23 de abril de 2014

Unicef - Tradições guineenses prejudicam alimentação de grávidas e crianças


Hábitos e costumes enraizados na tradição guineense impedem ainda hoje que uma grávida ou criança coma os alimentos que precisa, denunciaram as autoridades nacionais e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

"Alguns tabus impedem o consumo de determinados alimentos pelas grávidas e crianças, tais como ovos, banana, carne e outros", referiu o documento base da nova política nacional de nutrição até 2025.

Fonte da Unicef em Bissau esclareceu que a prevalência dos casos "não está estudada", mas há relatos de várias crenças. 

Se a mãe comer carne, a criança vai nascer com esse hábito, logo, se um dia faltar dinheiro, ela vai roubar ou pedir a terceiros, de acordo com uma das histórias ouvidas por Ivone Menezes Moreira, diretora do Serviço de Nutrição e Sobrevivência da Criança da Guiné-Bissau. 

Noutros locais do país, há quem acredite que se a criança comer ovos "vai nascer com a pupila branca e virar ladrão" ou que se as mães ingerirem bananas vão ficar com joelhos moles na altura do parto. 

À custa das crenças, "surgem problemas de anemia e desnutrição", realçou. 

Segundo dados das Nações Unidas, uma em cada quatro crianças da Guiné-Bissau sofre de má nutrição crónica e acaba por ter problemas fatais - por cada sete crianças que nascem na Guiné-Bissau pelo menos uma morre antes dos cinco anos. 

A política dedicada ao tema estabelece diversos objetivos para os próximos 10 anos, entre os quais "reduzir em 40 por cento o número de crianças menores de cinco com atraso de crescimento", referiu-se no documento a que a Lusa teve acesso. 

Acabar com problemas de anemia, falta de vitaminas, iodo e falta de peso dos recém-nascidos são outras das metas e para lá chegar são enumeradas dezenas de medidas em cada área de intervenção do Governo (como sejam a educação e saúde). 

Para as pôr em prática, a máquina do Estado, praticamente desmantelada após anos de instabilidade política e impunidade face à corrupção, conta com parceiros internacionais e locais, mas o desafio é imenso, referiu-se no documento. 

"O mais importante é garantir que o compromisso político continue para colocar a nutrição como uma prioridade nacional", disse Abubacar Sultan, representante da Unicef em Bissau. 

O objetivo fundamental passa por "garantir que os primeiros mil dias de vida sejam os mais seguros", ou seja, com nutrição e afetos nos alicerces da formação pessoal. 

A dieta alimentar enraizada junto de quase toda a população "está errada", destacaram as autoridades nacionais e a Unicef. 

Um terço das crianças não é amamentada, faltam complementos alimentares para os bebés e o consumo de frutas e legumes, ricos em vitaminas e minerais, é raro, segundo dados de 2012 do Programa Alimentar Mundial (PAM). 

De acordo com a mesma organização, os adultos também seguem um menu deficiente, baseado essencialmente no consumo de arroz e outros cereais, sem proteínas animais e sem levar à mesa os legumes e frutas abundantes em todo o território. 

Mudar o cenário até 2025 implica enfrentar a pobreza que afeta 70% da população - sendo que um terço dela vive em miséria extrema (com menos de um dólar por dia, ou seja, alguns cêntimos de euro). 

Metade da população é analfabeta, não há infraestruturas socioeconómicas de apoio ao desenvolvimento local, nem capitais financeiros, humanos, físicos ou sociais.

Estudo Sexo duas vezes por semana deixa mulheres insatisfeitas


Um estudo realizado pelo urologista Harry Fisch revela que embora os casais façam, em média, sexo duas vezes por semana, as mulheres ficam maioritariamente insatisfeitas com a prestação do seu parceiro.

O urologista Harry Fisch afirma que 45% dos orgasmos masculinos dão-se dois minutos após o início da penetração, o que é demasiado rápido para a grande parte das mulheres, uma vez que estas necessitam entre cinco a sete minutos para atingir o orgasmo.

Este revela ainda que os casais, no início da relação, fazem sexo uma vez por dia, mas que esta prestação vai-se tornando cada vez menos frequente quando se chega aos 50 anos, idade em que os casais têm relaçõeos sexuais menos que uma vez por semana.

Apesar disso, não significa que os casais andem descontentes até porque as pessoas têm diferentes necessidades e enquanto existem casais que não ficam satisfeitos com pouco, há outros que preferem a qualidade à quantidade. Por este motivo considera que as pessoas só devem fazê-lo quando o entenderem, não sendo, porém, normal aqueles que não tenham qualquer vontade de fazer sexo.

“A questão é: não importa a quantidade de sexo que faz, mas sim se está feliz com o sexo que tem”, escreve o médico.
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