quinta-feira, 27 de abril de 2023

A Rússia deportará os habitantes das quatro regiões ucranianas anexadas em setembro de 2022, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, se não adotarem a nacionalidade russa.

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POR LUSA  27/04/23 

 Ucrânia. Rússia deportará residentes se não adotarem cidadania russa

A Rússia deportará os habitantes das quatro regiões ucranianas anexadas em setembro de 2022, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, se não adotarem a nacionalidade russa.

Assim o determina o decreto promulgado hoje pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, que visitou recentemente pela segunda vez os territórios ocupados pelo Exército russo na Ucrânia.

Esta medida inclui os residentes nas quatro regiões até 30 de setembro de 2022, data em que Putin firmou o documento de anexação, durante uma cerimónia solene no Kremlin.

Estas pessoas devem manifestar expressamente a vontade de receberem o passaporte russo ou, caso contrário, manter a cidadania atual ou o estatuto de apátrida.

Caso se neguem a jurar lealdade à Rússia, só poderão permanecer naqueles quatro territórios do leste e sul da Ucrânia até 01 de julho de 2024, informa a agência Interfax.

A partir daí, serão considerados cidadãos estrangeiros e poderão ser expulsos do que o Kremlin considera território da Federação Russa.

O Exército russo apenas controla parcialmente as quatro regiões, onde se desconhece quantas pessoas continuam a viver, já que milhões de ucranianos fugiram dos combates.

O Presidente ucraniano, Volodymir Zelenski, assegura que não haverá paz com a Rússia até serem restabelecidas as fronteiras internacionalmente reconhecidas quando a Ucrânia alcançou a independência da URSS, em 1991.

A Ucrânia acusou a Rússia de sequestrar menores nos territórios ocupados, o que o Tribunal Penal Internacional (TPI) considera um crime de guerra, e de os obrigar a aceitar a cidadania russa.

Por este motivo, o TPI emitiu uma ordem de detenção contra Putin, apesar de a Rússia não reconhecer a jurisdição deste tribunal com sede em Haia.


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Biden foi entrevistado por crianças. As perguntas (e as imagens)... O líder norte-americano respondeu qual era a sua cor favorita. Consegue adivinhar?

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Notícias ao Minuto  27/04/23 

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, assinalou, esta quarta-feira, o Dia de Levar os Filhos para o Trabalho, data assinalada na 4.ª quinta-feira de abril. 

O líder norte-americano 'não brincou' em serviço, e acabou mesmo por dar uma conferência de imprensa na Casa Branca, em Washington, onde recebeu algumas crianças. E levou o assunto o assunto a sério, já que foi escoltado por 'agentes secretos' que foram inspirados na imagem de marca de Biden - os seus óculos escuros.

"Quero agradecer aos meus agentes secretos que me acompanharam até aqui. E quero agradecer-vos a todos vocês, crianças, por trazerem os vossos pais até ao trabalho", brincou o presidente no início da sua intervenção, que está publicada na íntegra no site da Casa Branca.

Questionado sobre como é ocupar o cargo, para o qual se recandidatou ainda esta semana, Biden explicou que, "antes de mais era, provavelmente a maior honra" que qualquer pessoa no país pode conceder a quem ocupa o cargo. Depois, acrescentou que da posição também fazia parte conhecer pessoas muito diferentes, incluindo pessoas como o que o estavam a ouvir - crianças. "Também significa que se pode viver nesta casa. Não é um mau sítio para viver, não é?", questionou.

Mas para além de falar sobre o que o levou a querer ser presidente e também sobre a família, Biden respondeu a outras questões primordiais para aquele público. "Qual é o seu sabor de gelado favorito?", questionou uma das crianças, ao que o líder norte-americano respondeu: "Agora sim, estamos a falar a mesma língua", rematou, respondendo que para além dos óculos Ray Ban, também era conhecido por gostar de gelado com pepitas de chocolate.

Mas Biden fez mais revelações, como qual o seu filme favorito - 'Top Gun Maverick'. Ainda quanto às pessoas que mais o inspiram, Biden referiu que, politicamente, a sua inspiração era Martin Luther King. "Mas em termos pessoais os meus pais", confessou.

Entre outras questões, o presidente dos EUA respondeu ainda que a sua cor favorita era o azul [a cor dos democratas].




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Hoje pelas 18:30 o Coordenador Nacional do MADEM-G15 chegou ao aeroporto General Humberto Delgado.

Uma pequena escala para seguir para o grande encontro com a comunidade guineense em Luxemburgo no dia 29 de abril.

Uma receção em massa com grande euforia agraciou o líder.

Gritos de euforia e de entusiasmos envadiram o aeroporto da capital portuguesa.👇


HORA TCHIGA !

Por  Alfussene Ture 

GUERRA NA UCRÂNIA: Putin manda criar museus sobre invasão russa da Ucrânia

© GAVRIIL GRIGOROV/SPUTNIK/AFP via Getty Images

POR LUSA  27/04/23 

O Presidente Rússia, Vladimir Putin, decidiu hoje criar museus que incluam os principais momentos da invasão russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

Putin deu aos ministérios da Cultura e da Defesa, entre outros, um prazo até ao final do ano para constituir esses museus, segundo o Kremlin.

Os museus devem incluir não apenas os principais momentos do que Moscovo chama "operação militar especial", mas também "os feitos dos seus participantes".

O líder do Kremlin também ordenou a avaliação da recolha de objetos ligados à guerra a destinar a esses novos centros supostamente culturais.

Putin sustenta que a intervenção militar no país vizinho permitirá restaurar a justiça, pois considera que tanto a península da Crimeia, anexada em 2014, como as quatro regiões ucranianas incorporadas em setembro de 2022 em referendos também não reconhecidos, são territórios históricos da Rússia.

Embora o Presidente da Rússia considere os objetivos traçados nesta campanha como nobres, o Exército russo não revela as baixas nas suas fileiras - estimadas em dezenas de milhares - e permitiu que o grupo mercenário Wagner usasse ex-presidiários nas suas unidades de assalto, em concreto em Bakhmut (leste da Ucrânia), onde se trava uma sangrenta batalha há longos meses.

As tropas russas e o grupo Wagner são acusados ??de crimes de guerra e o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Putin devido à transferência forçada de crianças ucranianas para a Rússia.

Recentemente, o Ministério da Educação anunciou o desenvolvimento de um novo manual de história para o último ano do ensino médio com capítulos dedicados à campanha na Ucrânia.

A imprensa independente denunciou que as referências positivas à Ucrânia desapareceram em várias descrições históricas, especialmente a "Rússia de Kiev", o primeiro reino eslavo medieval e que tanto russos como ucranianos consideram o precursor original dos respetivos estados.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.574 civis mortos e 14.441 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Entrega dos materiais para campanha eleitoral, nas diferentes Sedes do Círculo/28.

Por Movimento Flor de Esperança de C/28   Bxo:27.04.2023

Conheça a primeira cerveja em pó do mundo

Primeira cerveja em pó do mundo, produzida na Alemanha. Foto: Reuters

Por terra.com.br

Cervejaria alemã, Klosterbrauerei Neuzelle, foi a responsável pelo feito; saiba detalhes

Já possuímos café instantâneo, suco instantâneo e agora, para a surpresa (ou espanto) dos cervejeiros, temos também a cerveja instantânea. 

Uma cervejaria monástica chamada Klosterbrauerei Neuzelle, perto de Munique, na Alemanha, afirma ter criado a primeira cerveja em pó do mundo. Segundo matéria do News Atlas, tudo que você precisa fazer é colocar algumas colheres de pó em um copo, adicionar água e mexer. O mais impressionante é que até colarinho ela tem.

A cerveja em pó está em seu último estágio de desenvolvimento e, por enquanto, ainda é sem álcool. Mas, depois de dois anos de pesquisa, é esperado que esteja pronta para o mercado até o final de 2023.

Apesar de ser zero álcool, a bebida é rica em dextrina, fabricada segundo métodos convencionais e depois é processada e transformada numa cerveja em pó ou granulada, solúvel em água.

Para os curiosos, Stefan Fritsche, gerente geral da Klosterbrauerei Neuzelle, contou para o site Metro UK que a cerveja “tem gosto de uma Pilsner. E depois vai ter gosto de Schwarze Abt, de Bockbier”. E ainda afirmou: “queremos fazer praticamente tudo em forma de pó”.

Uma cerveja mais sustentável

De acordo com Stefan Fritsche a cerveja em pó tornaria água, garrafas, engradados e barris obsoletos na logística internacional de cerveja, o que faria com que o peso e o consumo de combustível reduzirem consideravelmente. Ele ainda afirma que segundo os cálculos da cervejaria, com essa nova forma de consumir cerveja seria possível economizar cerca de 3 a 5 por cento das emissões de CO2 apenas na Alemanha.

“Bilhões de litros de água são transportados para consumidores em todo o mundo, porque a cerveja é composta por até 90% de água. Do ponto de vista ambiental, já estamos economizando no transporte, mas ainda não no uso de recursos e nos custos de produção”.

“Sabemos que os apreciadores e entusiastas da cerveja, especialmente na Alemanha, ficarão desconfiados em relação ao nosso produto no início”, disse o gerente geral.

“Não se trata apenas de lançar um novo produto no mercado, mas de interromper o modelo de negócio de cerveja. Portanto, não vemos nosso principal grupo-alvo principalmente como o clássico consumidor final alemão, mas como revendedores globais, que não precisam necessariamente ter conhecimento em fabricação de cerveja, mas que podem tornar os grânulos adequados para a aplicação do consumidor final”.

O intuito da cervejaria é começar a enviar a bebida em pó para mercados distantes, como Ásia e África, onde estima-se que os custos com transporte são mais altos e o preconceito com a cerveja em pó, provavelmente, será menor que na Alemanha, que possui consumidores muito tradicionais e conservadores quando o assunto é cerveja.

Não há previsão para a chegada do produto ao Brasil. Porém, se a cerveja em pó fizer sucesso deve vir para o nosso país, já que possuimos um grande mercado consumidor para a bebida. Segundo levantamento da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International, para o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), o consumo de cerveja no Brasil cresceu 8% no último ano, alcançando o volume de quase 16 bilhões de litros a mais que os 7,7% de 2021. 


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Processo eleitoral: SOCIEDADE CIVIL PREOCUPADA COM AS DECLARAÇÕES DOS LÍDERES PARTIDÁRIOS

Por  JORNAL ODEMOCRATA  27/04/2023 

O porta-voz do Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil, Gueri Gomes Lopes, disse esta quinta-feira, 27 de abril de 2023, que está preocupado com as declarações de líderes partidários carregadas de elevada dose de intolerância, o que poderá pôr em causa a paz social e incentivar atitudes de violência no período eleitoral e, consequentemente, beliscar a reputação da Guiné-Bissau que tem granjeado apoios por conduzir os seus processos eleitorais na base da paz com valores e princípios democráticos.

Na sua comunicação à imprensa realizada na casa dos direitos, à margem do fórum das organizações da sociedade civil que visou analisar a atual situação política, Gueri Lopes apelou aos líderes dos partidos políticos para a maior contenção e tolerância nas suas comunicações, investindo mais nos seus projetos de desenvolvimento.

Neste particular, exortou os órgãos responsáveis pela gestão do processo eleitoral a conduzi-lo com maior responsabilidade, transparência e imparcialidade, para que no final deste processo seja garantida a estabilidade política e governativa.

“Queremos que o processo eleitoral que se avizinha corra na maior tranquilidade. Ao poder judicial alertamos que desempenhe plenamente o seu importante papel no processo eleitoral.

Aos órgãos de comunicação social, Gueri Lopes pediu maior colaboração em não passar as mensagens que possam criar instabilidade ou que ponham em causa a união durante o período das eleições.

Por: Epifânia Mendonça

Foto: EM

Forças ucranianas terão tentado assassinar Putin no domingo... O alvo seria um parque industrial recém-construído, perto de Moscovo, que Putin deveria visitar.

© Reuters

Notícias ao Minuto  27/04/23 

Os serviços secretos da Ucrânia terão tentado assassinar o presidente russo, Vladimir Putin, no passado domingo, com recurso a um drone kamikaze.

Ainda que falhada, esta alegada tentativa de assassinato está a ser encoberta pelo Kremlin, segundo avançou o jornal alemão Bild, na quarta-feira.

O alvo seria um parque industrial recém-construído, perto de Moscovo, que Putin deveria visitar.

Aliás, segundo os meios de comunicação russos, um drone UJ-22 terá caído perto de Voroskogo, a cerca de 20 quilómetros do Parque Industrial Rudnevo.

De acordo com o Kremlin, Putin estaria a planear uma visita ao local, tendo transeuntes publicado imagens nas redes sociais dos preparativos, que incluíram pintar o terreno de verde e aplicar uma camada de cimento em frente ao edifício principal.

Contudo, o dia da visita do chefe de Estado não era claro e, até agora, Putin não visitou o local.

Além disso, o ativista ucraniano Yuriy Romanenko revelou, na rede social Twitter, que os “oficiais de inteligência receberam informações sobre a viagem de Putin ao Parque Industrial Rudnevo”, planeando, assim, o ataque.

“Quando, de manhã, se ficou a saber do lançamento do drone no Kremlin, começou uma grande confusão. [Dmitry] Peskov deu conta da nova agenda de Putin – que trabalharia no Kremlin”, complementou.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.534 civis desde o início da guerra e 14.370 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.


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Mali recebe equipamento militar chinês comprado com orçamento

© Shutterstock

POR LUSA  27/04/23 

A junta do Mali recebeu hoje um raro lote de equipamento militar da China, "adquirido exclusivamente a partir do orçamento militar" do país, disse o ministro da Defesa, Sadio Camara, numa cerimónia oficial no campo de Kati.

O Mali vive uma grande instabilidade desde 2012 com a propagação do terrorismo e uma grave crise de segurança, política e humanitária. Os coronéis que tomaram o poder pela força em 2020 romperam a aliança militar com a França e os seus parceiros em 2022 e voltaram-se para a Rússia.

As entregas de equipamento militar russo aconteceram em março e agosto de 2022 e em janeiro de 2023. Em março, o exército do Mali recebeu vários aviões da Rússia e 'drones' da Turquia. As entregas de armas da China são mais raras.

"Peço-lhe que transmita às mais altas autoridades do seu país os sinceros agradecimentos do povo maliano", disse o ministro Sadio Camara ao encarregado de negócios chinês, na presença do líder da junta militar no poder no Mali, coronel Assimi Goita.

"A qualidade do vosso equipamento e as competências dos instrutores que colocam à nossa disposição para nos formar, aceleram a ascensão e a capacitação das forças armadas do Mali", acrescentou.

A entrega de hoje é constituída por veículos blindados e táticos, camiões logísticos, ambulâncias médicas, armas individuais e coletivas, e equipamento individual para combatentes, especificou Sadio Camara.

A junta afirma ter tomado a iniciativa contra os terroristas, mas especialistas contestam as suas decisões militares.


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Contraofensiva ucraniana contra tropas russas já "avança lentamente"

© Mustafa Ciftci/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA  27/04/23 

A esperada contraofensiva da Ucrânia contra as forças russas "já avança lentamente, com passos pequenos mas seguros", afirmou hoje a porta-voz do Comando Sul do Exército Ucraniano.

A Ucrânia está atacar a logística das forças russas na margem esquerda do rio Dnieper, uma estratégia que já funcionou no final do ano passado, na reconquista de Kherson, região sul, mas as autoridades ucranianas tentam ao mesmo tempo gerir as expectativas de sucesso.

Nataliya Humeniuk, porta-voz do Comando Sul do Exército Ucraniano, garantiu que as forças ucranianas minam as capacidades de combate do inimigo, destruindo os seus depósitos de munições e pontos de concentração de militares.

Segundo a porta-voz, estas atividades já fazem parte das ações no âmbito da contraofensiva "que todos esperam".

O Instituto para o Estudo da Guerra norte-americano (ISW) também indicou que o contra-ataque ucraniano possivelmente já está em andamento na margem esquerda do rio Dnieper, para onde as tropas russas se retiraram em novembro.

No entanto, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, já veio a público conter as expectativas da contraofensiva.

"Toda a gente quer uma nova vitória, que antes não se acreditava. Antes, queriam que a Ucrânia sobrevivesse de alguma forma e pelo menos parte do país fosse preservada", afirmou ao canal RBC Ucrânia.

Após vários sucessos, inclusive em Kharkiv e Kherson, todos "querem outra vitória", afirmou Reznikov, frisando que "é normal, são emoções e esperanças de sucesso".

O Washington Post informou anteriormente, com base em dados dos serviços de informações dos Estados Unidos tornados públicos, que a contraofensiva ucraniana poderia terminar com "ganhos territoriais moderados".

Entretanto, Moscovo, segundo o mesmo jornal, poderá financiar a guerra "pelo menos mais um ano".

Ao mesmo tempo, de acordo com o comandante do Comando Supremo Aliado na Europa, Christopher G. Cavoli, as forças ucranianas estão agora em "boa posição" para contra-atacar.

Segundo fontes russas, Kiev planeia contra-atacar também na região de Zaporijia, no sul do país.

Ao mesmo tempo, antes de partir para o ataque, as Forças Armadas ucranianas "pretendem realizar uma série de manobras de distração", disse Vladimir Rogov, líder do movimento "Juntos com a Rússia" em Zaporijia.

Segundo Rogov, o golpe principal será na parte central da frente de Zaporijia, entre as cidades de Orekhov e Guliaipolé, a que se seguirá um ataque na parte ocidental da região.

Entretanto, o líder russo de Donetsk (leste), Denis Pushilin, afirmou que as forças de Moscovo tomam "medidas exaustivas" para que o "inimigo não consiga nada" durante a contraofensiva.

Pushilin também se referiu à possível data para o início do contra-ataque e duvidou que seja no início de maio, como sugerido anteriormente pelo chefe do grupo mercenário Wagner.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse hoje que os estados-membros da Aliança e os países parceiros entregaram mais de 98% dos veículos de combate prometidos à Ucrânia.

O dirigente norueguês explicou que a percentagem se traduz em mais de 1.550 viaturas blindadas, 230 tanques e outros equipamentos, incluindo grandes quantidades de munições.

Stoltenberg acrescentou que mais de nove novas brigadas blindadas ucranianas foram treinadas e equipadas, o que coolocará a Ucrânia "numa posição forte para continuar a retomar o território ocupado".

No plano político, o Kremlin negou hoje que a conversa entre os presidentes da China, Xi Jinping, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, vá influenciar os objetivos da intervenção militar, que já leva 428 dias.

"Congratulamo-nos com tudo o que possa aproximar o fim do conflito e que a Rússia alcance todos os seus objetivos", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.

Por sua vez, Zelensky defendeu após a conversa com Xi que agora há uma oportunidade de usar a influência política de Pequim para restaurar a paz.

"Costuma-se dizer que essas negociações abrem oportunidades. Agora há uma oportunidade de dar um novo impulso às nossas relações: Ucrânia e China", disse o líder ucraniano.


Guiné-Bissau precisa de 3,5 milhões de dólares para viabilizar eleições

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POR LUSA  27/04/23 

A Guiné-Bissau precisa de 3,5 milhões de dólares para viabilizar as eleições legislativas de 4 de junho e aguarda que a comunidade internacional mobilize este valor, disseram à Lusa fontes ligadas ao processo eleitoral.

Fontes do Governo guineense admitiram à Lusa a existência "desse défice", mas lembraram "o esforço do país" que permitiu suportar, até aqui, 70% de todo o financiamento estimado para a realização de eleições.

Na segunda-feira, o Governo, representado pelo vice-primeiro-ministro, Soares Sambu, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e parceiros internacionais debateram, num comité de pilotagem ao processo eleitoral, a questão do défice do orçamento e solicitaram ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que contacte a comunidade internacional no sentido de mobilizar e disponibilizar os 3,5 milhões de dólares (cerca de 3,18 milhões de euros).

Fontes do processo eleitoral indicaram à Lusa que o PNUD alertou para a dificuldade em mobilizar aquele valor "em curto espaço de tempo", mas prometeu contactar os parceiros internacionais da Guiné-Bissau no sentido de se encontrar um mecanismo que possa viabilizar as eleições.

As mesmas fontes precisaram à Lusa que um dos mecanismos em análise foi solicitar a Portugal que avançasse com 3,5 milhões de dólares, como parte dos cinco milhões de euros que Lisboa anunciou como apoio orçamental à Guiné-Bissau nos próximos três anos.

Uma fonte da comunidade internacional admitiu à Lusa que o Governo guineense não coloca objeção a este mecanismo desde que seja aprovado por Portugal.

Assim que os parceiros desembolsarem os apoios prometidos para as eleições legislativas guineenses, o PNUD reporia os 3,5 milhões de dólares avançados por Portugal, explicou a mesma fonte.

O argumento do PNUD é de que "tecnicamente é impossível" mobilizar os 3,5 milhões de dólares tendo em conta a data das eleições, 4 de junho, e os atos prévios que devem ser custeados.

Fonte do Governo guineense observou que o cronograma eleitoral "ainda não está em causa", frisando que ainda hoje os cadernos eleitorais foram entregues pelo Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e que Portugal vai enviar "brevemente" alguns materiais para o dia da votação.

Como tem sido hábito nas eleições democráticas na Guiné-Bissau, Portugal disponibiliza boletins de voto, frascos de tinta indelével, formulários de ata síntese, entre outros materiais.

A mesma fonte adiantou que, por outro lado, o PNUD já mandou encomendar, na Dinamarca, as urnas e as cabines de voto e que aqueles materiais deverão chegar à Bissau "proximamente".

O PNUD e o Governo da Guiné-Bissau assinaram em março o Projeto de Apoio ao Ciclos Eleitorais, para o período entre 2023 e 2025, no valor de 5,3 milhões de euros.

As eleições legislativas da Guiné-Bissau estão orçadas em 7,9 mil milhões de francos cfa (cerca de 12 milhões de euros), segundo o ministro das Finanças guineense, Ilídio Té.

De acordo com o ministro, até ao início de fevereiro, o Estado guineenses já tinha disponibilizado 5,7 mil milhões de francos cfa (cerca de 8,6 milhões de euros).

No início de janeiro, o ministro da Administração Territorial, Fernando Gomes, tinha afirmado que o Governo guineense já tinha financiado 70% do valor do orçamento para a realização das eleições legislativas, esperando que os restantes 30% fossem apoiados pelos parceiros internacionais.



"Rússia pode ter esperança de importar russos para áreas da Ucrânia"

© Reuters

Notícias ao Minuto  27/04/23 

O 'think thank' norte-americano Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) reitera ainda que a ideia de "limpeza étnica" levada a cabo pela Rússia foi confirmada esta semana pela vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar.

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) analisou, esta quinta-feira, a "campanha deliberada de despovoamento" que a Rússia parece estar a levar a cabo nas áreas ocupadas da Ucrânia.

De acordo com o 'think thank' norte-americano, tudo indica que Moscovo está também a tentar repovoar estas áreas com cidadãos russos.

"A Rússia pode ter esperança de importar russos para preencher as áreas despovoadas da Ucrânia, por forma a integrar as áreas ocupadas na Rússia, na medida social, administrativa, política e económica", escrevem os responsáveis do ISW num relatório publicado hoje.

Segundo os especialistas, esta estratégia pode "complicar as condições" para a eventual reintegração destes territórios na Ucrânia.

No relatório, o ISW reitera ainda que estas campanhas de despovoamento e repovoamento "podem ser equivalentes a um esforço de limpeza étnica deliberado e uma aparente violação da Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio", adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, e em vigor desde o início de 1951.

O 'think thank' nota ainda que esta ideia da "limpeza ética foi confirmada ainda esta semana pela vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, que, na quarta-feira, referiu que Moscovo "estava a tentar mudar a composição étnica" levando a cabo uma transferência das pessoas mais pobres e que vivem em zonas remotas da Rússia para território ucraniano.

Ainda durante a sua análise, os os analistas referem que comentários feitos por alguns oficiais russos nos últimos tempos continuam a mostram uma "ansiedade generalizada sobre potenciais ações contraofensivas ucranianas".

"A retórica cada vez mais desanimada e em pânico de fugiras proeminentes sugere que o espaço de informação russo ainda não estabelecer uma linha sobre como abordar preocupações significativas e crescentes sobre o futuro", remataram.


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Bissau e Cabo Verde reafirmam vontade de reforçar cooperação na agricultura

© Nações Unidas Cabo Verde / United Nations Cabo Verde

POR LUSA  27/04/23 

Os primeiros-ministros da Guiné-Bissau e de Cabo Verde reafirmaram hoje a vontade de reforçar a cooperação bilateral em diversas áreas, com destaque para a agricultura, onde Bissau vai oferecer terrenos à Praia para a prática dessa atividade.

A vontade foi manifestada pelos dois chefes de Governo em intervenções durante a cerimónia de abertura da segunda Conferência Internacional de Parceiros de Desenvolvimento, que está a decorrer na ilha da Boa Vista.

"Pelos laços históricos que unem os povos da Guiné e de Cabo Verde, pela identidade de desafios partilhados ao longo dos anos pelos dois países irmãos, pela necessidade do reforço de cooperação Sul-Sul, quer a nível da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental], quer a nível da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], a Guiné-Bissau reconhece a necessidade do reforço de cooperação", afirmou Nuno Nabian.

O primeiro-ministro guineense, que participa no evento a convite do seu homólogo cabo-verdiano, considerou que, em "áreas como turismo, agricultura, economia digital, transportes marítimos, transição energética e transportes aéreos", a Guiné-Bissau "terá muito a ganhar nesta relação de partilha de experiências".

Relativamente ao projeto no setor agrícola, Ulisses Correia e Silva reafirmou o "interesse e compromisso" do seu país para que seja "uma grande referência" na cooperação Sul-Sul, e disse que a ideia é Cabo Verde aproveitar aquilo que a Guiné tem e que o seu país não tem, que são terrenos férteis, chuvas e água.

"Nós estamos a desenvolver algo muito interessante, com a participação do BAD [Banco Africano de Desenvolvimento], relativamente à produção de cereais, e fazer com que, a partir dessa produção, possamos ter a economia dos dois países a funcionar", disse o primeiro-ministro cabo-verdiano, que está "expectante" para concretizar esse "grande projeto".

Relativamente à cooperação nas outras áreas, o primeiro-ministro cabo-verdiano prometeu fazer com que possa acontecer e "ser o mais fortificado possível".

Na semana passada, a secretária de Estado das Comunidades da Guiné-Bissau, Salomé Allouche, manifestou, na Praia, a disponibilidade do seu país em oferecer terrenos a Cabo Verde para a prática da agricultura.

"É uma possibilidade muito boa, temos terrenos para isso, estamos abertos para isso", admitiu a governante, em conferência de imprensa, no primeiro de dois dias de visita a Cabo Verde e após um encontro de trabalho com o ministro das Comunidades cabo-verdiano, Jorge Santos.

A secretária de Estado disse que, ao chegar a Bissau, a primeira coisa que iria fazer seria falar com o ministro da Agricultura para mostrar o interesse de Cabo Verde em querer criar essa parceria na agricultura.

"E nós estamos abertos a empresários de Cabo Verde poderem ir trabalhar nas terras como querem, porque, uma vez que nós temos terras e empresários aqui talvez não tenham terra suficiente para trabalharem, nós estamos disponíveis", insistiu.

"Porque, na verdade, nós somos irmãos e porque não ajudar com o espaço, se nós não podemos fazer, os nossos irmãos têm condições de fazer e nós estamos disponíveis para dar terra para eles cultivarem e trabalharmos em conjunto", completou Salomé Allouche.

O ministro das Comunidades cabo-verdiano disse que a cooperação na agricultura já está a ser discutida entre os dois governos e é um processo que vai envolver a CEDEAO e o BAD, no âmbito do "Corredor Rodoviário Dacar-Abidjan".

Neste sentido, Jorge Santos entendeu que implica o desenvolvimento de empresas de transformação agroalimentar, mas também de transportes, dando conta que já existem iniciativas nesse sentido.

A Guiné-Bissau acolhe uma grande comunidade cabo-verdiana e a comunidade guineense continua a representar a maior comunidade estrangeira residente em Cabo Verde (33,7%), de acordo com os dados preliminares do primeiro inquérito sobre população estrangeira e imigrante em Cabo Verde, publicados em dezembro, que estima a existência de cerca de 11 mil imigrantes ou estrangeiros no país.

Em 24 de março, o parlamento de Cabo Verde aprovou a adesão ao tratado que em 2017 criou o "Corredor Rodoviário Dacar-Abidjan", projeto multimodal de 3.164 quilómetros, após a garantia da incorporação da componente marítima "Praia-Dacar", de 500 quilómetros.

O tratado com vista à implementação deste projeto foi adotado em junho de 2017, em Monróvia, por sete Estados-membros CEDEAO, casos da Costa do Marfim, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Serra Leoa e Senegal.


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Hoje, vai decorrer a entrega dos materiais para campanha eleitoral, nas diferentes Sedes do Círculo/28.

Por  Movimento Flor de Esperança de C/28   Bxo:27. 04.2023


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Quénia detém religioso suspeito da morte de dezenas de crentes

© Shutterstock

POR LUSA  27/04/23 

Um influente líder religioso foi detido no Quénia por ser suspeito de várias mortes que ocorreram na sua quinta, que alberga também um centro religioso, anunciaram as autoridades quenianas.

O diretor do Centro de Oração e Igreja Nova Vida, Ezequiel Odero, foi detido na cidade costeira de Malindi por suspeita de "mortes ocorridas na sua propriedade", disse Rhoda Onyancha, a porta-voz da polícia regional, acrescentando também que "foram tomadas medidas e o centro de oração foi encerrado".

Odero foi detido vestido de branco e com uma Bíblia na mão, tendo sido levado para a sede da polícia regional, em Mombaça, para ser interrogado.

As autoridades não estão a estabelecer qualquer ligação com a detenção de Paul Mackenzie Nthenge, o líder da seita que defendia o jejum extremo como forma de aproximação a Deus, e cujos 98 seguidores foram encontrados mortos na floresta de Shakahola, perto de Malindi, desde a semana passada.

A maioria dos corpos exumados é de crianças e a polícia receia que o número de mortos possa aumentar ainda mais.

Pelo menos 22 pessoas foram detidas no âmbito deste caso e o Governo prometeu uma repressão mais rigorosa dos cultos que surgiram no país predominantemente cristão.

No entanto, os esforços para controlar os cultos falharam no passado, sobretudo em nome da liberdade religiosa num país onde existem mais de 4.000 igrejas no Quénia, um país com cerca de 50 milhões de habitantes.


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Gtape entrega a CNE cadernos e ficheiros eleitorais dos dados definitivos de 893 mil e 618 eleitores já recenseados.



Radio Voz Do Povo 

O Ministério da Saúde recebe apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros em materiais médicos.

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GTAPE divulga resultados definitivos do recenseamento eleitoral, cujos cadernos e ficheiros são entregues a Comissão Nacional das Eleições_ CNE.

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FUMIO KISHIDA: Japão quer 30% de mulheres em cargos executivos em grandes empresas até 2030

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Notícias ao Minuto  27/04/23 

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, pediu hoje ao seu Governo que implemente um plano de trabalho para aumentar em pelo menos 30% a presença de mulheres em cargos executivos de grandes empresas até 2030.

"Queremos que a proporção de mulheres entre os executivos seja de 30% ou mais até 2030 nas principais empresas cotadas na bolsa de valores de Tóquio", disse Fumio Kishida durante uma reunião sobre igualdade de género.

De acordo com um estudo realizado por uma entidade governamental, as mulheres representavam 11,4% dos executivos das principais empresas cotadas na bolsa japonesa em 2022.

"Garantir a diversidade estimulará a inovação e a economia", argumentou Kishida.

O Japão apresenta uma forte desigualdade de género, especialmente na política e em cargos de liderança corporativa. A diferença salarial entre homens e mulheres também é muito significativa.

As mulheres japonesas têm acesso a níveis de educação muito altos e estão bem representadas na população ativa, mas o país ainda está mal classificado no Relatório Global de Diferença de Género do Fórum Económico Mundial. Em 2022, o Japão ficou em 116.º lugar entre 146 países.


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