quarta-feira, 6 de março de 2024

RÚSSIA: Apoio a Putin parou de crescer, segundo sondagens publicadas na Rússia

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POR LUSA    06/03/24 

O apoio eleitoral ao Presidente russo, que procura este mês a reeleição para um quinto mandato, parou de crescer, apesar de se manter nos 75%, segundo os dados mais recentes do Centro de Estudos da Opinião Pública da Rússia.

Citados no diário moscovita "Nezavissimai Gazet" - "Jornal Independente", os números publicados a 04 de março resultantes de duas sondagens "anteriormente suspensas durante duas semanas" traduzem que "o apoio eleitoral de Vladimir Putin, tendo diminuído de 79% para 75%, não cresce há quase duas semanas".

O jornal notou que a sondagem mais recente do centro de estudos foi feita nos dias 02 e 03 de março, ou seja, após o discurso à nação do Presidente, que não alterou de forma alguma a posição do candidato, apesar de nessa ocasião ter avançado os pormenores do seu programa eleitoral.

A pausa na divulgação das sondagens terá beneficiado Putin porque ajudou a amenizar a sua descida nas sondagens, além de criar "uma espécie de reserva para o crescimento futuro na ponta final da campanha eleitoral", referiu o quotidiano moscovita.

Em 2018, Putin "alcançou 76,69% da votação, o que significa que nele votaram 110 milhões e 850 mil russos", com uma taxa de participação de 67,54%, indicou ainda o jornal.

A previsão da participação dos russos no ato eleitoral presidencial que se aproxima já ultrapassa os 80%.

Para que o Presidente Putin tenha uma votação superior a 77%, é necessário que recolha a tendência favorável de, pelo menos, 70 milhões de eleitores.

Quanto aos outros concorrentes às eleições presidenciais da Rússia, marcadas para os dias 15, 16 e 17 deste mês, Vladislav Davankov recolhe 0,6% da aceitação dos russos, Nikolai Kharitonov fica-se pelos 0,4% e Leonid Slutski não vai além dos 0,3%.

Vladislav Andreevich Davankov, com 40 anos, é empresário e vice-presidente da Duma Estatal (câmara baixa) da Assembleia Federal da Federação Russa desde 12 de outubro de 2021.

É o primeiro vice-presidente do partido Nova Gente, desde 11 de outubro de 2021. Devido ao seu apoio à invasão da Ucrânia, está sob sanções internacionais da União Europeia (UE), Estados Unidos, Reino Unido e vários outros países.

Nikolai Mikhailovich Kharitonov nasceu em 1948 na região de Novossibirsk e é presidente do Comité da Duma Estatal para o Desenvolvimento do Extremo Oriente e do Ártico, desde 12 de outubro de 2021, e membro do Comité Central do Partido Comunista da Federação Russa.

Foi consagrado, em 2023, como Herói do Trabalho da Federação Russa. Nas eleições presidenciais de 2004, ficou em segundo lugar com 13,69% dos votos. Por ter apoiado a invasão da Ucrânia, é igualmente alvo de sanções internacionais.

Leonid Eduardovich Slutski, presidente do Partido Liberal Democrático da Rússia desde 27 de maio de 2022, natural de Moscovo, nasceu em 1968 e é presidente do Comité dos Assuntos Internacionais da Duma desde 05 de outubro de 2016.

O seu nome consta também desde 2014 na lista dos sancionados pelos Estados Unidos, UE e outros países por apoiar a intervenção das forças armadas russas na Ucrânia e a anexação da península ucraniana da Crimeia.

Em 2018, Slutski tornou-se uma figura central do primeiro escândalo sexual envolvendo a Duma Estatal da Federação Russa, amplamente coberto pela imprensa nacional e internacional e que motivou um "boicote" ao deputado por vários meios de comunicação. Foi um dos representantes russos nas negociações russo-ucranianas, após a invasão, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.



Leia Também: Rússia. Há pressão para Putin ganhar eleições com mais de 80% dos votos

Espanhóis preocupados com "morangos de Marrocos" com "hepatite A"... Agricultores de Valência disseram que existe um "perigo para a saúde pública".

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Notícias ao Minuto   06/03/24 

A Associação Valenciana de Agricultores (AVA-ASAJA, na sigla em espanhol) mostrou "preocupação" perante a notificação emitida no portal comunitário RASFF (Rapid Alert System Feed and Food), da União Europeia, alertando para a "presença de hepatite A em morangos de Marrocos", detetados num ponto de entrada de Espanha.

Segundo a AVA-ASAJA, em comunicado, trata-se de um assunto "sério", porque foi superado o "nível máximo permitido".

Tal "pressupõe um perigo para a saúde pública". A presença de hepatite A nestes morangos pode "ter aparecido por regar as explorações com águas fecais".

A AVA-ASAJA enviou uma carta ao ministro da Agricultura espanhol, Luis Planas, para pedir que "de maneira urgente peça explicações ao governo de Marrocos e concretize que medidas pensa aplicar para evitar que este tipo de situações voltem a acontecer".

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), "a hepatite A é uma inflamação do fígado causada pelo vírus da hepatite A (HAV), que se espalha principalmente quando uma pessoa não infetada (e não vacinada) ingere alimentos ou água contaminados pelas fezes de um pessoa infetada".


JUSTIÇA/GUINÉ-BISSAU: Presidente Umaro Sissoco Embaló debruça-se sobre actuais casos de justiça

PR Umaro Sissoco Embaló visita às obras de Mbatonha © Radio Voz Do Povo

Por: Mussá Baldé  RFI  06/03/2024 

Bissau – De regresso ao país após visitas de trabalho a Israel e à Palestina, o Presidente da Guiné-Bissau deu o mote: Todos os casos judiciais devem ser julgados nos próximos tempos. Umaro Sissoco Embaló referia-se aos casos ligados às tentativas de golpe de Estado de 2022 e 2023 e ainda ao caso ligado aos ex-governantes detidos por suspeita de corrupção.

O Presidente Embaló aproveitou a visita ao local, em Bissau, onde está a ser construído um complexo escolar que terá ainda um posto médico e uma mesquita, para comentar a actualidade política do país.

O Presidente Embaló não falou da sua recente deslocação a Israel e à Palestina, mas falou da tentativa de golpe de Estado de 1 de Fevereiro de 2022 e ainda da de 1 de Dezembro passado.

O Presidente também abordou o caso do pagamento, pelo anterior Governo, de alegadas dívidas a 11 empresários, um caso que levou à detenção do ex-ministro da Economia e Finanças e do ex-secretário de Estado do Tesouro.

Umaro Sissoco Embaló disse que estes três casos devem ir a julgamento nos próximos tempos para que os guineenses saibam quem lesou o Estado.

O Presidente disse que vai convocar, ainda esta semana, o presidente interino do Supremo Tribunal de Justiça, o presidente do Tribunal Militar Superior, o Procurador-Geral da República e o Chefe do Estado-Maior Geral das Forças Armadas.

A todos vai transmitir a sua orientação no sentido de se dar prioridade aos três casos judiciais.

Entretanto, decorre uma greve de quatro dias do corpo da Guarda Prisional, que reivindica progressão na carreira.

Dizem que há mais de 10 anos que não há progressão na carreira, quando a lei diz que em cada três anos devem ser graduados.

A greve impede os reclusos, entre os quais os dois ex-governantes, de receber visitas ou alimentos fornecidos pelos familiares.

MIGRAÇÕES: Mais de 8.500 migrantes mortos tornam 2023 o ano mais mortal da década

© Lusa

POR LUSA   06/03/24 

Pelo menos 8.565 pessoas morreram em 2023 a percorrer as rotas migratórias mundiais, tornando o ano passado no mais mortal já registado, avançou hoje o Projeto Migrantes Desaparecidos da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

O número de mortos em 2023 representa um aumento de 20% em relação a 2022, adianta a organização, sublinhando, em comunicado hoje divulgado, a "necessidade urgente de medidas para evitar mais perdas de vidas".

O total do ano passado ultrapassa o recorde de mortos e desaparecidos a nível mundial que tinha sido registado em 2016, quando 8.084 pessoas morreram durante a migração.

A travessia do Mediterrâneo continua a ser a rota mais mortal para migrantes, com pelo menos 3.129 mortes e desaparecidos, o que constitui o número de vítimas mortais mais elevado da região desde 2017.

Mas a OIM também registou, em 2023, números sem precedentes de mortes de migrantes em África (1.866) e na Ásia (2.138).

Em África, a maioria destas mortes aconteceu no deserto do Saara e na rota marítima para as Ilhas Canárias, enquanto na Ásia, a situação pior foi vivida pelos refugiados afegãos e 'rohingyas', grupo étnico proveniente sobretudo de Myanmar.

O projeto da OIM, que assinala este ano 10 anos de existência, soma mais de 63.000 migrantes mortos em todo o mundo na última década, sendo que quase metade se deveu a afogamentos.

De facto, a travessia do mar Mediterrâneo contabilizou pelo menos 22.953 mortos em 10 anos, só naquela que é considerada a pior rota, a do Mediterrâneo Central, que sai da Líbia, Argélia e Tunísia em direção à Europa, nomeadamente Itália e Malta.

"Ao assinalarmos os 10 anos do Projeto Migrantes Desaparecidos, começamos por recordar todas as vidas perdidas. Cada uma é uma terrível tragédia humana que se repercutirá nas famílias e nas comunidades durante os próximos anos", disse o vice-diretor geral da OIM, Ugochi Daniels, citado no relatório da organização.

Mas "estes números horríveis recolhidos pelo Projeto Migrantes Desaparecidos são também um lembrete de que devemos voltar a comprometer-nos com uma ação maior que possa garantir uma migração segura para todos, para que daqui a 10 anos as pessoas não tenham de continuar a arriscar as suas vidas em busca de uma vida melhor", defendeu.

O Projeto Migrantes Desaparecidos foi criado em 2014, após dois naufrágios devastadores ao largo da costa de Lampedusa, Itália, e é reconhecido como o único indicador que mede o nível de "segurança" da migração nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e no Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular.

Dez anos depois, é hoje a única base de dados de acesso aberto sobre mortes e desaparecimentos de migrantes, mas assume que o número de casos reais em todo o mundo deverá ser muito mais elevado do que os 63 mil documentados.

Os restos mortais de mais de 26 mil pessoas que perderam a vida durante a migração não foram recuperados, refere o documento, explicando que a recolha de dados enfrenta muitos desafios, especialmente em locais remotos, como o Parque Nacional de Darién, Panamá, e as rotas marítimas, onde a OIM denuncia regularmente "naufrágios invisíveis", em que barcos cheios de migrantes desaparecem sem deixar rasto.


Por  Rádio Capital Fm

A Coligaçao da Juventude  dos Paises Africanos de Língua Oficial Portuguesa manifesta preocupada com a “deterioraçao dia após dia” da legalidade democratica na Guiné-Bissau.

Através de um comunicado à imprensa divulgado hoje, a Cordenaçao da organização juvenil de PALOP na Guiné-Bissau diz lamentar o “retrocesso” em relaçao à situaçao dos direitos humanos, com destaque para flagrantes violações dos direitos civis e politicos, assim como os de natureza económica, social e cultural.

Em comunicado, na posse da Capital FM, datado de 6 de março, assinado pelo seu coordenador nacional, Vladmir Victorino Gomes, a organizaçao lamenta ainda o “arastamento de insegurança, do medo de se expressar livremente” e a emigração dos jovens, que considera o disperdiçar da força ativa de transformaçao do país. 

A Cordenaçao Nacional da Coligaçao da Juventude de PALOP manifesta a profunda preocupaçao face ao “estremismo etnico-religioso” registado nos ultimos tempos na Guiné-Bissau e alerta ao Estado e ao povo guineense para os riscos e perigo que estes atos possam provocar, e que poderão atingir a “invejável coexistência e coabitação em paz e irmandade entre diferentes religioes e etnias no país.

A organizaçao pede ainda à mobilizaçao de todas as organizaçoes da sociedade civil, as lideranças religiosas e o poder tradicional na luta contra os “males” que afligem o país.

A Cordenaçao Nacional da Coligaçao da Juventude de PALOP oonvida os jovens da Guiné-Bissau para, no contexto atual, se levantarem e trabalhar no sentido de servirem de vanguarda da paz e estabilidade, regeitando quaisquer atos que ponham em causa os valores conquistados.

“A Guiné-Bissau, infelizmente, contra vontade e desejo de a ver como uma naçao próspera, continua a não encontrar o tão almejado caminho para a estabilidade politico-governativa, facto esse que, hodiernamente, tem refletido, de forma direta, em quase todos os setores chave da vida dao país" lê-se no comunicado. 

Por: Gil Fernando Gomes

Guiné-Bissau : Pouco mais de 19 milhões de francos CFA de fundo do Instituto Nacional de Pesquisa Agrária ( INPA), foram desviados pelo dirigente do Ministério da Agricultura, afirma um dos Investigadores de Pesquisa Agrária


 Radio TV Bantaba

Guiné-Bissau : Porta-voz do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo-Verde fala sobre as atividades do Centenário Amilcar Cabral.


  Radio TV Bantaba 

Nigéria promete à Rússia manter cooperação incluindo na esfera militar

© Reuters

POR LUSA   06/03/24 

A Nigéria prometeu hoje manter a cooperação e até reforça-la, incluindo na esfera militar, com Moscovo, que elogiou a luta do país africano contra a ameaça terrorista e o tráfico de droga.

"Este processo [de cooperação] existe há muito tempo e vai continuar", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Yusuf Tuggar Tuggar numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo russo, Sergey Lavrov, em Moscovo, onde o ministro africano está em visita oficial.

O MNE nigeriano acrescentou que o seu país está a fazer um esforço para aumentar a cooperação com a Rússia nas esferas comercial e militar, mantendo simultaneamente os laços nos domínios da energia e da saúde.

Lavrov, por seu turno, prometeu que Moscovo continuará a ajudar os países africanos a reforçar as suas forças armadas e a sua segurança "face aos desafios persistentes".

A este respeito, destacou a contribuição e a determinação das autoridades nigerianas na luta contra a ameaça terrorista e o tráfico de droga.

O chefe da diplomacia russa também agradeceu a Abuja a sua "compreensão da situação na Ucrânia e das causas" do início da guerra.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra, enquanto alguns países africanos tem manifestado o seu apoio à Rússia.


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Leia Também:  A Human Rights Watch criticou hoje, em comunicado, o projeto de lei de amnistia apresentado segunda-feira pelo Presidente do Senegal, Macky Sall, aos deputados, considerando que abre a porta à impunidade de crimes graves. 

Moscovo acusa Kyiv de ataque contra território russo

© Reuters

POR LUSA   06/03/24 

Um depósito de petróleo na região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, incendiou-se após um ataque de 'drones' ucranianos que não causou vítimas, disse o governador regional, Roman Starovoyt.

"Um ataque com um 'drone' ucraniano no distrito de Jeleznogorskii causou hoje um incêndio num depósito de combustível e lubrificantes", escreveu o responsável local russo nas redes sociais.

"Um tanque de combustível está a arder. Não há vítimas", acrescentou.

Segundo a agência de notícias russa TASS, o depósito pertence ao grupo mineiro Varitchev, que faz parte da empresa siderúrgica Metalloinvest, fundada pelo "oligarca" Alisher Usmanov.

O Ministério da Defesa russo não comentou este ataque, como é habitual, mas indicou ter destruído três 'drones' ucranianos durante a noite, dois sobre a região de Voronezh e outro sobre a região de Belgorod, ambas perto da fronteira com a Ucrânia.

De acordo com a mesma fonte, também não se registaram vítimas.

Desde o início da ofensiva russa contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, o território russo tem sido regularmente atingido por ataques atribuídos a Kyiv, tendo como alvo depósitos de petróleo e refinarias, em particular nas últimas semanas.


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O Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científca faz balanço da participação na IXª Comemoração do Dia Africano da Alimentação Escolar realizada em Bujumbura, Burundi. Herry Mané aproveitou para denúnciar a existência do grupo organizado para perturbar o sistema do ensino no país.


 Radio Voz Do Povo

PR Umaro Sissoco Embaló visita às obras de Mbatonha


Por  Radio Voz Do Povo