segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Falha misteriosa deixa fora de serviço cabo submarino entre Finlândia e Alemanha

Parte de um cabo submarino (Stefan Sauer/Getty Images)
Cnnportugal.iol.pt

Cobrindo uma distância de cerca de 1.200 quilómetros, o cabo é a única ligação direta do seu tipo entre a Finlândia e a Europa Central e funciona ao lado de outras peças-chave de infraestrutura, incluindo gasodutos e cabos de energia

Uma falha inexplicável num cabo submarino de telecomunicações que liga a Finlândia à Alemanha interrompeu serviços de comunicação, informou a empresa que gere a ligação esta segunda-feira.

O cabo C-Lion1, que liga Helsínquia a Rostock, na Alemanha, foi construído e é operado pela Cinia, uma empresa finlandesa controlada pelo Estado.

Cobrindo uma distância de cerca de 1.200 quilómetros, o cabo é a única ligação direta do seu tipo entre a Finlândia e a Europa Central e funciona ao lado de outras peças-chave de infraestrutura, incluindo gasodutos e cabos de energia.

Não é claro o que causou a falha - a Cinia disse num comunicado que ainda está a investigar o problema. No entanto, a avaria surge poucas semanas depois de os Estados Unidos terem alertado para o facto de terem detetado um aumento da atividade militar russa em torno dos principais cabos submarinos. Dois oficiais norte-americanos disseram à CNN em setembro que os EUA acreditavam que a Rússia estava agora mais propensa a levar a cabo potenciais operações de sabotagem nestas peças críticas de infraestrutura.

O aviso surgiu na sequência de uma investigação conjunta dos organismos públicos de radiodifusão da Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia, que, em abril de 2023, noticiou que a Rússia tinha uma frota de navios espiões suspeitos a operar em águas nórdicas, no âmbito de um programa de potencial sabotagem de cabos submarinos e parques eólicos na região.

A extensão da perturbação causada pela falha revelada esta segunda-feira não é clara. Os fluxos de dados mais importantes são normalmente encaminhados através de vários cabos diferentes, para evitar a dependência excessiva de uma única ligação.

Um navio de reparação está pronto para se deslocar ao local da avaria, informou a Cinia num comunicado esta segunda-feira à tarde. A Cinia afirmou não saber quanto tempo demorará a reparação, mas acrescentou que, normalmente, demoram entre cinco e 15 dias.

A Cinia não respondeu imediatamente ao pedido da CNN Internacional para obter mais pormenores.

3 de Dezembro de 2024 - Lançamento do livro “A Força da Razão: Carlos Menezes do Espírito Santo” de Esterline Gonçalves Género na UCCLA

Lançamento do livro “A Força da Razão: Carlos Menezes do Espírito Santo” na UCCLA

Vai ter lugar, no dia 3 de dezembro, às 18 horas, o lançamento do livro biográfico “A Força da Razão: Carlos Menezes do Espírito Santo” da autoria de Esterline Gonçalves Género, Embaixador de São Tomé e Príncipe em Portugal, no auditório da UCCLA.

Com a chancela das Edições Colibri, o livro será apresentado pela Embaixadora Paula Silva, Secretária-geral Adjunta da UCCLA.

O lançamento do livro terá transmissão, em direto, através da página do Facebook da UCCLA através do link https://www.facebook.com/UniaodasCidadesCapitaisLinguaPortuguesa

Sinopse:

“A Força da Razão: Carlos Menezes do Espírito Santo” oferece um olhar atento e actual sobre a vida e obra de Carlos Menezes do Espírito Santo, vulgarmente conhecido por Bené, uma das figuras de relevância intelectual em São Tomé e Príncipe. Esta biografia, de 200 páginas, é uma homenagem a um homem ainda vivo, cuja contribuição notável no campo cultural, académico, científico e humanista tem marcado uma franja considerável da população de São Tomé e Príncipe, como o próprio livro se encarrega de identificar.

O autor, Esterline Gonçalves Género, que não possui qualquer laço de parentesco com o biografado, propõe-se a desvendar as múltiplas camadas da personalidade e das realizações do Bené, revelando uma trajectória rica em feitos literários e académicos, que se destacam pela profundidade e compromisso com o pensamento crítico. Para compor este retrato, a obra contou com os testemunhos de mais de 40 personalidades de diversas áreas do saber, cujas vozes acrescentam uma perspectiva ampla sobre a influência e a complexidade do biografado.

Entre as páginas, são também abordadas as controvérsias que rodeiam o biografado, uma vez que nem todos os intelectuais são-tomenses partilham da mesma admiração por ele. No prefácio e nas conclusões, o autor reflecte ainda sobre uma particularidade das relações sociais e intelectuais no arquipélago: uma resistência à aceitação do mérito alheio, mesmo quando a evidência do valor é clara. Tal dinâmica é questionada como um entrave ao reconhecimento e à cooperação entre são-tomenses.

Esta obra, ao narrar a história de um dos maiores intelectuais vivos de São Tomé e Príncipe, convida os leitores a reflectirem sobre a importância do respeito e da valorização do outro, fundamentais para o progresso de qualquer sociedade.

Biografia do autor:

Esterline Gonçalves Género nasceu a 29 de abril de 1981, na Trindade, em São Tomé e Príncipe. É Doutor em Ciências Sociais na Especialidade de Desenvolvimento Socioeconómico da Universidade Técnica de Lisboa, Ministro Plenipotenciário do quadro diplomático são-tomense, Professor e Investigador na Universidade de São Tomé e Príncipe. Desde 2007, tem desempenhado diversos cargos no Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades. Licenciado em Relações Internacionais pela Universidade Autónoma de Lisboa. Fez Diplomacia em Madrid, Espanha, e Viena, Áustria. Tem publicado diversos livros académicos, como “A Diplomacia São-Tomense no feminino” (2022), “Trindade - Referências Biográficas D’Outrora” (2021), “Introdução à História Diplomática de São Tomé e Príncipe: rudimentos comedidos” (coordenador) (2019) e “São Tomé e Príncipe e o seu Futuro - Um olhar atento à União Africana” (2018) Novas Edições Acadêmicas, Volumes I, II e III.

Com os melhores cumprimentos, 

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

uccla@uccla.pt | www.uccla.pt Facebook Linkedin | Youtube | Instagram | Twitter |ISSUU

Faladepapagaio

O Presidente norte-americano, Joe Biden, apelou esta segunda-feira ao G20 para "aumentar a pressão sobre o Hamas" para um cessar-fogo com Israel, ao mesmo tempo que garantiu que "continuará a trabalhar para um acordo" antes de deixar o poder.

© Reuters   Por Lusa  18/11/24

 Biden pede a G20 para pressionar Hamas a cessar-fogo com Israel

O Presidente norte-americano, Joe Biden, apelou esta segunda-feira ao G20 para "aumentar a pressão sobre o Hamas" para um cessar-fogo com Israel, ao mesmo tempo que garantiu que "continuará a trabalhar para um acordo" antes de deixar o poder.

"Peço a todos aqui que aumentem a pressão sobre o Hamas, que está atualmente a recusar este acordo", disse Biden durante a primeira sessão plenária da cimeira das principais economias do mundo, no Rio de Janeiro.

O líder norte-americano prometeu que continuará a "pressionar" para tentar "acelerar" um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, para que Israel consiga alcançar a "segurança" e o regresso dos reféns e para que os palestinianos acabem com o seu "sofrimento".

"Peço a todos aqui que aumentem a pressão sobre o Hamas, que atualmente rejeita o acordo", disse Biden, cujo país tem sido historicamente um aliado importante de Israel.

No seu discurso, o Presidente dos Estados Unidos sublinhou que "Israel tem o direito de se defender do pior massacre de judeus desde o Holocausto", ao descrever os ataques de 07 de outubro de 2023, mas destacou imediatamente que "a forma como Israel se defende é de extrema importância".

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 97 dos quais continuam em cativeiro, 34 deles entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.

A guerra continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 43 mil mortos (quase 2% da população), entre os quais 17.000 menores, e 100.282 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, muitos deles várias vezes, ao longo de mais de um ano de guerra, encontrando-se em acampamentos apinhados ao longo da costa, praticamente sem acesso a bens de primeira necessidade, como água potável e cuidados de saúde.

O sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.


Leia Também: Kremlin acusa EUA de "atear fogo" com decisão sobre o uso de mísseis 

Guerra na Ucrânia: Alemanha saúda autorização dos EUA para Kyiv usar armas de longo alcance

© Lusa   18/11/24 

A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, saudou esta segunda-feira a autorização dada por Washington à Ucrânia para utilizar armas norte-americanas de longo alcance contra alvos em território russo.

A decisão é "importante" neste momento e não representa uma mudança de rumo, mas sim uma "intensificação" do apoio já dado a Kiev, disse a chefe da diplomacia alemã a partir de Bruxelas, onde os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da União Europeia (UE) estão hoje reunidos.

Nas mesmas declarações, Baerbock referiu-se à sua recente viagem à Ucrânia (no início de novembro) e explicou que, em cidades próximas da fronteira russa, como Kharkov, as defesas antiaéreas não têm tempo para reagir aos ataques devido à rapidez com que chegam os projéteis disparados do território inimigo.

"É por isso que é tão essencial que a proteção da paz e a proteção da Ucrânia não comecem apenas pela Ucrânia. O direito à autodefesa significa não esperar que um foguete atinja um hospital pediátrico, uma escola ou um bloco de apartamentos normal", afirmou a ministra alemã.

Pelo contrário, de acordo com o direito internacional, é possível atingir os pontos de lançamento destes projéteis em território inimigo e qualquer outro país do mundo faria isso mesmo, argumentou Annalena Baerbock.

Questionada sobre a possibilidade de uma reação de Moscovo, a ministra alemã afirmou que o Presidente russo, Vladimir Putin, está "deliberadamente a jogar com os medos na Europa", defendendo que será necessário ser "mais forte do que o medo".

Numa entrevista à estação de rádio alemã RBB Inforadio, Baerbock sublinhou que a posição do seu partido, os Verdes alemães, foi sempre a de permitir que a Ucrânia se defenda com armas ocidentais de longo alcance, apesar da recusa do chanceler e líder da coligação governamental alemã, Olaf Scholz, devido a preocupações com a possibilidade de uma escalada do conflito.

Pelo contrário, os Verdes encaram a questão "exatamente da mesma forma que os nossos parceiros da Europa de Leste, os britânicos, os franceses ou os norte-americanos", disse Baerbock.

"Se o nosso país fosse atingido por foguetes, 'drones', bombas, se os hospitais das nossas crianças fossem atacados, se o nosso fornecimento de eletricidade fosse atacado, se a nossa vida normal fosse atacada, então também nos defenderíamos", afirmou.

A decisão do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, vem na sequência do acordo alcançado em maio sobre a utilização de armas norte-americanas para atacar regiões fronteiriças do lado russo da fronteira, mas não inclui a utilização de Army Tactical Missile Systems (ATACMS) ou outros mísseis de longo alcance.

A Ucrânia há muito que pedia essa mudança, mas a atual administração dos EUA tinha hesitado até agora tomar uma decisão, receando que isso pudesse levar a uma nova escalada do conflito, iniciado em fevereiro de 2022.

A autorização dada pelo Presidente Joe Biden, a cerca de dois meses de deixar a Casa Branca (presidência norte-americana), já obteve reação do Kremlin (presidência russa), que acusou os EUA de estarem a atirar gasolina para a fogueira.


Leia Também: Mísseis de longo alcance? China apela à paz na Ucrânia 


Leia Também: O chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou que "não aceitará uma paz ditada pela Rússia" na Ucrânia e frisou ser necessário "ter cuidado com soluções falsas que só contêm paz no nome".

Senegal: O antigo Presidente do Senegal e candidato da coligação Takku Wallu Senegal nas legislativas de domingo felicitou esta segunda-feira o partido do primeiro-ministro, Ousmane Sonko, pelos resultados provisórios que apontam para uma vitória do partido Pastef.

© Zohra Bensemra/Reuters    Por Lusa    18/11/24 

 Ex-PR do Senegal felicita partido de Sonko pelos resultados eleitorais

O antigo Presidente do Senegal e candidato da coligação Takku Wallu Senegal nas legislativas de domingo felicitou esta segunda-feira o partido do primeiro-ministro, Ousmane Sonko, pelos resultados provisórios que apontam para uma vitória do partido Pastef.

"Gostaria, em meu nome e em nome dos dirigentes e membros da coligação Takku Wallu Senegal, de felicitar o Pastef (Patriotas Africanos do Senegal para o Trabalho, a Ética e a Fraternidade) pela sua vitória nas eleições legislativas de domingo", declarou Macky Sall, que tentava regressar à linha da frente da política depois de ter deixado a presidência em março, na sequência das últimas eleições presidenciais.

Através da sua conta na rede social X, indicou que "o povo soberano exprimiu-se claramente, confirmando mais uma vez a sua maturidade política e o seu respeito pelos valores republicanos e pela democracia", que descreveu como os "fundamentos" da "coesão social" e da "coexistência" no país africano.

Sall exprimiu também a sua "profunda gratidão" a todos aqueles que foram às urnas apoiar a coligação que lidera. "Continuamos a ser um grande povo, uma grande nação. (...) Obrigado a todos vós. Que Deus abençoe o Senegal", declarou o antigo Presidente.

Por seu lado, a Comissão Eleitoral Nacional Autónoma (CENA) aplaudiu o "comportamento exemplar" da população nas eleições e elogiou o seu "espírito cívico", segundo a agência noticiosa estatal senegalesa APS. Sublinhou também que as eleições decorreram normalmente, "num ambiente calmo, pacífico e sereno".

Os resultados provisórios das eleições apontam para a vitória do Pastef, à frente da coligação Samm Sa Kaddu, liderada pelo presidente da Câmara de Dakar, Barthélémy Dias, e do Takku Wallu Senegal. O próprio Dias foi um dos primeiros a felicitar o partido de Sonko, aliado do atual Presidente, Bassirou Diomaye Faye.

As eleições foram convocadas por Faye após a dissolução do parlamento em setembro, devido ao bloqueio imposto pela então coligação maioritária, alinhada com Sall, às propostas promovidas desde a sua chegada à presidência, na sequência da sua vitória nas eleições de março.

Faye venceu nas urnas numa eleição que Sall não disputou depois de o seu limite de dois mandatos se ter esgotado e depois de Sonko, o principal líder da oposição, ter sido excluído do escrutínio devido a uma anterior condenação, que atribuiu a uma perseguição por parte das autoridades para o manter afastado da política.

Depois de vencer as eleições presidenciais, Faye nomeou Sonko primeiro-ministro com o objetivo de fazer avançar a sua agenda conjunta, embora o Governo se tenha queixado desde então de que os aliados de Sall estavam a bloquear as reformas e as propostas apresentadas ao parlamento, provocando um impasse legislativo.

Cerca de 7,3 milhões de eleitores senegaleses foram no domingo chamados a eleger 165 deputados, que exercerão o seu mandato durante cinco anos.

Os órgãos eleitorais têm até terça-feira à noite para publicar os resultados oficiais provisórios a nível departamental.

Os eleitores tinham de decidir se davam ou não à dupla Faye-Sonko os meios para cumprir as suas promessas: melhorar a vida de uma população que luta diariamente para sobreviver, partilhar com ela as receitas dos recursos naturais - como os hidrocarbonetos e as pescas, que de outra forma seriam vendidas ao estrangeiro -, combater a corrupção e transformar o Estado e o seu sistema judicial.

O custo de vida continua a ser uma grande preocupação da população, tal como o desemprego, que ultrapassa os 20%.

O novo Governo ver-se-á, por sua vez, a braços com a vaga de centenas de compatriotas que partem todos os meses em embarcações, em busca de um futuro melhor na Europa.


Leia Também: Eleições no Senegal acentuam polarização em região com instabilidade 

Resgatado no Atlântico barco com 249 pessoas que partiu da Guiné-Bissau

© Carlos Gil Andreu/Getty Images     Por Lusa    18/11/24 

Um barco com 249 pessoas a bordo, incluindo 11 mulheres, dois bebés e dezenas de menores, que terá partido há sete dias da Guiné-Bissau, foi resgatado pelo serviço de Salvamento Marítimo espanhol, anunciaram hoje as autoridades.

O barco foi avistado sábado por um veleiro alemão que navegava a sudoeste de Dakhla (cidade do Saara Ocidental), a 603 quilómetros da ilha espanhola da Gran Canaria, disse uma porta-voz da agência de salvamento.

Os seus ocupantes foram resgatados pelo navio Guardamar Talía por volta das 14h45 de domingo (13h45 em Lisboa) e chegaram hoje ao porto de Los Cristianos, em Tenerife, adiantaram as autoridades espanholas.

Fontes dos serviços de emergência disseram que os ocupantes afirmam ter partido da Guiné-Bissau, o que implica que se aventuraram numa travessia em mar aberto de quase 1.900 quilómetros, dos quais já tinham percorrido dois terços quando foram avistados pelo veleiro Thor Geyenerdahl.

A confirmar-se a origem da travessia, será a embarcação que mais se afastou em direção às Ilhas Canárias nesta última etapa da Rota Atlântica, cujo extremo sul é marcado pelo Senegal e pela Gâmbia.

O barco foi abandonado à deriva com uma marca de identificação pelo Salvamento Marítimo para não dar origem a falsos alarmes se alguém o reencontrar na sua rota.

O número de menores a bordo (44, incluindo os dois bebés) é ainda provisório, uma vez que a idade de alguns dos jovens e adolescentes está a ser verificada.

O serviço de emergência 112 informou que quatro dos ocupantes do caiaque tiveram de ser transferidos para centros de saúde.


Leia Também: Presidente da Guiné-Bissau anuncia audiências para remarcar eleições  

São Tomé e Príncipe: Metade da população sem água potável

Por voaportugues.com  

Há décadas que cerca de metade da população são-tomense não tem aceso a água potável, segundo dados da Empresa Nacional de Água e Eletricidade (EMAE), que alega a falta de investimento, enquanto a população fala em ausência de vontade política.

De norte ao sul do arquipélago com cerca de 1000 quilómetros quadrados e 237,096 habitantes, segundo projeção das Nações Unidas, há milhares de pessoas a consumirem água do rio, sem qualquer tratamento por incapacidade de fornecimento da EMAE.

Entre os seis distritos de São Tomé, Lembá, Cauê e Cantagalo são os que têm mais pessoas sem água potável. A EMAE tem 16 sistemas de tratamento e abastecimento de água, mas a maioria data do período colonial.

“A captação de Canga é um canal que foi construído na época colonial para irrigação e é o mesmo canal que depois serviu como conduta de adoção e ele não tem capacidade para levar muita quantidade de água”, explica Valdemiro do Rosário, responsável do setor de distribuição de água, propondo a substituição da mesma para que possa transportar mais água.

E como se não bastasse, de acordo com os responsáveis da EMAE, 40 por cento da água potável que vai para a rede distribuição não chega aos consumidores devido ao envelhecimento das condutas, sobretudo na cidade capital.

Perante a crise, nas ultimas décadas emergiram no país os chamados comerciantes de água que vendem o precioso liquido ao preço 25 dólares o metro cubico, cerca de de 150 vezes superior ao valor praticado pela EMAE.

Foco

“Esses ditos comerciantes de água, quando há deficiência em termos de abastecimento, eles vão buscar água do rio, sem qualquer tratamento e vendem à população”, diz Timóteo da Costa, chefe do departamento de água da EMAE.

Adilio Abreu vive nos arredores da cidade de São Tomé e lamenta a incapacidade dos sucessivos governos para satisfazer “um direito básico da população”.

“Se os políticos-governantes tivessem como foco e objetivo a resolução dos problemas básicos da população, certamente que a água estaria incluída e nós já teríamos esse problema resolvido”, diz Abreu.

Quanto às empresas que vendem água imprópria, Abreu questiona: onde estão as autoridades, os tribunais? O que estamos a assistir é um crime.”

Liberato Moniz, analista político, também considera que há pouco interesse político em resolver um problema, que “todos sabem que é a origem de um grave problema de saúde pública no país”.

União Europeia: "Crise" na saúde europeia. Faltam 1,2 milhões de médicos e enfermeiros

© Lusa   18/11/24 

A União Europeia (UE) tinha em 2022 falta de 1,2 milhões de profissionais de saúde, uma "grave crise" que será agravada com a reforma de um terço dos médicos e um quarto dos enfermeiros nos próximos anos.

O alerta consta do relatório de 2024 da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Comissão Europeia (CE) "Health at a Glance Europe" hoje divulgado e que indica que 20 países da UE comunicaram uma escassez de médicos em 2022 e 2023 e outros 15 falta de enfermeiros.

"A mão-de-obra europeia no setor da saúde enfrenta uma grave crise", salienta o documento que, com base nos limiares mínimos de pessoal para a cobertura universal de saúde, estima que os países da UE registaram uma necessidade de aproximadamente 1,2 milhões de médicos e enfermeiros em 2022.

Portugal faz parte de um grupo de seis países - mais a Chéquia, Grécia, Irlanda, Letónia e Espanha -- que indicaram que parte das suas estratégias para manter ou aumentar a oferta de médicos consiste em prolongar a sua vida profissional, incluindo incentivos específicos para os clínicos se manterem na vida ativa.

A juntar à falta de profissionais de saúde já registada nos últimos anos, junta-se o seu envelhecimento, alerta ainda a OCDE e a CE, ao avançar que "mais de um terço dos médicos e um quarto dos enfermeiros da UE têm mais de 55 anos e deverão reformar-se nos próximos anos".

Apesar desta crise na força de trabalho da saúde, o estudo salienta que os setores da saúde e da assistência social empregam mais trabalhadores agora do que em qualquer momento da história na maioria dos países da UE.

Em 2022, mais de um em cada dez empregos (10,1%) era na área da saúde e da assistência social nos países da UE, contra 8,5% em 2002.

Em média, nos países da União Europeia, existiam 4,2 médicos por 1.000 habitantes em 2022, quando em 2002 eram 3,1, refere ainda o documento, que aponta para um crescimento do número de médicos "particularmente rápido" em Portugal e na Grécia, mas avisando que os dados destes dois países se referem a todos os clínicos inscritos, mesmo que não estejam atualmente a exercer.

Quanto aos enfermeiros, a OCDE e a CE avançam que o seu número tem aumentado na última década na maioria dos países da UE, passando de 7,3 por 1.000 habitantes em 2012 para os 8,4 em 2022.

Portugal está ligeiramente abaixo da média da União Europeia de 8,4% e distante dos países que lideram esse rácio, a Noruega, a Islândia, a Finlândia, a Irlanda e a Alemanha, com pelo menos 12 enfermeiros por 1.000 habitantes.

O relatório alerta ainda para o "deserto médico" na distribuição geográfica nacional desses profissionais de saúde, uma vez que em muitos países, como Portugal, Áustria, Roménia, Hungria e Croácia, regista-se uma densidade particularmente elevada nas grandes cidades de serviços especializados de saúde.

Para minimizar a falta de médicos, vários países da OCDE têm apostado no seu recrutamento no exterior, uma "solução rápida para responder às necessidades internas a curto prazo", adianta o estudo.

O recrutamento de médicos formados no estrangeiro foi 17% superior em 2022 do que antes da pandemia, em 2019, passando de cerca de 28.000 para 33.000 em termos de volume anual. Em 2023, mais de 40% dos médicos na Noruega, Irlanda e Suíça e cerca de 50% dos enfermeiros na Irlanda tinham formação estrangeira, por exemplo.

Segundo o relatório, o reforço da força de trabalho no setor da saúde para tornar os sistemas de saúde mais resilientes exigiria recursos adicionais significativos em relação ao nível pré-pandemia, ascendendo a 0,6% do PIB em toda a UE.

"A curto prazo, a melhoria das condições de trabalho e da remuneração é fundamental para aumentar a atratividade da profissão e reter os atuais profissionais de saúde", defende a OCDE, para quem aumentar as oportunidades de formação para novos médicos e enfermeiros é "também vital para aumentar a oferta", embora o seu impacto só se faça sentir a médio e longo prazo.


Rússia considera-se diretamente atacada pelos EUA se a Ucrânia usar mísseis de longo alcance: "Biden atirou gasolina para a fogueira"

 CNN Portugal

Biden autorizou a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance dos EUA em solo russo. Kremlin considera isso um ataque militar direto dos EUA: "Atiraram gasolina para a fogueira". Guerra faz mil dias e entra num novo rumo a dois meses de Trump tomar posse

Se a Ucrânia atacar solo russo com mísseis de longo alcance dos Estados Unidos ou de outros aliados ocidentais, o Kremlin diz que não vai responsabilizar Kiev por isso mas sim os países em que essas armas foram desenvolvidas.

Na sua habitual conferência de imprensa diária, Dmitry Peskov reafirmou esta segunda-feira a posição que Putin já tinha manifestado em setembro - ou seja, que a Rússia considera um ataque direto dos norte-americanos qualquer ataque a solo russo com armas feitas nos EUA. O Kremlin diz que Biden atirou "gasolina para a fogueira" e que tudo isto representa um "envolvimento diferente dos EUA" na guerra na Ucrânia.

Peskov sublinhou ainda que a Rússia só teve conhecimento da decisão da administração de Joe Biden através de notícias publicadas nos meios de comunicação ocidentais. E acrescentou que, a confirmar-se, trata-se de uma escalada do conflito e da tensão - e acusa os EUA disso. Reino Unido e França ainda não se pronunciarem sobre se tomam ou não decisão semelhante à da administração Biden.

A notícia desta decisão dos EUA foi avançada domingo pelo New York Times, que cita uma fonte da Casa Branca. O jornal sublinha ainda que a decisão não foi consensual entre os conselheiros do presidente. Esta opção de Joe Biden, que anteriormente já tinha autorizado a utilização do sistema de rockets HIMARS em resposta aos avanços da Rússia em Kharkiv, surge após a decisão de Moscovo de enviar tropas norte-coreanas para a frente de guerra na Ucrânia.

Através da rede social X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu na noite deste domingo a todos os parceiros que apoiam o país com sistemas de defesa aérea e mísseis, afirmando que "este é um esforço verdadeiramente global".

Presidente da República recebe S.E Sr. Mohamed Juldeh Jalloh, Vice- Presidente da República da Serra Leoa.

Presidência da República da Guiné-Bissau