quinta-feira, 10 de abril de 2025
O Ministro de Saúde pede provas das denúncias feitas pelo Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé. O Presidente da Liga afirmou hoje que todos pacientes que receberam tratamento no Centro de Hemodiálise do Hospital Nacional Simão Mendes praticamente faleceram. O Ministro Pedro Tipote, perante a gravidade das denúncias solicita que as provas sejam entregues no Ministério Público.

Segundo porta-aviões dos EUA chega ao Médio Oriente... O Comando Conjunto dos Estados Unidos para o Médio Oriente anunciou hoje a chegada de um segundo porta-aviões à região, com a missão de proteger fluxos comerciais.
© Getty Images Lusa 10/04/2025
O porta-aviões Carl Vinson juntou-se no Médio Oriente ao Harry S. Truman, que os Hutis alegam ter atacado várias vezes nas últimas semanas, enquanto prosseguem os bombardeamentos norte-americanos sobre estes rebeldes iemenitas.
Na mensagem do Comando Conjunto dos EUA nas redes sociais, não é especificado exatamente onde na região estará operacional este segundo grupo de ataque.
Os Estados Unidos atingiram mais de 100 alvos em áreas controladas pelos Huti no Iémen desde o lançamento da sua última campanha aérea contra os rebeldes apoiados pelo Irão, disse um oficial militar norte-americano na quarta-feira.
As forças norte-americanas têm efetuado ataques aéreos quase diários desde 15 de março, afirmando que pretendem proteger a navegação no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, passagens fundamentais para o comércio mundial.
Os Hutis lançaram nesta região numerosos ataques em apoio, afirmam, aos palestinianos em Gaza bombardeados e sitiados por Israel.
"Desde essa data, os EUA atingiram mais de 100 alvos nas zonas do Iémen controladas pelos Hutis", afirmou um responsável militar norte-americano que pediu o anonimato.
"Destruímos centros de comando e controlo, fábricas de armamento e locais de armazenamento de armamento avançado", acrescentou.
Os Hutis denunciaram ataques na terça-feira à noite que atingiram o bairro de al-Hawak, em Hodeida, e segundo os rebeldes, foram mortas 10 pessoas e 16 ficaram feridas.
A área abriga o aeroporto da cidade, que os rebeldes usaram no passado para atacar navios no Mar Vermelho.
O porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Sarea, reconheceu implicitamente a dureza da operação militar norte-americana, ao referir-se a uma "agressão contínua" e a "massacres horríveis" no Iémen, segundo um comunicado citado pela agência de notícia espanhola EFE.
Os meios de comunicação árabes e norte-americanos afirmaram nos últimos dias que vários líderes dos rebeldes foram mortos nos bombardeamentos, que, segundo Washington, degradaram efetivamente as capacidades militares dos Huthis.
A agência iemenita Saba, controlada pelos Hutis, noticiou hoje que "quatro crianças e duas mulheres" foram mortas nos ataques norte-americanos de terça-feira no oeste do país, levando a um total de 107 mortos de acordo com os rebeldes.
Os rebeldes reivindicaram também o abate de um 'drone' norte-americano "quando efetuava missões hostis".
Leia Também: O porta-voz militar dos rebeldes iemenitas, Yahya Sarea, disse em comunicado que os militares "atacaram navios de guerra inimigos no Mar Vermelho liderados pelo porta-aviões norte-americano Harry S. Truman com vários mísseis de cruzeiro e 'drones'".

Trump volta a subir tarifas contra a China: Agora, passam a ser de 145%
Washington e Pequim têm estado a 'medir forças' na guerra comercial, com a China a garantir que não tem receio destes aumentos.
Os Estados Unidos aumentaram novamente a taxa sobre as importações da China, passando estas agora a estar na ordem dos 145%.
A informação foi avançada pelos meios de comunicações dos EUA, que lembram que a última subida contra Pequim a que Donald Trump tinha dado 'luz verde' ia até 125%.
De acordo com uma nota citada pela Bloomberg, este valor inclui uma taxa de 125% que abrange os direitos "recíprocos", bem como as taxas impostas à China por retaliar contra os impostos de importação dos EUA. Inclui ainda, escreve a publicação, uma taxa de 20% imposta por Trump no início deste ano devido ao tráfico de fentanil.
Note-se que após a apresentação das tarifas, na semana passada, alguns países tentaram negociar com Washington - ao contrário da China, que retaliou. Para estes países, Trump anunciar uma suspensão temporária de 90 dias na cobrança de tarifas sobre produtos.
A medida, divulgada pela rede social Truth Social, inclui uma tarifa reduzida de 10% em alguns casos. para 125%.
Esta pausa mexeu com os mercados, com, inclusive, a bolsa de Lisboa a abrir a disparar mais de 5% nesta quinta-feira.
Note-se que ao longo dos últimos dias Pequim reforçou que não tem receio destes anúncios por parte da administração Trump, tendo já garantido que "lutará até ao fim" e que tem, para além da "vontade firme" de o fazer, os recursos.
Na quarta-feira, o Ministério do comércio chinês reforçou que "não há vencedores numa guerra comercial" e que "a China não quer uma", mas "não ficará de braços cruzados se os direitos legítimos do seu povo forem violados".

A Rússia ameaçou hoje o Japão com "medidas severas" se fornecer armas e equipamento militar à Ucrânia, após notícias sobre o interesse de Tóquio em participar num comando da NATO de apoio a Kyiv
Por LUSA 10/04/2025
Rússia ameaça Japão com medidas severas se fornecer armas a Kyiv
A Rússia ameaçou hoje o Japão com "medidas severas" se fornecer armas e equipamento militar à Ucrânia, após notícias sobre o interesse de Tóquio em participar num comando da NATO de apoio a Kyiv.
"Qualquer passo do Japão para participar direta ou indiretamente no fornecimento à Ucrânia de armas e equipamento militar utilizado para matar cidadãos russos (...) será considerado como um ato inequivocamente hostil", disse a diplomacia russa.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, avisou que se o Japão seguir tal via, vai enfrentar "medidas mais duras, que causarão danos significativos aos interesses do Japão nas áreas mais sensíveis".
Zakharova, que divulgou a posição de Moscovo num comunicado, não especificou as medidas com que ameaçou o Japão.
"No contexto de uma remilitarização acelerada, o Japão está a envolver-se cada vez mais no conflito sobre a Ucrânia", disse Zakharova, citada pela agência de notícias espanhola EFE.
Na terça-feira, o Japão manifestou ao secretário-geral da NATO, Mark Rutte, que visitou Tóquio, a disponibilidade para participar num comando da Aliança Atlântica de apoio à Ucrânia, segundo a agência de notícias Associated Press (AP).
Moscovo rejeitou no início da semana um possível reatamento das negociações com Tóquio sobre um tratado de paz, pendente desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), devido à atitude hostil do Japão em relação à Rússia.
"Neste momento, não há qualquer contacto com as autoridades japonesas", afirmou o porta-voz da presidência, Dimitri Peskov. Segundo Peskov, o Japão "apressou-se a aderir totalmente a todas as medidas hostis e inamistosas" contra a Rússia.
Na sequência das críticas japonesas à invasão russa da Ucrânia, a Rússia abandonou em março de 2022 negociações com o Japão sobre o tratado de paz formal referente a 1945.
Um das principais conflitos entre os dois países é a disputa pelos direitos territoriais das Ilhas Curilhas, que o Japão designa por Territórios do Norte, ocupadas pelas tropas soviéticas no final da guerra.
Situado entre a península russa de Kamchatka e a ilha japonesa de Hokkaido, o arquipélago de 56 ilhas continua sob administração da Rússia, apesar de Tóquio reclamar as ilhas mais próximas.
"O lado russo, nas condições atuais, não tenciona continuar as conversações com o Japão sobre o tratado de paz", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado de 21 de março, menos de um mês depois da invasão da Ucrânia. Leia Também: Rússia protesta contra detenção de membro de delegação oficial em Paris

Altos dirigentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-verde "PAIGC", que integram no governo, exigem uma nova liderança antes do mês de Junho deste ano.
Política: INCONFORMADOS DO PAIGC EXIGEM REALIZAÇÃO DE CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO

Governo da Guiné-Bissau recebe da OAPI o Certificado de Registo de Desenho e Modelo Industriais de Pano de Pente. A recepção aconteceu no salão da reunião do Conselho de Ministros e, foi presidida pelo Primeiro-ministro Rui Duarte Barros na presença de varios Ministros. Ao todo são 100 modelos de Panos de Pente que foram certificados pela OAPI para um período de 15 anos.

Conferência de Imprensa do Serviço de Hemodiálise do Hospital Nacional Simão Mendes em reação as denúncias do Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Abubacar Turé, segundo as quais, todos os doentes que receberam tratamento no Centro de Hemodiálise do Hospital Nacional Simão Mendes, faleceram.

Guiné-Bissau LGDH: "Morreram todos os doentes submetidos à hemodiálise no Hospital Simão Mendes" O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Bubacar Turé, denunciou esta quinta-feira (10.04) que teriam morrido todas as pessoas submetidas ao tratamento de hemodiálise, no Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM).
Por CFM
Sem precisar o número de pessoas "mortas", o presidente da LGDH apelou aos jornalistas a investigarem este caso que considera "grave" e deixou ainda várias questões sobre o assunto.
"Nós temos informações de que as pessoas que foram submetidas ao tratamento de hemodiálise, praticamente, morreram todas. Por que morreram? Será que há um nexo de causalidade entre a falta de preparação dos técnicos de serviços de hemodiálise e as mortes"? questionou o ativista.
Babacar Turé falava na abertura do seminário de restituição do Fórum de Dakar, sobre violência nas mulheres e meninas, organizado pela Coordenação Nacional da Rede dos Medias Africanos para a Promoção da Saúde e Meio Ambiente.
Turé lembrou que a sua organização tinha chamado a atenção do Governo guineense sobre a complexidade do tratamento de hemodiálise e também questionado o Executivo sobre a capacidade dos técnicos de saúde para esse procedimento.
Presente também no ato estava o ministro da Saúde Pública, Pedro Tipote, que não desmentiu a denúncia feita pelo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, mas convidou os cidadãos que tenham conhecimento de práticas de crimes no Sistema Nacional de Saúde, a denunciarem o caso no Ministério Público.
“Gostaria de lançar um desafio a todos que tenham informações e provas sobre crime que se possa cometer no Sistema de Saúde, que as entreguem ao Ministério Público para que as verificações sejam feitas, para responsabilizar as pessoas", começou por dizer, antes de fazer alusão à denúncia do presidente da LGDH.
"Gostaria que as informações que eu ouvi aqui fossem entregues ao Ministério Público, para que seja averiguada a sua veracidade e responsabilizadas as pessoas envolvidas nos crimes de matar", concluiu sobre o tema.
O primeiro Centro de Hemodiálise na Guiné-Bissau foi inaugurado no Hospital Nacional Simão Mendes, no passado 25 de fevereiro, e contou com o financiamento do Reino de Marrocos e da Fundação Hamal.
Segundo as garantias dadas pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló, no dia da sua inauguração, aquele serviço teria um "enorme impacto" na vida dos doentes renais crónicos que eram obrigados a deslocar-se ao estrangeiro para realizar tratamentos.
Hemodiálise é o procedimento através do qual uma máquina filtra e limpa o sangue, um trabalho que o rim doente não pode fazer.

O número de mortos no desabamento do teto da discoteca Jet Set em Santo Domingo, na terça-feira, subiu para 218, segundo um novo balanço divulgado hoje pelas autoridades locais.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou hoje o anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, de suspender temporariamente as novas tarifas recíprocas como as aplicadas à União Europeia (UE), esperando a estabilização da economia mundial.
Por LUSA 10/04/2025
"Congratulo o anúncio do presidente Trump de suspender as tarifas"
Donald Trump anunciou ontem a suspensão por 90 dias da aplicação das novas taxas aduaneiras a mais de 75 países, enquanto decorrem negociações comerciais, nomeadamente à UE.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou hoje o anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, de suspender temporariamente as novas tarifas recíprocas como as aplicadas à União Europeia (UE), esperando a estabilização da economia mundial.
"Congratulo o anúncio do presidente Trump de suspender as tarifas recíprocas. Trata-se de um passo importante para estabilizar a economia mundial. Condições claras e previsíveis são essenciais para o funcionamento do comércio e das cadeias de abastecimento", reagiu a líder do executivo comunitário numa declaração hoje publicada.
Para a presidente da instituição que detém a competência da política comercial da UE, "as tarifas são impostos que só prejudicam as empresas e os consumidores", pelo que Bruxelas "continua empenhada em negociações construtivas" com Washington, tendo já proposto, sem sucesso, um acordo pautal zero entre a União Europeia e os Estados Unidos.
A ambição é, de acordo com Ursula von der Leyen, conseguir trocas comerciais "sem atritos e mutuamente benéficas".
A reação surge depois de, na quarta-feira, Donald Trump ter anunciado a suspensão por 90 dias da aplicação das novas taxas aduaneiras a mais de 75 países, enquanto decorrem negociações comerciais, nomeadamente à UE.
Antes nesse dia, a UE aprovou a aplicação de tarifas de 25% a produtos norte-americanos, em resposta às aplicadas pelos Estados Unidos ao aço e alumínio europeus.
Nos últimos dias, as bolsas de valores por todo o mundo têm registado acentuadas perdas devido às tensões comerciais após os anúncios da administração norte-americana.
Cerca de 60 países, incluindo os 27 membros da UE, são afetados pelas sobretaxas adicionais impostas por Trump, que entraram em vigor às 00:00 de quarta-feira em Washington (05:00 em Lisboa).
De acordo com a Comissão Europeia, as tarifas de 25% aplicadas às exportações dos Estados Unidos terão um valor de mais de 22 mil milhões de euros, de acordo com as importações feitas em 2024 para os países do bloco comunitário.
Porém, no total o valor poderá ascender aos 26 mil milhões de euros, equiparando as consequências das tarifas que Washington aplicou aos 27 países do bloco comunitário.
A UE quer negociar tarifas zero com os Estados Unidos para bens industriais, mas até ao momento tal proposta não foi aceite pelo bloco norte-americano.
De momento, o executivo comunitário não exclui qualquer resposta, mas vai reger-se pela cautela para avaliar as consequências possíveis destas tarifas, enquanto continua a negociar com Washington para tentar demover a administração do republicano Trump.
A decisão da Casa Branca de aplicar as tarifas ao bloco comunitário também acelerou a agenda da Comissão Europeia de procurar outros parceiros, estando a Comissão Europeia a focar-se nos 87% do comércio mundial sem os Estados Unidos e em parceiros como o Mercosul ou a Índia.

Moeda chinesa cai face ao dólar para o nível mais baixo desde 2007
Por Sicnoticias
A desvalorização da moeda chinesa serve para amortecer o impacto das taxas alfandegárias impostas por Trump sobre bens oriundos da China.
A moeda chinesa, o yuan, desvalorizou para os níveis mais baixos desde 2007, face ao dólar norte-americano, numa altura de agravamento das tensões comerciais entre Pequim e Washington.
O yuan negociado no mercado chinês ('onshore') enfraqueceu no início da sessão desta quinta-feira para 7,351 por cada unidade de dólar, o valor mais baixo em quase 18 anos.
O Banco Popular da China, que gere a moeda através da fixação da taxa diária em torno da qual esta pode ser transacionada, estabeleceu essa taxa em 7,209 yuan por dólar.
O yuan negociado nos mercados internacionais ('offshore'), que é transacionado livremente, caiu para 7,429 por cada dólar norte-americano, durante as negociações de quarta-feira.
Trump influencia moeda chinesa desde 2017
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, advertiu no mesmo dia a China contra uma desvalorização da moeda.
O yuan caiu desde que Donald Trump garantiu um segundo mandato como Presidente dos Estados Unidos, em novembro passado, revertendo os ganhos anteriores, na sequência das medidas de estímulo adotadas por Pequim, no final de setembro.
A desvalorização da moeda chinesa serve para amortecer o impacto das taxas alfandegárias impostas por Trump sobre bens oriundos da China. Durante o seu primeiro mandato (2017-2021), também marcado por uma guerra tarifária com a China, o yuan enfraqueceu mais de 12%, em relação ao dólar norte-americano.
O líder republicano aumentou na quarta-feira as tarifas sobre produtos oriundos da China para 125%.
