sexta-feira, 25 de agosto de 2023

CÉREBRO: Trabalhar durante a noite pode aumentar o risco de perder a memória... A conclusão é de um estudo publicado na revista PLOS ONE.

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Notícias ao Minuto    25/08/23 

As pessoas que fazem mais turnos durante a noite podem vir a ter um risco maior de perder a memória no futuro. A conclusão é de um estudo da Universidade de York, no Canadá, publicado na revista PLOS ONE.

A investigação concluiu que quem fazia um horário mais tarde do que entre as 9 e as 17 horas eram mais propenso a sofrer de deficiências cognitivas. O estudo analisou dados de mais de 47 mil pessoas.

"As descobertas sugerem uma ligação potencial entre a exposição ao trabalho por turnos e a função cognitiva", revelam os especialistas. Trabalhar durante a noite pode levar à perda de memória em adultos de meia idade e mais velhos.

Dificuldade em gerir as suas ações, emoções e pensamentos foram outras das dificuldades apresentadas.


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Níger. CEDEAO diz a autores do golpe que pode reconsiderar uso da força

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POR LUSA   25/08/23 

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) garantiu hoje aos autores do golpe de Estado no Níger que ainda pode reconsiderar a sua posição, mas a opção de usar a força continua "em cima da mesa".

Os generais que depuseram o Presidente Mohamed Bazoum a 26 de julho admitem um período de transição de três anos antes de os civis regressarem ao poder, o que a CEDEAO considera inaceitável, exigindo o restabelecimento imediato da ordem constitucional.

A CEDEAO diz que as negociações continuam a ser a sua prioridade, enquanto os líderes militares dos países da organização estão a preparar-se para um possível "uso legítimo da força" para restaurar a democracia, se necessário.

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"Não é tarde demais para os militares reconsiderarem a sua ação e ouvirem a voz da razão, porque os líderes da região não tolerarão um golpe", disse Omar Alieu Touray, presidente da Comissão da CEDEAO, a repórteres em Abuja.

O golpe no Níger aumentou as tensões no Sahel, onde três outros governos civis foram derrubados pelos militares desde 2020 e movimentos rebeldes de cariz radical islâmico controlam regiões inteiras.

Os líderes da CEDEAO já estão a negociar com juntas no Mali, Burkina Faso e Guiné Conacri, que dizem estar envolvidas em transições para a democracia após os seus próprios golpes.

Os militares que tomaram o poder do Níger disseram que continuam abertos a negociações, mas enviaram mensagens contraditórias, incluindo a ameaça de julgar o Presidente deposto, Mohamed Bazoum, por traição.

Bazoum está detido com a família na residência oficial da presidência desde o golpe.

Os militares no poder em Niamey também advertiram contra qualquer intervenção, acusando a CEDEAO de preparar uma força de ocupação em colaboração com um país estrangeiro, que não nomearam.

A CEDEAO interveio militarmente em crises anteriores, incluindo guerras civis.

A hipótese de uso da força militar no Níger já enfrenta resistência política do norte da Nigéria, um ator fundamental da CEDEAO na região, e a Argélia, país vizinho, também alertou para as consequências desastrosas para a região de uma intervenção.

Possíveis ações militares dividiram a região, com os governos da Nigéria, Benim, Costa do Marfim e Senegal a confirmarem publicamente, nas últimas semanas, a disponibilidade dos seus exércitos para intervir em território nigerino.

No outro extremo, os vizinhos Mali e Burquina Faso, governados por juntas militares, opõem-se ao uso da força e argumentam que qualquer intervenção no Níger equivaleria a uma declaração de guerra também contra os seus países.

Além do Chade, a Guiné-Conacri, a Argélia e Cabo Verde rejeitaram essa intervenção militar, defendendo antes o diálogo.

A secretária de Estado Adjunta dos Estados Unidos (EUA) para África inicia hoje uma digressão pela Nigéria, Chade e Gana, com a resposta à situação no Níger, após o golpe militar, no topo da agenda, anunciou Washington.

Molly Phee "viaja para a Nigéria, Chade e Gana de 25 a 29 de agosto de 2023. Durante esta viagem, vai reunir-se com chefes de Estado regionais para discutir o apoio dos EUA à CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e à liderança regional na resposta à crise no Níger", anunciou o Departamento de Estado em comunicado.

O golpe de Estado no Níger foi liderado em 26 de julho pelo autodenominado Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP), que anunciou a destituição do Presidente e a suspensão da Constituição.

Criada em 1975, para promover o desenvolvimento económico da região e gerir os conflitos entre os seus membros, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) conta atualmente com 15 Estados: os francófonos Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Conacri, Mali, Níger, Senegal e Togo, os anglófonos Gâmbia, Gana, Nigéria, Libéria e Serra Leoa, e os lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau.


RÚSSIA: A longa lista de desaparecimentos misteriosos de opositores do Kremlin

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POR LUSA   25/08/23 

A presumível morte do líder do grupo Wagner numa queda de avião, esta semana, junta-se a uma longa lista de desaparecimentos misteriosos de críticos e opositores do Kremlin.

Os casos - que envolvem políticos opositores, espiões traidores e jornalistas de investigação - variam desde os ataques exóticos - envenenamento ao beber chá misturado com polónio ou ao contacto com um agente nervoso mortal - até aos mais mundanos, como ser atingido por um tiro à queima-roupa ou uma queda fatal por uma janela aberta.

Contudo, até agora, não havia qualquer caso de uma morte na queda de um avião, como aquela que terá vitimado o líder do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, numa queda de um avião particular que se despenhou numa viagem entre Moscovo e São Petersburgo.

As tentativas de assassínio de inimigos do Presidente Vladimir Putin têm sido comuns durante o seu quase quarto de século no poder.

As pessoas próximas das vítimas e os poucos sobreviventes culparam as autoridades russas, mas o Kremlin negou sistematicamente qualquer envolvimento.

Também houve relatos de proeminentes empresários russos que morreram em circunstâncias misteriosas, incluindo quedas de janelas, embora às vezes seja difícil determinar se foram assassínios ou suicídios.

Entre os ataques a opositores políticos destaca-se, em agosto de 2020, aquele que visou Alexei Navalny, que adoeceu durante um voo da Sibéria para Moscovo.

O avião pousou na cidade de Omsk, onde Navalny ficou hospitalizado em coma, tendo sido depois transportado para Berlim, dois dias, depois, para conseguir a sua recuperação.

Os seus apoiantes asseguram que o opositor do Kremlin foi envenenado, mas as autoridades russas negaram.

Laboratórios na Alemanha, França e Suécia confirmaram que Navalny foi envenenado por um agente nervoso da era soviética conhecido como Novichok.

Navalny regressou à Rússia e foi condenado este mês por extremismo e sentenciado a 19 anos de prisão, a sua terceira condenação prisional em dois anos por acusações que diz terem motivação política.

Em 2018, Pyotr Verzilov, fundador do grupo musical Pussy Riot, adoeceu gravemente e também foi levado de avião para Berlim, onde os médicos disseram que o envenenamento era "altamente plausível".

Verzilov acabou por recuperar, mas no início daquele ano tinha embaraçado o Kremlin ao correr num relvado durante a final do Campeonato do Mundo de futebol em Moscovo para protestar contra a brutalidade policial.

O assassínio de maior destaque de um opositor político nos últimos tempos foi o de Boris Nemtsov, que fora vice-primeiro-ministro de Boris Ieltsin e que se tornou um duro crítico de Putin.

Numa noite fria de fevereiro de 2015, Nemtsov foi morto a tiro numa ponte adjacente ao Kremlin enquanto caminhava com a namorada.

Cinco homens da região russa da Chechénia foram condenados, e o atirador foi condenado a 20 anos de prisão, mas os apoiantes de Nemtsov garantem que o seu envolvimento foi uma tentativa de tirar a culpa ao Kremlin.

Em 2006, o desertor russo Alexander Litvinenko - antigo agente do KGB e da agência sucessora na era pós-soviética, o FSB - sentiu-se gravemente doente em Londres depois de beber chá misturado com polónio-210 radioativo, vindo a morrer três semanas mais tarde.

Litvinenko estava a investigar a morte a tiro da jornalista russa Anna Politkovskaya, bem como as alegadas ligações dos serviços de informações russos com o crime organizado.

Antes de morrer, Litvinenko disse aos jornalistas que o FSB ainda operava um laboratório de venenos que datava da era soviética.

Um inquérito britânico concluiu que agentes russos mataram Litvinenko, provavelmente com a aprovação de Putin, mas o Kremlin negou qualquer envolvimento.

Anna Politkovskaya, jornalista do jornal Novaya Gazeta cuja morte Litvinenko estava a investigar, foi baleada e morta no elevador do seu prédio em Moscovo, em 07 de outubro de 2006 - aniversário de Putin.

A repórter conseguiu reconhecimento internacional pelas suas reportagens sobre violações dos direitos humanos na Chechénia.

O assassino, oriundo da Chechénia, foi condenado pela morte e sentenciado a 20 anos de prisão e quatro outros chechenos receberam penas de prisão mais curtas pelo seu envolvimento no assassinato.

Yuri Shchekochikhin, outro repórter da Novaya Gazeta, morreu de uma doença súbita e violenta em 2003.

Shchekochikhin estava a investigar negócios corruptos e o papel dos serviços de segurança russos nos atentados à bomba em prédios de apartamentos em 1999, atribuídos a insurgentes chechenos.

Os seus colegas insistiram que foi envenenado e acusaram as autoridades de dificultar deliberadamente a investigação.


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Golpe militar no Níger leva secretária de Estado Adjunta dos EUA à região

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POR LUSA   25/08/23 

A secretária de Estado Adjunta dos Estados Unidos (EUA) para África inicia hoje uma digressão pela Nigéria, Chade e Gana, com a resposta à situação no Níger, após o golpe militar, no topo da agenda, anunciou Washington.

Molly Phee "viaja para a Nigéria, Chade e Gana de 25 a 29 de agosto de 2023. Durante esta viagem, vai reunir-se com chefes de Estado regionais para discutir o apoio dos EUA à CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e à liderança regional na resposta à crise no Níger", anunciou o Departamento de Estado em comunicado.

Em todo os contactos estarão em foco "os objetivos comuns de preservar a democracia duramente conquistada no Níger e conseguir a libertação imediata do Presidente Mohamed Bazoum, da sua família e dos membros do seu Governo detidos injustamente", lê-se no comunicado.

A número dois da diplomacia norte-americana está também a consultar altos funcionários no Benim, Costa do Marfim, Senegal e Togo, anunciou Washington, enfatizando o seu apoio "à posição de princípio tomada pela CEDEAO em defesa da democracia e da ordem constitucional".

Uma intervenção militar regional contra a junta, que tomou o poder pelas armas no Níger no passado dia 26 de julho, está em cima da mesa desde 30 de julho, anunciada então pelos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, que manifestam, não obstante, continuar empenhados no diálogo para resolver a crise.

Até à data, a junta militar em Niamey não só ignorou as ameaças como nomeou um novo primeiro-ministro e formou um Governo de transição, avisando que o uso da força será objeto de uma resposta "imediata" e "enérgica".

Uma eventual ação militar dividiu a região, com os governos da Nigéria, Benim, Costa do Marfim e do Senegal a confirmarem a disponibilidade dos seus exércitos para intervir em território nigeriano.

No outro extremo, Mali e Burkina Faso, vizinhos do Níger e ambos governados por juntas militares que também tomaram o poder pela força, opõem-se ao uso da força e argumentam que qualquer intervenção no Níger equivaleria a uma declaração de guerra também contra eles.

O Chade, a Guiné-Conacri, a Argélia e Cabo Verde rejeitaram igualmente a intervenção militar, e defendem que a solução deve ser encontrada através do diálogo.

Do mesmo modo, a União Africana (UA) manifestou-se contra a possibilidade de uma intervenção militar, mas suspendeu o Níger como membro da organização até ao restabelecimento efetivo da ordem constitucional.

O golpe de Estado no Níger foi liderado em 26 de julho pelo autodenominado Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP), que anunciou a destituição do Presidente e a suspensão da Constituição.



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Ministro do Comércio em conferência de imprensa sobre a redução do preço dos produtos de primeira necessidade.

Radio Voz Do Povo 


"O Governo deve tomar medidas para implementação da sua decisão de baixar o preço de_ARROZ"._disse o Porta_Voz de Grupo de comerciantes bem organizados na fileira de caju.


Por Radio Voz Do Povo

Wagner já estava a sair da Bielorrússia "antes" da morte de Prigozhin

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POR LUSA   25/08/23 

As autoridades ucranianas admitiram hoje que o número de mercenários do Grupo Wagner destacados na Bielorrússia tem diminuído gradualmente, num movimento iniciado antes da alegada morte do seu líder, Yevgeny Prigozhin, na quarta-feira.

O Serviço de Fronteiras da Ucrânia, que tem controlado a presença do Grupo Wagner na Bielorrússia desde a rebelião de Prigozhin em junho, disse que a situação na fronteira com o país vizinho estava estável.

"Não identificámos quaisquer ações invulgares que possam ter ocorrido do outro lado da fronteira", afirmou o porta-voz do Serviço de Fronteiras, Andri Demechenko, à televisão ucraniana.

Demechenko disse que a diminuição do número de efetivos do Grupo Wagner na Bielorrússia estava a ocorrer "mesmo antes dos acontecimentos de 23 de agosto", referindo-se à data da presumível morte de Prigozhin.

"Não de forma significativa, mas gradualmente o número de mercenários de Wagner na Bielorrússia tem vindo a diminuir. Agora, é claro que desde o dia 23 o seu número tem vindo a diminuir", afirmou.

O porta-voz acrescentou que a maioria dos mercenários foi para a Rússia "de férias" e não regressou, segundo as agências espanholas EFE e Europa Press.

Cerca de quatro mil mercenários do Grupo Wagner foram transferidos para a Bielorrússia no âmbito de um acordo entre o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, e as autoridades russas após a breve rebelião de há dois meses.

A presença dos efetivos do grupo paramilitar russo na Bielorrússia motivou alertas na Polónia, que anunciou o reforço de segurança nas fronteiras com o país vizinho, por receio de provocações.

Além da Rússia e da Ucrânia, a Bielorrússia tem fronteiras com a Polónia, a Lituânia e a Letónia, três países membros da NATO e da União Europeia (UE).

As autoridades russas disseram que Prigozhin e outros dirigentes do Grupo Wagner faziam parte da lista de passageiros de um avião particular que se despenhou na quarta-feira a noroeste de Moscovo, provocando a morte das 10 pessoas a bordo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, enviou na quinta-feira uma mensagem de condolências à família de Prigozhin, em que afirmou que o antigo aliado era "um homem talentoso que cometeu alguns erros".

Criado em 2014 e com presença em países africanos e no Médio Oriente, o Grupo Wagner destacou-se na guerra russa contra a Ucrânia, protagonizando algumas das batalhas mais sangrentas desde a invasão de 24 de fevereiro de 2022.

Prigozhin, 62 anos, antigo cozinheiro e aliado de Putin, revoltou-se no final de junho contra o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, e as chefias militares, que acusou de não lhe fornecerem armas suficientes e de atacarem os efetivos do Grupo Wagner.

Durante a breve rebelião, Prigozhin ocupou o comando militar russo na cidade de Rostov-on-Don, sudoeste da Rússia, e mandou avançar uma coluna de mercenários para Moscovo.

A coluna voltou para trás quando estava a 200 quilómetros da capital russa após um acordo alegadamente mediado pela Bielorrússia.

Pelo caminho, os mercenários envolveram-se em confrontos com as forças de segurança, abatendo meia dúzia de helicópteros, de que resultou a morte de cerca de duas dezenas de elementos das forças de Moscovo.


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Níger. Nigéria garante que continua a tentar evitar intervenção militar

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POR LUSA  25/08/23 

O Presidente da Nigéria e chefe rotativo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Bola Ahmed Tinubu, garantiu que está a tentar "controlar" o bloco para evitar uma intervenção militar contra a junta golpista no Níger.

"Ainda esta manhã recebi uma vaga de telefonemas sobre os preparativos dos países [da CEDEAO] com os respetivos exércitos e as contribuições possíveis. Mas disse-lhes para esperarem", afirmou Tinubu, segundo um comunicado emitido pela presidência nigeriana esta quinta-feira.

"Estou a gerir uma situação muito espinhosa", afirma Tinubu, garantindo que, se a CEDEAO se afastar, "outras pessoas reagirão", sem dar mais pormenores.

A presidência nigeriana emitiu a declaração depois de Tinubu se ter reunido na quinta-feira com um grupo de clérigos muçulmanos destacados, a quem pediu para voltarem a falar com a junta golpista do Níger e tentar convencê-la a abandonar o poder.

Os líderes religiosos deslocaram-se ao Níger no passado dia 19 e persuadiram a junta militar a receber em Niamey uma delegação da CEDEAO chefiada pelo antigo chefe do Estado-Maior nigeriano Abdulsalami Abubakar, visita que até então a junta tinha recusado.

A opção de uma intervenção militar regional contra a junta, que tomou o poder pelas armas o poder no Níger no passado dia 26 de julho, está em cima da mesa desde 30 de julho, anunciada então pelos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, que manifestam, não obstante, continuar empenhados no diálogo para resolver a crise.

Até à data, a junta militar em Niamey não só ignorou as ameaças como nomeou um novo primeiro-ministro e formou um Governo de transição, avisando que o uso da força será objeto de uma resposta "imediata" e "enérgica".

Uma eventual ação militar dividiu a região, com os governos da Nigéria, Benim, Costa do Marfim e do Senegal a confirmarem a disponibilidade dos seus exércitos para intervir em território nigeriano.

No outro extremo, Mali e Burkina Faso, vizinhos do Níger e ambos governados por juntas militares que também tomaram o poder pela força, opõem-se ao uso da força e argumentam que qualquer intervenção no Níger equivaleria a uma declaração de guerra também contra eles.

O Chade, a Guiné-Conacri, a Argélia e Cabo Verde rejeitaram igualmente a intervenção militar, e defendem que a solução deve ser encontrada através do diálogo.

Do mesmo modo, a União Africana (UA) manifestou-se contra a possibilidade de uma intervenção militar, mas suspendeu o Níger como membro da organização até ao restabelecimento efetivo da ordem constitucional.

O golpe de Estado no Níger foi liderado em 26 de julho pelo autodenominado Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP), que anunciou a destituição do Presidente e a suspensão da Constituição.

O Níger é o quinto país da África Ocidental a ser liderado por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burkina Faso, que também tiveram golpes militares entre 2020 e 2022, para além do Chade, onde o atual Presidente dissolveu o Parlamento, suspendeu a Constituição e assumiu a liderança de uma junta militar depois da alegada morte do seu pai em combate.

Desde o derrube do regime do Presidente Mohamed Bazoum, a comunidade internacional teme ainda mais instabilidade na região do Sahel, que enfrenta crescentes insurgências de grupos fundamentalistas islâmicos ligados aos grupos extremistas Estado Islâmico e Al-Qaida.

Um grupo alargado de países, onde constam os Estados Unidos, bem como a ONU e a União Europeia, apelaram a uma resolução pacífica da crise.


Piloto russo desertou para a Ucrânia de helicóptero - o resto da tripulação não sabia do plano

Helicóptero russo Mil Mi-8 (AP)

CNN Portugal,  25/08/23

Os outros dois membros da tripulação, quando se aperceberam, tentaram fugir. “Infelizmente, foram eliminados. Preferiríamos tê-los vivos, mas é o que é”, diz líder dos serviços secretos da Ucrânia

Um piloto russo desertou para a Ucrânia de helicóptero, avançou o líder dos Serviços Secretos do Ministério da Defesa da Ucrânia, Kyrylo Budanov.

Numa entrevista à Radio Free Europe, cuja versão completa ainda não foi publicada, Budanov descreveu o processo.

“Conseguimos encontrar a abordagem correta para este homem. Conseguimos criar condições para que a sua família saísse [da Rússia] sem que fosse detetada e, eventualmente, criámos condições para que ele pudesse trazer a sua aeronave, juntamente com uma tripulação que não sabia o que estava a acontecer”, começou por contar.

Os outros dois membros da tripulação, quando se aperceberam, tentaram fugir, disse Budanov. “Infelizmente, foram eliminados. Preferiríamos tê-los vivos, mas é o que é.”

O líder das secretas ucranianas indicou que o desertor se sente “muito bem” e que tudo está “espetacular”. “Ele tem duas opções, mas está inclinado a ficar aqui. Nunca ninguém tinha feito isto antes, mas esperamos poder realizar mais operações deste tipo”, desejou.

Não foi possível verificar se esta operação ocorreu de facto, nem é sabido qual o percurso exato da aeronave. Citado pela CNN Internacional, o jornalista ucraniano Yuriy Butusov afirma que o helicóptero aterrou numa base ucraniana. “O aparelho está totalmente intacto e será adicionado às Forças Armadas da Ucrânia após uma inspeção detalhada do seu equipamento.”


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UNICEF: Milhões de crianças precisam de apoio um ano após inundações no Paquistão

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POR LUSA    25/08/23 

A agência das Nações Unidas para a infância alertou hoje que, um ano após as inundações no Paquistão, cerca de quatro milhões de crianças continuam a precisar de assistência humanitária e de acesso a serviços essenciais.

O alerta da UNICEF surge numa altura em que as autoridades da província oriental de Punjab, no Paquistão, correm contra o tempo para retirar as pessoas das zonas afetadas pelo transbordamento do rio Sutlej.

Desde o dia 01 de agosto, que as equipas de resgate retiraram mais de 100 mil pessoas de áreas isoladas nos distritos de Kasur e Bahawalpur.

Há mais de seis meses, dezenas de países e instituições internacionais, numa conferência apoiada pela ONU em Genebra, prometeram mais de nove mil milhões de dólares para ajudar o Paquistão na recuperação e construção após inundações do verão passado.

No entanto, a maior parte assumiu a forma de empréstimos para projetos, que ainda estão em fase de planeamento.

"As chuvas das monções desta estação estão a piorar as condições já desafiantes para as comunidades afetadas pelas cheias, que causaram a morte a 87 crianças em todo o país", adiantou a UNICEF em comunicado.

De acordo com a UNICEF, cerca de oito milhões de pessoas, das quais cerca de metade são crianças, continuam a viver sem acesso a água potável nas zonas afetadas pelas cheias.

"As crianças vulneráveis que vivem em zonas afetadas pelas cheias suportaram um ano horrível. Perderam os seus entes queridos, as suas casas e escolas", disse Abdullah Fadil, representante da UNICEF no Paquistão.

As inundações do ano passado afetaram 33 milhões de pessoas e mataram 1.739. Os dilúvios destruíram ou danificaram 30 mil escolas, duas mil instalações de saúde e 4.300 sistemas de abastecimento de água.

A UNICEF afirmou que um terço das crianças já estavam fora da escola antes das cheias, enquanto a subnutrição estava a atingir níveis de emergência e o acesso a água potável e saneamento era preocupantemente baixo.

A UNICEF apelou ao Paquistão e às agências humanitárias para que aumentem e mantenham o investimento em serviços sociais básicos para crianças e famílias.


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𝐆𝐨𝐯𝐞𝐫𝐧𝐨 𝐫𝐞𝐚𝐠𝐞 𝐚𝐬 𝐝𝐞𝐜𝐥𝐚𝐫𝐚çõ𝐞𝐬 𝐝𝐨 𝐩𝐫𝐞𝐬𝐢𝐝𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐚𝐬𝐬𝐨𝐜𝐢𝐚çã𝐨 𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐭𝐚𝐥𝐡𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐫𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐁𝐚𝐧𝐝𝐢𝐦


©Radio TV Bantaba   25/08/23

𝗠𝗢𝗩𝗜𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢 “𝗗𝗝𝗜𝗨𝗦 𝗔Ó𝗦” 𝗗𝗜𝗭 𝗡Ã𝗢 𝗖𝗢𝗡𝗖𝗢𝗥𝗗𝗔𝗥 𝗖𝗢𝗠 𝗢 𝗣𝗥𝗘Ç𝗢 𝗗𝗘 𝟱𝟬𝟬𝟬 𝗙𝗜𝗫𝗔𝗗𝗢 𝗣𝗘𝗟𝗢 𝗚𝗢𝗩𝗘𝗥𝗡𝗢

Por Rádio Jovem Bissau

Em entrevista exclusiva,  hoje, à Rádio Jovem, depois do governo ter anunciado ontem através do ministro de transportes e  comunicações, José Carlos Esteves, que o preço de bilhete de barco para Bubaque será de 5 mil francos cfa e de Bissau - Intchudé de 1.800 franco cfa, o porta-voz dessa organização, Vladimir Vitorino Gomes, ao reagir a medida em causa, afirmou que já manifestaram as suas indignações ao titular da pasta de transportes e comunicações em como que o referido preço não lhes vinculam. 

“ Como o Estado através do novo Governo não tem a capacidade de dar resposta as exigências do povo, não vamos aceitar nenhum franco a mais em relação ao preço de três mil e quinhentos (3.500) francos Cfa.” Afirmou.

Vladimir Gomes disse ainda que a decisão anunciada é uma “brincadeira” que chegou ao seu limite e avisou que  não vão acatar a decisão.

Na ocasião, Gomes aproveitou para pedir a colaboração de todos,  exortando-os para que ninguém tente comprar bilhetes de barco para viajar às zonas de ilhas, além do preço que é exigido e também revelou que a população está altamente revoltado. 

Atualmente, o preço dos bilhetes praticado de Bissau para Bolama e de Bissau para Bubaque, respectivamente, é de 6.500 franco cfa. Um valor que o Movimento exige a sua redução para  3.000 francos Cfa, de Bissau para Bolama e 3.500 de Bissau para Bubaque, e vice-versa.


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Rússia diz que abateu míssil ucraniano que visava alvos civis

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POR LUSA  25/08/23 

A Rússia disse hoje ter abatido um míssil ucraniano que visava "alvos civis" na região de Kaluga, bem como "vários drones" ao largo da Crimeia.

Uma tentativa de ataque de Kyiv contra "alvos civis no território da Federação Russa foi frustrada", disse o Ministério da Defesa na plataforma de mensagens Telegram.

"O míssil foi detetado e destruído pelos sistemas de defesa aérea sobre o território da região de Kaluga", a sudoeste da capital russa, acrescentou a mesma fonte.

A agência de notícias estatal russa TASS informou também, citando fontes dos serviços aéreos, que os aeroportos internacionais de Moscovo, Vnukovo e Domodedovo foram encerrados ao tráfego aéreo na madrugada.

A região de Kaluga faz fronteira com Moscovo, que foi várias vezes alvo de drones ucranianos nos últimos dias, indicaram as autoridades russas.

A administração russa na Crimeia anexada disse, esta madrugada, que tinha abatido drones ao largo da península.

"De acordo com dados preliminares, vários drones foram destruídos sobre o mar na área do cabo Chersonese", disse o governador Mikhail Razvojaev.

Na quinta-feira, Kyiv anunciou ter realizado uma rara operação na Crimeia, anexada pela Rússia, e hasteado a bandeira ucraniana, um êxito simbólico no Dia da Independência da Ucrânia neste bastião considerado inexpugnável por Moscovo.


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DONALD TRUMP: Trump publica foto tirada na prisão. O 1.º ex-presidente dos EUA com uma

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POR LUSA  25/08/23 

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump usou a rede social X (antigo Twitter) na quinta-feira, a primeira vez desde 2021, para publicar a histórica fotografia tirada poucas horas antes numa prisão de Atlanta.

O ex-chefe de Estado não publicava uma mensagem naquela que era a sua rede social de eleição, desde janeiro de 2021, quando o Twitter suspendeu a conta do político indefinidamente, alguns dias depois do ataque ao Congresso norte-americano, cometido por apoiantes.

Trump publicou a fotografia e escreveu: "Interferência eleitoral. Rendição nunca!", juntamente com uma ligação para a sua página na internet.

A conta do ex-chefe de Estado foi restabelecida em novembro, logo depois de Elon Musk ter assumido o controlo da empresa.

A mensagem representa o regresso de Trump à plataforma de comunicação que foi mais importante durante muito tempo, usada para dominar os rivais nas primárias de 2016 e comandar o ciclo de notícias durante anos.

Trump, que pretende recandidatar-se à Casa Branca em 2024, tem 86,5 milhões de seguidores, superando os rivais à nomeação nas primárias republicanas.

Na quinta-feira, o ex-presidente entregou-se às autoridades do estado da Geórgia, onde é acusado de tentar falsificar os resultados eleitorais de 2020, na quarta acusação criminal que enfrenta.

Trump dirigiu-se à prisão de Fulton, na cidade norte-americana de Atlanta, para tirar as impressões digitais e a referida fotografia, que vai constar no processo judicial.

Esta foi a primeira vez que um ex-presidente norte-americano tirou uma fotografia em contexto policial, as chamadas 'mugshot'.

O magnata Republicano foi libertado 20 minutos depois, sob pagamento de uma fiança de 200 mil dólares (185 mil euros).

As condições da fiança proíbem-no de intimidar corréus, testemunhas ou vítimas do caso, inclusive nas redes sociais. O Republicano tem um histórico de atacar os procuradores que lideram os casos contra si, incluindo a procuradora distrital responsável por este caso, Fani Willis.

Esta acusação é o quarto processo criminal contra Trump desde março, quando se tornou o primeiro ex-presidente na história dos Estados Unidos a ser acusado.


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NÍGER: "Agressão"? Forças do Burkina Faso e Mali autorizadas a intervir no Níger

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POR LUSA    24/08/23 

Os militares que tomaram o poder no Níger há quase um mês autorizaram as forças de Burkina Faso e Mali a intervir no território "em caso de agressão", anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país.

Os ministros responsáveis pela mesma 'pasta' naqueles países vizinhos, Olivia Rouamba e Abdoulaye Diop, visitaram hoje Niamey, onde foram recebidos pelo novo 'homem forte' do Níger, o general Abdourahamane Tiani.

"Saudaram" a assinatura de ordens "que autorizam as forças de defesa e segurança do Burkina Faso e do Mali a intervir no território nigerino em caso de agressão", de acordo com um comunicado de imprensa lido, no final da visita, pelo secretário-geral adjunto no Ministério dos Negócios Estrangeiros do Níger.

O Burkina Faso e o Mali, que tal como o Níger enfrentam violência terrorista recorrente, também são liderados por forças militares que tomaram o poder pela força entre 2020 e 2022 e mostraram o seu apoio às novas autoridades do Níger logo após o golpe de Estado de 26 de julho, em Niamey.

Os dois países alertaram particularmente a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que ameaçou intervir militarmente para restaurar a ordem constitucional no Níger.