domingo, 28 de dezembro de 2025

Urnas encerradas na Guiné-Conacri para eleições presidenciais... As urnas para as eleições presidenciais na Guiné-Conacri fecharam, depois de uma votação pacífica, de acordo com a Agência France Presse.

Por LUSA 

As urnas encerraram após um dia de votação pacífica, mas com baixa participação, numas eleições destinadas a consolidar o retorno à ordem constitucional.

Quase 6,8 milhões de eleitores foram chamados a votar num de nove candidatos, incluindo o general Mamady Doumbouya, o favorito, que, no entanto, tinha prometido não concorrer após voltar ao poder na sequência de um golpe de Estado.

Entre os oito opositores estão Faya Millimono, líder do Bloco Liberal; Bouna Keïta, candidato do Comício do Povo Guineense (RPG na sigla em francês) e eleito deputado em 2020; Abdoulaye Yéro Baldé, líder do Frondeg, trabalhou no Banco Mundial, foi vice-governador do Banco Central e ex-ministro de Condé; Makalé Camara, líder do Fan, ex-ministra da Agricultura e dos Negócios Estrangeiros e única mulher entre os candidatos.

Candidatam-se ainda Ibrahima Abé Sylla, do partido Novo Compromisso pela República (NGR, na sigla em francês), foi ministro da Energia; Abdoulaye Kourouma líder do Renascimento e Desenvolvimento (RRD, na sigla em francês); Mohamed Nabé e Mohamed Tounkoura.

O escrutínio neste país vizinho da Guiné-Bissau está a ser organizado pelo Ministério da Administração Territorial e não por um órgão independente.

O apuramento dos votos foi iniciado após o encerramento da secção eleitoral número 1, na escola Federico Mayor, no centro da capital Conacri, às 18:00, hora local (a mesma que Lisboa).


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As urnas fecharam oficialmente hoje às 18h00 locais (17h00 em Lisboa), na República Centro-Africana (RCA), em eleições que decorreram pacificamente e nas quais o Presidente Faustin-Archange Touadéra procura um polémico terceiro mandato.


Somália declara nulo o reconhecimento da Somalilândia por Israel... O parlamento da Somália declarou hoje "nulo e sem efeito" o reconhecimento por Israel da região da Somalilândia como um Estado independente por violar o direito internacional.

Por LUSA 

O parlamento aprovou a "Resolução sobre a Rejeição e Prevenção da Violação por Israel da Soberania, Integridade Territorial e Independência da Somália", que reconhece que a Somalilândia "é parte inalienável do território da República Federal da Somália", segundo o texto publicado pelo Parlamento na sua conta da rede social Facebook e noticiado pelas agências internacionais.

A resolução sublinha que "qualquer reivindicação de independência ou reconhecimento internacional não tem fundamento legal" e insiste que "o reconhecimento de Israel é um ato ilegal que viola a independência e a soberania da República Federal da Somália".

"É contrário à Carta das Nações Unidas, à União Africana, à Liga Árabe, à Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD) e à Comunidade da África Oriental (EAC)", afirma, acrescentando que decisão representa "uma ameaça à paz e à segurança da região do Corno de África, além de pôr em risco a nível global".

Durante a sessão, o presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, condenou o ataque de Israel à soberania do país e destacou que "tais ações nulas e sem efeito representam um risco de desestabilização desta região africana e de ressurgimento de elementos extremistas, minando o progresso significativo alcançado na luta contra o terrorismo internacional".

Numa nota escrita na sua conta do Twitter, reafirmou o compromisso "inabalável" da capital Mogadíscio com "a defesa da sua soberania e integridade territorial" e enfatizou que a Somalilândia "é parte inseparável da República Federal da Somália".

A sessão parlamentar ocorreu um dia depois de o próprio Presidente somali criticar a "agressão ilegal" de Netanyahu e sublinhar que ela "contraria o direito internacional". "A Somália e seu povo são um só: inseparáveis apesar da divisão que existe à distância", afirmou na mesma rede social.

A decisão de Israel, criticada pela comunidade internacional, foi, no entanto, aplaudida pelas autoridades da Somalilândia, cuja capital, Hargeisa, acolheu inúmeras celebrações e manifestações na sexta-feira, durante as quais alguns participantes exibiram bandeiras israelitas.

O governo israelita já tinha reconhecido a independência da Somalilândia, mas num contexto muito diferente: em 1960, durante os cinco dias de existência do chamado Estado da Somalilândia, em plena retirada colonial.

Com um território de 175.000 quilómetros quadrados, situado no extremo noroeste da Somália, a Somalilândia declarou unilateralmente a independência em 1991.

Desde então, funciona de forma autónoma, com moeda, exército e polícia próprios, e distingue-se pela relativa estabilidade em comparação com a Somália.

Embora mantenha contactos diplomáticos com diversos países, nenhum Estado-membro das Nações Unidas reconhecia a sua existência como país independente.

Um memorando de entendimento assinado em janeiro de 2024 pela Etiópia e pela Somalilândia - que garantiria a Addis Abeba o acesso ao Mar Vermelho em troca de uma percentagem da sua companhia aérea nacional, a Ethiopian Airlines, e do futuro reconhecimento da região - desencadeou uma grave crise diplomática entre os dois países.


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A União Europeia (UE) defendeu o respeito pela soberania e integridade territorial da Somália e apelou ao diálogo, após Israel ter reconhecido a região separatista de Somalilândia como Estado soberano.

Moscovo apela a Kyiv para que aceite retirada de tropas de Donetsk... A Rússia apelou hoje à Ucrânia para que aceite a retirada de tropas da região de Donetsk a fim de acabar a guerra, após uma conversa telefónica entre o Presidente russo e o homólogo norte-americano.

Por LUSA 

"Para pôr fim [ao conflito], Kyiv precisa de tomar uma decisão corajosa. Seria sensato tomar esta decisão em relação ao Donbass [que agrega a região de Donetsk] sem demora", declarou aos jornalistas o conselheiro diplomático do Kremlin, Yuri Ushakov.

A retirada das tropas ucranianas dos cerca de 20% da região leste de Donetsk que ainda controlam é uma das principais exigências da Rússia para o fim da guerra iniciada em 2022.

No encontro hoje com o homólogo norte-americano, na residência de férias de Donald Trump em West Palm Beach, na Florida, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, procura a aprovação para uma nova versão do plano de paz para a Ucrânia, apresentado por Washington há quase um mês.

O Presidente ucraniano apresentou esta semana a nova versão do documento, reformulada após duras negociações exigidas por Kyiv, que considerou a primeira versão muito próxima das exigências russas.

O novo documento abandona duas exigências fundamentais do Kremlin: a retirada das tropas ucranianas da região de Donetsk e um compromisso juridicamente vinculativo da Ucrânia de não aderir à NATO.

A Rússia rejeita uma simples pausa nas hostilidades, argumentando que iria permitir à Ucrânia rearmar-se.

Em vez disso, deseja trabalhar em prol de uma resolução definitiva das "causas profundas" do conflito, segundo Yuri Ushakov, que adiantou que a conversa telefónica entre Putin e Trump horas antes do encontro do Presidente norte-americano com o homólogo ucraniano decorreu "numa atmosfera amigável" e por iniciativa de Trump.

Putin e Trump concordaram em voltar a falar ao telefone após o encontro entre o Presidente norte-americano e Zelensky, adiantou o conselheiro diplomático do Kremlin, assinalando que "a Rússia e os Estados Unidos partilham a mesma opinião de que a proposta ucraniana e europeia de um cessar-fogo temporário (...) apenas prolongaria o conflito e levaria a um retomar das hostilidades".


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Uma Nova Ordem Mundial (N.O.M.)?... Todos falam de uma Nova Ordem Mundial em que EUA, China e Rússia decidem dividir o mundo em três. Mas é uma visão algo simplista do que anda na cabeça dos líderes das três nações, e há muitas peças que não encaixam nessa lógica.

Puxadores de portas dos Tesla ligados a pelo menos 15 mortes em 10 anos... Os puxadores das portas elétricos dos Tesla têm vindo a ser questionados e alvo de investigações por parte de autoridades. E terão estado relacionados a pelo menos 15 vítimas mortais numa década.

Por LUSA 

Os automóveis da Tesla têm puxadores de portas eletrónicos que, por vezes, podem ficar inoperacionais - particularmente em situações de emergência, quando não há energia elétrica fornecida.

Recentemente, a Bloomberg investigou o caso e concluiu que existiram pelo menos 15 mortes em acidentes ocorridos na última década nos quais os ocupantes ou as equipas de socorro não foram capazes de abrir a porta de um veículo da Tesla e este incendiou.

Aquele órgão salienta que o número está a aumentar, sendo que metade das fatalidades ocorreram desde novembro do ano passado - ou seja, num espaço de cerca de um ano.

Nota a Bloomberg que não existem dados oficiais sólidos sobre pessoas que ficaram presas dentro de veículos devido às portas ficarem inoperacionais e perderam a vida. E, embora a Tesla não seja o único fabricante com problemas com este tipo de portas, é aquele que concentra o maior número de queixas.

Os puxadores das portas dos carros elétricos do fabricante liderado por Elon Musk são embutidos nas portas e de acionamento elétrico. A Administração Nacional de Segurança Rodoviária (NHTSA) dos Estados Unidos da América lançou, em setembro, uma investigação a um possível defeito em centenas de milhar de Model Y. Há mecanismos de emergência por dentro (onde normalmente são abertas por via de um botão de acionamento elétrico), mas podem ser de difícil acesso e pouco intuitivos para os ocupantes.

Em setembro, o diretor de design da empresa garantiu que o conceito seria revisto, de modo a dotar as portas de um mecanismo de abertura manual. Já este mês, a Tesla garantiu que as portas vão abrir-se automaticamente caso seja detetado um acidente grave - embora possa não estar disponível em todos os modelos e regiões.

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O Tesla Model 3 está sob investigação nos Estados Unidos da América por uma possível falha de segurança relacionada aos controlos de abertura de emergência das portas, que podem não ser facilmente acessíveis ou identificáveis.

Guiné-Conacri anuncia "neutralização" de grupo armado: "Trocas de tiros"... Os militares da Guiné-Conacri anunciaram hoje a "neutralização" de um grupo armado com "intenções subversivas", em Conacri.

Por LUSA 

Em comunicado, o Comando Operacional de Segurança Interna disse que a operação permitiu a "completa neutralização do grupo e a detenção de todos os envolvidos, após várias trocas de tiros".

Esta operação decorreu no sábado, na véspera das eleições presidenciais.

Segundo a mesma nota, os suspeitos integravam um "grupo armado com intenções subversivas", que atentava contra a segurança nacional.

As autoridades abriram uma investigação judicial para identificar "todas as ramificações" deste grupo e apurar responsabilidades.

Contudo, os militares ressalvaram que não existe uma ameaça imediata para a população e instaram a população a manter a calma e a prosseguir com as suas atividades normais.

Perto de sete milhões de eleitores da Guiné-Conacri escolhem hoje o Presidente entre nove candidaturas.

O atual líder do país, o general Mamady Doumbouya, candidata-se de forma independente, mas com o apoio do movimento Geração para a Modernidade e o Desenvolvimento (GMD, na sigla em francês).

Entre os oito opositores estão Faya Millimono, líder do Bloco Liberal; Bouna Keïta, candidato do Comício do Povo Guineense (RPG na sigla em francês) e eleito deputado em 2020; Abdoulaye Yéro Baldé, líder do Frondeg, trabalhou no Banco Mundial, foi vice-governador do Banco Central e ex-ministro de Condé; Makalé Camara, líder do Fan, ex-ministra da Agricultura e dos Negócios Estrangeiros e única mulher entre os candidatos.

Candidatam-se ainda Ibrahima Abé Sylla, do partido Novo Compromisso pela República (NGR, na sigla em francês), foi ministro da Energia; Abdoulaye Kourouma líder do Renascimento e Desenvolvimento (RRD, na sigla em francês); Mohamed Nabé e Mohamed Tounkoura.

Liga Árabe reúne-se de emergência após reconhecimento israelita da Somalilândia... A Liga Árabe, que integra 22 Estados-membros, incluindo a Somália, reúne-se hoje de forma extraordinária para analisar uma resposta ao reconhecimento por Israel de Somalilândia como Estado independente, um passo que classificam como "precedente perigoso" e "ameaça à paz".

Por LUSA 

A reunião, ao nível dos representantes permanentes dos Estados-membros da organização pan-árabe, deverá igualmente rejeitar o reconhecimento israelita, que, segundo políticos e analistas árabes, se insere numa tentativa de Israel encontrar um território para deslocar a população palestiniana da Faixa de Gaza.

O encontro foi convocado depois de os ministros dos Negócios Estrangeiros de cerca de 20 países árabes e islâmicos terem condenado "categoricamente", num comunicado conjunto, o reconhecimento de Somalilândia por Israel, sublinhando que se trata de "uma região situada na República Federal da Somália" e não de um Estado independente.

A nota, divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito, alerta para "as graves repercussões desta ação sem precedentes para a paz e a segurança no Corno de África e na região do mar Vermelho", bem como para os seus efeitos na paz e segurança internacionais, acusando Israel de demonstrar "um claro e total desrespeito pelo direito internacional".

No comunicado, os signatários rejeitam ainda "de forma categórica" qualquer ligação entre esta decisão e planos para deslocar o povo palestiniano para fora do seu território, considerando essa possibilidade inaceitável "na forma e no conteúdo".

O documento é assinado pelos chefes da diplomacia do Egito, Arábia Saudita, Turquia, Argélia, Irão, Paquistão, Iraque, Qatar, Jordânia, Kuwait, Líbia, Omã, Comores, Djibuti, Gâmbia, Palestina, Nigéria, Somália, Sudão e Iémen, bem como pela Organização da Cooperação Islâmica, que reúne 57 Estados.

O comunicado foi emitido após Israel ter reconhecido oficialmente, na sexta-feira, a Somalilândia como um "Estado independente e soberano", como anunciou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

De acordo com um comunicado emitido pelo seu gabinete, a decisão enquadra-se "no espírito dos Acordos de Abraão", promovidos por iniciativa do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o seu primeiro mandato, que permitiram a normalização das relações diplomáticas entre Israel e vários países árabes a partir de 2020.

Esses acordos foram assinados entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, o Barém, o Sudão e Marrocos, com mediação norte-americana.

A Somalilândia, protetorado britânico até 1960, declarou unilateralmente a independência da Somália em 1991, após a queda do regime de Mohamed Siad Barre, mas não é reconhecida pela comunidade internacional, apesar de dispor de Constituição, moeda e Governo próprios.

Nas últimas décadas, foram lançadas várias tentativas de diálogo entre a Somália e a Somalilândia sobre o estatuto da região, sem resultados concretos.

A Somália vive desde 1991 numa situação de instabilidade e conflito, marcada pela ausência de um poder central efetivo e pela atuação de milícias islamistas, como o grupo Al Shabab, e líderes locais que detêm poder militar e político.


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O Conselho de Segurança das Nações Unidas realiza na segunda-feira uma sessão urgente após o reconhecimento da Somalilândia por parte de Israel, indicou hoje o embaixador israelita nas Nações Unidas, Danny Danon, na rede social X.



Sete milhões de eleitores da Guiné-Conacri escolhem hoje o presidente... Perto de sete milhões de eleitores da Guiné-Conacri escolhem hoje o presidente entre nove candidaturas, esperando-se que o atual chefe de Estado, que tem governado com mão-de-ferro, ganhe o escrutínio, por falta de uma oposição forte.

Por LUSA 

O atual líder do país, o general Mamady Doumbouya, candidata-se de forma independente, mas com o apoio do movimento Geração para a Modernidade e o Desenvolvimento (GMD, na sigla em francês).

Entre os oito opositores estão Faya Millimono, líder do Bloco Liberal; Bouna Keïta, candidato do Comício do Povo Guineense (RPG na sigla em francês) e eleito deputado em 2020; Abdoulaye Yéro Baldé, líder do Frondeg, trabalhou no Banco Mundial, foi vice-governador do Banco Central e ex-ministro de Condé; Makalé Camara, líder do Fan, ex-ministra da Agricultura e dos Negócios Estrangeiros e única mulher entre os candidatos. 

Candidatam-se ainda Ibrahima Abé Sylla, do partido Novo Compromisso pela República (NGR, na sigla em francês), foi ministro da Energia; Abdoulaye Kourouma líder do Renascimento e Desenvolvimento (RRD, na sigla em francês); Mohamed Nabé e Mohamed Tounkoura.

O escrutínio neste país vizinho da Guiné-Bissau está a ser organizado pelo Ministério da Administração Territorial e não por um órgão independente.

As urnas vão estar a funcionar entre as 07:00 e as 18:00 (o mesmo horário em Lisboa), mas a data do anúncio dos resultados não foi ainda comunicada.


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