sábado, 24 de junho de 2017

PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA DISSE QUE NÃO É MENINO DE MANDADO MAS SIM PROCURADOR DO POVO

Procurador-geral da República levanta o véu e promete combater a corrupção no aparelho de Estado guineense.

António Sedja Na Man aponta o Ministério das Pescas e o de Transportes e Viação do segundo da legislatura como instituições, primeiro a serem alvos de investigação.

Sedja  Na Man aponta ainda o ministério dos transportes de ter cerca de doze Direcções-Gerais, que são suspeitos de vários casos que não revelou.

Questionado sobre a detenção de Manecas dos Santos, António Sedja Na Man assegurou que o processo não está arquivado. Garantiu que assunto vai fazer correr muita tinta.

PGR garante que jamais faria serviço de ninguém: “Fui nomeado para servir o povo e não servir o Presidente da República. Eu sou procurador do povo e não do Presidente da República nem do partido politico”, garante Sedja Na Man.


O magistrado usava de palavras quinta-feira em Bissau, a margem do seminário de capacitação do pessoal afecto ao Ministério Público.

Notabanca; 23.06.2017

JOSÉ MÁRIO VAZ PROMOVE CINCO OFICIAIS GENERAIS DAS FORÇAS ARMADAS GUINEENSES


O Presidente da República, José Mário Vaz, promoveu esta sexta-feira, 23 de Junho 2017, cinco Oficiais militares a Brigadeiro General, Major General e a patente do Coronel , segundo indica um decreto presidencial a que O Democrata teve acesso.

De acordo com o documento, as promoções pelo Chefe de Estado guineense foram decididas mediante à proposta do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, o Conselho Superior dos respetivos Ramos e o Conselho dos Chefes de Estado Maior.

A cerimónia das promoções decorreu no Palácio da República, na presença do Primeiro-Ministro, Umaro Sissoco Embaló, do Chefe de Estado Maior das Forças Armadas e das Chefias militares dos três Ramos.

Na lista dos recém promovidos constam  Steve Lassana Massaly, Chefe de Estado-Maior do Exército, promovido ao posto de Major General; Sumbonhe na Intchongo, Vice Chefe de Estado-Maior do Exército, promovido ao posto de Brigadeiro General; António Abel, Chefe da Casa Militar da Presidência da República, promovido Brigadeiro General, Armando da Costa Marna, Comandante Geral da Guarda Nacional, promovido Brigadeiro General e Domingos António Siga, Adjunto Comandante Geral da Guarda Nacional, promovido Coronel.

Depois da cerimónia, o Comandante Geral da Guarda Nacional, Armando da Costa Marna explicou que o ato é a conclusão da sua nomeação em 2015. Segundo Marna, a Lei número 8 da Guarda Nacional, define que o Comandante desta instituição, deve ser Brigadeiro General.

De acordo com o mesmo decreto, as respectivas promoções não acarretarão custos adicionais para o erário público. 

Por: Aguinaldo Ampa
OdemocrataGB

Advogada guineense apresenta queixa contra director-geral adjunto da PJ

Ruth Monteiro, advogada guineense
Ruth Monteiro acusa Juscelino De-Gaulle Pereira de a ter maltratado nas instalações da Polícia Judiciária

A advogada guineense Ruth Monteiro vai apresentar na segunda-feira, 26, uma queixa-crime contra o director-geral adjunto da Polícia Judiciária (PJ), Juscelino De-Gaulle Pereira, por ter ordenado que agentes não identificados a retirassem à força do seu gabinete quando acompanhava um deputado levado às instalações da instituição.

Monteiro também espera que o director-geral da PJ abra um processo disciplinar ao seu adjunto, caso contrário a advogada garante que também apresentará queixa contra o próprio homem forte da PJ.

O incidente, segundo conta Ruth Monteiro à VOA, aconteceu por volta das 19 horas do domingo, 18, quando foi chamada pelo deputado do PAIGC Conduto de Pina para o acompanhar às instalações da Polícia Judiciária, em Bandim.

Pina tinha sido levado por quatro agentes uniformizados que o detiveram quando saía de um barco na ilha de Bubaque, acusado de ter dado ordens para parar a construção de uma instalação da PJ na via pública.

Sem mandado

Ruth Monteiro, que diz ter esperado mais de uma hora pela chegada de Pereira, afirma “ter sido maltratada pelo director-geral adjunto que falava aos gritos” quando exigiu que lhe mostrasse “o mandado de prisão do deputado, que não foi detido em flagrante delito”.

Depois de ter saído e regressado sem o mandado de prisão, o director-geral adjunto, segundo Ruth Monteiro, começou a interrogar o deputado, sobre a decisão de mandar para a obra.

A advogado explica que ao indicar ao deputado como devia responder, Juscelino De-Gaulle Pereira disse que ela não podia responder pelo seu constituinte e chamou alguns homens para a retirarem da sala.

“Eu disse-lhe que não estava a responder, mas a explicar ao deputado que estava a fazer uma afirmação que tecnicamente não é correcta e o director-geral adjunto disse-me que tinha de sair”, conta Monteiro, adiantando ter então afirmado que “teria de explicar ao seu constituinte que não respondesse sem a presença da advogada”.

“Ele chamou agentes para me retirarem da sala”, e depois de o deputado ter tentado evitar a sua expulsão, Monteiro diz que “me arrastaram, sem a minha bolsa e o primeiro agente afirmou que se eu dissesse alguma coisa que me batia”.

Ainda na mesma noite de domingo, o deputado Conduto de Pina foi libertado e director-geral da PJ Bacari Biairevelou mais tarde não ter havido qualquer prisão.

Queixas

Ruth Monteiro fez uma participação disciplinar ao director-geral da PJ contra o seu adjunto Juscelino De-Gaulle Pereira, contra quem a advogada diz ir apresentar uma queixa na segunda-feira.

“Eu quero ver se haverá coragem do delegado do Ministério Público, porque é uma instituição hierarquizada, para avançar com este processo e quero ter a certeza que irá andar”, explicou Monteiro que participou disciplinarmente contra o director-geral adjunto e espero que seja aberto um processo disciplinar”.

Caso contrário, conclui Ruth Monteiro, “apresentarei uma queixa também contra o director-geral da PJ”.

A VOA tentou, por diversas vias, falar com o director-geral adjunto da PJ Juscelino De-Gaulle Pereira, mas sem sucesso.

VOA