segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

Usar sapatos da rua em casa? As doenças que pode estar a trazer... Pode achar que é um hábito inofensivo, mas a verdade é que andar em casa com os sapatos que estiveram na rua pode trazer algumas consequências. Veja o que está em causa e com o que se deve preocupar.

Por LUSA 

Quando chega a casa, costuma retirar os sapatos ou anda com o mesmo calçado que acabou de vir da rua? Pode achar que é um hábito de outras culturas, o de chegar a casa e calçar algo diferente, mas a verdade é que pode estar a trazer doenças para o interior da sua habitação. 

Segundo uma publicação da Which?, uma entidade de defesa do consumidor do Reino Unido, aqui citada pelo The Mirror, existem vários riscos associados ao facto de andar em casa com o calçado que acabou de andar na rua.

Sapatos da rua em casa?

De acordo com um texto publicado nas redes sociais, “estudos descobriram que a sola de um sapato comum carrega, em média, mais de 400.000 bactérias, incluindo a E. coli, que pode ser encontrada nas fezes”.

Por outro lado, revelam também que o estudo concluiu que “96% dos sapatos acumularam vários tipos de bactérias e, embora nem todas sejam prejudiciais, existe a possibilidade de estar a levar germes que se encontram em sanitas diretamente para sua casa”.

Citam ainda uma pesquisa da Universidade do Arizona, dos Estados Unidos, que confirmou a presença deste tipo de germes e que podem vir a causar infeções gastrointestinais e também urinárias. 

Revelam ainda que bastaram uns pequenos passos na rua e alguns em casa para aumentar a probabilidade deste tipo de bactérias estarem presentes em casa.

O risco para bebés e animais

“Bebés e crianças pequenas que engatinham no chão também têm muito mais probabilidade de entrar em contato com bactérias nocivas que podem levar a doenças graves”, continuam os especialistas da Which?.

"Os sapatos esfregam a sujidade nas fibras dos tapetes e arranham os pisos de madeira, o que acaba por custar muito dinheiro a longo prazo. Até mesmo os seus animais de estimação não são inocentes. As patas deles também trazem sujidade e bactérias da rua.”

Assim, aconselham também a limpar as patas do seu cão antes de entrar em casa uma vez que poderá vir a ter o mesmo tipo de problemas que dizem respeito aos sapatos que usa no exterior. Desta forma, a solução passa por usar um tipo de calçado exclusivo para a casa, algo que troca logo à entrada e antes de percorrer outras divisões.

Nada de andar em casa com as pantufas todas sujas. Limpe-as assim

Para as limpar, evite a máquina de lavar roupa, se bem que em alguns casos pode correr bem. Segundo os especialistas da Grove, uma empresa dedicada a limpeza, dependendo do tipo de tecido, há uma forma específica para os limpar.

Ainda assim, detergente, bicarbonato de sódio e uma escova são essenciais. Se tiver pantufas de lã, o ideal é que tenha uma escova macia. Deve começar por retirar os resíduos da sola. Depois faça uma mistura com dois copos de água morna e bicarbonato. Use a escova para limpar e deixe secar ao ar.

Se tiver pantufas de algodão, o melhor é usar um detergente mais suave. Se tiver manchas, pode sempre usar um pouco de sabão em pó. Passe pelas manchas durante uns 10 minutos. E deixe-as também secar ao natural, nada de usar um secador. 

"O calor alto pode potencialmente encolher as suas pantufas, deformar a forma e derreter qualquer cola usada", explicam os especialistas.

Já se tiver pantufas de camurça, podem estragar-se com produtos mais agressivos. O melhor é mesmo o bicarbonato de sódio. Pode colocar na parte exterior um pouco deste produto e escovar.

No caso dos pantufas de couro, deve simplesmente usar detergente e água morna. Retire a sujidade com uma escova. Deixe depois secar ao ar.

Taiwan condena manobras chinesas e acusa Pequim de escalar tensão... As autoridades de Taiwan condenaram hoje as manobras com fogo real iniciadas pela China em torno da ilha, denunciando uma campanha de "intimidação militar" e "provocações irracionais" que, segundo Taipé, ameaçam a paz regional.

Por LUSA 

Em comunicado, a porta-voz presidencial, Karen Kuo, afirmou que a estabilidade no Estreito de Taiwan e no Indo-Pacífico representa um "amplo consenso" da comunidade internacional e alertou que os exercícios militares chineses "socavam flagrantemente a segurança regional" e desafiam o direito internacional.

As críticas surgem após o Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular (ELP) da China ter anunciado manobras com munição real ao redor da ilha, a decorrer entre hoje e terça-feira, numa altura em que Pequim reforça a pressão militar sobre Taiwan, num contexto de deterioração das relações com o Japão e de apoio crescente dos Estados Unidos a Taipé.

Kuo assegurou que as Forças Armadas e os serviços de segurança taiwaneses mantêm um acompanhamento "antecipado e exaustivo" da situação, com "todas as medidas necessárias" acionadas para garantir a segurança do território. "A população pode estar tranquila", garantiu.

O Ministério da Defesa de Taiwan divulgou também uma nota em que denuncia "diversos tipos de hostilidade militar e operações de desinformação" por parte de Pequim e confirma a ativação de um centro de resposta, com o destacamento de forças descritas como adequadas para proteger a soberania e a democracia da ilha.

"Defender a liberdade e a democracia não é uma provocação", afirmou o ministério, que acusou a China de agir de forma agressiva e de ser "o maior fator de perturbação da paz", ao mesmo tempo que reforçou a necessidade de acelerar uma capacidade de dissuasão "altamente resiliente".

As autoridades de Taipé defenderam que apenas uma paz obtida através da força e prontidão pode ser duradoura e prometeram manter vigilância contínua sobre as ações da China: "Não subestimaremos as suas capacidades, mas também não subestimaremos as nossas".

Kuo acusou ainda a China de promover uma "expansão autoritária" e mencionou episódios recentes de intimidação a Japão e Filipinas, que agravaram de forma unilateral a tensão regional. A porta-voz instou Pequim a "agir com racionalidade e moderação", evitar "erros de cálculo" e terminar "provocações irresponsáveis".

Segundo o ELP, os exercícios visam enviar um "sério aviso" às forças separatistas que defendem a independência de Taiwan e à "interferência externa".

Taiwan é autogovernado desde 1949, mas a República Popular da China considera a ilha uma "parte inalienável" do seu território e não exclui o uso da força para alcançar a reunificação, posição rejeitada pelo Governo de Taipé, que defende que apenas os 23 milhões de habitantes da ilha têm o direito de decidir o seu futuro político.


Leia Também: Exercícios militares pressionam Taipé após apoio dos EUA

As manobras lançadas hoje pela China em torno de Taiwan simulam um "estreitamento do cerco" à ilha e respondem ao reforço do apoio militar dos Estados Unidos, segundo especialistas chineses citados pela imprensa oficial chinesa.