sábado, 10 de dezembro de 2022

União Africana apela à "mobilização geral" para "erradicar" poliomielite

© Lusa

POR LUSA  10/12/22 

O Chefe de Estado senegalês, Macky Sall, atual presidente da União Africana (UA), apelou hoje a uma "mobilização geral" para "erradicar" a poliomielite em África.

Sall fez este apelo durante um fórum internacional dedicado à esta doença, perto de Dakar, numa altura em que a vacinação de crianças contra a poliomielite está a diminuir em África.

Devido ao covid-19, dezenas de milhões de crianças não foram vacinadas contra a poliomielite. Esta situação tem contribuído para a propagação de surtos de poliovírus em muitos países africanos, segundo um documento oficial do "fórum de vacinação e erradicação da poliomielite em África", organizado na localidade de Diamniadio, perto da capital senegalesa.

Os Chefes de Estado do Ruanda e da Guiné-Bissau, Paul Kagame e Umaro Sissoco Embalo, respetivamente, e responsáveis ??e especialistas internacionais, participam neste fórum organizado pelo líder senegalês na qualidade de presidente da UA.

"Há uma tendência de queda na cobertura vacinal básica em todo o continente africano" enquanto "a poliomielite, doença debilitante e particularmente mortal, merece atenção especial", declarou o dirigente senegalês.

"Os poliovírus selvagens foram erradicados, mas infelizmente esses ganhos foram questionados com surtos epidémicos relatados nos últimos anos (em alguns países africanos). Isso mostra a fragilidade dos ganhos" e a urgência de "uma mobilização geral para erradicar a poliomielite na África "por meio da vacinação, disse Sall

"Trata-se de fazer soar o alarme e defender para que nenhuma criança fique para trás", acrescentou, antes de apelar à produção de vacinas no continente.

A poliomielite é uma doença altamente contagiosa. O poliovírus invade o sistema nervoso e pode causar paralisia permanente. Essa doença afeta mais frequentemente crianças menores de cinco anos, mas qualquer pessoa que não tenha sido vacinada pode contraí-la.


UCRÂNIA: Presidente Volodymyr Zelensky afirma que russos "destruíram" Bakhmut

© GENYA SAVILOV/AFP via Getty Images

POR LUSA  10/12/22 

As forças russas "destruíram" a cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, disse o Presidente Volodymyr Zelensky, enquanto os militares da Ucrânia relataram ataques com mísseis em várias partes do país.

Zelensky disse que a situação "continua muito difícil" em várias cidades da linha de frente, designadamente nas províncias de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia. Juntas, as províncias formam o Donbass, uma extensa região industrial na fronteira com a Rússia, que Putin identificou como foco desde o início da guerra e onde os separatistas, apoiados por Moscovo, lutam desde 2014.

Hoje, os militares da Ucrânia relataram também ataques em outras províncias: Kharkiv e Sumy no nordeste, Dnipropetrovsk no centro da Ucrânia, Zaporizhzhia no sudeste e Kherson no sul. As duas últimas, juntamente com Donetsk e Luhansk, são as quatro regiões que Putin afirma serem agora território russo.

Em Odesa, uma importante cidade portuária do Mar Negro, a oeste, registaram-se ataques com "drones" durante a noite, que deixaram grande parte da região sem eletricidade, disse o chefe do Governo local, Maxim Marchenko.

As últimas batalhas da guerra que dura há nove meses e meio concentraram-se em quatro províncias que o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou ter anexado no final de setembro.

A luta indica as dificuldades da Rússia para estabelecer o controlo dessas regiões e a persistência da Ucrânia em recuperá-las, noticia a agência noticiosa American Press (AP).

"Bakhmut, Soledar, Maryinka, Kreminna. Por muito tempo, não há nenhum lugar com vida nessas áreas que não tenha sido danificado por granadas e fogo", disse Zelensky no seu vídeo noturno, citando cidades que novamente se encontraram na mira das tropas russas.

"Os ocupantes na verdade destruíram Bakhmut, outra cidade no Donbass que o Exército russo transformou em ruínas", disse.

Zelensky não especificou o que quis dizer com "destruído" - pois alguns prédios permanecem de pé e os moradores ainda circulam pelas ruas da cidade, noticia a AP.

O Estado-Maior ucraniano deu conta de ataques com mísseis, cerca de 20 ataques aéreos, e 60 ataques com foguetes entre sexta e sábado na Ucrânia.

O porta-voz Oleksandr Shtupun disse que os combates mais ativos ocorreram no distrito de Bakhmut, onde mais de 20 lugares populosos foram atacados. Ele disse que as forças ucranianas repeliram os ataques russos em Donetsk e na vizinha Luhansk.

A ofensiva oriental da Rússia conseguiu capturar quase toda Luhansk durante o verão. Donetsk escapou do mesmo destino, e os militares russos nas últimas semanas utilizaram mão-de-obra e recursos em torno de Bakhmut, numa tentativa de cercar a cidade, disseram analistas e autoridades ucranianas.

Depois de as forças ucranianas ter recapturado a cidade de Kherson, no sul, há quase um mês, os ataques aumentaram em torno de Bakhmut, demonstrando o empenho de Putin em ganhos visíveis, após semanas de claros reveses na Ucrânia.

A tomada de Bakhmut romperia as linhas de abastecimento da Ucrânia e abriria uma rota para as forças russas avançarem em direção a Kramatorsk e Sloviansk, importantes redutos ucranianos em Donetsk.

A Rússia atacou Bakhmut com foguetes durante mais da metade do ano. Um ataque terrestre acelerou em seguida, obrigando as tropas ucranianas a retirar de Luhansk em julho.

Alguns analistas questionaram a lógica estratégica da Rússia na busca incansável de tomar Bakhmut e arredores, que também sofreram intensos bombardeios nas últimas semanas, e onde autoridades ucranianas relataram que alguns moradores viviam em caves húmidas.

"Os custos associados a seis meses de combate brutal, esmagador e baseado no desgaste em torno de Bakhmut superam em muito qualquer vantagem operacional que os russos possam obter com a tomada de Bakhmut", segundo Instituto para o Estudo da Guerra, um "think tank" com sede em Washington, refere num "post" colocado na quinta-feira na sua conta na rede social "Twitter".

Na sexta-feira, Putin criticou os comentários recentes da ex-chanceler alemã Angela Merkel, que disse que o acordo de paz de 2015 para o leste da Ucrânia negociado pela França e a Alemanha deu tempo para a Ucrânia se preparar para a guerra com a Rússia este ano.

Este acordo visava esfriar as tensões depois que os separatistas pró-Rússia terem tomado o território no Donbass, um ano antes, provocando uma guerra com as forças ucranianas que se transformou numa guerra com a própria Rússia após a invasão em grande escala em 24 de fevereiro último.

Galeno Fórum 5ª edição.: A cerimónia decorreu na sexta-feira, 08.12.2022 no Palácio da República sob o tema Cobertura Universal de Saúde. Este ano o Prêmio Galien não foi concedido.

Uma confirmação da seriedade na seleção das candidaturas. O presidente Macky Sall vê potenciais destinatários entre seus parceiros honorários de navio, que são pesquisadores e novos associados da UCAD.

Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional

Gabú: Governadora da região, apela à população massiva no recenseamento, a forma de exercerem os seus direitos cívicos.

Elisa Tavares Pinto, falava este sábado (10.12), depois de ter recenseado, na presença de diretor do Gabinete Técnico de apoio ao processo eleitoral (GTAPE), Gabriel Gibril Balde.

Radio TV Bantaba

NUNO GOMES NABIAM: PM da Guiné-Bissau apela ao recenseamento para próximas legislativas

POR LUSA  10/12/22 

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, apelou hoje aos guineenses para se recensearem para participarem nas próximas eleições legislativas, ainda sem data marcada.

"Tendo em vista a organização e realização das próximas eleições legislativas no país, arrancou hoje em toda extensão do território nacional o recenseamento eleitoral dos cidadãos com capacidade eleitoral ativa", refere Nuno Gomes Nabiam, numa mensagem na rede social Facebook.

"Nesta ordem de ideia, venho apelar a todos os nossos cidadãos que tenham idade requerida por lei para se recensearem dentro dos prazos fixados pela nossa administração eleitoral", acrescenta o primeiro-ministro guineense, que se encontra em Luanda a participar na décima cimeira da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico.

O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral da Guiné-Bissau inicia hoje o recenseamento eleitoral dos cidadãos guineenses a partir dos 18 anos para as eleições legislativas ainda sem data, mas que deverão decorrer em 2023.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, foi o primeiro cidadão a realizar o recenseamento numa cerimónia, que decorreu na sexta-feira, na cidade de Gabu, no leste do país.

O Presidente guineense dissolveu a Assembleia Nacional em maio e marcou eleições legislativas para 18 de dezembro, mas o Governo, após encontros com os partidos políticos, propôs que fossem adiadas para maio.

Umaro Sissoco Embaló prometeu sexta-feira que em breve vai marcar a nova data das legislativas.



África e Caraíbas querem financiamento climático dos países poluidores

© Lusa

Notícias ao Minuto  10/12/22 

Os países da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP) reiteraram em Angola um apelo aos países mais desenvolvidos e emissores de gazes poluentes para que cumpram os seus objetivos de financiamento climático.

"Exortamos os nossos parceiros a apoiar a transformação estrutural económica dos nossos países, a facilitar os investimentos e a cumprir as suas obrigações em matéria de desempenho climático", lê-se nas conclusões da décima cimeira de chefes de Estado e de Governo da OEACP, que decorreu até sexta-feira em Luanda sob o tema "Três continentes, três oceanos, um destino comum: construir uma OEACP resiliente e sustentável".

"Apelamos a um maior apoio técnico e financeiro, incluindo o desenvolvimento de capacidades e a transferência de tecnologia", acrescenta a declaração.

Para a OEACP, é imperativo que mais países desenvolvidos entreguem os 100 mil milhões de dólares prometidos, "sem mais demoras", para assegurar que as nações empobrecidas se adaptem e atenuem os efeitos da crise climática.

Os países membros também se comprometeram a "enfrentar a crise climática e a melhorar a resistência às mudanças, procurar sistemas sustentáveis e seguros de acesso a alimentos e energia, e enfrentar a crise da biodiversidade e outros desafios ambientais".

Durante esta cimeira, a organização também aceitou as Maldivas como membro de pleno direito e "lamentou" a decisão da África do Sul de se retirar da organização "com efeito imediato".

Por seu lado, o presidente de Angola, João Lourenço, que dirigirá a organização durante os próximos três anos, disse que a sua liderança se centrará na "atenuação dos efeitos das alterações climáticas, boa governação, transparência, e valorização da produção interna de cada país".

João Lourenço reafirmou a responsabilidade da organização em continuar a combater a pobreza.

Neste sentido, o secretário-geral da OEACP, o angolano Georges Chikoty, salientou: "Na sua busca para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030 e implementar o Acordo de Paris sobre a crise climática, a OEACP deve e pode mobilizar recursos internamente e em colaboração com os nossos parceiros de desenvolvimento para erradicar a pobreza extrema nos nossos países".

Guiné-Bissau começa hoje recenseamento eleitoral para legislativas

POR LUSA  10/12/22 

O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral da Guiné-Bissau inicia hoje o recenseamento eleitoral dos cidadãos guineenses a partir dos 18 anos para as eleições legislativas, ainda sem data, mas que deverão decorrer em 2023.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, foi o primeiro cidadão a realizar o recenseamento numa cerimónia que decorreu sexta-feira, na cidade de Gabu, no leste do país.

Na ocasião, o chefe de Estado apelou aos guineenses para se recensearem para votarem, única forma de sancionar ou apoiar os partidos políticos do país.

"Todos os filhos da Guiné-Bissau que querem sancionar ou dar o seu voto de confiança aos partidos políticos ou ao Presidente da República podem fazê-lo com o cartão de eleitor para exercer o seu direito de cidadania e isso é muito importante porque vamos realizar legislativas", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado salientou que nas "urnas é que se dá o poder e nas urnas é que sanciona também, não é com armas".

"As pessoas têm de aceitar a democracia e expressão da vontade da maioria", disse.

O Presidente guineense dissolveu a Assembleia Nacional em maio e marcou eleições legislativas para 18 de dezembro, mas o Governo, após encontros com os partidos políticos, propôs que fossem adiadas para maio.

Umaro Sissoco Embaló prometeu que em breve vai marcar a nova data das legislativas.

Show de Djenis de Rima _Bissau

 Radio Voz Do Povo 

RÚSSIA: Canadá sanciona 33 russos e Kremlin responde com 200 interdições

© Getty Images

Notícias ao Minuto 09/12/22 

O regime russo acusou o Canadá de "fomentar russofobia". Já o governo de Otava decidiu sancionar indivíduos e entidades envolvidas em alegadas violações de direitos humanos.

Os governos canadiano e russo atiraram sanções um contra o outro, com a Rússia a anunciar que ia proibir 200 canadianos de entrar no país, horas depois de o Canadá anunciar sanções com 33 russos e seis entidades.

O Canadá anunciou esta sexta-feira a nova ronda de sanções, dirigidas a antigos e atuais oficiais russos e entidades envolvidas em alegadas "violações sistemáticas de direitos humanos" contra manifestantes que protestaram contra a guerra na Ucrânia.

A ministra dos Negócios Estrangeiros fez o anúncio no Dia dos Direitos Humanos, aproveitando para informar sobre sanções contra entidades e indivíduos no Irão e em Myanmar.

Em resposta, o regime de Moscovo proibiu a entrada a 200 canadianos "numa base recíproca", diz o Ministério dos Negócios Estrangeiros no seu site. As sanções desta sexta-feira também motivaram Moscovo a chamar a embaixadora canadiana ao Kremlin, e Alison LeClaire disse num comunicado que foi avisada que o Canadá estava a "fomentar uma atmosfera de russofobia".

O Canadá tem-se mantido do lado da NATO e da Ucrânia, tendo já imposto sanções contra mais de 1500 indivíduos e entidades na Rússia, na Ucrânia (do lado russo) e na Bielorrússia. Esta sexta-feira, também os Estados Unidos anunciaram uma nova vaga de sanções, incluindo contra a Comissão Eleitoral Central da Rússia.

O início da invasão russa na Ucrânia precipitou uma chuva de sanções à economia, a oligarcas, a empresários e a entidades russas, com o país a tornar-se na nação mais sancionada do mundo, ultrapassando facilmente o Irão e a Coreia do Norte. Várias multinacionais também optaram por abandonar o país e a União Europeia tem procurado tornar-se menos dependente nos combustíveis fósseis russos, especialmente no gás natural.

Segundo o site independente Atlantic Council, que vai monitorizando as sanções aplicadas ao regime russo, até ao dia 30 de novembro já tinham sido aplicadas sanções a mais de 8.000 cidadãos russos e a mais de 2.000 entidades.


Leia Também: EUA aplicam novas sanções à Rússia (que incluem a Comissão Eleitoral)

UCRÂNIA/RÚSSIA: Estados-membros da UE congelam cerca de 19 mil milhões em ativos russos

© Reuters

POR LUSA  09/12/22  

Os países da União Europeia (UE) congelaram 18,9 mil milhões de euros em ativos de oligarcas e entidades russas alvo de sanções em resposta à guerra na Ucrânia, segundo dados da Comissão Europeia hoje revelados.

De acordo com um quadro resumo dos valores declarados em 25 de novembro, consultado pela agência de notícias France-Presse (AFP), oito dos países envolvidos congelaram mais de mil milhões de euros em ativos cada um.

Bélgica (3,5 mil milhões de euros), Luxemburgo (2,5), Itália (2,3), Alemanha (2,2), Irlanda (1,8), Áustria (1,8), França (1,3) e Espanha (1).

A Bélgica, em 46,9 mil milhões de euros, e o Luxemburgo, em três mil milhões de euros, também congelaram os ativos do National Settlement Depository (NSD), a comissão do mercado de valores mobiliários da Rússia, sancionado pela UE.

Malta, país que possui um controverso regime de "vistos Gold" concedidos a investidores ricos, está no fundo da lista, com 146.558 euros em ativos bloqueados. A Grécia é a penúltima com 212.201 euros.

Por seu lado, relativamente a Portugal, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, avançou em 30 de novembro que Portugal tem cerca de 18 milhões de euros em bens congelados de pessoas na lista de sanções da União Europeia (UE) aplicadas devido ao conflito na Ucrânia.

"Nós em Portugal temos bens apreendidos, congelados, bens que são de pessoas que estão na lista de sanções na ordem de 18 milhões de euros", anunciou o governante, que falava aos jornalistas à margem da reunião do Conselho do Atlântico Norte que junta os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO no Palácio do Parlamento, na capital da Roménia, e termina hoje.

Gomes Cravinho foi questionado sobre a proposta da Comissão Europeia feita, na ocasião, aos Estados-membros da UE para o arresto temporário dos ativos congelados a oligarcas, no âmbito das sanções adotadas contra a Rússia, e a respetiva aplicação para financiar a reconstrução da Ucrânia.

Um total de 1.241 pessoas e 118 entidades russas estão sujeitas ao congelamento de bens e proibição de entrada no território da UE devido ao conflito na Ucrânia.

Na cimeira de 20 e 21 de outubro, os dirigentes dos 27 Estados-membros da UE solicitaram à Comissão Europeia estudasse as opções possíveis com vista à utilização dos bens congelados para a reconstrução da Ucrânia. O Executivo europeu apresentou pista nesse sentido em 30 de novembro.


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