quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Eleições EUA: Os republicanos recuperaram esta terça-feira o controlo do Senado dos EUA, ao conquistar 51 lugares, numa eleição em que um terço dos 100 senadores foi a votos, em simultâneo com as presidenciais, segundo a imprensa norte-americana.

© Reuters   Por Lusa   06/11/24 

 Republicanos recuperam controlo do Senado nos Estados Unidos

Os republicanos recuperaram esta terça-feira o controlo do Senado dos EUA, ao conquistar 51 lugares, numa eleição em que um terço dos 100 senadores foi a votos, em simultâneo com as presidenciais, segundo a imprensa norte-americana.

Nestas eleições, estavam em jogo 34 dos 100 lugares no Senado norte-americano, onde se confirmam os altos cargos do Governo e dos juízes do Supremo Tribunal Federal.

Até agora havia 51 democratas na câmara alta do Congresso dos Estados Unidos, mas o partido perdeu dois lugares.

Após a renúncia de Joe Manchin na Virgínia Ocidental, esse lugar foi recuperado pelo republicano Jim Justice, governador do estado, segundo projeções da agência Associated Press e dos canais ABC, CNN e CBS.

No mesmo sentido, o candidato republicano pelo estado do Ohio, Bernie Moreno, arrebatou um lugar ao Partido Democrata, vencendo as eleições sobre Sherrod Brown, que procurava a reeleição nas urnas, de acordo com a imprensa norte-americana.

O senador independente Bernie Sanders, símbolo do movimento progressista nos Estados Unidos, foi reeleito para um quarto mandato pelo estado de Vermont.

Sanders, de 83 anos, membro orgânico do Partido Democrata há anos e seu aliado em muitas questões legislativas, derrotou o republicano Gerald Malloy e renovou o seu assento na câmara alta por mais seis anos.

O legislador, defensor do aumento do salário mínimo federal e da saúde universal, e posicionado mais à esquerda do que o Partido Democrata, juntou-se à campanha da candidata presidencial Kamala Harris para pressionar os democratas a olharem para a "classe trabalhadora", como disse à agência EFE numa entrevista em outubro.

Também a antiga candidata presidencial (2020) Elizabeth Warren foi reeleita, pelo Ohio. Warren apresentou-se como uma defensora de uma classe média em apuros e é uma crítica dos regulamentos que beneficiam os ricos.

O senador republicano do Texas, Ted Cruz, foi reeleito, depois de superar uma corrida agressiva com o seu rival democrata, Colin Allred, e conseguiu assim manter o seu lugar no Senado, que ocupa desde 2013, segundo as projeções dos principais meios de comunicação social norte-americanos.

Se alguns rostos se repetem, esta eleição para o Senado fica também marcada por algumas estreias.

O democrata Andy Kim, 42 anos, tornou-se o primeiro coreano-americano a chegar ao Senado, pelo estado de New Jersey, ao derrotar o empresário republicano Curtis Bashaw para o lugar que ficou vago quando Bob Menendez se demitiu este ano após a sua condenação federal por acusações de suborno.

Numa entrevista recente, o eleito disse que essa conquista validaria a decisão dos seus pais, há 50 anos, de imigrar para os Estados Unidos.

Outra novidade na formação do Senado é a presença, em simultâneo, de duas mulheres negras, após a vitória de Angela Alsobrooks no Maryland e de Lisa Blunt Rochester no Delaware - ambas são democratas.

Até agora, três mulheres negras passaram pelo Senado: além da candidata democrata à Casa Branca e vice-presidente, Kamala Harris, também Carol Moseley Braun (Illinois) e Laphonza Butler (Califórnia).

Já a câmara baixa do Congresso, a Câmara dos Representantes, contará pela primeira vez com uma pessoa trangénero, após a eleição da democrata Sarah McBride (Delaware), que derrotou o candidato republicano John Whalen III, segundo projeções da NBC News.


Eleições EUA: O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a liderar os votos eleitorais face à sua adversária democrata, Kamala Harris, à medida que as projeções dos estados do oeste do país começam a ser conhecidas.

© Getty Images    Por Lusa  06/11/24

 Trump lidera maioria dos estados à medida que projeções chegam ao Oeste

O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a liderar os votos eleitorais face à sua adversária democrata, Kamala Harris, à medida que as projeções dos estados do oeste do país começam a ser conhecidas.

De acordo com projeções dos media norte-americanos, às 04:10 de hoje, Donald Trump tinha 205 votos eleitorais dos 270 necessários para assegurar o regresso à Casa Branca, contra 166 da atual vice-Presidente dos Estados e candidata democrata, mas ainda não eram conhecidas previsões para os sete estados considerados decisivos para a votação.

Trump obteve vitórias anunciadas nas últimas projeções da Associated Press e das cadeias televisivas CNN e Fox News nos estados de Utah (seis votos eleitorais), Idaho (quatro) e Montana (quatro)

Já Harris foi declarada vencedora na Califórnia, que vale 54 votos eleitorais, e Colorado (10).

Anteriormente, as projeções de media norte-americanos davam a vitória ao Ex-Presidente republicano no Texas 40), Ohio (17), Florida (30), Tennessee (11), Indiana (11), Missouri (10), Alabama (nove), Carolina do Sul (nove), Luisiana (oito), Kentucky (oito), Oklahoma (sete), Mississípi (seis), Arkansas (seis) Wyoming (três), Dakota do Norte e do Sul (três votos cada), Kansas (seis), e Virgínia Ocidental (quatro).

Kamala Harris ganhou pelo seu lado em Nova Iorque (28 votos eleitorais), Ilinois (19), Nova Jersey (14), Massachusetts (11), Maryland (10), Connecticut (sete), Rhode Island (quatro), Delaware (três), Vermont (três) e Distrito de Columbia (três).

Mais de 82 milhões de eleitores já votaram antecipadamente, e todos os olhares estão postos em sete "swing states" (assim chamados porque as respetivas intenções de voto oscilam de eleição para eleição): Arizona, Georgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.

Apesar de os eleitores irem às urnas, o Presidente é escolhido por sufrágio indireto, uma vez que o voto dos norte-americanos vai para um Colégio Eleitoral, constituído por 538 "grandes eleitores", representativos dos 50 estados norte-americanos. O vencedor das presidenciais norte-americanas terá de obter, no mínimo, 270 "grandes eleitores".