quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Astrónomos captam primeira fotografia de estrela fora da Via Láctea... De nome WOH G64, esta estrela é duas mil vezes maior do que o nosso Sol.

© ESO / L. Calçada  noticiasaominuto.com   21/11/2024 

Um grupo de astrónomos conseguiu, pela primeira vez, captar uma imagem aproximada e mais definida de uma estrela fora da Via Láctea. A estrela em questão dá pelo nome de WOH G64 e trata-se de uma supergigante vermelha, isto é, uma estrela em fase final de vida.

A imagem foi captada graças ao Very Large Telescope (VLTI) do Observatório Europeu do Sul (ESO), equipamento que permitiu captar uma imagem de grande qualidade desta estrela - localizada a 160 mil anos-luz de distância da Terra, na região da Grande Nuvem de Magalhães.

Para ter uma ideia da dimensão da WOH G64, basta dizer que é duas mil vezes maior do que o nosso Sol. Serve sublinhar que a WOH G64 já era conhecida pela comunidade científica há alguns anos, com esta estrela a ser conhecida também como ‘O Monstro’ e ‘A Gigante’.

“Descobrimos um casulo em forma de ovo à volta da estrela. Isso deixou-nos muito entusiasmados porque pode estar relacionado com a drástica ejeção de material por parte da estrela moribunda antes da sua explosão sob a forma de uma supernova”, disse, o astrofísico e autor do estudo, Keiichi Ohnaka, sobre estas observações partilhado esta quinta-feira, dia 21, na revista Astronomy & Astrophysics.

Notícias ao Minuto© ESO / L. Calçada

 

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Guiné-Bissau. Presidente da República reafirma que não vai permitir “indisciplina e desordem” no país

Bissau, 21 Nov 24 (ANG) – O Presidente da República reafirmou mais uma vez que não vai permitir “indisciplina e desordem” no país.

Umaro Sissoco Embaló que falava aos jornalistas depois da reunião de Conselho de Ministros esta quinta-feira, disse que um republicano não desafia o Estado.

“Não se pode copiar para dizer que vão fazer passeatas para incomodar os moradores nos bairros porque ninguém tem esse direito”, disse o chefe de Estado.

Umaro Sissoco Embalo acusou a Plataforma da Aliança política “Cabaz Garandi” de  serem “alianças  falsas” alegando que estão a fazer uma frente comum, acrescentou que a sua única frente como Presidente da República é a Guiné-Bissau.

Afirmou que, durante a auscultação com os partidos políticos, realizada terça-feira, dia 19 do corrente mês, falou ao Domingos Simões Pereira que ele pode ser amigo de Braima Camará ou do Baciro Djá, mas as suas amizades nunca  podem ser mais do que ele manteve com estes políticos.

Questionado sobre agressão dos dois jornalistas, Umaro Sissoco Embalo aconselhou-lhes para mover uma queixa crime contra os agressores, contudo disse que o assunto não é do Chefe de Estado, mas sim, com o Ministério do Interior.

Sissoco Embaló  promete continuar com as auscultações dos partidos políticos e as coligações sem assento no parlamento e legalmente oficializados, seguidamente vai convocar uma reunião com Conselho de Defesa Nacional.

ANG/JD/


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Guiné-Bissau. O sociólogo guineense Miguel de Barros afirmou hoje que a falta de condições laborais e salariais está a empurrar os médicos do setor público para o privado na Guiné-Bissau, agravando ainda mais a resposta estatal no país.

© Lusa    21/11/2024 

Médicos na Guiné-Bissau trocam público pelo privado e agravam setor

O sociólogo guineense Miguel de Barros afirmou hoje que a falta de condições laborais e salariais está a empurrar os médicos do setor público para o privado na Guiné-Bissau, agravando ainda mais a resposta estatal no país.

"Os médicos estão a recorrer ao setor privado, porque assim têm garantias de salário", afirmou Miguel de Barros durante a sua intervenção no segundo dia do seminário internacional sobre os Cuidados de Saúde Primários nos Estados-membros da CPLP, que decorre em Lisboa.

Na mesa redonda dedicada ao papel da sociedade civil no fortalecimento dos cuidados de saúde primários nos nove países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Miguel de Barros sublinhou o papel das organizações não-governamentais na prestação de cuidados de saúde em Estados como a Guiné-Bissau.

"No contexto africano, o apoio da sociedade civil não é complementar, nem paliativo; é estruturante", afirmou o também diretor executivo da organização não-governamental guineense Tiniguena, acrescentando: Se tirarmos o papel das organizações não-governamentais do sistema de saúde, o sistema para".

E alertou para o negócio em que a saúde se tornou na Guiné-Bissau - tal como em outros países, incluindo Portugal -, como demonstra a privatização de vários serviços públicos.

"Não pode haver sustentabilidade quando os setores públicos são privatizados", afirmou, lamentando que o financiamento público da saúde na Guiné-Bissau não vá além dos 12%.

Sobre o investimento internacional, nomeadamente o apoio direto que chega através das várias agências das Nações Unidas, o sociólogo refere que nem sempre é orientado no sentido das prioridades nacionais.

E deu o exemplo das principais causas de morte na Guiné-Bissau, que são a mortalidade maternoinfantil e a malária. Apesar disso, o maior apoio financeiro internacional é direcionado para o VIH/Sida.

Quando o financiamento é exterior, nem sempre é dirigido para as necessidades nacionais, adiantou.

Ahmed Zaky, administrador executivo e diretor de projetos do Instituto Marquês de Valle Flor, levou ao seminário os resultados obtidos no trabalho que esta organização desenvolveu em São Tomé e Príncipe e na Guiné-Bissau.

E contou como os cuidados de saúde primários (centros de saúde) em São Tomé e Príncipe tiveram, e ainda têm, um papel determinante na resposta mais rápida e mais barata à população.

Na Guiné-Bissau, disse, as medidas desenvolvidas por esta organização permitiram que a taxa de mortalidade infantil (em crianças com menos de cinco anos) baixasse 63%.

Contudo, alertou para a necessidade da sustentabilidade das medidas, pois estes resultados serão passageiros, caso os Governos não os apoiem com o financiamento adequado".

"O desenvolvimento não é um projeto, é um processo", concluiu, enumerando os seis pilares que devem ser a sua base: governação, financiamento, recursos humanos, sistema de aprovisionamento, infraestruturas, sistema de informação, fatores de contexto (como a situação sócio económica, o perfil epidemiológico, a geografia e acesso).

O seminário decorre até sexta-feira e conta com representantes dos nove Estados-membros, que estão a partilhar as respetivas características sanitárias, que diferem muito de país para país.

O encontro é organizado pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade NOVA de Lisboa (IHMT NOVA) e pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), em parceria com o secretariado executivo da CPLP.


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Líder da Coligação PAI Terra Ranka denuncia que polícias lançam gás lacrimogéneo contra líderes políticos da oposição

Bissau, 21 Nov 24(ANG) - O líder da coligação PAI Terra-Ranka, Domingos Simões Pereira, denunciou que ele e outros líderes políticos, opositores do regime no poder, foram atacados com granadas de gás lacrimogéneo, quando realizavam uma passeata hoje de manhã em Bissau, informou a DW.

"Vários camaradas foram brutalmente agredidos e levados para parte incerta", disse o líder do Parlamento guineense, em conferência de imprensa, que terminou há instantes na capital guineense.

"Chegou a hora de o povo guineense se levantar e sair à rua no próximo dia 24 de novembro para dizer basta à restrições, à falta de liberdades fundamentais, falta da democracia e do Estado do Direito. O que aconteceu hoje em Bissau, nem no tempo do colonialismo acontecia. Vamos todos à rua protestar", afirmou numa rápida conferência de imprensa.

Entretanto a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), disse que tomou conhecimento através de fontes familiares, do que considera das detenções ilegais e abusivas de alguns líderes políticos ocorridas hoje dia 21 de novembro de 2024.

A LGDH em Nota de Imprensa a que ANG teve acesso, denunciou as detenções de Joana Cobdè Nhanca, Presidente do Movimento Social Democrático (MSD),  Vicente Fernandes, líder do Partido da Convergência Democrática, José Carlos Cá presidente da Comissão Política do PAIGC num dos círculos eleitorais de Bissau, todos dirigentes políticos da Plataforma Inclusiva PAI-TERRA RANKA e dois seguranças afetados ao Baciro Dja, Ex-Primeiro Ministro e Presidente em Exercício da coligação política Aliança Patriótica Inclusiva, API-Cabaz Garandi.

“Para além destas detenções, a LGDH soube que mais de uma dezena de dirigentes políticos estão com paradeiro desconhecido e que as forças de segurança estarão a efetuar caça às bruxas contra os opositores políticos que participaram no encontro de contacto com as bases políticas promovido conjuntamente pela Plataforma Aliança Inclusiva PAI TERRA RANKA e a Aliança Patriótica Inclusiva “Cabas Garandi””, disse a organização que defende os direitos humanos na nota.

A LGDH informa que estas detenções manifestamente ilegais, abusivas e criminosas, foram ordenadas pelo Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, no âmbito dos seus esforços de destruir a democracia guineense e consolidar o seu regime ditatorial na Guiné-Bissau.

“As sistemáticas intervenções abusivas e desproporcionais das forças de segurança nas ações pacíficas de exercício das liberdades fundamentais asseguradas pela Constituição da República e pelos instrumentos internacionais assinados e ratificados pela Guiné-Bissau,  demonstram que o regime liderado por Umaro Sissoco Embaló constitui uma ameaça perigosa para a democracia, Estado de direito e à paz no país;”, salientou a nota.

A LGDH exige fim de perseguição política aos adversários para que o processo eleitoral possa ser retomado num quadro de liberdade e de segurança.  ANG/ÂC




PM NOMEIA CALIFA SOARES CASSAMÁ AO CARGO DO ALTO COMISSÁRIO PARA A PEREGRINAÇÃO

O DEMOCRATA  21/11/2024  

O Primeiro -ministro, Rui Duarte Barros, nomeou na terça-feira, 19 de novembro de 2024, Califa Soares Cassamá, para o cargo de Alto Comissário para a Peregrinação. 

Cassamá, que também é o chefe de Gabinete do chefe de Estado guineense e conhecido como o seu braço direito, passa a exercer cumulativamente as duas funções e encarregar-se-á, doravante, da organização dos fies muçulmanos guineenses para a peregrinação aos lugares sagrados na cidade santa de Meca (Arábia Saudita).

O antigo jornalista da primeira estação emissora privada do país, a Rádio Galáxia de Pindjiguite, que também trabalhou como correspondente da Radiodifusão Portuguesa (RDP/ÁFRICA) por cerca de dez anos, foi nomeado por meio de um despacho datado de 19 do mês em curso e assinado pelo Chefe do executivo.

“Considerando a periodicidade anual da Peregrinação, impõe-se a necessidade de imprimir uma maior dinâmica ao atendimento, em tempo hábil, das demandas relacionadas com a peregrinação à cidade santa de Meca, razão pela qual decidiu-se atribuir a Califa Soares Cassamá a responsabilidade de liderar o Alto Comissariado”, pode ler-se no despacho assinado por Rui Duarte Barros. 

Cassamá vai substituir no cargo Aladje Mamadu Lamine Sano (Djana Sano), que dirigiu aquela organização de 2022 a novembro de 2024.

Importa referir que a peregrinação à cidade santa de Meca, HAAJ 1446, ano do calendário islâmico, correspondente a 2025 e será em meados do mês de Maio de 2025.

Por: Assana Sambú