etiópia, para participar numa reunião do conselho de paz e segurança da União Africana.

"Não é a RDP que nos liga a Portugal. A nossa ligação ultrapassa as pessoas. Estamos ligados, não há como nos separarmos um do outro", disse.

O chefe do Governo guineense afirmou também que de Addis Abeba vai viajar para Portugal para uma visita privada, tendo já feito contactos com as autoridades portuguesas, porque a Guiné-Bissau e Portugal são "países irmãos".

"Se tivesse algum problema com Portugal não ia lá, até porque os meus filhos são todos portugueses", sublinhou, acrescentando que estudou em Portugal desde o 12.º ano e que conhece o "António Costa (primeiro-ministro português) melhor do que qualquer outro guineense".

A 30 de junho, Vítor Pereira anunciou a suspensão da RTP, RDP e da agência Lusa a partir das 00:00 de 01 deste mês, alegando a caducidade do protocolo assinado em 31 de outubro de 1997.O ministro acabaria, porém, por excluir a Lusa da suspensão das atividades.

A 01 de julho, o ministro guineense convocou uma nova conferência de imprensa em que justificou que a decisão de suspensão das atividades da rádio e televisão pública de Portugal no país não eram "uma questão política, mas apenas técnica".

A Guiné-Bissau tem vivido uma situação de crise institucional desde as últimas eleições, com um afastamento entre o partido vencedor das legislativas e o Presidente da República, também eleito.

MSE (MB) // VM
Lusa/Fim

PR RETOMA CONTACTOS PARA BUSCA DE SOLUÇÃO POLÍTICA


O Presidente da Republica (PR), José Mário Vaz, retomou, esta segunda-feira (10/07), mais uma ronda do encontro, desta vez a porta fechada, com os partidos políticos envolvidos na crise politica e institucional

O encontro é organizado em parceria com a organização das mulheres encabeçada por Zinha Vaz, antiga candidata à presidência da república.

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, foi o primeiro a ser recebido pelo chefe de Estado e à saída não prestou qualquer declaração á imprensa.

No entanto, com o mesmo objectivo, José Mário Vaz reúne-se ainda com os líderes do Partido da Convergência democrática, com a União para a Mudança e com o Partido da Nova Democracia.

O presidente promete resolver a situação num prazo de 90 dias e caso contrário irá devolver o poder ao povo. Desde a sua declaração agora passaram 14 dias.

UA reúne para falar sobre Guiné-Bissau

Entretanto, sobre a prolongada crise política no país o Conselho de paz e segurança da União Africana (UA) agendou para esta, terça-feira (11/07), uma reunião para analisar a persistente crise política e institucional.

O encontro vem na sequência da cimeira da União Africana realizada de 03 e 04 de Julho em Addis Abeba na Etiópia durante o qual foi abordado, entre outras questões, a situação política prevalecente no país.

O primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embalo, vai representar o país nesta reunião da Organização continental.

Antes da partida no aeroporto internacional “Osvaldo Vieira”, o chefe do governo diz que no regresso irá a Portugal para encontros com as autoridades portuguesas.

“A Guiné-Bissau nunca está isolada”, afirma.

Produtos da primeira necessidade

Em relação a subida dos preços dos produtos da primeira necessidade no país, Umaro Sissoco Embalo diz já ter dado orientação ao ministro do comércio para trabalhar, junto dos parceiros de concertação social, no sentido de baixar os preços.

“É preciso compreender que estamos na época da campanha de castanha de Caju e esta situação (de subida dos preços) acontece sempre e até na vizinha república de Senegal e na Guiné-Conacri”, defende.

Há mais de dois meses que os produtos da primeira necessidade registaram subida galopante em todo o país e o facto tem preocupado o povo guineense. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos

Radiosolmansi

Guiné-Bissau não se pode contentar "com migalhas" em acordo de pesca com UE - PM

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, defendeu hoje um melhor acordo de pesca com a União Europeia, sublinhando que as autoridades guineenses não se podem contentar "com migalhas".

"Se notarem bem, com a União Europeia é a primeira vez que estamos a negociar há mais de dois meses o acordo de pesca. Se se dá à Mauritânia um bom dinheiro, nós não podemos contentar-nos com migalhas", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

O primeiro-ministro guineense falava aos jornalistas no aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, antes de viajar para Addis Abeba, Etiópia, para participar numa reunião do conselho de paz e segurança da União Africana.

"O peixe é nosso, ninguém vem cá e apanha e leva. Nunca. Eu jurei pela bandeira nacional, enquanto militar, defender este país que não vou trocar nunca com nenhum outro país", afirmou.

Na semana passada, o ministro das Pescas da Guiné-Bissau, Orlando Viegas, confirmou que o país e a União Europeia não chegaram a acordo quanto aos valores que os europeus querem pagar para continuarem a pescar nas águas guineenses.

O ministro explicou que as divergências não foram ultrapassadas nas quatro rondas negociais realizadas em Bissau, Lisboa e Bruxelas, com o Governo guineense a achar "pouco o que a União Europeia paga para ter acesso aos recursos".

Cerca de 40 navios de Portugal, Espanha, Itália, Grécia e França pescam nas águas guineenses espécies como atum, cefalópodes (polvos, lulas, chocos), camarão e espécies demersais (linguados e garoupas).

Em contrapartida, a União Europeia paga à Guiné-Bissau uma compensação financeira de 9,5 milhões de euros, verba que o atual Governo considera insuficiente e que pretende aumentar.

O acordo termina em novembro.

Dn.pt