sábado, 30 de julho de 2022

Secretário Nacional do MADEM: “BRAIMA CAMARÁ SERÁ O PRÓXIMO PRIMEIRO-MINISTRO”

JORNAL ODEMOCRATA  30/07/2022  

O Secretario Nacional em Exercício do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM G-15), Tomás Gomes Barbasa, afirmou este sábado, 30 de julho de 2022, que o MADEM G-15 vencerá as próximas eleições legislativas de 18 de dezembro e Braima Camará será próximo primeiro-ministro.

Barbosa disse que a Guiné-Bissau não pode  continuar a viver na pobreza, por “causa de alguns partidos que governaram o país por vários anos sem nada terem feito”.

O dirigente da segunda maior força política falava na cerimónia de entrega de cartões a novos militantes da Região de Biombo, Cacheu, Oio e Bolama.

Dos novos militantes, figura o antigo deputado eleito no círculo  eleitoral 9, na nona legislatura, na lista do Partido da Renovação Social (PRS), Paulino Té.

Tomás Barbosa frisou que o MADEM  é “alternativa para a Guiné-Bissau”, por ser “uma estrutura política preparada e organizada para tirar o país da situação em que se encontra”.

Por seu lado, o Coordenador do MADEM-G15 para a Região de Biombo, Hugo Nosoline, disse que na política não existe inimigo, de maneira que “a militância de qualquer cidadão no MADEM-G15 é sempre bem vinda”. 

Nosoline apelou à direção superior do partido para criar condições para que os novos militantes possam ter espaço dentro daquela formação política.

Em nome dos novos militantes,  Paulino Té disse que política é uma ciência e quem quiser travar uma luta pela democracia e pelo desenvolvimento deve militar numa formação política como MADEM-G15. 

“Depois de uma análise aturada com os militantes do meu grupo, chegamos à conclusão  que o MADEM-G15 é o partido mais viável para o exercício da política, porque o seu líder reúne todas as condições políticas e morais”.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

Acabam de chegar á capital Guineense os oradores, que farão parte da 1 conferência internacional-“ MADEM-G15 e os desafios do futuro “ .

Professor Fernando Seara, visita  a Guiné-Bissau a convite do Coordenador Nacional, Braima Camará.

Chegaram à capital guineense os oradores, que farão parte da 1 conferência internacional-“ MADEM-G15 e os desafios do futuro “.

Professor Fernando Seara, João Tocha, Braima Injai, Alexandre Luz e Nuno Guita visitam a Guiné Bissau a convite do Coordenador Nacional, Braima Câmara.

 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 / Braima Camará - Bá Di Povo

Centenas de manifestantes voltaram a invadir parlamento do Iraque

© Lusa

Por LUSA  30/07/22 

Centenas de manifestantes iraquianos, apoiantes do clérigo xiita Muqtada al-Sadr e que protestam contra a nomeação de um novo primeiro-ministro pró-iraniano, voltaram hoje, pela segunda vez esta semana, a invadir o parlamento do Iraque.

As forças de segurança iraquianas usaram gás lacrimogéneo e granadas acústicas na tentativa de repelir os manifestantes, que protestam contra a decisão da aliança Plataforma de Coordenação, uma coligação liderada pelos xiitas apoiados pelo Irão, de nomear um novo primeiro-ministro.

"Os manifestantes entraram na Zona Verde [a área fortificada de Bagdade que alberga os principais edifícios governamentais] e estão no interior do Parlamento", informou a agência de notícias estatal INA, citada pela EFE.


GOVERNO GUINEENSE DISPONÍVEL PARA DIÁLOGAR COM SINDICATOS PARA ESTABELECER ENSINO NACIONAL


Leia Também: 

 
JORNAL ODEMOCRATA  29/07/2022  

A ministra da Educação Nacional, Martina Moreira Moniz, disse esta sexta-feira, 29 de julho de 2022, que o ano letivo 2021/2022 foi concluído, a nível nacional, com “muitas dificuldades”, particularmente no concernente ao pagamento de salários.

Martina Moniz disse  esperar que o próximo ano letivo comece com menos sobressaltos, porque “o governo irá honrar seus compromissos”, contudo,  reconheceu que os transtornos  vividos no setor só podem ser melhorados com “adoção e apropriação de uma dinâmica de parcerias com diferentes atores”.

A ministra falava na cerimónia do encerramento do ano lectivo 2021/2022 sob o lema “estabilidade e sucesso do sistema educativo face à pandemia de Covid-19”. O ato decorreu na Escola Nacional de Administração (ENA) e foi presidido pelo vice-Primeiro Ministro, Soares Sambú.

Moniz revelou  que os últimos estudos feitos sobre situações ligadas à  educação concluíram que a setores da educação e do ensino não estão de boa saúde, razão pela qual afirmou que é urgente melhorar a governança e a gestão do sistema educativo, particularmente o reforço dos recursos alocados, a formação e capacitação das competências nacionais, a melhoria das infraestruturas, o monitoramento e avaliação, como também a necessidade de ser imprimida maior rigor na seleção do pessoal docente.

Na sua comunicação, o  Presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), Domingos Carvalho, disse que o ano escolar foi terminado com “falhas do governo” em honrar compromissos que assumiu com os parceiros sociais, tendo  exigido ao executivo que assuma os desafios e suas obrigações, como forma de participar na “refundação e reconstrução do sistema nacional educativo”.

O sindicalista recomendou ao governo que seja atribuído ao Ministério da Educação Nacional 20% do Orçamento Geral do Estado, porque “o ensino de qualidade e inclusivo exige um investimento sério no capital humano e infraestruturas escolares adequadas”.

O Presidente da Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB), Bacar Darame, lamentou que o ano letivo tenha terminado com  a fraca participação dos alunos.

“Não tivemos paralisações frequentes, mas ainda reina o clima de desconfiança, tendo em conta a fraca presença dos alunos”, disse.

Por: Epifânia Mendonça

Pequim faz exercício militar em fase de tensão com ida de Pelosi a Taiwan

© Reuters

Por LUSA  30/07/22 

A China agendou para hoje um exercício militar com "munição real" no estreito de Taiwan, iniciativa que decorre enquanto aumenta a tensão devido à possível visita a Taipé da líder do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.

As manobras militares serão, no entanto, limitadas em área e ocorrerão nas imediações da costa chinesa.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, depois da derrota na guerra civil frente aos comunistas.

A China reivindica Taiwan como uma província separatista a ser reunificada pela força, caso seja necessário, e opõe-se a qualquer atividade da ilha enquanto entidade política independente.

As relações entre Taipé e Pequim estão mais tensas desde a eleição da atual chefe de Estado do território, Tsai Ing-wen, em 2016, que considera a ilha um Estado soberano e que não faz parte da China.

Apesar deste diferendo, Taipé e Pequim estão ligados por fortes relações comerciais e de investimento.

No entanto, Pequim é contra qualquer contacto oficial entre Taiwan e outros países.

Autoridades norte-americanas visitam esta ilha com frequência, mas a China considera que uma visita de Pelosi, uma das figuras mais altas do Estado norte-americano, seria uma grande provocação.

O Presidente dos EUA e o homólogo chinês mantiveram esta quinta-feira uma longa conversa telefónica, centrada nas tensões sobre Taiwan, que levaram Xi Jinping a avisar Joe Biden para não "brincar com o fogo".

Já hoje, as autoridades chinesas responsáveis pela segurança marítima anunciaram a organização de um "exercício militar" este sábado, ao largo da ilha de Pingtan, na província chinesa de Fujian (leste), localizada em frente a Taiwan.

"Munição real será disparada (...) entre as 08:00 e as 21:00 (01:00 e as 11:00 de Lisboa) e qualquer entrada [nessas águas] será proibida", referem as autoridades chinesas no comunicado datado de quinta-feira, mas que apenas foi divulgado hoje pelos 'media' chineses.

Pingtan é o território controlado pela República Popular da China mais próximo de Taiwan e a área de manobras de sábado está localizada a cerca de 120 quilómetros da costa de Taiwan.

Nancy Pelosi não é mencionada no comunicado, mas Pequim tem ameaçado com "consequências" há vários dias, caso se concretize a viagem.

A visita da líder do Congresso norte-americano pode ocorrer dentro de poucos dias e o chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA, o general Mark Milley, já referiu que caso seja pedido "apoio militar" fará "o que for necessário para garantir" uma viagem segura a Pelosi.

As relações entre China e EUA os dois países começaram a deteriorar-se em 2018, quando o então Presidente norte-americano, Donald Trump, iniciou uma guerra comercial com a China que se estendeu depois ao setor da tecnologia e diplomacia.

No último ano, as tensões têm-se intensificado em relação a Taiwan, com a qual os EUA não mantêm relações oficiais, sobretudo porque Washington é o principal fornecedor de armas para a ilha e seria seu maior aliado militar em caso de guerra com o gigante asiático.


CIMEIRA: América e África reforçam cooperação em ciência e tecnologia na agricultura

©Shutterstock

 Por LUSA  30/07/22 

Altos funcionários das Américas e África sublinharam a importância de impulsionar a cooperação em ciência e tecnologia na agricultura para avançar no sentido do desenvolvimento sustentável em ambos os continentes.

O objetivo passa pela criação de "iniciativas em ciência, tecnologia e inovação que possam contribuir para a transformação dos sistemas agroalimentares respondendo a duas grandes questões: segurança alimentar e alterações climáticas", disse à Lusa o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI/MAPA) do Brasil, Cléber Soares.

"O Brasil já contribui na segurança alimentar e também para a segurança no mundo. O Brasil hoje já produz alimentos para abastecer o equivalente a 800 milhões de pessoas", quatro vezes a população do Brasil, frisou.

Para o responsável brasileiro, existem "muitas oportunidades nestas matérias, não só com os países luso-africanos, mas também da África como um todo".

O evento, organizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), a Agência de Desenvolvimento da União Africana - Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (AUDA-NEPAD) e a Aliança para uma Revolução Verde em África (AGRA) reúne na Costa Rica ministros, vice-ministros e altos funcionários da agricultura, ambiente e ciência e tecnologia de 40 países.

O objetivo da reunião é reforçar a cooperação entre as Américas e África para enfrentar os desafios à segurança alimentar global.

Outra das conclusões do evento é que ambas as regiões podem cooperar com o objetivo de criar setores agrícolas homogéneos, produtivos, sustentáveis e inclusivos que contribuam para o desenvolvimento sustentável.

O diretor executivo do Fórum para a Investigação Agrícola em África (FARA), Oseyemi Olurotimi Akinbamijo, comentou que a pandemia de covid-19 demonstrou a importância da ciência, tecnologia e inovação para o bem-estar da população.

"O progresso neste campo é necessário não só para recuperar desta crise e de crises futuras, mas também para enfrentar outros desafios globais como a pobreza, desnutrição, doença, insegurança alimentar, iniquidade, alterações climáticas e muitos outros", disse.

Os participantes na Cimeira identificaram áreas prioritárias para a aplicação da ciência, tecnologia e inovação que devem incluir as culturas, o gado e a produtividade agrícola atual, a gestão da produtividade e a gestão da agricultura de precisão e digital.

A cimeira é apoiada por organizações multilaterais de empréstimo, cooperação e setor privado como a Bayer, o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), o Grupo do Banco Mundial, Microsoft, Rabobank, Syngenta e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)

UNIÃO INTERNACIONAL DE TELECOMUNICAÇÃO: Estados Unidos e Rússia disputam controlo de agência que regula Internet

© Lusa

Por LUSA  30/07/22 

Estados Unidos e Rússia apresentaram candidatos à liderança da União Internacional de Telecomunicação (UIT), mas o candidato russo parece ter poucas hipóteses de ficar à frente da agência que determina os padrões da Internet.

Nos últimos oito anos, o atual secretário-geral da UIT, Zhao Houlin, um chinês ex-funcionário de serviços de telecomunicações, desafiou o sistema de governança e conseguiu que a organização tivesse maior controlo sobre a forma como a Internet é regulada a nível internacional.

A herança que Zhao deixa torna o seu cargo particularmente relevante, ao nível das definições dos padrões de funcionamento da Internet.

A UIT, fundada em 1865, é a agência especializada das Nações Unidas para tecnologias de informação e comunicação e até há poucos anos concentrava-se exclusivamente na regulação de telecomunicações, alocando espetros de emissões de rádio e órbitas de satélite.

Contudo, nos últimos anos, a UIT passou a controlar os padrões e protocolos da Internet, no meio de um intenso debate em que Rússia e China reclamam para as nações a "soberania da Internet", procurando que os governos tenham maior controlo.

Nas próximas eleições - que se iniciam em setembro e devem ficar concluídas até final do ano - para o cargo de secretário-geral da UIT, os Estados Unidos apresentam Doreen Bogdan-Martin, que enfrenta o candidato russo, Rashid Ismailov, no momento em que o Kremlin lança uma nova 'Cortina de Ferro Digital', em plena invasão da Ucrânia.

A Rússia tem apoiado os esforços da China para conseguir que a UIT ganhe competências sobre outras organizações que Pequim considera estarem ao serviço de Washington.

A candidatura de Ismailov defende exatamente que a organização aumente a sua esfera de influência, ao mesmo tempo que argumenta em favor de um modelo de regulação que passe para os governos nacionais parte importante do controlo da Internet.

A China é por isso um apoio importante na candidatura russa, sobretudo depois de Pequim e Moscovo terem assinado, em fevereiro deste ano, uma declaração conjunta em que declaram que "qualquer tentativa de limitar o seu direito soberano de regular segmentos nacionais da Internet e garantir sua segurança é inaceitável".

Os Estados Unidos respondem com uma candidatura apoiada pela totalidade dos países europeus -- e que foi já elogiada pelo chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell - e por muitos países de vários continentes, tornando-se virtualmente imbatível.

O argumento dos países ocidentais, em favor da candidatura de Bogdan-Martin, é que seria perigoso permitir à Rússia o controlo desta agência das Nações Unidas, sobretudo pela atitude de definição de limitações ao uso da Internet no seu território, que foram ampliadas após o início da invasão da Ucrânia, em final de fevereiro.

Borrell insinuou mesmo que "as democracias ficariam em risco", perante uma vitória de uma proposta de candidatura de um país que considera que a Internet pode ser confinada aos interesses de regimes autoritários.

GUINÉ-CONACRI - Pelo menos 4 mortos nas manifestações contra a junta da Guiné-Conacri

© Reuters

Por LUSA  30/07/22 

A oposição na Guiné-Conacri disse que pelo menos quatro pessoas morreram e várias ficaram feridas na sexta-feira durante o segundo dia de manifestações contra a junta militar que governa o país.

De acordo com a Frente Nacional de Defesa da Constituição (FNDC), foram contabilizados ainda cinco feridos graves, escreveu o 'site' de notícias do país africano Guinee 360.

A FDNC, que denunciou "a utilização pelas forças de defesa e de segurança de contra-manifestantes civis na repressão e saque de bens", expressou ainda as condolências às famílias das vítimas mortais, dos detidos e feridos.

"A FNDC expressa apoio e solidariedade a todas as famílias que perderam os seus entes queridos, a todas as pessoas presas ou feridas ou que perderam bens durante esta repressão sangrenta", lê-se num comunicado da organização.

Este grupo da oposição condenou os atos das autoridades que considera serem "graves violações dos Direitos Humanos".

Na semana passada, o FNDC anunciou a convocação de manifestações pacíficas contra a "recusa sistemática" das autoridades militares em iniciaram um diálogo para tratar da transição governamental.

A Guiné-Conacri é dirigida pela junta militar do coronel Mamadi Doumbouya desde 05 de setembro de 2021, quando membros do Grupo das Forças Especiais do exército encenaram um golpe e derrubaram o então Presidente Alpha Condé, que governava o país desde 2010, depois de concorrer em outubro de 2020 a um controverso terceiro mandato, não permitido pela Constituição guineense.

O coronel argumentou que o golpe pretendia criar as condições para o Estado de direito.

O Conselho Nacional de Transição (CNT) - um parlamento provisório composto por 81 membros de partidos políticos, grupos da sociedade civil, sindicatos, empregadores e forças de segurança, entre outros - anunciou uma transição de 36 meses no dia 11 de maio.

Este prazo foi contudo rejeitado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e pela oposição guineense que, em 01 de julho, pediu a esta organização regional que interviesse no diálogo entre a classe política, a sociedade civil e a junta militar, a fim de regressar à ordem constitucional.

Na quinta-feira, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, também presidente em exercício da CEDEAO, anunciou que a junta militar na Guiné-Conacri se comprometeu a reduzir de 36 para 24 meses o período de transição.

Embaló fez o anúncio numa declaração conjunta que fazia com o homólogo francês, Emmanuel Macron, que realizou uma visita de cerca de 12 horas à Guiné-Bissau, no âmbito de um périplo africano que o levou ao Benim e aos Camarões.

No entanto, o ministro da Administração Territorial e Descentralização da Guiné-Conacri negou tal acordo.

"Durante a visita da CEDEAO à Guiné-Conacri, as duas partes discutiram o conteúdo da transição e não a sua duração", disse Mory Conde, através de uma mensagem partilhada no final de quinta-feira na rede social Facebook.

"O Governo da Guiné-Conacri dissocia-se completamente desta questão da duração", acrescentou.

A Guiné-Conacri é um dos países mais pobres do mundo, mas tem um potencial mineiro, hídrico e agrícola significativo.

As suas reservas de bauxite - a matéria-prima para a produção de alumínio - estão entre as maiores do mundo.