quinta-feira, 23 de março de 2017

GUINÉ-BISSAU - Governo guineense quer condecorar embaixador chinês em Bissau

O governo da Guiné-Bissau propôs ao Presidente da República, José Mário Vaz, a atribuição da Medalha “Ordem Nacional de Mérito de Cooperação e Desenvolvimento” ao Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República Popular de China, Wang Hua, em fim da missão na Guiné-Bissau.

A proposta do executivo de Umaro Sissoko Embaló vem expressa no comunicado do Conselho de Ministros realizada, esta quarta-feira, 22, em Bissau, no salão Nobre “Francisco João Mendes – Tchico Té”, no qual o coletivo governamental anunciou, para o dia 25 de Março, o lançamento da primeira pedra para a construção da estrada Buba-Catio, zona sul da Guiné-Bissau.

No mesmo documento, o plenário governamental informou que protelou, para próxima sessão ordinária, o projecto de Decreto que estabelece o regime jurídico de organização, funcionamento e gestão do Cofre Geral de Justiça.

Tiago Seide

POPULARES DE PIRADA ‘VACINADOS’ A SUPORTAR PROBLEMAS SOCIAIS CLAMAM POR ÁGUA POTÁVEL

Os populares do Sector de Pirada, região de Gabú no Leste do país, pedem água potável, infraestruturas escolares, rodoviárias e o aumento de técnicos para o único centro de saúde que dispõem para mais de 29 mil habitantes do sector. Pirada é constituído por cinco secções e a pequena cidade de Pirada, conta com mais de cinco mil habitantes, na sua maioria comerciantes, criadores de gado, bem como de pessoas que desempenham pequenas atividades agrícolas.

O sector de Pirada fica à 56 quilómetros da cidade de Gabú e é considerado uma das zonas mais quentes do país, como também é fortemente ameaçado pelo deserto. O rio que passa pelo sector e que “regava” algumas bolanhas daquela zona e que era aproveitado como regadio e que dava água para os animais, encontra-se neste momento totalmente escorrido, o que obriga os criadores dos animais à percorrerem quilómetros a procura de água.

De acordo com a população local, a falta de água, melhor dito, a seca que ameaça o sector tem a ver com o fecho do rio [no território senegalês] por parte das autoridades daquele país vizinho.

POPULARES DE PIRADA SENTEM-SE ESQUECIDOS PELAS AUTORIDADES GUINEENSES    


A preocupação dos populares deste sector foi manifestada ao Chefe de Estado da Guiné-Bissau, aquando da sua passagem pelo sector no âmbito da ‘Presidência Aberta’ na semana passada, para se inteirar da situação de vida das populações. O Chefe de Estado informou igualmente aos populares das razões da crise política e parlamentar que assola o país há cerca de dois anos.

Uma das maiores preocupações da população local e que querem que seja resolvida em curto prazo é a questão da falta de água potável, o que afecta negativamente as suas vidas e as dos seus animais. A cidade dispõe de um depósito de 15 mil litros para cobrir a necessidade de mais de cinco mil habitantes.

O depósito instalado conta com sete fontenários usados para bombear água. Segundo a população local, isso é insuficiente tendo em conta as suas necessidades e se se tomar em conta as movimentações das pessoas naquele sector que se situa na linha fronteiriça entre a Guiné-Bissau e o Senegal.

Conforme as pessoas abordadas pelo repórter, o sector de Pirada foi esquecido pelas autoridades centrais que apenas se lembra delas nestas circunstâncias de propaganda política. Contaram ainda que Pirada é um sector estratégico para a economia do país, por isso devia merecer certa atenção das autoridades e, sobretudo estas deviam trabalhar para melhorar a vida das pessoas que lá vivem.

A população local entende ainda que as autoridades guineenses têm obrigação de melhorar as suas vidas, pelo menos que lhes ajudem com a água potável e que façam furos de água para os animais. Muitas vezes as mulheres brigam por água nos fontenários, que são abertas a partir das 12 horas.

ESTRADA DE PIRADA NÃO BENEFICIA DE OBRAS DE REPARAÇÃO DESDE A INDEPENDÊNCIA

A estrada que liga o sector à cidade de Gabú é a via mais usada para a entrada de camiões que transportam mercadorias a partir do Senegal para o território nacional, sobretudo para a capital Bissau.

A cidade é muito frequentada por comerciantes que usam a mesma via para ir fazer compras no Senegal. Muitas vezes os comerciantes passam a noite na cidade, ou seja, na paragem até o dia seguinte para prosseguir a viagem.

Ainda de acordo com as informações apuradas, a estrada de pirada contribui muito para o crescimento do Produto Interno Bruto da Guiné-Bissau, razão pela qual a população local exige a sua reabilitação.

Aliás, uma preocupação igualmente levanta por José Mário Vaz, que deixou orientações claras ao executivo através do titular do pelouro das Obras Públicas, Marciano Silva Barbeiro, presente no local, advertindo-lhe que a estrada deve ser reabilitada e que ele (Presidente da República) voltaria aquela zona no período da campanha eleitoral, mas antes quer que o troço que liga o sector de Pirada e a cidade de Gabú seja totalmente reabilitado.

RÉGULO DE PIRADA PEDE PRIMEIRO ÁGUA POTÁVEL, DEPOIS A REABILITAÇÃO DA ESTRADA

O Régulo de Pirada, Serifo Só, contou ao repórter do semanário ‘O Democrata’ que viveu naquele sector mais de 40 anos e nunca testemunhou uma obra de reabilitação do troço. Afiançou neste particular que a maior preocupação da população de momento é a falta da água potável bem como água para os seus animais, por isso apelou às autoridades que comecem primeiro com os furos de água, bem como melhoria de condição do funcionamento do centro de saúde e depois pode-se avançar com a reabilitação da estrada.

Sobre o fecho do rio no território senegalês, Serifo Só apelou às autoridades guineense e em particular ao Chefe de Estado para usar a sua influência junto do governo senegalês no sentido de se encontrar uma solução que seja benéfica para os dois países, porque a “seca já está a ser sentida fortemente pela população”.

“O rio já não tem água neste período e as bolanhas estão secas. Os nossos animais sofrem com isso. É urgente resolver essa situação na base de boa vizinhança, porque se não a seca tomará a conta do sector. O sector é muito quente e eu percebi que o nível da temperatura aumenta a cada dia neste momento. Também fazemos parte da população deste país, portanto merecemos uma atenção especial do governo”, assegurou o régulo.

Relativamente à situação do ensino, o régulo informou que o sector possuía apenas o ensino primário (1ª a 4ª classe), mas que nos últimos tempos foi estendido para o ensino básico complementar, ou seja, de 1ª classe a 6ª classe.

“Aqui na vila de Pirada temos cinco escolas e todas são do ensino básico unificado. E contamos ainda com uma escola gerida pela ONG PLAN, que tem quatro salas de aulas. As autoridades alegam que o sector não possui o número suficiente de alunos que implicasse a implementação do ensino secundário (Liceu), mas nós discordamos. Imaginem quantos alunos saem daqui para continuar o ensino secundário no sector de Gabú. Se houvesse um liceu aqui, certamente que iriam construir mais infraestruturas escolares para albergar os alunos”, notou.

Revelou ainda que o maior problema enfrentado neste sector tem a ver com a falta de infraestruturas escolares, o que permitiria a abertura de mais salas de aulas e consequentemente o alargamento do nível de ciclo para liceu, pelo menos até a nona classe (ensino secundário).

Explicou, no entanto, que o sector foi totalmente abandonado pelos sucessivos governos, porque “desde a independência até à data presente os sucessivos governos não fizeram nada para desenvolver o sector de Pirada, sobretudo no concernente às questões da educação, saúde, infraestruturas rodoviárias e a questão da água potável”.

“Desde a independência, cada vez que recebemos a visita de um Chefe de Estado, tanto do Presidente Nino Vieira, Koumba Yalá e Malam Bacai Sanhá, fizemos os mesmos pedidos. Transmitimos as nossas preocupações no concernente a falta da água potável, saúde, educação e a infraestruturas rodoviárias, mas nunca essas preocupações foram resolvidas. Não vamos deixar de pedir ou de transmitir a nossa preocupação, porque Pirada faz parte deste país e as autoridades têm obrigação de resolver a nossa situação”, defendeu o régulo.

Em relação a situação da saúde, Serifo Só informou que o edifício do centro de saúde está em boas condições, dado que beneficiou de uma reabilitação em 2012, com o apoio de um país amigo da Guiné-Bissau. Contudo, assegurou que o centro trabalha com limitações em termos de pessoal técnico para cobrir todo o sector.

Avançou ainda que o número das pessoas que recorrem ao serviço do centro ultrapassa a capacidade de atendimento do mesmo, razão pela qual apela às autoridades do país no sentido de aumentar o número de técnicos e mais serviços no centro, para que assim possa corresponder às necessidades da população que tem vindo a crescer.

“O que nos envergonha mais aqui é transportar um doente para uma vila no Senegal, Nhanau. Esta vila fica a 8 (oito) quilómetros de Pirada, mas tem um centro de saúde com melhores condições em termos técnicos. Muitas vezes preferimos viajar até lá, em vez de Gabú que é muito mais longe. Para ir até Nhanau gastamos muito dinheiro, porque paga-se o aluguer do carro e as consultas. É urgente criar condições para os nossos hospitais, porque a saúde é muito importante e sem ela não conseguiremos fazer nada”, disse.

Por: Assana Sambú
OdemocrataGB

Auditoria a fundo de promoção agrícola na Guiné-Bissau revela má gestão

Uma auditória mandada fazer pelo Governo ao Fundo de Promoção da Industrialização dos Produtos Agrícolas (FUNPI), na Guiné-Bissau revelou hoje "fortes indícios de má gestão" de parte dos 16 milhões de euros gerados pelo fundo.


A auditoria, mandada fazer pelo Governo do ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, demitido em agosto de 2014, foi hoje tornada pública, numa cerimónia sem a presença do atual executivo.

Um responsável da auditora KPMG, contratada para executar a análise ao Funpi, concluiu que, do exercício feito às contas do fundo, entre 2011 a 2014, várias somas de dinheiro foram mal utilizadas ou aplicadas sem justificação.

O Funpi, uma taxa cobrada aos operadores do setor do caju, principal produto de exportação do país, gerou um fundo de cerca de 16 milhões de euros, entre 2011, ano da criação do fundo, e 2014, altura em que o Governo ordenou a sua suspensão.

Segundo a auditoria, ocorreram "várias anomalias ou mesmo ausência total de regras" na utilização do fundo, cogerido entre os ministérios das Finanças e do Comércio, em representação do Governo, e a Camara do Comercio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS).

Várias instituições públicas e privadas são citadas na auditoria como beneficiárias do dinheiro do Funpi, nomeadamente o Governo, a CCCIAS e o Instituto Nacional de Pesquisa Agrária (INPA).

Presente na cerimónia da apresentação pública dos resultados da auditoria, o presidente do INPA, Simão Gomes, disse ter sido apanhado de surpresa pela informação uma vez que, frisa, "em nenhum momento" o instituto que dirige recebeu ou levantou nalgum banco o dinheiro citado.

A auditoria refere que o INPA beneficiou, através de uma operação bancaria, de 100 milhões de francos CFA, cerca de 66 mil euros.

O Funpi tinha como principal objetivo promover a industrialização e transformação de produtos agrícolas no país, nomeadamente o caju, em vez de a totalidade do produto ser vendido, em estado bruto, para a India.

Depois de tomarem conhecimento dos resultados da auditoria ao Funpi, alguns empresários falam em "crime económico" que, dizem, deve ser esclarecido na justiça para que os autores possam ser castigados, defendem.

A auditoria também revela ter tido dificuldades em aceder a todos os documentos para "uma melhor análise" à gestão do Funpi, tendo acusado dois bancos comerciais em Bissau e algumas instituições de se terem recusado a entregar elementos de provas ou peças justificativas.

NAOM

MIL E UMAS MANOBRAS PARA FINTAR A VERDADE

Ussumane Grifom Camara Matchom
Quando falímos o argumento que sustente nossas ações recorremos às banalidades - muitas das vezes com o intuito de nos fazer de vítimas - para desviar atenção naquilo que é debate sério e responsável. Essa sempre foi a tática maquiavelica do PAIGC. 

Inventou a expulsão dos 15 deputados para escamotear a gritante incapacidade da sua liderança em lidar com o contraditório interno; criou falsas notícias da perseguição e das tentativas do assassinato dos seus membros para manipular o foco nacional em encontrar soluções para a crise por ele criada e, agora vem nos bombardear com falsas informações sobre assaltos as suas sedes. PAIGC nunca teve/tem dom de governar para produzir o desenvolvimento e tirar este povo do empobrecimento por ele criado e sustentado, mas é muito bom em inventar a mentira e fazê-la acontecer: o caso Malam Sanha, 17 de outubro, 07 de junho, assassinato macabro e covarde de Nino Vieira e Tagme Na Waie, de Helder Proença e Baciro Dabo, de Roberto Cacheu e tantos outros só nos servem para espelhar esta triste verdade, para os honesto e coêrentes, claro!

Mas agora não há espaço para esta manobra, lala quema kau di sukundi ka tem! Não vamos admitir que o partido fundado por Amílcar Cabral seja transformado numa industria barata de mentiras e muito menos de factor da morte lenta deste povo, se necessário for, o combateremos até no inferno!

Ninguém é dado direito de martirizar este povo, nem os que o deu a independência!

Agora o nosso foco é a reabertura da ANP, custe o que custar, e dentro do limites que nos são permitidos pela lei, lutaremos para a sua imediata reabertura! Ninguém desviará nossa atenção disto.

Patrioticamente

ALGUNS ÓRGÃOS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL EXCLUÍDOS NA PRESIDÊNCIA ABERTA DE JOSÉ MÁRIO VAZ

A Presidência Aberta de José Mário Vaz que retomou nesta quinta-feira, desta feita para região de Bafatá fez escolha dos órgãos de comunicação social que podem efetuar a cobertura jornalística dos comícios populares do chefe de Estado guineense.

Tudo porque, A rádio Bombolom FM emissora privada guineense, esteve no local do encontro, para a partida de viagem, a semelhança dos outros órgãos, foi excluída de viajar.

De igual modo, todos os órgãos da imprensa escrita privada não tiveram sorte, também foram excluídas.

Conforme as fontes de Notabanca, o jornal “Nô Pintcha” e Agencia de Notícias da Guiné (ANG), órgãos do Governo, são os escolhidos para efetuarem a cobertura jornalística da Presidência Aberta.

A fonte avança que, as pessoas ligadas a imprensa da Presidência Aberta justificam a decisão, falta de recursos financeiros para levar todos os jornalistas dos órgãos da comunicação Social da Guiné-Bissau.

Fonte: Notabanca

Um dia depois do ataque, ponte de Westminster é reaberta


A ponte de Westminster, em Londres, foi hoje reaberta à circulação, depois de um homem ter atropelado na quarta-feira várias pessoas naquele local, num ataque que causou quatro mortos e vários feridos, indicou a polícia.


Agentes que patrulham a zona revelaram que foi restabelecida a circulação naquela ponte emblemática e central da capital londrina.

O atentado de quarta-feira em Londres, que fez quatro mortos, incluindo o atacante, e cerca de 40 feridos, já foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.


Um homem atropelou várias pessoas na ponte de Westminster e, depois de chocar e abandonar a viatura, correu para o edifício do parlamento britânico, junto ao qual esfaqueou um agente da polícia, tendo então sido abatido por homens armados.

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, revelou hoje que o agressor é um cidadão de nacionalidade britânica, já investigado pelos serviços secretos por antigas ligações a violência extrema.

A líder conservadora explicou que a identidade do atacante é conhecida pela polícia e pelos serviços secretos britânicos, MI5.

Os mais recentes dados oficiais difundidos pela Scotland Yard confirmam a existência de quatro mortos: o agressor, o polícia britânico, um homem entre os 40 e os 50 anos, e uma mulher de 43 anos, Aysha Frade, que tinha nacionalidade britânica, mas era originária da Galiza, Espanha.


Entre os feridos, de várias nacionalidades, encontra-se um jovem português, residente em Londres, que sofreu cortes profundos numa mão e num joelho, mas teve alta ainda na quarta-feira à noite, depois de ter sido assistido no hospital.

NAOM