domingo, 20 de novembro de 2022

Coreia do Norte lamenta "atitude deplorável" de Guterres sobre míssil

© Artyom Korotayev\TASS via Getty Images

Por LUSA  20/11/22 

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte criticou hoje a "atitude deplorável" do secretário-geral da ONU, António Guterres, ao condenar o recente lançamento intercontinental de mísseis balísticos por Pyongyang, informou a agência noticiosa estatal KCNA.

"Lamento profundamente que o secretário-geral da ONU tenha tido uma atitude verdadeiramente deplorável, ignorando a finalidade e os princípios da Carta das Nações Unidas e a sua própria missão de manter a imparcialidade, objetividade e justiça em todos os assuntos", afirmou a chefe da diplomacia norte-coreana, Choe Son Hui, acusando António Guterres de ser "um fantoche dos EUA".

Choe Son Hui recordou que Pyongyang pediu "recentemente ao secretário-geral da ONU para examinar a questão da península coreana com imparcialidade e objetividade", destacando a política de "autodefesa" da Coreia do Norte, "num ambiente de segurança preocupante na região, devido à perigosa cooperação militar entre os Estados Unidos e as suas forças vassalas".

"No entanto, o secretário-geral da ONU culpou a Coreia do Norte e não os Estados Unidos", afirmou a ministra.

A Coreia do Norte lançou na sexta-feira um míssil balístico intercontinental que caiu na Zona Económica Exclusiva (ZEE) do Japão, ao largo da ilha de Hokkaido, no norte, de acordo com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, que considerou o lançamento "absolutamente inaceitável".

O secretário-geral das Nações Unidas apelou no mesmo dia para que a Coreia do Norte "se abstenha imediatamente" de qualquer outra "provocação", em reação ao lançamento, reiterando o apelo a Pyongyang para regressar à mesa de negociações.

Também os Estados Unidos reagiram na sexta-feira, anunciando que iriam convocar o Conselho de Segurança das Nações Unidas e manifestando a intenção de pedir à China, aliada do regime norte-coreano, que ajude a refrear Pyongyang, usando a sua influência.

O Conselho de Segurança da ONU anunciou no sábado que se reunirá esta segunda-feira para discutir a situação.

Em resposta ao lançamento do míssil balístico intercontinental norte-coreano, militares sul-coreanos e norte-americanos responderam com testes de bombas guiadas a partir de caças F-35 e realizaram outras manobras aéreas combinadas sobre o Mar do Leste, duas operações que simulam ataques preventivos, mas também operações punitivas contra os norte-coreanos, numa mensagem a Pyongyang.

O lançamento norte-coreano foi realizado a partir da zona de Sunan, onde se situa o aeroporto internacional de Pyongyang, local escolhido pelo regime para lançar também outros mísseis balísticos intercontinentais em fevereiro, março e no passado dia 03, embora dois destes lançamentos tenham sido mal sucedidos.

O lançamento soma-se a 30 projéteis - número recorde - que Pyongyang disparou no início de novembro em resposta a manobras aéreas de Seul e Washington, incluindo um primeiro míssil desse tipo, lançado em 03 de novembro, que aparentemente falhou e caiu prematuramente nas águas do mar do Japão.

A tensão na península atinge atualmente níveis sem precedentes devido aos testes de armamento pela Coreia do Norte, às manobras dos aliados e à possibilidade de, segundo provas recolhidas por satélites, o regime de Kim Jong-un estar preparado para realizar um primeiro teste nuclear desde 2017.

O Presidente norte-coreano assegurou na sexta-feira que utilizará a bomba atómica em caso de um ataque nuclear contra o seu país.

Pyongyang "responderá resolutamente às armas nucleares com armas nucleares e ao confronto total com confronto total", destacou o chefe de Estado, citado pela KCNA, em declarações durante a supervisão do lançamento do míssil balístico intercontinental Hwasong-17 (ICBM), tendo pedido a "aceleração da dissuasão nuclear" perante a "situação perigosa" na península.

O "novo míssil balístico intercontinental Hwasong-17", definido como um "marco crucial no fortalecimento das forças nucleares", voou 999,2 quilómetros antes de cair nas águas do Mar do Japão, segundo a KCNA.


Leia Também: Guterres condena lançamento de míssil balístico pela Coreia do Norte

Parlamento Europeu declara Rússia um Estado patrocinador do terrorismo

© Lusa

Por LUSA  20/11/22 

O Parlamento Europeu (PE) vai aprovar na quarta-feira, em Estrasburgo (França), uma resolução que reconhece a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo para que Moscovo venha a responder por crimes alegadamente cometidos na Ucrânia.

A resolução, que foi debatida na sessão plenária de outubro, tem aprovação garantida pelos dois maiores grupos do PE, o Partido Popular Europeu (PPE) e a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D).

Uma delegação dos Verdes/Aliança Livre Europeia, que incluía a vice-presidente Terry Reintke (Alemanha), discutiu a iniciativa do PE em Kiev com o chefe-adjunto de gabinete presidencial, Ihor Zhovkva, anunciou a presidência ucraniana em comunicado no sábado.

"Este comportamento da Rússia é uma justificação direta para a necessidade de o Parlamento Europeu adotar uma resolução designando a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo", disse Zhovka, referindo-se aos ataques russos na Ucrânia, citado no comunicado.

Zhovka registou os esforços dos Verdes/Aliança Livre Europeia em "assegurar um forte apoio à Ucrânia" por parte do PE, incluindo iniciativas para investigar e julgar alegados crimes de guerra russos, e para criar um mecanismo de compensação pela Rússia dos danos causados ao país vizinho.

A resolução, que será votada no dia em que se completam nove meses da invasão russa, não tem caráter vinculativo, tal como as resoluções a condenar o regime do Presidente Vladimir Putin aprovadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

"Ao declarar a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo, os eurodeputados querem preparar terreno para que Putin e o seu Governo sejam responsabilizados por estes crimes perante um tribunal internacional", disse o PE na antecipação da sessão plenária de novembro, que começa na segunda-feira.

A União Europeia (UE) não tem um quadro legal que lhe permita declarar um Estado como patrocinador do terrorismo - como lembrou a comissária europeia para os Assuntos Internos, a sueca Ylva Johansson, no debate em outubro -, ao contrário dos Estados Unidos.

O Departamento de Estado norte-americano tem atualmente a Síria (desde 1979), o Irão (1984), a Coreia do Norte (2017) e Cuba (2021) na lista de Estados patrocinadores do terrorismo.

Em setembro, a administração do Presidente Joe Biden anunciou que não iria incluir a Rússia na lista, apesar de resoluções nesse sentido aprovadas pelas duas câmaras do Congresso, por receio de "consequências não intencionais para a Ucrânia e para o mundo".

Ainda sobre a guerra na Ucrânia, a agenda da sessão de novembro do PE inclui a aprovação de um empréstimo de 18.000 milhões de euros a Kiev e um debate sobre os esforços internacionais para evitar uma crise alimentar.

Os eurodeputados também vão debater a não aceitação na UE de passaportes emitidos pela Rússia em áreas ilegalmente ocupadas da Geórgia e da Ucrânia.

Na agenda, está igualmente a aprovação do orçamento da UE para 2023, que "visa maior eficácia em lidar com as consequências da guerra na Ucrânia e o processo de recuperação da pandemia" de covid-19.

A criação de um roteiro para as competências digitais, a gestão dos fluxos migratórios para a Europa, o reforço da presença de mulheres nos conselhos de gestão das empresas, os direitos humanos no Qatar e a proteção de infraestruturas essenciais da UE são outros dos temas do plenário.

Os eurodeputados vão ainda assinalar, na terça-feira, os 70 anos do PE, numa cerimónia que abrirá com uma declaração da presidente do parlamento, a maltesa Roberta Metsola.



O Ministro do Turismo, Artesanato e Porta-voz do governo inaugurou hoje, 20, um 'Espaço de Espera' de turistas antes da partida para o arquipélago dos bijagós...

 Ministério do Turismo e Artesanato  Bissau: 20/ 11/ 2022.

O espaço foi construído pelo proprio ministério, no âmbito da abertura da Época Turística e tem a capacidade de instalar até duas dezenas de turistas numa única vez.

A pequena infraestrutura localiza-se no porto cais e servirá de "um grande alívio para a partida dos turistas", disse Sua Excelência Dr. Fernando Vaz, numa curta intervenção.

O Ministro da Saúde e outros membros do governo assistiram a cerimónia.

//BDS.


Discurso do Domingos Simões Pereira depois do anúncio dos resultados. DSP foi reeleito Presidente do PAIGC, para terceiro mandato com 1162 votos que corresponde 91,64%.

Radio Voz Do Povo


Leia Também: 




EXCLUSIVO DC - PAIGC X CONGRESSO

NÚMEROS REAIS:

DSP - 1.164 DSP 

OCTÁVIO LOPES - 61

JBV - 32

EDSON ARAÚJO - 4

Ditaduraeconsenso.blogspot.com

X° CONGRESSO DO PAIGC: Apuramento do resultado da votação pela comissão eleitoral por candidato.

 Radio TV Bantaba 

JUSTIÇA: O Ministério Público ordenou a detenção do antigo Primeiro-ministro, Aristides Gomes.


Por: Geraldo C   Radio TV Bantaba  Novembro 20, 2022

O MINISTÉRIO PÚBLICO ORDENOU A DETENÇÃO DO ANTIGO PRIMEIRO-MINISTRO, ARISTIDES GOMES.

O mandado emitido pela Câmara Criminal do Ministério Público junto ao Tribunal de Relação, datado de 18 de novembro, e a que e-Global teve acesso, qualificou o ex-chefe do Governo de suspeito, “no âmbito de um processo de “corrupção” que está a decorrer os seus trâmites judiciais”. Por isso, ordenou a sua detenção, com vista a “assegurar a sua presença no acto processual”.

Antes de sair do país, em fevereiro de 2021, sob a escolta das Nações Unidas, onde havia refugiado depois de ter sido demitido das suas funções por Umaro Sissoco Embaló, Aristides Gomes estava sob alçada do Ministério Público que o tinha convocado, na altura, para se depor sobre o processo que pendia sobre ele.

O ex-Primeiro-ministro, cuja residência estava então cercada pelos homens armados, alegara ser alvo de perseguição e ameaça de morte.

RTB

E-Global/Rádio Capital

X Congresso do PAIGC... Último dia


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Procurador fala em 47 mil potenciais crimes de guerra na Ucrânia

© Getty Images

Por LUSA  20/11/22 

O procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, disse hoje que estão registados 47 mil potenciais crimes de guerra no país e reivindicou um tribunal internacional especial para investigar e julgar "o crime de agressão" da Rússia.

"Não há dúvida de que a extensão dos crimes cometidos pelo exército russo" desde 24 de fevereiro, quando iniciou o ataque militar à Ucrânia, "é simultaneamente brutal e colossal", afirmou Andriy Kostin, numa intervenção por videoconferência desde Kiev, na 68.ª sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO, que decorre em Madrid.

O procurador disse que as autoridades ucranianas, com o apoio de peritos e entidades internacionais, têm até agora "47.000 incidentes registados como crimes de guerra", que englobam tortura, assassinatos, agressões sexuais ou deslocações e transporte forçados de populações "à escala massiva", com destino ao que poderão vir a ser considerados "campos de concentração".

Andriy Kostin destacou que a Rússia tem na Ucrânia uma estratégia de ataque contra civis, com 8.000 mortos não militares, incluindo 400 crianças, identificados até agora.

O procurador lembrou "a chuva de mísseis sobre cidades ucranianas" e infraestruturas críticas das últimas semanas, que considerou "atos de terror e de intimidação contra a população civil", com destruição de casas e outras infraestruturas vitais para os ucranianos, como centrais energéticas.

Andriy Kostin afirmou que várias regiões da Ucrânia, como a capital, Kiev, estão já com temperaturas negativas e estão criadas "situações humanitárias severas para o Inverno", questionando como poderá a população sobreviver nestas circunstâncias, sem energia ou aquecimento, e considerou que também nesta dimensão estão em causa crimes de guerra da Rússia.

"As nossas necessidades, as nossas reivindicações e os nossos apelos são bastante simples. Precisamos de parar esta guerra o mais depressa possível para libertar o nossos território e restaurar a nossa soberania e a nossa integridade territorial. E precisamos de garantir justiça às vítimas e sobreviventes das atrocidades cometidas pela Federação Russa, precisamos de pôr um fim à impunidade da Rússia", disse o procurador-geral ucraniano.

Andriy Kostin, apelou à comunidade internacional "para apoiar o estabelecimento de um tribunal para o crime de agressão, para julgar os cérebros do crime" nomeadamente, o Presidente russo e chefe supremo das forças armadas da Rússia, Vladmir Putin, e "toda a elite russa" envolvida.

O crime de agressão também deve ser julgado por ser "o ponto de partida, que precede todos os outros crimes de guerra", defendeu.

O procurador insistiu também na necessidade de garantir "a reparação" e compensação aos ucranianos pela destruição do país e das "propriedades dos civis", através da confiscação de bens de russos.

"A Europa não testemunhou esta destruição desde a II Guerra Mundial" e devem ser adotados novos "mecanismos internacionais para confiscar os bens dos autores", defendeu, alertando como, ao abrigo do direito internacional, tem sido difícil executar decisões nesse sentido, como algumas ditadas por instâncias como o Tribunal Penal Internacional, o Tribunal Internacional de Justiça ou o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

No final da intervenção de Andriy Kostin, um porta-voz da Comissão Política da Assembleia Parlamentar da NATO disse que será adotada uma resolução neste encontro de Madrid que defende "o estabelecimento de um tribunal internacional para investigar e julgar o crime de agressão cometido pela Rússia nesta guerra contra a Ucrânia".

A sessão deste ano da Assembleia Parlamentar da NATO (Organização do Tratado o Atlântico Norte, a aliança militar entre países europeus e norte-americanos) termina na segunda-feira, com um plenário em haverá uma intervenção do Presidente da Ucrânia, por videoconferência.

A Assembleia Parlamentar da NATO integra 269 deputados dos 30 países da Aliança e outros 100 membros de estados parceiros.

Musk restabelece conta de Donald Trump no Twitter após sondagem

Elon Musk (Getty Images)

Por Agência Lusa 

O magnata promoveu uma sondagem de 24 horas que terminou este sábado

O novo dono do Twitter, Elon Musk, anunciou que repôs a conta do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump na rede social, depois de promover uma sondagem que se pronunciou a favor da decisão.

"O povo falou. Trump será reintegrado. Vox Populi, Vox Dei [A voz do povo é a voz de Deus]," anunciou Musk no Twitter.

O magnata promoveu uma sondagem de 24 horas, que terminou hoje, para perguntar se o antigo presidente norte-americano - que a plataforma suspendeu indefinidamente citando riscos de incitamento à violência, dois dias depois de apoiantes terem invadido o Capitólio - deveria regressar à rede social.

De acordo com os resultados da sondagem, publicados por Musk, que recebeu 15.085.458 votos, 51,8% revelaram ser a favor do restabelecimento da conta de Trump, enquanto 48,2% votaram contra.

No início de Novembro, Musk disse que o Twitter "não permitirá" que aqueles que tenham sido retirados da rede social por violar as regras regressem à plataforma até que a empresa tenha um processo claro para o fazer.

Musk, que comprou a rede social por 44 mil milhões de dólares (42,5 mil milhões de euros), também disse numa série de 'tweets' que "o conselho de moderação de conteúdo do Twitter vai integrar representantes com opiniões amplamente divergentes, o que incluirá, sem dúvida, a comunidade de direitos civis e grupos que combatem a violência alimentada pelo ódio".

Antes de adquirir a rede social, Musk disse que uma das pessoas que gostaria de receber no Twitter era o ex-presidente Donald Trump.

Musk anunciou no sábado o desbloqueio das contas do escritor Jordan Peterson, da comediante Kathy Griffin e do jornal conservador The Babylon Bee.

Os perfis de Peterson e do Babylon Bee foram bloqueados por publicarem conteúdo que desrespeitavam a comunidade transexual, enquanto o de Griffin foi removido por se fazer passar por Musk.

Os militares dos EUA responderam no sábado aos recentes lançamentos de mísseis da Coreia do Norte , voando dois bombardeiros supersônicos ao lado de aviões de guerra sul-coreanos e japoneses.

(Ministério da Defesa sul-coreano via AP)

De Gazeta Brasil  novembro 19, 2022 

EUA respondem ao teste de míssil balístico intercontinental da Coreia do Norte

Os militares dos EUA responderam no sábado aos recentes lançamentos de mísseis da Coreia do Norte , voando dois bombardeiros supersônicos ao lado de aviões de guerra sul-coreanos e japoneses.

A Coreia do Norte atraiu a ira internacional na sexta-feira (18) depois de testar o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) capaz de transportar múltiplas ogivas nucleares e com um alcance que pode atingir qualquer lugar no território continental dos Estados Unidos.

Os EUA e seus aliados regionais condenaram a medida e acusaram Pyongyang de tentar desestabilizar a região enquanto procura reforçar seu programa nuclear e ganhar proeza geopolítica por meio de seus avanços militares. 

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, teria assistido ao lançamento do ICMB na sexta-feira com sua esposa e “filha amada”, no que alguns viram como um sinal de sua crescente confiança nas habilidades de Pyongyang para enfrentar militares de ponta, como as forças armadas dos EUA. 

Os EUA enviaram bombardeiros supersônicos B-1B em exercícios conjuntos sobre a Coreia do Sul no início deste mês pela primeira vez em cinco anos, depois que a Coreia do Norte aumentou seus testes de mísseis e agressão aberta na região.

O B-1B – que supostamente irrita Kim por sua capacidade de entregar uma carga massiva de armas convencionais guiadas e não guiadas – foi apelidado de “espinha dorsal” da força de bombardeiros dos EUA, de acordo com uma declaração da Força Aérea dos EUA.

“Ele pode fornecer rapidamente grandes quantidades de armas de precisão e não precisão contra qualquer adversário, em qualquer lugar do mundo, a qualquer momento”, disse o comunicado. Acrescentando que sua “seção transversal de baixo radar” permite que o bombardeiro forme “um sistema de defesa robusto e integrado que suporta a penetração do espaço aéreo hostil”.

A pedido do Japão, o Conselho de Segurança da ONU agendou uma reunião de emergência para segunda-feira sobre o último lançamento de míssil balístico da Coreia do Norte. 

Com informações da Associated Press 

GUINÉ EQUATORIAL: Teodoro Obiang concorre pela sexta vez para mandato que pode não concluir

© Lusa

Por LUSA  20/11/22 

Teodoro Obiang Nguema Mbasogo deve ser hoje reeleito pela sexta vez Presidente da Guiné Equatorial para um mandato de sete anos, que vários ativistas preveem que não irá concluir, numa estratégia de manter o poder na sua família.

Teodoro Obiang Nguema Mbasogo deve ser hoje reeleito pela sexta vez Presidente da Guiné Equatorial para um mandato de sete anos, que vários ativistas preveem que não irá concluir, numa estratégia de manter o poder na sua família.

As eleições presidenciais deste domingo coincidem com eleições legislativas, senatoriais e municipais -- o que constitui uma infração à Constituição equato-guineense, que exclui a realização simultânea das presidenciais com outros plebiscitos.

As presidenciais estavam, por outro lado, previstas para abril próximo, sendo esta antecipação também expressamente excluída na Magna Carta do país.

Um total de 427.661 eleitores, de entre uma população de 1,45 milhões de habitantes, dispõe de cartão de eleitor para escolher hoje um de três candidatos à presidência, assim como o partido para ocupar os 100 assentos na câmara baixa do Parlamento em Malabo (99 dos quais atualmente reservados ao Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), partido único até 1991), parte do senado (cujos 70 assentos são ocupados pelo PDGE), e os dirigentes dos 37 municípios do país.

São candidatos à presidência Teodoro Obiang, líder do PDGE, Andrès Esono Ondo, presidente do partido da Convergência para a Democracia Social (CPDS), o único partido da oposição que não está proibido, e o líder do Partido da Coligação Social Democrática (PCSD), Buenaventura Monsuy Asumu, um senador e aliado crónico de Obiang, que concorre contra o Presidente pela quinta vez oferecendo ao regime um simulacro de democracia.

Teodoro Obiang, atualmente com 80 anos, governa com "punho de ferro" um pequeno país rico em petróleo desde 1979, na sequência de um golpe de Estado em que derrubou o seu tio e ditador sanguinário Francisco Macias Nguema, e é o Presidente há mais tempo no poder em todo o mundo.

Foi reeleito em 2016 com 93,6% dos votos, em eleições largamente contestadas, para um mandato de sete anos, que encurtou inconstitucionalmente.

Em setembro último, Obiang aboliu a pena de morte -- um compromisso assumido na adesão à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2014 --, mas a Guiné Equatorial é desde há décadas considerada pelas organizações de direitos humanos como um dos países mais corruptos e repressivos do mundo, palco de detenções sem acusação, tortura de dissidentes e alegações de fraude eleitoral em eleições sucessivas.

A Guiné Equatorial é o país africano com o maior Produto Interno Bruto (PIB) 'per capita', e o terceiro maior exportador de petróleo do continente, mas a maior parte da sua riqueza continua concentrada nas mãos de poucas famílias, entre as quais, à cabeça e de longe, as da família Obiang Nguema.

De acordo com as Nações Unidas, menos de metade da população tem acesso a água potável e 20% das crianças morre antes de completar 5 anos.

O país ocupa a 145.ª posição no mais recente Índice de Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas relativo a 2021, e mais de 80% da população vive abaixo do limiar de pobreza, numa situação ainda mais degradada por efeito da queda das receitas petrolíferas a partir de 2014, da pandemia de covid-19 e devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia.

Estas eleições presidenciais, de acordo com vários ativistas contactados pela Lusa, apenas servem ao mais antigo Presidente em todo o mundo para "manter o poder na família".

"Qualquer pessoa diria que a família Obiang Nguema tem sete anos para se despedir do poder, mas o contexto convida-nos a outra reflexão: os Obiang Nguema estão a tecer uma estratégia para manter o poder no seio da família" e estas eleições são um "passo importante" nesse sentido, afirmou à Lusa o coordenador geral da Plataforma Civil Somos+, Joaquin Eló Ayeto.

Segundo várias vozes de organizações da sociedade civil equato-guineense, o atual chefe de Estado não irá cumprir na totalidade o mandato e, antes do seu final, passará o testemunho ao filho, Teodoro Nguema Obiang Mangue, atual vice-presidente, conhecido como "Teodorín".

"Na minha opinião, no próximo mandato o regime vai impor a figura do sucessor e, neste momento, o que está em primeiro na linha sucessória é 'Teodorín', o vice-presidente, que irá consolidar-se", disse à Lusa um ativista da Comissão Equato-guineense de Juristas (CEJ) em Malabo, sob condição de anonimato, alegando razões de segurança pessoal.

De acordo com este jurista equato-guineense, "em algum momento, no culminar de um processo que começou há largos meses, vai completar-se a assunção funcional das tarefas do chefe de Estado e, em seguida, essa transição será formalizada, ainda que não saiba quando".

Antes do final deste mandato, "teremos o sucessor de Teodoro Obiang no poder e, neste momento, 'Teodorín' é o favorito", afirma igualmente um ativista da Aprofor - plataforma apoiada pela União Europeia (UE) de apoio, proteção e fortalecimento de ativistas e organizações da sociedade civil na defesa dos direitos humanos na Guiné Equatorial, que também solicitou o anonimato.

"Claro que na Guiné Equatorial as coisas podem mudar a qualquer momento, mas creio que ele será o próximo Presidente, isto se o pai não mudar de opinião de um dia para o outro, o que também pode acontecer. Todos conhecemos os rumores antigos de que Obiang não confia totalmente neste filho", acrescentou.

De acordo com os ativistas, detidas as vozes da oposição, as de políticos assim como de ativistas, para além de mais de 3.000 jovens, na sua maioria adolescentes, entre maio e agosto na chamada "Operação Limpeza", conduzida pelo vice-presidente -- os números são da plataforma da sociedade civil "Guiné Equatorial Também é Nossa" e a operação foi amplamente denunciada pela Amnistia Internacional -, as eleições serão "muito semelhantes a todas as anteriores", segundo a fonte da CEJ.

Numa declaração no início de novembro, a diplomacia da EU apelou à realização de eleições "pacíficas, inclusivas e transparentes". No mesmo sentido, também os Estados Unidos instaram o Governo em Malabo a "permitir que os seus cidadãos expressem as suas preferências de forma livre e confiante nas urnas eleitorais".

A Guiné Equatorial aderiu à CPLP em 2014, mediante alguns compromissos, como a abolição da pena de morte - formalizada em setembro passado -, a introdução do português e maior abertura democrática.


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