segunda-feira, 31 de março de 2025

‼🇬🇼 Aumento de casos de crianças desaparecidas preocupa autoridades da Guiné-Bissau

A polícia e organizações da sociedade civil apelaram hoje ao reforço de controlo dos pais e das autoridades, face ao umento de casos de crianças desaparecidas "de forma misteriosa" na Guiné-Bissau.  

"É muito preocupante esta onda de desaparecimentos de crianças", disse fonte da polícia à agência de notícias Lusa, explicando que, só nas últimas oito semanas, foram registados cerca de 10 casos de desaparecimentos de crianças, na sua maioria em Bissau e nalgumas regiões do interior do país.   

Gueri Gomes, um dos vice-presidentes da Liga Guineense dos Direitos Humanos, também considera "bastante preocupantes" os relatos de "desaparecimentos de forma misteriosa" de crianças. "Deve haver um reforço de segurança do Ministério do Interior, mas também apelamos para um redobrar de controlo das crianças por parte dos pais e encarregados de educação", defendeu.  

Nos últimos dias, têm sido recorrentes as denúncias, através de redes sociais e rádios, de casos de crianças desaparecidas. Vários ativistas dos direitos humanos e influenciadores digitais têm repetido apelos aos familiares no sentido de controlarem os movimentos dos menores nas ruas. (Lusa) 

O Presidente norte-americano, Donald Trump, quer criar "centros de refugiados" em Pretória, na África do Sul, para posteriormente receber cidadãos brancos sul-africanos como refugiados, noticiou o The New York Times.

© Tom Williams/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images Lusa  31/03/2025

 Trump quer criar "centros de refugiados" para receber 'afrikaners'

O Presidente norte-americano, Donald Trump, quer criar "centros de refugiados" em Pretória, na África do Sul, para posteriormente receber cidadãos brancos sul-africanos como refugiados, noticiou o The New York Times.

O programa "Missão África do Sul" prevê a criação de centros de refugiados em Pretória - berço de Elon Musk, que está à frente do Departamento de Eficiência Governamental da governação Trump - e dar aos cidadãos 'afrikaner' [descendentes de colonos europeus] da África do Sul o estatuto de refugiados, informou o jornal norte-americano, com base em documentos a que teve acesso.

Esta política vai contra as atuais pretensões migratórias dos Estados Unidos, em que foi proibida a entrada à "maioria dos refugiados", nomeadamente "20.000 pessoas que já estavam prontas para viajar" para o país "antes da tomada de posse do Presidente Trump", vindas por exemplo do Afeganistão, da República Democrática do Congo e da Síria, salienta-se no jornal norte-americano.

Um tribunal de recurso decidiu, na semana passada, que a administração Trump deve admitir as milhares de pessoas a quem foi concedido o estatuto de refugiado antes da entrada em funções do novo Presidente e recusou-se também a impedi-lo de suspender a admissão de novos refugiados.

Segundo a investigação jornalística, numa primeira fase do programa, os EUA enviaram várias equipas para a África do Sul para converter escritórios em Pretória em centros de refugiados. No local, já foram estudados mais de 8.200 pedidos para se integrarem estes cidadãos nos EUA e foram identificados 100 'afrikaner' que poderão obter o estatuto de refugiados.

"Até meados de abril, os funcionários norte-americanos no terreno irão propor soluções a longo prazo, para garantir a implementação bem sucedida da visão do Presidente [Trump] para a reinstalação digna dos candidatos 'afrikaner' elegíveis", de acordo com um memorando enviado da embaixada em Pretória para o Departamento de Estado em Washington este mês, citado pelo The New York Times.

Esta ajuda à minoria branca sul-africana coloca os EUA num debate acesso, uma vez que alguns membros 'afrikaner' iniciaram uma campanha a sugerir serem as verdadeiras vítimas no período "pós-'apartheid'" e com o Departamento de Estado norte-americano a defender que estes têm sido alvo de uma "discriminação racial injusta", indicou.

Esta tensão entre as duas nações começou particularmente em 02 de fevereiro quando Trump afirmou que a África do Sul estava a confiscar terras e "a tratar muito mal certas classes de pessoas", referindo-se à Lei da Expropriação, promulgada em 23 de janeiro, que facilita a expropriação de terras do interesse público por parte dos organismos estatais, desde que seja paga uma indemnização justa, substituindo assim a legislação que estava em vigor desde 1975.

Também Musk, que não tem ascendência 'afrikaner', destacou essa lei em publicações nas redes sociais e apresentou-a como uma ameaça para a minoria branca sul-africana.

Em 2017, o periódico City Press noticiou que os agricultores brancos detinham quase três quartos das terras agrícolas da África do Sul, apesar de 23 anos de esforços do Governo para redistribuir terras à maioria negra.

Por sua vez, em 07 de fevereiro, num decreto presidencial, Trump decidiu cortar a ajuda externa à nação africana e declarou que os EUA iriam "encorajar" a reinstalação de refugiados 'afrikaner'. 

Ernst Roets, antigo diretor executivo da Fundação Afrikaner, disse ao The New York Times que a criação deste programa de refugiados provocou um debate, porque muitos 'afrikaner' não querem sair do país, mas sim uma "auto-governação" apoiada pelos EUA. 

A tensão entre as duas nações tem vindo a aumentar e em 15 de março a África do Sul lamentou que o seu embaixador nos EUA, Ebrahim Rasool, tenha sido declarado 'persona non grata' pelo secretário de Estado, Marco Rubio.


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Jejum intermitente pode aumentar o desejo sexual, revela estudo... A experiência foi elaborada em ratos.

© Shutterstock  noticiasaominuto.com  31/03/2025

Se estava a pensar fazer jejum intermitente, saiba que pode ter consequências positivas no que diz respeito à sua vida sexual.

Investigadores do Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas (DZNE) realizaram um novo estudo em ratos machos, chegando à conclusão de que o jejum intermitente aumentou o desejo sexual desses animais ao diminuir a concentração de um neurotransmissor  no cérebro, a serotonina.

De acordo com o grupo de investigadores, este mecanismo também poderá acontecer nos humanos, o que significa que pode ser possível tratar a perda indesejada do desejo sexual desta forma.

"Estamos interessados ​​nos efeitos do jejum no envelhecimento. Usando os ratos como modelo, investigámos os mecanismos biológicos subjacentes. O nosso objetivo é obter mais informação que também possa ser relevante para os humanos", explicou o Dr. Dan Ehninger, líder do grupo de pesquisa da DZNE e autor principal do estudo.

"A falta de desejo sexual não é necessariamente interpretada como um problema, mas algumas pessoas sofrem com isso", acrescentou.

Note-se que, de acordo com a Cleveland Clinic, a falta de libido é bastante comum, afetando um em cada cinco homens e mais de metade das mulheres. 

No estudo da DZNE, os investigadores exploraram ainda de que forma o jejum intermitente afetava a descendência dos ratos e chegaram a um conclusão inesperada: a reprodução destes animais aumentou significativamente depois de passarem por uma dieta restrita, ou seja, a sua fertilidade aumentou.

Os machos seguiram a dieta ao longo de 22 meses. Quando finalmente foram apresentados às fêmeas, ficou claro que eles estavam mais do que prontos para se reproduzirem.

Aqueles que fizeram jejum durante pelo menos durante seis meses tornaram-se mais sexualmente ativos do que o grupo que comeu livremente. No entanto, um grupo que jejuou por apenas algumas semanas não apresentou o mesmo aumento na libido.

"É uma questão de comportamento", explicou Dan Ehninger. "Os machos em jejum tiveram mais contatos sexuais do que os ratos que podiam comer livremente. Por outras palavras, estes animais tiveram uma frequência anormalmente alta de acasalamento e, como resultado, um número anormalmente alto de descendentes para a sua idade".


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Trump “chateado” com Putin ameaça tarifas extra a quem comprar petróleo russo

Donald Trump e Vladimir Putin   Por  CNN Portugal 

Em causa, comentários feitos por Putin na sexta-feira, que sugeriam que Zelensky não tem legitimidade para conduzir conversações de paz, com o líder russo a lançar a ideia de colocar a Ucrânia sob o controlo da ONU

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confessou estar “muito zangado” e “chateado” com o homólogo russo Vladimir Putin. Declarações feitas pelo presidente norte-americano, numa entrevista telefónica à NBC News.

“Pode dizer-se que fiquei muito zangado, chateado, quando... quando Putin começou a meter-se na credibilidade de Zelensky, porque isso não está a ir para o sítio certo”, disse Trump à NBC.

O presidente dos EUA reagia assim aos comentários feitos por Putin na sexta-feira, que sugeriam que Zelensky não tem legitimidade para conduzir conversações de paz, com o líder russo a lançar a ideia de colocar a Ucrânia sob o controlo da ONU.

“Uma nova liderança significa que não vai haver acordo durante muito tempo”, disse Trump, que ameaçou impor tarifas extras aos países que compram petróleo russo se Putin não concordar com um cessar-fogo.

“Se a Rússia e eu não conseguirmos chegar a um acordo para parar o derramamento de sangue na Ucrânia e se eu achar que a culpa foi da Rússia - o que pode não ser... Vou impor tarifas secundárias... a todo o petróleo proveniente da Rússia”, disse Trump.

Na sexta-feira, na cidade de Murmansk, Vladimir sugeriu que um Governo provisório na Ucrânia, com o apoio da ONU, poderia substituir o Presidente Zelensky, antes de as eleições entregarem o poder a um “governo capaz” de iniciar conversações de paz.

O Presidente russo sugeriu que a supervisão da ONU seria efetuada “a fim de realizar eleições democráticas [na Ucrânia], a fim de introduzir um Governo competente em que o povo confie”.

O Presidente russo afirmou que a Rússia iria então realizar conversações de paz com o novo governo e “assinar documentos legítimos que seriam reconhecidos mundialmente e que seriam fiáveis e estáveis”.

Trump fala em “prazo psicológico” para Putin concordar com o cessar-fogo

O Presidente dos EUA voltou a manifestar no domingo o seu desapontamento em relação a Vladimir Putin, mas acrescentou que “sempre se deu bem” com ele.

Questionado sobre quando quer que a Rússia concorde com o cessar-fogo, Trump disse que existe um “prazo psicológico”. “Se eu pensar que eles nos estão a enganar, não ficarei contente com isso”, afirmou.

O presidente dos EUA falava depois de os drones russos terem atingido um hospital militar, um centro comercial e blocos de apartamentos na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, matando duas pessoas e ferindo dezenas.


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Condenada por desvio de fundos europeus, Marine Le Pen não se pode candidatar às presidenciais de 2027

Marine Le Pen (EPA)  Por CNN Portugal 

Condenada por desvio de fundos europeus, Marine Le Pen não se pode candidatar às presidenciais de 2027, decretou o Tribunal Penal de Paris.

Segundo o jornal Le Monde, todos os deputados, incluindo Marine Le Pen, foram condenados à inelegibilidade imediata.

Marine Le Pen foi considerada culpada, esta segunda-feira, na sentença do julgamento por desvios de fundos europeus por assistentes do partido francês União Nacional (RN, extrema-direita).

Para além de Le Pen, também outros oito eurodeputados foram considerados culpados.

O tribunal calculou que o prejuízo total foi de 2,9 milhões de euros, o que fez com que “o Parlamento Europeu pagasse por pessoas que estavam efetivamente a trabalhar para o partido”.

O caso remonta a 2015, quando o Parlamento Europeu lançou um alerta às autoridades francesas sobre a possível utilização fraudulenta de fundos do antigo partido Frente Nacional, posteriormente renomeado União Nacional, devido ao grande número de contratos de assistentes parlamentares que trabalhavam total ou parcialmente para o partido entre 2004 e 2016.


Reino Unido e EUA tentam chegar a "acordo de prosperidade económica"

Por sicnoticias.pt  31/03/2025

O primeiro-ministro britânico e o presidente norte-americano discutiram por telefone as negociações em curso para um acordo de prosperidade económica entre o Reino Unido e os EUA.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o presidente norte-americano Donald Trump discutiram este domingo ao telefone as "negociações produtivas" entre os dois países para chegar a um "acordo de prosperidade económica", revelou Downing Street.

"Discutiram as negociações produtivas entre as suas respetivas equipas sobre um acordo de prosperidade económica entre o Reino Unido e os EUA e concordaram que essas negociações continuariam a bom ritmo esta semana", disse o comunicado de Downing Street citado pela agência de notícias francesa Agence France-Presse (AFP).

Reino Unido procura acordo comercial com EUA desde o Brexit

A AFP recorda que Londres quer um acordo comercial com os Estados Unidos desde que deixou a União Europeia, no inicio de 2021, que permitiria escapar aos direitos aduaneiros americanos que atingem muitos países europeus.

A indústria siderúrgica já foi alvo de direitos aduaneiros, contra os quais Londres não prometeu retaliar, ao contrário da UE.

A imprensa britânica refere que Londres poderia recuar no seu imposto sobre os serviços digitais, um imposto que visa em particular os gigantes tecnológicos americanos, a fim de evitar novos direitos aduaneiros e garantir um acordo comercial com Washington.

Trump prometeu acordo sem direitos aduaneiros
No mês passado, Donald Trump alimentou as esperanças britânicas ao garantir que os Estados Unidos e o Reino Unido iriam concluir "um verdadeiro acordo comercial em que não seriam necessários direitos aduaneiros", mas esse acordo ainda não aconteceu.

Segundo o comunicado de imprensa divulgado este domingo, o encontro entre os dois dirigentes começou com os "melhores votos" de Donald Trump para a recuperação do Rei Carlos III, que foi obrigado a cancelar vários compromissos na sequência de "efeitos secundários" do seu tratamento contra o cancro.

Já sobre a guerra na Ucrânia, "os líderes concordaram com a necessidade de manter a pressão coletiva sobre (o presidente russo Vladimir) Putin".

África: A ONU estima que o rácio da dívida pública sobre o PIB na média dos países africanos caia ligeiramente este ano, para 62,1%, um valor ainda assim insuficiente para garantir o necessário investimento público.

© AMANUEL SILESHI/AFP via Getty Images   Lusa  31/03/2025


A ONU estima que o rácio da dívida pública sobre o PIB na média dos países africanos caia ligeiramente este ano, para 62,1%, um valor ainda assim insuficiente para garantir o necessário investimento público.

De acordo com a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), a dívida pública em África deverá descer de 62,5%, no ano passado, para 62,1% este ano, depois de em 2023 ter chegado dos 67,3%, mas esta queda não chega para eliminar a crise da dívida que muitos países da região enfrentam.

"Apesar da ligeira queda, os níveis de dívida ainda estão elevados e são comparáveis aos valores registados antes das iniciativas de alívio da dívida em meados dos anos 2000", lê-se no Relatório Económico sobre África (REA), divulgado na sequência da conferência dos ministros das Finanças africanos, que decorreu este mês na capital da Etiópia, Adis Abeba.

No documento, os peritos da ONU escrevem que a política orçamental está a voltar ao normal, mas alertam para "significativos pagamentos de dívida este ano, com os desafios financeiros atuais a obrigarem os países a reduzirem despesas públicas essenciais e a direcionarem recursos para o serviço da dívida", o que perpetua o ciclo de endividamento.

Entre estes países que estão a cortar na despesa pública para pagar as dívidas está Angola, apontado como um dos exemplos.

"A média dos pagamentos de juros em África chegou a 27% do PIB no ano passado, subindo face aos 19% registados em 2019, e nalgumas das maiores economias da região, como Angola, Egito, Gana, Nigéria e Uganda, os pagamentos de juros excederam o total das despesas na educação e na saúde nos últimos anos", lê-se no relatório.

Os custos de servir a dívida deverão ter chegado a 163 mil milhões de dólares, mais 12% do que no ano anterior, diz a UNECA, salientando que apesar de 2024 dever ter marcado o ano de pagamentos mais altos, "os valores vão continuar bem acima dos níveis anteriores à pandemia de covid-19 a curto e médio prazo".

A instituição refere ainda "as vulnerabilidades a permanecerem elevadas, demonstradas pelas elevadas taxas de juro, volatilidade das finanças públicas, acumulação de atrasos nos pagamentos e um prolongado impacto dos choques externos".

A região do norte de África lidera o índice dos maiores rácios de dívida face ao PIB, com 76%, seguida da África Austral, onde está Angola e Moçambique, com 70,7%, sendo a África Oriental a região menos endividada, com uma dívida pública que está nos 39,2% do PIB.

No capítulo financeiro, a UNECA alerta ainda que o aumento do acesso aos mercados financeiros internacionais vem acompanhado de uma subida das taxas de juro.

Isto, alerta, "coloca mais problemas de sustentabilidade a curto e médio prazo", principalmente porque desde 2021 "a dívida serviu principalmente para pagar a dívida existente, em vez de financiar novos investimentos".

Leia Também: O comércio entre os países africanos só aumentará significativamente se os governos apostarem em "reformas ousadas" na indústria, produtividade e PME, conclui a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) num relatório sobre o tema.


África precisa de "reformas ousadas" para aumentar comércio interno

© Reuters  Por Lusa  31/03/2025
O comércio entre os países africanos só aumentará significativamente se os governos apostarem em "reformas ousadas" na indústria, produtividade e PME, conclui a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) num relatório sobre o tema.

"São necessárias políticas industriais direcionadas, investimentos na capacidade produtiva e apoio às Pequenas e Médias Empresas (PME), o que vai ajudar África a desenvolver cadeias de valor robustas em setores cruciais como o agroprocessamento, setor automóvel, farmacêutico e nas energias renováveis", lê-se no Relatório Económico sobre África (REA), divulgado na sequência da conferência dos ministros das Finanças africanos, que decorreu na capital da Etiópia, Adis Abeba.

Entre as recomendações do relatório, dedicado às medidas necessárias para o aproveitamento do acordo de comércio livre continental em África (AfCFTA, na sigla em inglês), defende-se a aceleração da simplificação dos procedimentos nas alfândegas e a adoção de tecnologias digitais.

Isto demonstra, diz a UNECA, a necessidade de mais investimentos na infraestruturas digital, como redes de banda larga, centros de dados e pontos de distribuição de internet.

Os decisores políticos, aponta-se ainda no relatório, devem fazer avançar o livre movimento de pessoas, bens e capital, e investir no desenvolvimento urbano sustentável para gerir os desafios da rápida urbanização de muitas cidades africanas, dois aspetos considerados como "um imperativo estratégico para os governos".

O acordo de livre comércio em África entrou em vigor no princípio de 2021, abrange um mercado com mais de 1.300 milhões de consumidores, e tem o potencial de aumentar o crescimento do comércio em, pelo menos, 53% e potencialmente duplicar o comércio intra-africano, retirando 30 milhões de africanos da pobreza extrema e aumentando os rendimentos de quase 68 milhões de outros.

As exportações intra-africanas representam cerca de 16% do comércio externo dos países africanos, em comparação com 55% na Ásia, 49% na América do Norte e 63% na União Europeia.

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