segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Filha de ex-PR sul-africano investigada por recrutar civis para a Ucrânia... A polícia sul-africana anunciou domingo que investiga alegações de que uma filha do ex-Presidente Jacob Zuma terá recrutado 17 homens para receberam treino em segurança na Rússia, mas que afinal foram combater na guerra contra a Ucrânia.

© Reuters    Lusa   24/11/2025

De acordo com a porta-voz da polícia, Athlenda Mathe, uma declaração sob juramento apresentada pela irmã de Duduzile Zuma-Sambudla, Nkosazana Bonganini Zuma-Mncube, alega que esta e duas outras pessoas aliciaram os homens, dizendo que estes iriam receber treino de segurança na Rússia. 

Segundo a declaração de Zuma-Mncube, os homens foram entregues a um grupo de mercenários russos e forçados a combater na guerra, sendo que oito dos homens são membros da família Zuma.

A porta-voz da polícia referiu que as acusações serão alvo de uma investigação minuciosa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da África do Sul, Ronald Lamola, disse aos jornalistas, à margem da Cimeira do G20 em Joanesburgo, durante o fim de semana, que estavam em curso esforços diplomáticos com a Rússia e a Ucrânia para repatriar os cidadãos.

"A polícia deve investigar e quem estiver envolvido nisto deve ser preso", disse Lamola, acrescentando: "Não é uma situação fácil porque eles estão nas linhas da frente desta batalha, mas temos esperança de que haverá avanços".

O Governo da África do Sul disse, no início deste mês, ter recebido pedidos de socorro dos homens, com idades entre 20 e 39 anos, que disseram estar presos na região do Donbas, devastada pela guerra, no leste da Ucrânia.

Os homens tinham-se juntado a forças mercenárias sob o pretexto de contratos de trabalho lucrativos, disse o Governo sul-africano.

A Rússia tem sido acusada de recrutar homens de outros países para combater na guerra, sob o pretexto de lhes oferecer emprego.

Moscovo também tem sido acusado de enganar mulheres da África do Sul e de outros países africanos para trabalharem em fábricas russas de 'drones' (aeronave sem piloto), através de campanhas nas redes sociais que lhes prometiam empregos em áreas como restauração e hotelaria.

De acordo com a lei sul-africana, é ilegal que cidadãos e entidades ofereçam ou forneçam assistência militar a governos estrangeiros ou participem em exércitos de governos estrangeiros, a menos que autorizados pelo Governo de Pretória.

Zuma-Sambudla é membro do parlamento pelo Partido MK, que o seu pai fundou em 2023, após ter sido expulso do partido no poder, o Congresso Nacional Africano, que liderou de 2007 a 2017.

Ela está atualmente a ser julgada por alegadamente ter instigado, através das redes sociais, os tumultos mortais na África do Sul em 2021.

Zuma-Sambudla e o partido MK não responderam aos pedidos de comentário feitos pela Associated Press.


Foram divulgados textos e imagens que sugerem uma suposta interação sexual entre a senhora Florence e o senhor Domingos Pereira. A própria esclarece que desconhece a origem desses conteúdos, afirma que são totalmente falsos e garante que tais acontecimentos nunca ocorreram.”


Portugueses querem demissão? Ministra da Saúde diz que fica até que Montenegro queira... Uma sondagem da Intercampus mostra que quase 60% dos portugueses acham que Ana Paula Martins deve abandonar o cargo. Mas a ministra desvaloriza.

Por  SIC Notícias

A ministra da Saúde afirma que vai continuar no cargo até que o primeiro-ministro decida o contrário. É a resposta de Ana Paula Martins a uma sondagem que revela que mais de metade dos portugueses acha que a governante deve abandonar o cargo.

“Uma sondagem é uma sondagem”, desvalorizou a ministra, em declarações aos jornalistas, esta quarta-feira.

Estarei aqui a trabalhar todos os dias, como estou hoje e vou estar amanhã e depois de amanhã, enquanto, naturalmente, for vontade do Governo e do meu primeiro-ministro", declarou Ana Paula Martins. “É só isso que eu tenho a dizer, mais nada.”

A sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e a CMTV indica que 58,4% dos portugueses defendem que a ministra da Saúde deveria abandonar o cargo.

Apenas 28,3% dos inquiridos responderam que Ana Paula Martins se deve manter à frente do Ministério da Saúde, enquanto 13,3% não sabem ou não respondem.

"África e a Europa precisam uma da outra mais do que nunca"... A presidente da Comissão Europeia afirmou hoje que a economia global está "mais conflituosa" e que, também por isso, "África e a Europa precisam uma da outra mais do que nunca".

Por LUSA 

Na abertura da Cimeira União Africana - União Europeia, na capital angolana, Ursula von der Leyen começou por fazer o diagnóstico: "O comércio global está mais politizado do que nunca. As tarifas e as barreiras comerciais estão a ser utilizadas de forma agressiva. Os controlos à exportação tornaram-se uma ferramenta para prejudicar os concorrentes e obter concessões. A sobrecapacidade global em certos campos estratégicos atingiu um nível sem precedentes".

Face a este cenário global, a líder da Comissão Europeia defendeu que muitas das respostas residem numa parceria mais forte entre europeus e africanos. E que o ponto de partida é o comércio.

"A Europa já é, de longe, o vosso principal parceiro comercial. Um terço do comércio total de África é com a Europa, e África exporta para a Europa mais do dobro do que para a China. A maior parte do nosso comércio já é isento de direitos aduaneiros e quotas há décadas, graças aos nossos acordos de comércio livre e regimes preferenciais", lembrou a responsável.

"Mas vejo margem para expandir ainda mais as nossas relações comerciais. Neste momento, em todo o continente, estamos a construir novas infraestruturas para ligar África e a Europa", salientou, numa alusão ao Corredor do Lobito, cujo investimento europeu supera os dois mil milhões de euros.

E enquanto ligamos África aos mercados globais, também estamos a apoiar o comércio dentro do vosso continente. Esta é a melhor maneira de as empresas africanas crescerem e se prepararem para a concorrência global.

Ursula von der Leyen sublinhou ainda que enquanto a Europa liga África aos mercados mundiais, também apoia o comércio no próprio continente africano, sustentando que "esta é a melhor maneira de as empresas africanas crescerem e se prepararem para a concorrência global".

A líder europeia afirmou ainda que "junto com o comércio vem o investimento" e enumerou uma série de investimentos europeus em África, como o Global Gateway, cujo propósito passa também por criar indústria e empregos locais, ao contrário de "outros investidores" que "contratam trabalhadores estrangeiros", que "perfuram, exploram e lavam os lucros".

O programa europeu Global Gateway, afiançou, tinha um objetivo de investir 150 mil milhões de euros, mas já foram mobilizados 120 mil milhões de euros.

Por fim, lamentou que dos dois biliões de dólares investidos em energia limpa em 2024, apenas 2% foram para África, quando este continente possui 60% do potencial solar do mundo.

"É por isso que, juntamente com o Presidente sul-africano e a Global Citizen, lançámos uma campanha. Chamamos-lhe 'Scaling Up Renewables in Africa (Aumentar as energias renováveis em África). E no G20, no início desta semana, alcançámos 15,5 mil milhões de euros em compromissos globais. Trabalharemos com o setor privado para expandir a energia limpa em África e levar eletricidade a pelo menos 100 milhões de pessoas até 2030", prometeu.

A sétima cimeira UE-UA realiza-se em Luanda, hoje e terça-feira, centrada em "promover a paz e a prosperidade através de um multilateralismo eficaz".

O encontro de alto nível - o 25.º entre os dois blocos - é copresidido pelo Presidente de Angola, João Lourenço, e pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, estando a UE ainda representada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a UA pelo presidente da Comissão, Mahmoud Ali Youssou.

A União Europeia é constituída por 27 países, incluindo Portugal. A União Africana é composta por 55 nações, incluindo Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.


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O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou hoje que "a guerra regressou à Europa" e destacou que a parceria entre a União Europeia e África constitui também "um investimento na segurança europeia".



Presidente sul-coreano alerta para risco de confronto com Pyongyang... O Presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, avisou hoje que a situação na fronteira com a Coreia do Norte é "muito perigosa" e pode conduzir a confrontos acidentais "a qualquer momento", caso não haja diálogo.

Por LUSA 

Lee indicou que as relações intercoreanas se tornaram "extremamente hostis" e que Pyongyang está a realizar ações "muito extremas" sem qualquer nível básico de confiança.

O chefe de Estado apelou à realização de uma reunião militar com a Coreia do Norte para prevenir incidentes na fronteira, durante declarações feitas no percurso entre a África do Sul e a Turquia, após a cimeira do G20.

O apelo surge uma semana depois de Seul ter proposto negociações formais, no primeiro pedido oficial de diálogo desde que Lee assumiu funções em junho.

Segundo as autoridades sul-coreanas, as incursões de militares norte-coreanos na Linha de Demarcação Militar ultrapassaram a dezena este ano, enquanto realizavam trabalhos como a instalação de vedações e minas na Zona Desmilitarizada.

O incidente mais recente ocorreu em 19 de outubro, quando mais de 20 soldados norte-coreanos atravessaram a linha perto de Paju, no noroeste do país, levando à realização de tiros de aviso pelas forças sul-coreanas.

Seul defende a necessidade de um acordo sobre uma linha de base clara, uma vez que muitos dos marcos instalados em 1953 desapareceram, originando divergências sobre a demarcação em algumas zonas.

As últimas negociações intercoreanas de âmbito geral realizaram-se em 2018, num contexto em que Pyongyang continua a rejeitar diálogo com os Estados Unidos se a desnuclearização se mantiver como condição prévia.

MISSÃO DE OBSERVAÇÃO ELEITORAL DA CEDEAO (MOE) REALIZA REUNIÃO DE ALTO NÍVEL COM PARCEIROS INTERNACIONAIS ANTES DAS ELEIÇÕES GERAIS NA GUINÉ-BISSAU

 

Fonte: CEDEAO

A Missão de Observação Eleitoral da CEDEAO (MOE) e a Missão de Observação Eleitoral da União Africana (MOE-UA) realizaram em Bissau uma reunião de coordenação de alto nível, reunindo os Chefes das Missões de Observação destacadas para a Guiné-Bissau, incluindo o antigo Presidente da Nigéria, S.E. Goodluck Ebele Jonathan, e o Alto Representante da UA para a Silenciação das Armas, S.E. Mohamed Ibn Chambas.

Outras missões presentes na Guiné-Bissau incluem a CPLP, o G7+ e a ROJAE-CPLP.

Os Chefes de Missão sublinharam a importância histórica das próximas eleições no país, analisaram a preparação institucional e operacional e reafirmaram o compromisso coletivo com uma observação imparcial, credível e coordenada. Partilharam avaliações sobre logística eleitoral, competitividade, dinâmicas pré-eleitorais entre as partes interessadas e cenários de risco pós-eleitoral, destacando a centralidade do Estado de direito, da tolerância cívica e da diplomacia preventiva.

Com observadores de longo, médio e curto prazo já destacados em todo o território nacional, a CEDEAO reiterou a sua solidariedade para com o povo da Guiné-Bissau e a sua determinação em salvaguardar a paz, reforçar as instituições democráticas e assegurar que o resultado eleitoral reflita genuinamente a vontade do eleitorado.

#ELEIÇÕES#GERAIS: directoria de campanha da Plataforma Republicana Nó Kumpu Guiné reivindica vitória nas presidências na primeira.


 Rádio Djumbay

Fernando Dias, candidato independente das eleições presidenciais disse que venceu o escrutíneo do dia 23 de novembro, e que nao haverá necessidades para segunda volta.


  CAP GB

Zelensky quer negociar mais; Moscovo afirma não ter "qualquer informação"... O Presidente da Ucrânia afirmou hoje que houve progressos nas negociações de paz em Genebra com EUA e Europa, mas sublinhou ser preciso debater mais, enquanto Moscovo garantiu não ter ainda "qualquer informação" sobre alterações feitas

Por  LUSA 

As discussões em Genebra, Suíça, tiveram como base o plano de 28 pontos apresentado na semana passada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, para pôr fim ao conflito desencadeado há quase quatro anos pela invasão russa da Ucrânia, mas que foi amplamente considerado pró-Moscovo.

Nos passos que coordenámos com o lado norte-americano, conseguimos incluir pontos extremamente sensíveis", disse Volodymyr Zelensky, durante uma conferência virtual na Suécia.

"São passos importantes, mas, para alcançar uma verdadeira paz, é necessário muito mais", acrescentou.

Já a presidência russa (Kremlin), indicou que "não recebeu qualquer informação" após as negociações em Genebra, acrescentando, no entanto, estar ciente de que tinham sido feitas modificações à proposta norte-americana.

O texto inicial, elogiado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, incluía várias exigências importantes de Moscovo, como a cedência de territórios ucranianos, aumentando os receios em Kyiv de uma capitulação forçada.

O líder ucraniano elogiou algumas medidas, como a libertação completa de todos os prisioneiros ucranianos sob a fórmula "todos por todos", bem como o regresso de "todas as crianças ucranianas raptadas pela Rússia".

"É claro que continuamos a trabalhar com os nossos parceiros, especialmente os Estados Unidos, e a procurar compromissos que nos fortaleçam e não que nos enfraqueçam", referiu o Presidente ucraniano, afirmando que o país está num "momento crítico".

Após as consultas em Genebra entre Washington e Kyiv, os intervenientes afirmaram, no domingo à noite, que um "futuro acordo" de paz deve "respeitar plenamente a soberania da Ucrânia".

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, disse no domingo estar "muito otimista" sobre a possibilidade de se chegar a um acordo "muito rapidamente", embora permaneçam muitas incógnitas.

Donald Trump tinha inicialmente dado a Zelensky um prazo - até quinta-feira, 27 de novembro - para este aceitar a proposta, mas depois acabou por admitir que este plano não é uma "oferta final".

Os líderes europeus vão também a debater a situação da Ucrânia, numa reunião hoje em Luanda, antes da cimeira UE- África.

Comando Conjunto de Asseguramento das eleições gerais deste domingo (23-11), fala à imprensa.


 Radio África FM 

Washington e Kyiv atualizam plano de paz com exigências ucranianas... Washington e Kyiv declararam que, na sequência das conversações mantidas em Genebra, "desenvolveram um quadro de paz atualizado e aperfeiçoado", depois de reafirmarem que "qualquer acordo futuro deve respeitar plenamente a soberania da Ucrânia".

Por LUSA 

Num comunicado conjunto, divulgado no domingo pela Casa Branca, refere-se que as conversações sobre o plano de paz proposto por Washington para selar a paz entre a Ucrânia e a Rússia foram "construtivas, focadas e respeitosas", além de produtivas, uma vez que "mostraram progressos significativos na harmonização de posições e na identificação de próximos passos claros".

O diálogo de Genebra reafirmou "que qualquer acordo futuro deve respeitar plenamente a soberania da Ucrânia e alcançar uma paz justa e sustentável", afirmam as duas partes.

"Como resultado das conversações, as partes desenvolveram um quadro de paz atualizado e aperfeiçoado", acrescenta-se no comunicado, onde ainda se lê que "a delegação ucraniana reafirmou a sua gratidão pelo forte compromisso dos Estados Unidos e pessoalmente do Presidente Donald J. Trump pelos esforços incansáveis para acabar com a guerra e a perda de vidas".

O texto insiste que, tal como os representantes de ambos os países afirmaram no domingo, a aprovação final do novo roteiro para a paz na Ucrânia depende dos presidentes de ambas as nações, que vão continuar a "trabalhar intensamente em propostas conjuntas nos próximos dias" e a manter-se "em estreito contacto com os parceiros europeus à medida que o processo avança".

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez no domingo uma avaliação positiva das reuniões de Genebra e afirmou, numa linguagem mais cautelosa do que no comunicado conjunto, que as alterações ao plano de paz tinham sido feitas de acordo com a posição ucraniana.

Muitos especialistas criticaram o plano inicialmente apresentado por Washington - ao qual Trump também associou um ultimato, que expira na quinta-feira - e argumentaram que é muito favorável às exigências russas de que Kyiv reduza o exército, ceda território a Moscovo e se comprometa a nunca se candidatar à adesão à NATO.

Por sua vez, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, assegurou no final das conversações de domingo, em Genebra, que ainda há pontos pendentes a rever no plano com a Ucrânia, mas que "nenhum deles é insuperável" e que está confiante de que se vai chegar a um acordo.


Leia Também: Plano de paz? Delegação ucraniana já reuniu com representantes europeus

A delegação ucraniana realizou uma reunião com representantes de França, Alemanha e Reino Unido em Genebra, na Suíça, para discutir o plano norte-americano para o fim da guerra na Ucrânia, anunciou hoje o negociador de Kyiv.