sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Neste processo em específico, mando mensagem de coragem e determinação para vossa Excelência Major General e Presidente Horta Inta, igualmente para Primeiro -Ministro Ilídio Vieira Té e consequentemente ao Ministro das Relações (João Bernardo Vieira).

Concluindo: Umaro Sissoco Embaló enfrentou o Paigc como um Herói da resistência e destruiu quadrilha crônica que virou uma escrescência histórica, sim o ex-presidente da República será lembrado por essa quadrilha que representa memória da fome e da miséria extrema como um Herói e ficará na memória dos militantes Paigcistas subservientes e bajuladores para sempre. Parabéns Alto comando militar.

Tailândia dissolve Parlamento em plena crise fronteiriça com o Camboja... O primeiro-ministro da Tailândia, Anutin Charnvirakul, dissolveu hoje o Parlamento, antecipando eleições legislativas num prazo de até 60 dias, no meio de uma grave crise militar com o vizinho Camboja

Por LUSA 

A decisão, formalizada por decreto publicado hoje na Gazeta Real, surge apenas três meses após Anutin assumir o cargo, em setembro, e foi justificada pela instabilidade política interna e pela fragilidade do Governo minoritário.

O Governo não está em condições de gerir os assuntos do Estado de forma contínua, eficaz e estável", lê-se no documento oficial.

Na quinta-feira à noite, Anutin já havia deixado a intenção no ar, através de uma breve publicação nas redes sociais: "Quero devolver o poder ao povo", escreveu.

A dissolução do Parlamento abre caminho à realização de eleições legislativas entre 45 e 60 dias, ou seja, até início de fevereiro de 2026. Anutin, de 59 anos, havia prometido eleições até ao início de 2026, mas os observadores esperavam a dissolução apenas após o Natal.

Líder do partido conservador Bhumjaithai e arquiteto da descriminalização do canábis na Tailândia em 2022, Anutin Charnvirakul chegou ao poder na sequência da destituição da anterior primeira-ministra, Paetongtarn Shinawatra, filha do ex-governante Thaksin Shinawatra.

Durante os três meses em funções, o primeiro-ministro teve de gerir não só a morte da rainha-mãe Sirikit, mas também a escalada de tensão com o Camboja, que culminou na retoma de confrontos armados ao longo da fronteira comum no passado domingo.

Anutin declarou hoje que preparou o decreto de dissolução logo no "primeiro dia" da sua nomeação.

O conflito entre a Tailândia e o Camboja, que disputam áreas fronteiriças desde a era colonial francesa, entrou hoje no sexto dia, ultrapassando em duração o surto de violência registado em julho, que causou 43 mortos e cerca de 300 mil deslocados.

Desde domingo, pelo menos 20 pessoas morreram em ambos os lados da fronteira. Centenas de milhares de tailandeses continuam deslocados, vivendo em tendas, abrigos de betão ou centros de emergência.

"Só quero que o próximo líder, seja ele quem for, ajude agricultores como nós", disse à AFP Somrak Suebsoontorn, de 68 anos, num centro de acolhimento na província de Surin.

No final de outubro, os dois países tinham assinado um acordo de cessar-fogo com a mediação do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Contudo, a Tailândia suspendeu o entendimento, após uma explosão de mina terrestre que feriu vários soldados tailandeses, colocada, segundo Banguecoque, depois da suspensão dos combates, em julho.

Trump afirmou esta semana que pretende telefonar aos líderes dos dois países para acertar o fim das hostilidades.

Até à realização das eleições, Anutin manter-se-á como chefe do Governo em gestão.


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Mais de meio milhão de pessoas foram retiradas das regiões fronteiriças entre a Tailândia e o Camboja desde o recomeço dos confrontos, no domingo, entre os vizinhos do Sudeste Asiático, anunciaram hoje as autoridades dos dois países.



Cientistas identificam em Portugal bactéria que reduz inflamação intestinal e trava infeção

Por cnnportugal.iol.pt

A nova estirpe recebeu a designação de 'Klebsiella sp. ARO112', sendo que ARO corresponde às iniciais do nome da doutoranda Ana Rita Oliveira, que fez parte da equipa científica

Uma equipa de cientistas em Portugal descobriu uma bactéria que ajuda a recuperar a microbiota, reduzindo a inflamação intestinal e impedindo infeção, anunciou o Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular, onde foi conduzida a investigação com ratinhos.

A bactéria, descoberta acidentalmente, pertence ao grupo 'Klebsiella pneumoniae', na origem de infeções hospitalares, mas é inofensiva e em vez de causar doença ajuda a recuperar a microbiota intestinal, a população de microrganismos, incluindo vírus, fungos e bactérias, que habitam no intestino e desempenham uma função protetora.

"Estávamos a estudar o efeito de uma molécula química produzida pelas bactérias na capacidade da microbiota recuperar o seu estado original após a tomada de antibióticos. O efeito deste químico estava lá, mas havia algo muito mais forte que fazia com que uns ratinhos recuperassem uma microbiota saudável, capaz de proteger contra agentes infecciosos, e outros não. Esse fator determinante era a presença ou ausência desta bactéria, que até então não conhecíamos", disse à Lusa a coordenadora da equipa, Karina Xavier.

A nova estirpe recebeu a designação de 'Klebsiella sp. ARO112', sendo que ARO corresponde às iniciais do nome da doutoranda Ana Rita Oliveira, que fez parte da equipa científica.

O trabalho, descrito na publicação da especialidade Nature Communications, perspetiva novos probióticos terapêuticos, segundo o Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular.

De acordo com Karina Xavier, serão necessários, no entanto, mais estudos para se saber com rigor qual a prevalência desta estirpe bacteriana nos humanos e a sua correlação com níveis baixos de inflamação, dado que os resultados, apesar de promissores, foram obtidos com ratinhos.

"Encontrámos esta bactéria no intestino de ratinhos, mas sabemos que está presente em ratinhos e em humanos. Só que não está presente nem em todos os ratinhos nem em todos os humanos", ressalvou a investigadora, que lidera o laboratório de sinalização bacteriana, adiantando que, num próximo passo, serão feitos testes com células de tecido intestinal humano.

Karina Xavier e restante equipa de investigação esperam que "quem já tem a bactéria, em situações que afetam a sua microbiota, vai estar mais protegido".

Nos ratinhos, os cientistas verificaram que a 'ARO112' só conseguia colonizar em níveis elevados o intestino quando os roedores tinham uma microbiota desequilibrada, com baixa diversidade, no caso por efeito da administração de um antibiótico.

"A expectativa é que a bactéria colonize em qualquer condição em que tivermos uma microbiota desequilibrada, mas coloniza a níveis muito baixos em microbiotas consideradas saudáveis", sublinhou Karina Xavier.

No laboratório, a 'ARO112' bloqueou bactérias causadoras de doença, como a 'Salmonella', e estirpes patogénicas da 'Escherichia coli', bem como reduziu patologias associadas à inflamação intestinal.

Em ratinhos com doença inflamatória intestinal e "com microbiota comprometida", a ação da 'ARO112', adicionada após exposição dos roedores a antibióticos e a infeção bacteriana, permitiu que recuperassem mais rapidamente a sua microbiota, a infeção desaparecesse e a inflamação intestinal reduzisse significativamente.

"Os antibióticos são essenciais, mas perturbam a microbiota", salientou Karina Xavier, citada no comunicado do Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular, admitindo que no futuro o tratamento com antibióticos poderá ser acompanhado por bactérias benéficas como a 'ARO112' "para restaurar o equilíbrio intestinal".

Além disso, a administração desta bactéria, após tratamentos com antibióticos para combater infeções e inflamação, pode ser uma "alternativa precisa e segura a procedimentos como o transplante fecal".

Os cientistas fizeram vários testes de segurança e concluíram que a 'ARO112' "não apresenta nenhuma das características das bactérias causadoras de doença, ou seja, não forma biofilmes e não adquire facilmente genes de resistência a antibióticos".

"Mesmo quando lhe foi dada artificialmente uma resistência, a bactéria perdeu-a naturalmente poucos dias depois", destacou o comunicado do Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular, referindo que a presença da 'ARO112' no intestino é temporária, desaparecendo à medida que a microbiota recupera.

O estudo reforça "a necessidade de probióticos ajustados a situações clínicas específicas", uma vez que o probiótico comercial 'E. coli Nissle 1917', já usado na Europa, revelou-se sem efeito protetor nos ratinhos estudados.

A investigação foi desenvolvida pelo Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular em colaboração com instituições científicas espanholas e suíças.


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