8 de junho de 2019

Será que algumas organizações internacionais e alguns países parceiros da Guiné-Bissau, têm sido ao longo de 46 anos, os principais promotores das crises políticas e institucionais na Guiné-Bissau, por via dos seus "agentes locais"?

Por Fernando Casimiro

Há países e Organizações Internacionais que estão directa ou indirectamente, a projectar e a incentivar uma rebelião na Guiné-Bissau, com consequências imprevisíveis, por via dos seus interesses e das suas conveniências, relativamente ao que para eles, é apenas um produto, que tem um custo e um preço a pagar, independentemente do seu Valor, enquanto Estado, quiçá, uma Comunidade Humana que exerce uma actividade política no seu espaço territorial, com soberania, autoridade e coercibilidade, devidamente explanadas na Constituição e nas Leis que sustentam a organização do Poder Político desse Estado.

Como escreveu uma vez, o meu ilustre conterrâneo Dr. Filomeno Pina, "(...) À Guiné-Bissau, não ofende quem quer!" Fim de citação.

Enquanto filho da Guiné-Bissau, faço questão de dizer a esses países e a essas organizações internacionais que, por mais dinheiro que tenham investido alguma vez, na Guiné-Bissau, o retorno desse investimento não pode ser obtido à custa de mais sangue e lágrimas de um Povo farto, cansado, de conflitos, de derramamentos de sangue, de vida miserável a que tem sido condenado ao longo dos anos, quer por políticos e governantes guineenses, quer, pelas estratégias paternalistas, ou interesseiras de organizações internacionais e países "amigos e parceiros", de conveniência.

Se de facto querem ajudar a Guiné-Bissau e os Guineenses, na busca de soluções construtivas e sustentáveis, face à continuidade da crise política e social iniciada em 2015, então, sejam IMPARCIAIS, ISENTOS e deixem no baú da memória colonial, o sentimento e a visão expansionista e paternalista.

A Guiné-Bissau é um Estado frágil, sim, por culpa de muita coisa e de muita gente, entre guineenses e estrangeiros, mas também, de organizações internacionais e países que têm tomado partido pelas partes das crises, quando deveriam, querendo ajudar, no bom sentido, ter posicionamentos de respeito para com a soberania da Guiné-Bissau, quiçá, para com os seus órgãos do poder, e, sobretudo, para com o Chefe do Estado.

Não é admissível, que representantes de Organizações Internacionais e de Estados devidamente identificados, acreditados na Guiné-Bissau, perante o impasse na Constituição da Mesa da Assembleia Nacional Popular, no pós eleições legislativas de 10 de Março último, se intrometam de forma tendenciosa, parcial e explosiva, afrontando particularmente o Presidente da República, relativamente a matérias que são da sua competência constitucional, ignorando todos os ataques de figuras com responsabilidade política e partidária, ao Chefe de Estado, e numa incitação à violência e à eliminação física do Presidente eleito de um Estado onde foram acreditados.

Desde quando uma organização internacional, ou um qualquer Estado, deve intrometer-se em assuntos que têm que ver com a Constitucionalidade e a Legalidade de um Estado soberano, se os Direitos Fundamentais não forem beliscados, tendo em conta a Declaração Universal dos Direitos Humanos?

Provavelmente algumas pessoas dirão: então este fulano diz que é candidato às eleições presidenciais na Guiné-Bissau e atreve-se a criticar as organizações internacionais e países amigos e parceiros da Guiné-Bissau?

Obviamente que me atrevo, em defesa do meu país, sem que isso signifique atacar qualquer organização internacional ou país amigo e parceiro da Guiné-Bissau.

A Guiné-Bissau e os Guineenses (eu incluído) sabem dar valor e importância à Parceria que tem funcionado como Ponte para a Estabilidade e o Bem-Estar das nossas populações, por via dos diversos Projectos das Organizações Internacionais e de Países Parceiros, porém, longe da interferência político-institucional, em matérias de soberania do nosso Estado.

O que quero chamar atenção, é para a constatação de um clima de interferência tendenciosa, de parcialidade e desrespeito pela soberania nacional, por parte de diversas organizações e países parceiros da Guiné-Bissau, num momento em que, a haver alguma interferência/pressão, deveria ser no sentido de apaziguamento de mais uma crise, mais um bloqueio político, institucional na Guiné-Bissau e, pelo que temos visto, lido e ouvido, infelizmente, tem sido no sentido oposto, motivando uma parte da crise a avançar com estratégias de "FORÇA" por via de um claro proteccionismo de organizações internacionais e países parceiros.

Será que essas organizações e esses países estão de facto cientes das consequências que essa motivação pode ter no incentivo à violência e a uma guerra civil na Guiné-Bissau?

Será que essas organizações e esses países pretendem intervir militarmente na Guiné-Bissau, ao empurrarem uma das partes da crise para a frente da linha de guerra, quando o mais sensato seria terem promovido uma estratégia de sensibilização, de diálogo e concertação entre todas as partes da crise?

É que o conceito de Estado atribui a cada Estado, o Poder da Autoridade e da Coercibilidade, bem como, aos Cidadãos, Direitos e Deveres.

Será que algumas organizações internacionais e alguns países parceiros da Guiné-Bissau, têm sido ao longo de 46 anos, os principais promotores das crises políticas e institucionais na Guiné-Bissau, por via dos seus "agentes locais"?

Positiva e construtivamente.

Didinho 08.06.2019

FOI NESSE AMBIENTE PACIFICO E ORDEIRO QUE TEMPORARIAMENTE SE SUSPENDEU A VIGÍLIA INICIADA ONTEM AS 16H00.













Fotos: Ivalêncio Miranda Té

PAIGC 2019 - Libertados os manifestantes que foram presos ilegalmente!

Nossa luta vale a pena! 
Resistir até a nomeação do governo eleito pelo povo!






Fonte: PAIGC 2019

Manifestantes barricados na sede da ONU em Bissau decidem bloquear as entradas e saídas dos funcionários.

Em protesto contra a detenção de dois manifestantes pelas forças de segurança na sequência da vigília de ontem, os jovens da maioria parlamentar denunciam violação do acordo de soltura destes jovens que reclamam a nomeação do Governo resultante das eleições legislativas de 10 março.

Em consequência desta situação, os jovens dos partidos da maioria parlamentar afastam quaisquer negociações.

O Presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá visitou esta manhã os jovens barricados para manifestar a sua solidariedade.




Aliu Cande

O representante das Nações Unidas ouve as reivindicações dos manifestantes e promete reportar a situação às instâncias superiores.



JAAC - Juventude Africana Amílcar Cabral

OBSERVAÇÃO: O MAIOR ERRO DO PRESIDENTE JOSÉ MÁRIO VAZ


O MAIOR ERRO DO PRESIDENTE JOSÉ MÁRIO VAZ É ACEITAR A RENÚNCIA DO GENERAL UMARO SISSOCO EMBALÓ COMO PRIMEIRO-MINISTRO. E NOMEAÇÃO DE ARISTIDES GOMES COMO PRIMEIRO MINISTRO DA GUINÉ BISSAU

PONTO FRACO: 

NÃO LEVA A SÉRIO A IMPORTÂNCIA DAS MÍDIAS SOCIAIS

MAS AINDA ASSIM, ELE É O MELHOR DA HISTÓRIA DA GUINE BISSAU

Julia Melamed

ANÓS KU NO GUINÉ - A Voz do Cidadão

Por Sarathou Nabian

Da maneira como estão as coisas, ódios, rancores, sede de vingança, para baixar a tensão, o Presidente Jomav deve dissolver a ANP já "manco", nomear um Primeiro Ministro idôneo, formar um Governo de iniciativa Presidencial, marcar eleições gerais e fazer um recenseamento de raíz, sério e transparente.

Porque tudo o que tem haver com esta legislatura, já nasceu torto e nenhuma formação política obteve a maioria do Povo para governar.


Vigília e tertúlia sobre o sistema político e estado da democracia na Guiné e no Mundo. Intervenções eloquentes dos camaradas: Dautarin da Costa, Spencer Embaló e Dionísio Pereira. Sede das Nações Unidas, Bissau






Novo governo, já!

Por PAIGC 2019 

Enquanto seres humanos, africanos e guineenses, estamos a exagerar e a ultrapassar, a cada dia que passa, todos os limites da ética e consequentemente, da convivência humana.

Por Fernando Casimiro

Infelizmente, a indecência tem sido o suporte dos nossos comportamentos, das nossas atitudes, por via dos nossos interesses mesquinhos e das nossas ambições desmedidas.

Não se promove a Paz, investindo na fomentação de guerras entre irmãos...!

Positiva e construtivamente.

Didinho 08.06.2019

Vigília na Nações Unidas

PAIGC antecipou morte, aliás assassinou o Presidente da Guiné-Bissau Dr. José Mário Vaz, hoje 7 de junho. "Mesmo dia quê mata djintis, aos antecipadamente é mata Jomav".














Fontes: Carolina Gomes Correia / Walter Félix Da Costa /Ivalêncio Miranda Té


Ivalêncio Miranda Té - Já são 3h00 de manhã... ainda cá estamos... na vigília da Democracia e Liberdade.




Por Ivalêncio Miranda Té