segunda-feira, 30 de maio de 2022

Aeroporto de Lisboa considerado o pior do mundo entre utilizadores de site especializado

DN  30 Maio 2022 

O aeroporto Sá Carneiro, no Porto, é o 125.º, ou seja, o oitavo pior, com uma pontuação geral de 6.46 no site internacional AirHelp.

O aeroporto de Lisboa foi considerado o pior do mundo, entre os 132 avaliados, para o site alemão AirHelp, que se dedica à defesa dos passageiros aéreos e faz anualmente um ranking mundial de aeroportos.

Se o Humberto Delgado é o 132.º na lista, com uma avaliação geral de 5.76 numa escola de 0 a 10 que avalia assiduidade de partidas e chegadas, qualidade de serviço e comida e lojas disponíveis, o Sá Carneiro, no Porto, é o 125.º, ou seja, o oitavo pior, com uma pontuação geral de 6.46.

Pelo meio estão Paris (Orly), Manchester, Malta, Bucareste, Eindhoven e Kuwait.

No topo da lista está o Hamad International Airport, em Doha, no Qatar, com uma pontuação geral de 8.39 em 10. O o Tokyo International Airport (8.38), no Japão, e o Aeroporto Internacional de Atenas, na Grécia (também com 3.83) completam o pódio.

Os 10 melhores aeroportos do mundo:

Hamad International Airport (Doha, Qatar) - 8.39

Tokyo International Airport (Tóquio, Japão) - 8.38

Athens International Airport (Atenas, Grécia) - 8.38

Afonso Pena International Airport (Curitiba, Brasil) - 8.37

Gdańsk Lech Wałęsa Airport (Gdansk, Polónia) - 8.35

Moscow Sheremetyevo International Airport (Moscovo, Rússia) - 8.35

Singapore Changi Airport (Singapura, Singapura) - 8.27

Hyderabad Rajiv Gandhi International Airport (Hyderabad, Índia) - 8.27

Tenerife North Airport (Tenerife, Espanha) - 8.26

Viracopos/Campinas International Airport (Campinas, Brasil) - 8.25

Os 10 piores aeroportos do mundo

Lisbon Portela Airport (Lisboa, Portugal) - 5.76

Kuwait International Airport (Kuwait, Kuwait) - 5.78

Eindhoven Airport (Eindhoven, Países Baixos) - 5.92

Henri Coandă International Airport (Bucareste, Roménia) - 6.03

Malta International Airport (Malta, Malta) - 6.05

Manchester Airport (Manchester, Reino Unido) - 6.26

Paris Orly Airport (Paris, França) - 6.37

Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto, Portugal) - 6.46

Billy Bishop Toronto City Airport (Toronto, Canadá) - 6.50

London Gatwick Airport (Londres, Reino Unido) - 6.62

NIGÉRIA: Raptado o líder da Igreja Metodista da Nigéria por homens armados

© dailypost.ng Methodist Church Prelate, Samuel Kanu abducted in Abia

Por LUSA  30/05/22 

Homens armados não identificados raptaram domingo o líder da Igreja Metodista da Nigéria, Samuel Kanu, e dois outros clérigos enquanto viajavam por estrada no sudeste do país, confirmou hoje a polícia.

"O prelado da Igreja Metodista, Samuel Kanu, e dois outros sacerdotes foram raptados por criminosos na autoestrada entre [as cidades de] Enugu e Port Harcourt, na cidade de Umunneochi, ontem [domingo] por volta das 14:00 locais", disse Geoffrey Ogbonna, porta-voz da polícia no estado de Abia, onde os ataques tiveram lugar.

Segundo Ogbonna, os atacantes dispararam alguns tiros antes de tomarem Kanu e os outros dois clérigos, incluindo o bispo metodista de Owerri (capital do vizinho estado de Imo), Dennis Mark.

"O comando da polícia estatal está em movimento. Estamos a trabalhar com as outras agências de segurança para encontrar os perpetradores e levá-los à justiça (...). A busca das vítimas está em curso", acrescentou o porta-voz.

O sudeste da Nigéria tem sido recentemente palco de graves raptos e assassinatos atribuídos pelas autoridades aos separatistas do Povo Indígena de Biafra (Ipob), um grupo que defende a secessão do território.

No início deste mês, a polícia encontrou a cabeça cortada de um deputado no estado vizinho de Anambra, depois de ter sido raptado por pistoleiros.

Também este mês, e em Anambra, atacantes armados dispararam e mataram uma mulher grávida e os seus quatro filhos enquanto invadiam uma comunidade.

O líder do Ipob, Nnamdi Kanu, está atualmente a ser julgado após ter sido apresentada à justiça pelo Governo nigeriano sob acusações de terrorismo.

A tensão nesta área remonta a 30 de maio de 1967, quando, no meio de tensões étnicas crescentes, devido a sucessivos golpes de Estado, o governador da Nigéria Oriental, Emeka Ojukwu, anunciou a criação da República de Biafra para proteger o grupo étnico Ibo, alvo de massacres no norte do país.

O governo militar nigeriano tentou recuperar o controlo pela força, levando à guerra civil nigeriana (1967-1970), que causou quase dois milhões de mortos, principalmente devido à fome que devastou a região por causa de um bloqueio de dois anos.

Esta insegurança é agravada pela insegurança no centro e noroeste do país, que sofrem ataques incessantes de bandidos e raptos em massa para obter resgates lucrativos.

A Nigéria também sofre da ameaça 'jihadista' que assola o nordeste do país desde 2009, causada pelo grupo Boko Haram e, desde 2015, pela sua fação Iswap (Estado islâmico na província da África Ocidental).

ÁFRICA: Cerca de 16,7 milhões de pessoas sofrem de "elevada insegurança alimentar grave" na região do Corno de África, número que pode subir para 20 milhões em setembro, alertaram hoje mais de uma dúzia de organizações humanitárias e agências meteorológicas.

© Shutterstock

Por LUSA  30/05/22 

 Fome atinge 16,7 milhões de pessoas no Corno de África

Cerca de 16,7 milhões de pessoas sofrem de "elevada insegurança alimentar grave" na região do Corno de África, número que pode subir para 20 milhões em setembro, alertaram hoje mais de uma dúzia de organizações humanitárias e agências meteorológicas.

Após quatro estações chuvosas mal sucedidas, as previsões apontam para uma quinta - entre outubro e dezembro deste ano -- em que poderá voltar a escassear, agravando a crise humanitária na região, segundo um comunicado do Programa Alimentar Mundial (PAM) e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), entre outros.

"Se essas previsões se concretizarem, a já grave emergência humanitária na região aprofundar-se-á ainda mais", alertam as organizações.

De acordo com as últimas análises de abril, na Somália, um dos países atingidos pela seca -- juntamente com o Quénia e a Etiópia -, pelo menos 80.000 pessoas sofrem de "fome extrema", o que equivale ao pior cenário previsto pelo IPC, uma escala internacional que mede a insegurança alimentar em cinco fases.

A seca também afetou o gado: cerca de 1,5 milhões de animais morreram no Quénia e 2,1 milhões na Etiópia, depois de a estação chuvosa de março a maio ter sido a maior desde que há registos.

Da mesma forma, a Unidade de Análise de Segurança Alimentar e Nutricional da Somália (FSNAU) - que depende da ONU - e a Rede de Sistemas de Alerta Antecipado da Fome estimam que uma em cada três cabeças de gado morreu na Somália desde meados de 2021.

De acordo com as previsões, "nas áreas cultivadas, as colheitas voltarão a ser bem abaixo da média, o que causará uma dependência prolongada dos mercados, onde as famílias terão acesso limitado aos alimentos devido ao aumento dos preços".

Etiópia, Quénia e Somália também registaram um aumento no número de crianças que sofrem de desnutrição grave no primeiro trimestre de 2022, em comparação com anos anteriores.

Os efeitos da seca foram agravados pelos conflitos na região e pela pandemia de covid-19.

Além disso, a invasão russa da Ucrânia não apenas causou um aumento no preço dos alimentos, combustíveis e outros produtos, mas também causou uma queda na ajuda internacional depois de muitos doadores terem cortado o seu financiamento em favor do país europeu.

Instituto Nacional de Segurança Social - NOTA DE ESCLARECIMENTO


 Instituto Nacional de Segurança Social

LICEU KWAME N'KRUMAH FECHA AS PORTAS PORQUE ALUNOS CORREM RISCO DE VIDA

Radiosolmansi.net

No liceu Nacional Kwame N'Krumah as aulas foram suspensas há duas semanas devido a degradação das infraestruturas e sendo que os alunos correm risco de vida com tetos a desabar sobre eles.


Esta realidade foi constatada, hoje, pela RSM, que esteve neste liceu e confirma que a porta principal do Liceu Nacional Kwame N'Krumah estava fechada, as janelas em estado avançado de degradação e os tetos com fendas, em algumas salas os tetos já desabaram e, por isso, os professores são obrigados a percorrer outro atalho para ter acesso ao interior da escola.

Uma fonte contou à RSM que, no passado dia 09 de Maio, o teto desabou numa das salas enquanto decorriam as aulas e na sequência um aluno foi atingido e perdeu os sentidos. A mesma fonte informou ainda que esta é a quarta vez que este tipo de incidente acontece naquele estabelecimento escolar.

Esta situação foi várias vezes relatada pela RSM que entrevistou a Associação dos alunos e a associação dos antigos estudantes do mesmo liceu público.

Confrontado com esta situação, depois de meses de denúncias, o diretor do liceu Nacional Kwame N'Krumah informou que a escola está confinada e corre-se o risco das aulas não funcionarem no próximo ano letivo.

Idrissa conta à Rádio Sol Mansi (RSM) que não tem certeza se existem mecanismos suficientes para o início das obras de reabilitação e, caso se consiga os fundos, se estas mesmas obras serão concluídas antes do início do próximo ano letivo 2022/2023.

“Mesmo que as aulas venham a funcionar será de forma parcial e vamos trabalhar com algumas partes da escola e o número dos alunos e das salas de aulas vão diminuir”, explica.

O diretor do liceu disse ainda em entrevista à RSM que para a reabilitação do edifício principal é preciso mais de 317 milhões de francos cfa e todo o esforço dependerá do executivo que neste momento está em gestão.

“Recebi um documento informado que foi autorizada a emissão do título e até agora não recebi alguma resposta”, lamenta.

Segundo o diretor, os alunos serão avaliados apenas dois períodos sendo que as aulas foram suspensas há mais de duas semanas porque, segundo disse, a escola não está me condições e os alunos correm risco de vida.

Por: Turé da Silva

ANAPI DENUNCIA ACORDO DE PESCA ENTRE GUINÉ-BISSAU E SENEGAL

Por radiosolmansi.net 

O presidente da Associação Nacional dos Armadores e Industriais de Pesca da Guiné-Bissau (ANAPI) denunciou que os empresários senegaleses pagam a licença e fundo de gestão de recursos haliêuticos mais barato em relação aos empresários nacionais.

Alberto Pinto Pereira que falava a Rádio Sol Mansi afirmou que todos os acordos de pesca rubricados pelo estado da Guiné-Bissau são maus acordos.

“ Infelizmente a Guiné-Bissau não pode absorver toda a produção de pesca industrial por falta das infra-estruturas. Falando em acordos, todos os assinados são maus acordos porque os empresários senegaleses pagam a licença de pesca e fundo de gestão de recursos haliêuticos mais barato em relação aos empresários nacionais”? Questionou ainda que o sector de pesca como primeira economia do país, o governo ao rubricar um acordo político deixa de ganhar em detrimento do outro país?

No entanto, em relação a este assunto, uma fonte junto do ministério das pescas negou as informações que davam conta de que Senegal beneficia mais do acordo de pesca assinado entre os dois países há mais de 40 anos, isto é, desde 1978.

A mesma fonte manifestou-se estranho o facto de Alberto Pinto Pereira estar a dirigir uma organização desse género sem ser proprietário de nenhum navio de pesca.

A esta preocupação, Pinto Pereira deixou claro que esta é uma estratégia de desacreditá-lo como empresário, anunciando que já foi proprietário de um navio registado no instituto marítimo portuário.

“ Esta é uma estratégia de desacreditação iniciada pelo próprio ministério das pescas” diz acrescentando que em 2016, “ fui sócio de um empresário sueco e proprietário de um navio denominado ANIKA3 registado no Instituto Marítimo Portuário e neste momento, por razões várias, o navio não está na nossa posse. Mas isso não significa que saí da área empresarial de pesca. O ministério devia estar concentrado em cimentar uma boa relação com sector privado das pescas em vez de criar outra associação fazendo-a representante do sector privado”.

O presidente da Associação Nacional dos Armadores e Industriais de Pesca da Guiné-Bissau (ANAPI), Alberto Pinto Pereira, defendeu, numa entrevista à lusa, que o país precisa de coragem para criar a sua indústria de pesca porque "99% da pesca industrial vai descarregar o pescado no Senegal, os índices económicos de tudo isso reflectem-se directamente nas contas do Senegal, vão para o PIB do Senegal. Para a Guiné-Bissau, enquanto exportação, o índice é zero.

O presidente da ANAPI denunciou igualmente a existência de um acordo entre o ministério das pescas e uma empresa petrolífera estrangeira para abastecimento dos navios de pesca deixando de lado outras empresas do género principalmente as nacionais, interessadas neste negócio.

Em Março de 2020, uma fonte do Ministério das Pescas avançou que no que respeita as vantagens, “é preciso dizer que os protocolos de pesca entre Guiné-Bissau e Senegal têm mais cariz político que comercial, pois para a Guiné-Bissau não traz nenhuma vantagem”.

O informante revelou na época que Senegal tem aproveitado deste Acordo para emitir licenças para pescadores estrangeiros que vêm pescar nas águas nacionais com a bandeira senegalesa.

“ A realidade de vender o que é nosso e a falta de informação sobre os dados da captura efectuadas, constituem um sério atentado ao interesse nacional e configuram a insustentabilidade desta cooperação, sendo imperiosa reedificá-la em novos moldes”, afirmou.

No que toca as tarifas pagas pelos armadores senegaleses, a nossa fonte revelou que “que são irrisórias se comparadas com o que paga um armador nacional que afrete um navio estrangeiro e que se sujeita ao investimento em terra, conforme a legislação em vigor, sendo que da parte do senegal, nenhum investimento está previsto”.

Por: Nautaran Marcos Có

Reunião de emergência sobre situação dos professores novo_ingresso.

Os ministros em gestão da Educação, da Administração Pública e o Secretário de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais procuram solução a situação na sequência da vigília dos professores novo_ingresso que reclamam oito meses de salários em atraso.

 Radio TV Bantaba

EUA: O marido da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi detido por suspeita de conduzir sob influência de álcool, no estado norte-americano da Califórnia.

© Getty Images

Notícias ao Minuto  30/05/22 

 Marido de Nancy Pelosi detido na Califórnia por conduzir embriagado

Paul Pelosi foi detido depois de ter tido um acidente de viação, que envolveu outro carro.

O marido da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi detido por suspeita de conduzir sob influência de álcool, no estado norte-americano da Califórnia.

Paul Pelosi foi detido depois de o seu Porsche ter estado envolvido numa colisão com outro veículo, no condado de Napa, na noite de sábado, conta a CNN.

Não houve feridos a registar na sequência do acidente e o outro condutor não foi detido. O relatório da colisão não define quem terá sido o culpado pelo acidente.

O homem de 82 anos foi acusado de duas contraordenações, com uma fiança de 5 mil dólares (4.600 euros), tendo sido libertado no domingo de manhã.

A patrulha rodoviária referiu que o carro de Paul Pelosi terá sido atingido pelo Jeep do outro condutor, de 48 anos. De acordo com as leis estatais da Califórnia uma pessoa não pode operar um veículo com um nível de álcool no sangue superior a 0,08% - as autoridades não revelaram, no entanto, quanto tinha o marido da líder democrata no momento da detenção.

Paul é casado com Nancy Pelosi desde 1963 e têm cinco filhos.


Leia Também: Arcebispo quer privar Nancy Pelosi da comunhão por defender o aborto

#Russian losses as of May 30 according to @GeneralStaffUA data.

ArmyInform  #Russian losses as of May 30 according to @GeneralStaffUA data.

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O ministro da Cultura de Cabo Verde, Abraão Vicente, garantiu hoje que está "fora de questão" a expropriação da casa onde Amílcar Cabral viveu parte da infância, mas que está a degradar-se porque a família não quer negociar.

© Lusa

Por LUSA  30/05/22

"Fora de questão" expropriação de casa onde viveu Amílcar Cabral

O ministro da Cultura de Cabo Verde, Abraão Vicente, garantiu hoje que está "fora de questão" a expropriação da casa onde Amílcar Cabral viveu parte da infância, mas que está a degradar-se porque a família não quer negociar.

"Fora de questão a expropriação. Fora de questão à compra se os valores forem exorbitantes. Nenhum dos casos foi ou está em cima da mesa", garantiu o ministro, em resposta à Lusa após uma reportagem a dar conta do estado em que se encontra a moradia em Achada Falcão, concelho de Santa Catarina, de Santiago, onde o pai das nacionalidades cabo-verdiana e guineense viveu entre 1932 e 1933/34, um ano da sua infância, com os pais.

Abraão Vicente disse que o Instituto do Património Cultural (IPC) fez uma sondagem ao imóvel que, não obstante estar habitado neste momento por outra família que a comprou aos pais de Cabral, carece de uma "intervenção urgente".

"Contudo, sendo propriedade privada e não tendo a família interesse em vender ou ceder o imóvel, o Estado nada pode fazer", expressou, descartando um processo de expropriação, alegando, por exemplo, interesse público, histórico e cultural do edifício.

"O direito à propriedade privada é lei neste país. Nem mesmo em tempos do regime do partido único se fez tal coisa e não o iremos fazer agora. Nestes casos a paciência e diálogo são fundamentais", completou o também titular da pasta das Indústrias Criativas do arquipélago.

O membro do Governo disse que já fez "várias abordagens", mas a família mantém a reserva de não avançar com qualquer negociação, tendo esclarecido que não tem intenção de expropriar.

Também disse que mesmo com autorização dos familiares para o restauro, a propriedade continuará na posse da família, já que a intenção é musealizar uma parte da casa para que ela possa contar a "história relevante" que contém.

"Portanto, a intenção é que a casa continue a ser habitada. Acrescenta valor a qualquer projeto museológico que venha a haver. Da parte dos familiares não tivemos ainda qualquer comunicação formal de aceitação", prosseguiu o ministro da Cultura.

Abraão Vicente avançou que o edifício consta nos bens inventariados pelo IPC, enquanto património nacional passível de intervenção de reabilitação e restauro e estava prevista a sua inclusão na lista enviada ao Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRRA).

Mas devido à falta de definição dos proprietários quanto ao destino e valor, esclareceu que se optou pela não intervenção nesta fase.

"Ninguém, nem mesmo o Estado pode fazer planos e projetos para uma propriedade privada. Estamos num Estado de Direito onde a propriedade privada é sagrada", completou o ministro sobre a casa que está em elevado estado de degradação.

Uma placa ao lado da porta principal recorda que foi transformada no Núcleo Museológico Casa Amílcar Cabral, inaugurado em 20 de janeiro de 2015 pelo então primeiro-ministro, José Maria Neves, atual Presidente da República de Cabo Verde, apoiado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição).

O ministro disse que na altura foi inaugurado uma espécie de Centro Interpretativo alusivo a Amílcar Cabral, mas que não foi apropriado nem pela família e nem pela comunidade.

"No dia em que houver entendimento entre o Estado e os familiares, será o lugar ideal para se erguer a Casa Museu Amílcar Cabral. Algo que será fundamental para deixarmos de falar de Cabral como um Mito e o aproximarmos como homem que ele foi do país real, da juventude e das comunidades", terminou o membro do Governo, suportado pelo Movimento para a Democracia (MpD).

Na reportagem, o vereador da Cultura da câmara municipal de Santa Catarina de Santiago, Péricles Brito, disse que a autarquia tem um projeto para transformar o local num museu da resistência Amílcar Cabral, mas está a esbarrar na inflexibilidade dos herdeiros em negociar.

Por sua vez, o presidente da Fundação Amílcar Cabral, Pedro Pires, recordou à Lusa que a tentativa de compra da casa é um "processo antigo", que ele mesmo discutiu com dois dos herdeiros enquanto foi primeiro-ministro de Cabo Verde (1975 a 1991), mas estes faleceram.

Mas em todas as tentativas de negociar, o antigo Presidente de Cabo Verde (2001 -- 2011) recordou que os herdeiros pediram um "valor exorbitante" e o negócio caiu, tendo sido retomado mais tarde pela Câmara Municipal, que enfrentou a mesma rigidez dos donos.

Sem precisar os valores sugeridos pelos herdeiros, Pires, que recentemente efetuou uma visita à presidente da câmara, Jassira Monteiro, fez questão de sublinhar que a Fundação que leva o nome do seu patrono não tem recursos para comprar qualquer prédio.

Filho de Juvenal Cabral e Iva Pinhel Évora, o líder histórico nasceu na Guiné-Bissau em 12 de setembro de 1924, partiu para Cabo Verde com oito anos, acompanhando a sua família, onde viveu parte da infância e adolescência, também na Praia e em São Vicente, antes de ir estudar Agronomia em Portugal.

Posteriormente, foi fundador do então Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que deu lugar ao PAICV, líder dos movimentos independentistas nos dois países, e foi assassinado em 20 de janeiro de 1973, em Conacri, aos 49 anos.

"OMS devia criar conselho psiquiátrico para avaliar palavras dos russos"

© Getty Images

Notícias ao Minuto  30/05/22 

Conselheiro presidencial ucraniano voltou a criticar o argumento dos oficiais russos de que só estão a atacar alvos militares

O conselheiro do presidente ucraniano e diplomata, Mykhailo Podolyak, voltou a criticar os diplomatas e representantes russos, que alegam que estão a atacar apenas infraestruturas militares.

Através do Twitter, Podolyak questionou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, acusando-o de ser o "ministro da justificação dos crimes de guerra".

"A Organização Mundial de Saúde tem de estabelecer um conselho psiquiátrico internacional para avaliar as declarações dos representantes russos", afirmou o diplomata.

Junto á mensagem, Podolyak publicou fotos do impacto da guerra na população civil, classificando-as ironicamente como provas dos "alvos militares".

Russos e ucranianos continuam a não conseguir negociar um cessar-fogo. A guerra tem-se intensificado cada vez mais na região do Donbass, onde os russos estão a avançar sobre Severodonetsk, uma cidade considerada crucial para a tomada do Donbass pelas forças invasoras.

A guerra na Ucrânia já fez mais de 4.000 mortos entre a população civil, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar os mortos em regiões sitiadas ou tomadas pela Rússia.

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Segundo os serviços de informação britânicos, as condições são 'ideais' para uma deterioração da moral nas forças russas.

Anova atualização dos serviços de informação do Reino Unido apontaram esta segunda-feira de manhã que a Rússia está a sofrer "baixas devastadoras" na sua geração mais jovem de oficiais, o que poderá dificultar o esforço de guerra russo ainda mais.

Segundo o ministério da Defesa britânico, os batalhões táticos e forças especiais também não estão a ter o sucesso pretendido devido à queda em combate de "uma grande proporção da geração mais jovem de oficiais profissionais", o que "vai provavelmente exacerbar os problemas em modernizar a abordagem ao comando e ao controlo".

"No imediato, os batalhões táticos que estão a ser reconstituídos na Ucrânia a partir de sobreviventes serão provavelmente menos eficientes devido à falta de líderes jovens", dizem os britânicos.

Além disso, o relatório refere que há "relatos credíveis de motins" entre as forças russas na Ucrânia.

"A falta de comandantes de companhias e pelotões credíveis e com experiência resultará provavelmente numa ainda maior redução na moral e uma contínua indisciplina", explica ainda...Ler Mais

Guiné-Bissau quer apoio do BAD para produzir mais arroz e exportá-lo

© Lusa

Notícias ao Minuto  30/05/22 

A Guiné-Bissau quer ampliar os apoios que recebe do Banco Africano de Desenvolvimento para produzir mais arroz e até exportá-lo, disse o ministro das Finanças, defendendo que "África precisa do mundo, mas o mundo também precisa da África".

"Cada dia está se evidenciando a interdependência que há entre os países e é preciso que se aproveite a potencialidade da África, por exemplo, na produção de cereais. (...) No caso da Guiné-Bissau, temos capacidade de produzir o arroz. Em vez de importarmos arroz, podíamos ser exportadores", disse João Fadiá em entrevista à Lusa à margem dos encontros anuais do BAD, que decorreram em Acra, no Gana, na semana passada.

Referindo-se ao Plano Africano de Produção Alimentar de Emergência de 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,4 mil milhões de euros) que o BAD anunciou para ampliar a produção agrícola de África e responder à crise alimentar provocada pela guerra na Ucrânia, o ministro guineense disse que Bissau vai recorrer a este apoio.

Explicou que o país em curso projetos na área da produção de arroz apoiados pelo banco que "não chegam", pelo que o país vai "tentar obter mais fundos", através desse plano para poder ampliar a produção de arroz.

Sobre os 100 mil milhões de dólares (93,1 mil milhões de euros) que os países ricos se comprometeram a canalizar para os países em desenvolvimento para fazer face à pandemia de covid-19, e que por várias vezes ao longo dos encontros anuais o Presidente do BAD insistiu que cumprissem, Fadiá disse que mesmo esse montante não seria suficiente.

"Acho que a África precisaria de uns 200 ou 250" mil milhões, afirmou.

Disse ainda concordar "a 120%" com o apelo do BAD para que esses recursos, que provêm dos Direitos Especiais de Saque (DES) distribuídos pelo Fundo Monetário Internacional para o mundo enfrentar a pandemia, sejam canalizados através do banco africano.

Os DES, emitidos pelo FMI para ajudar a amortizar os impactos fiscais da covid-19, só beneficiaram África em 33 mil milhões de dólares (30,7 mil milhões de euros), de um total de 650 mil milhões (605 mil milhões de euros).

Alguns países desenvolvidos aceitaram realocar parte dos DES que lhes cabiam, algo que ainda não se concretizou, e o BAD tem apelado a que o façam através da instituição.

Os encontros anuais do BAD decorreram durante a semana em Acra e terminaram na sexta-feira com o anúncio de que a próxima edição, em 2023, será no Egito e com um apelo comum para que África seja compensada pelas alterações climáticas provocadas por outros.

O BAD é uma entidade financeira multilateral vocacionada para financiar o desenvolvimento, cujos acionistas são os governos africanos e outros países não regionais, como por exemplo Portugal.


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Por Rádio Jovem | maio 30, 2022 

O ministro das Finanças guineense, João Fadiá, defendeu que a Guiné-Bissau está a construir-se e a aprender, mostrando-se confiante de que um dia será “um país normal”, apesar das crises políticas.

“É um Estado que se vai construindo. Um Estado não se constrói de um dia para o outro, todos têm crises e com o tempo vamos aprendendo e vamos resolvendo, até um dia passarmos a ser um país normal”, disse Fadiá em entrevista à agência de notíias Lusa à margem dos encontros anuais do BAD, em Acra, neste fim de semana.

O ministro respondia assim à pergunta sobre se as crises políticas da Guiné-Bissau afetam a imagem do país nos fóruns internacionais.

Questionado sobre como é que a Guiné-Bissau vai conseguir gerir a crise provocada pela guerra na Ucrânia quando o Governo está em gestão, após o Presidente ter dissolvido o Parlamento, Fadiá disse que a “dor de cabeça” de gerir a crise e o aumento global dos preços dos combustíveis e dos alimentos é a mesma, esteja o Governo em plenas funções ou em gestão.

O ministro disse que Governo já tomou algumas medidas: “Baixou alguns impostos sobre produtos de primeira necessidade, sobre os combustíveis, para poder manter o preço em certo nível, para não afetar muito o bolso da população”.

“Isso acarreta perda de receitas, o que vai ter as suas consequências, naturalmente, mas não havia outra alternativa, senão fazer um gesto para manter a população com capacidade para pelo menos comprar o arroz, comprar açúcar, comprar farinha, o pão e também pagar o transporte a nível que seja ainda aceitável”, acrescentou.

Dissolução do Parlamento

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o Parlamento no passado dia 16, alegando que os deputados estavam a transformar a Assembleia Nacional Popular num “espaço de guerrilha”, e marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro.

Na sequência da dissolução do Parlamento, o chefe de Estado emitiu um decreto a manter o primeiro-ministro guineense, Nuno Nabiam e o vice-primeiro-ministro, Soares Sambú, no cargo.

A sociedade civil guineense criticou esta decisão de Embaló, acusando o chefe de Estado de colocar em causa a estabilização política, social e económica da Guiné-Bissau por ter “dificuldades” em respeitar os princípios constitucionais.

Apoio do BAD

A Guiné-Bissau quer ampliar os apoios que recebe do Banco Africano de Desenvolvimento para produzir mais arroz e até exportá-lo, disse o ministro das Finanças, defendendo que “África precisa do mundo, mas o mundo também precisa da África”.

“Cada dia está se evidenciando a interdependência que há entre os países e é preciso que se aproveite a potencialidade da África, por exemplo, na produção de cereais. (…) No caso da Guiné-Bissau, temos capacidade de produzir o arroz. Em vez de importarmos arroz, podíamos ser exportadores”, disse João Fadiá à margem dos encontros anuais do BAD.

Referindo-se ao Plano Africano de Produção Alimentar de Emergência de 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,4 mil milhões de euros) que o BAD anunciou para ampliar a produção agrícola de África e responder à crise alimentar provocada pela guerra na Ucrânia, o ministro guineense disse que Bissau vai recorrer a este apoio.

Explicou que o país em curso projetos na área da produção de arroz apoiados pelo banco que “não chegam”, pelo que o país vai “tentar obter mais fundos”, através desse plano para poder ampliar a produção de arroz.

Fonte: DW

Primeiro-ministro de Cabo Verde afasta aumento dos salários

© Getty Images

Por LUSA  30/05/22 

O primeiro-ministro cabo-verdiano reconheceu, no domingo, os efeitos da subida de preços no poder de compra, mas afastou a possibilidade de aumentos salariais, face à quebra nas receitas do Estado e ao crescimento da despesa para conter a inflação.

"Quando temos todas estas prioridades, não creio que possamos colocar, dar prioridade, à atualização salarial. Virá no seu tempo, quando podermos acomodar essas despesas adicionais", afirmou o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, numa entrevista coletiva a vários órgãos de comunicação social em Cabo Verde, na noite de domingo, a partir da Praia.

O líder do executivo salientou que, devido à pandemia de covid-19 e aos efeitos da crise da guerra na Ucrânia, "as finanças públicas estão fortemente atingidas por uma quebra de receitas e por um aumento de despesas que estão vocacionadas e priorizadas para a proteção".

"Proteção social, proteção dos mais pobres, para a inclusão, o que exige avultados recursos [...] entre a proteção e mitigação do efeito da alta de preços de produtos alimentares e combustíveis estamos a falar de abril a dezembro de mais de cinco milhões de contos [mais de 45 milhões de euros]", apontou.

Os preços em Cabo Verde aumentaram 0,1% no mês de abril e acumulam uma subida de 7,6% no espaço de um ano, indicam dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) de 16 de maio.

"Não há dúvida que a inflação faz quebrar o poder de compra. Aquilo que nós estamos a fazer é que estamos a acomodar uma grande parte dessa inflação, não a transferindo diretamente para as empresas e para os cidadãos", reconheceu o chefe do Governo.

Cabo Verde não possui capacidade de refinação e importa todos os produtos petrolíferos de que necessita - cerca de 80% da produção de eletricidade é garantida por centrais gasóleo ou fuelóleo -, bem como 80% dos alimentos, devido à seca que o arquipélago vive há mais de três anos.

O gasóleo e a gasolina em Cabo Verde aumentaram quase 9% no dia 01 de maio, o limite definido pelo Governo, que suspendeu no final de março o mecanismo de fixação de preços máximos ao consumidor devido à escalada de preços dos combustíveis no mercado internacional, decisão que implicou ainda, este mês, o congelamento do preço do gás butano, tal como em abril.

Já as tarifas da eletricidade, igualmente condicionadas pelos preços dos combustíveis, aumentaram em média 30% em outubro passado.

"Temos que ter foco. Prioridade em absoluto para aqueles que não têm emprego, não têm rendimentos e que precisam de uma mão do Estado. E temos que garantir isso. Depois, na segunda linha, virão aqueles que já têm emprego, que estão com salário, mas estão com um nível salarial mais reduzido em termos de poder aquisitivo, por causa da inflação", acrescentou.

"Chegará o momento em que voltaremos a crescer e criaremos as condições para fazer a atualização [salarial] na função pública e nas pensões", disse ainda.

Na mesma entrevista, o primeiro-ministro apontou o objetivo de reduzir nesta legislatura (até 2026) a taxa de desemprego -- que em 2020 se aproximou dos 20%, devido aos efeitos económicos da pandemia de covid-19 -- "para níveis à volta de 10%", próximos do que se verificava em 2019, mas recusou quantificar objetivos de criação de postos de trabalho, depois de na legislatura anterior (até 2021) ter prometido 45.000 novos empregos.

"Não nos comprometemos com números absolutos. O nosso objetivo é reduzir a taxa de desemprego", concluiu.

Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - setor que garante 25% do PIB do arquipélago - desde março de 2020, devido às restrições impostas para controlar a pandemia de covid-19.

O país registou em 2020 uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, e um crescimento económico de 7% em 2021, impulsionado pela retoma da procura turística no quarto trimestre.

ONU: Ásia bate recorde de apreensões de metanfetaminas em 2021

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Por LUSA  30/05/22 

A produção de drogas sintéticas continua a intensificar-se na Ásia, com o crime organizado a tirar proveito da pandemia da covid-19 e da instabilidade política em Myanmar para aumentar os lucros, advertiu hoje a ONU.

Mais de mil milhões de comprimidos de metanfetaminas - 172 toneladas - foram apreendidos em 2021, no leste e sudeste da Ásia, tratando-se de um recorde, de acordo com dados preliminares do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

As apreensões eram sete vezes inferiores há uma década.

"A escala e o âmbito do comércio (...) são impressionantes", disse o representante regional do UNODC para o Sudeste Asiático e o Pacífico, Jeremy Douglas, em comunicado.

O "Triângulo Dourado", nas fronteiras de Myanmar (antiga Birmânia), Laos e Tailândia, tem sido, durante décadas, o ponto nuclear da produção de drogas na região.

Desde a crise da covid-19 e o golpe militar em 2021, em Myanmar, que mergulhou o país no caos, as organizações criminosas "têm todos os ingredientes de que necessitam para continuar a desenvolver a atividade", observou Jeremy Douglas.

Dada a abundância da oferta, os preços dos mercados grossista e retalhista caíram para níveis historicamente baixos em países como a Tailândia e a Malásia.

A droga "tornou-se muito mais acessível àqueles que antes não a podiam pagar", notou um analista regional da UNODC Kavinvadee Suppapongtevasakul.

"As consequências sociais do aumento do consumo são significativas, especialmente porque os serviços adequados de saúde e redução de danos permanecem limitados em toda a região", acrescentou.

A partir de laboratórios clandestinos nas selvas do estado de Shan em Myanmar, grupos criminosos deste país, de Hong Kong e de Macau transportam a droga para Tailândia, Laos e Malásia, que, por sua vez, fornecem Indonésia, Filipinas, Japão, Austrália e Nova Zelândia.