Presidência da República da Guiné-Bissau / Radio Voz Do Povo
sábado, 14 de dezembro de 2024
O Presidente da República Umaro Sissoco, chegou hoje à Nigéria para participar da Cimeira da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental).
Presidência da República da Guiné-Bissau / Radio Voz Do Povo
Obras tudo lado! Estrada di Paulo Barros pa forçado! Badjuda Kuma 20 anos eka Otcha Ki estrada rampadu…
Presidente da República Umaro Sissoco Embalo, desloca-se a República Federal da Nigéria.
Investigadores disseram à Lusa que a China está a recorrer à segurança privada, operações da ONU ou cooperação com exércitos africanos para assegurar a sua presença na segurança de África, contornando assim o princípio de não-intervenção.
© Lusa 14/12/2024
Privados e cooperação garantem presença chinesa na segurança africana
Investigadores disseram à Lusa que a China está a recorrer à segurança privada, operações da ONU ou cooperação com exércitos africanos para assegurar a sua presença na segurança de África, contornando assim o princípio de não-intervenção.
O país asiático conta já com uma base militar no Djibuti, no Corno de África, enquanto antigos membros da polícia paramilitar e do Exército chinês assumem funções de segurança em diferentes países do continente, incluindo Angola, Mali ou Sudão do Sul, explicaram os investigadores. A utilização de missões de manutenção da paz da ONU para proteger ativos e operações é outra das estratégias utilizadas por Pequim, disseram.
A preocupação com a segurança surge no âmbito do comércio e investimento, potencializado pela Iniciativa Faixa e Rota, o gigantesco plano de infraestruturas internacional lançado pela China, e que inclui a construção de portos, aeroportos ou linhas ferroviárias no continente africano.
As empresas chinesas dominam já a exploração de minérios raros em África considerados cruciais para as tecnologias do futuro. A China é também o maior comprador de petróleo de vários países africanos.
"Nos locais onde empresas chinesas de telecomunicações, petróleo ou mineração operam é cada vez mais frequente a contratação de empresas de segurança privada chinesas para proteção de ativos e recursos humanos", explicou Alessandro Arduíno, um dos raros investigadores sobre a atuação da segurança privada chinesa em África, à agência Lusa.
O sequestro de trabalhadores chineses e a pirataria são, em particular, um problema crescente para o país asiático, mas o princípio de não-intervenção continua a constituir uma pedra basilar da política externa chinesa, limitando a atuação das suas forças armadas para proteger alvos individuais.
As empresas de segurança privada fornecem ainda serviços de informação, que podem ser cruciais na negociação com tribos e milícias locais, em regiões propensas a conflitos onde empresas chinesas estão envolvidas na extração de recursos, disse Arduíno.
Nos últimos anos, o papel da China na paz e segurança de África ganhou maior relevo também através da cooperação e treino militar ou venda de armas.
Em setembro passado, o Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu mais de 130 milhões de euros em ajuda militar e formação para 6.000 militares e 1.000 polícias de países africanos.
Em dezembro de 2021, o jornal norte-americano The Wall Street Journal noticiou que a China estava a planear construir uma base naval na Guiné Equatorial.
"A segurança e a estabilidade do Golfo da Guiné são de grande importância para os países da região, para África como um todo e até para o mundo", afirmou, na semana passada, o comandante da marinha chinesa, o almirante Hu Zhongming, durante um fórum com representantes das forças armadas dos países da região.
"A marinha chinesa está disposta a trabalhar com os amigos do Golfo da Guiné para contribuir com sabedoria e força para promover maior paz, segurança, estabilidade e prosperidade no Golfo da Guiné", acrescentou.
Obert Hodzi, autor do livro "The End of China's Non-Intervention Policy in Africa", apontou também à Lusa como Pequim tem "protegido infraestruturas importantes de petrolíferas chinesas" e "treinado as suas tropas para combater no terreno", através da participação em missões de manutenção da paz da ONU.
"A China tem hoje interesses que vão para além do seu território ou região", notou Hodzi. "E existem conflitos que estão a afetar diretamente esses interesses", disse.
O investigador exemplificou com o envio massivo de capacetes azuis para missões de manutenção de paz no Sudão do Sul ou Mali, visando "proteger infraestruturas importantes de petrolíferas chinesas" e "treinar as Forças Armadas chinesas para combater no terreno".
Pequim contribui, há várias décadas, para missões da ONU em África, mas se, até 2013, se tratavam de pequenos contingentes, compostos sobretudo por pessoal médico ou engenheiros, o país envia hoje também soldados para combater - 2.464, o maior número entre os membros do Conselho de Segurança.
O Parlamento sul-coreano aprovou a destituição do presidente Yoon Suk-yeol, este sábado.
© ANTHONY WALLACE/AFP via Getty Images Notícias ao Minuto 14/12/2024
O presidente sul-coreano foi suspenso mas não sairá imediatamente do cargo, uma vez que há ainda um processo após o 'impeachment'.
O Presidente da Câmara, Woo Won-shik anunciou no parlamento que a votação pelo 'impeachment' tinha sido aprovada com 204 votos a favor, 85 contra, três abstenções e oito votos inválidos - de um total de 300 deputados.
Para aprovar a moção, eram necessários pelo menos 200 votos a favor - para obter uma maioria de dois terços no hemiciclo - e, embora o voto seja secreto, pelo menos 12 deputados do Partido do Poder Popular (PPP), conservador e no poder, tinham de apoiar a destituição, uma vez que os partidos da oposição têm um total de 192 lugares.
A incerteza quanto ao resultado manteve-se até ao fim, com o PPP a realizar uma reunião à porta fechada durante horas para definir uma posição oficial e a reunião a terminar minutos antes do início da votação com o anúncio de que o partido não apoiaria oficialmente a moção.
A contagem dos votos revelou claramente que nem todos os lugares do PPP - sete já tinham declarado publicamente que votariam a favor da destituição de Yoon - votaram de acordo com a posição oficial do partido.
Mas, com mais de 200 votos a favor da moção, o presidente da Coreia do Sul vai ser suspenso do cargo. Quem irá assumir estas funções será o primeiro-ministro do país, Han Duck-soo, tornando-se assim também presidente interino.
Parlamento aprovou. E agora?
No entanto, embora o parlamento tenha aprovado a destituição do presidente sul-coreano, este processo não significa que Yoon Suk-yeol saia imediatamente do cargo, isto porque há ainda um longo processo pela frente.
O 'impeachment' vai ainda ao Tribunal Constitucional. O presidente será apenas demitido se seis dos nove membros do Conselho votarem para sustentar o 'impeachment'.
Aguarda-se agora uma decisão no prazo de 180 dias.
Se o Tribunal Constitucional determinar pela saída, Yoon será o segundo presidente em exercício a ser desqualificado em democracia na Coreia do Sul, depois de a também conservadora Park Geun-hye ter sido afastada do poder e presa em 2017 por um complexo esquema de corrupção.
O liberal Roh Moo-hyun também foi destituído pelo parlamento em 2004 por uma alegada violação da lei eleitoral, embora o mais alto órgão judicial da Coreia do Sul tenha decidido, dois meses depois, reintegrá-lo como presidente.
Recorde-se que, há cerca de uma semana, Yoon Suk-yeol desencadeou um caos político após aplicar a lei marcial no país. Esta decisão gerou também grandes protestos.
No exterior da Assembleia Nacional, em Seul, milhares de pessoas que se reuniram para exigir a destituição de Yoon manifestaram a sua satisfação com o resultado do processo.
Londres, Tóquio e Roma têm projeto de aviões de combate supersónicos
© Reuters Por Lusa 13/12/2024
O Reino Unido, a Itália e o Japão fecharam hoje um acordo para desenvolver aviões de combate supersónicos, previsto para 2035, e que antecede um projeto europeu concorrente, liderado por Paris, Berlim e Madrid.
A britânica BAE Systems, a italiana Leonardo e a japonesa JAIEC - criada nomeadamente pela Mitsubishi Heavy Industries -, são os três fabricantes responsáveis pelo desenvolvimento do dispositivo e anunciaram hoje, em comunicado, que assinaram o acordo que dá origem a esta 'joint venture' (empreendimento conjunto, em português), dos quais cada um deles deterá um terço.
A criação desta empresa, que iniciará as suas atividades em meados de 2025, faz parte de um programa conjunto de Londres, Roma e Tóquio, denominado GCAP (Global Combat Air Program ou Programa Global de Combate Aéreo) anunciado em 2022.
A enorme aeronave de cauda dupla em forma de V substituirá o F-2 japonês e os Eurofighters italianos e britânicos.
A sua vida útil "deverá estender-se para além de 2070", de acordo com o comunicado de imprensa.
Se o calendário planeado pelos promotores do projeto for respeitado, entrará em serviço pelo menos cinco anos antes do projeto concorrente SCAF, o projeto Future Air Combat System (Sistema de Combate Aéreo do Futuro) realizado pela França, Alemanha e Espanha.
A nova empresa terá sede no Reino Unido e o seu primeiro diretor-geral, cujo nome ainda não é conhecido, será de nacionalidade italiana. Equipas conjuntas serão implantadas nos três países.
Este acordo, "o culminar de muitos meses de colaboração", reúne "os pontos fortes e a experiência significativos das empresas envolvidas", afirmou Charles Woodburn, CEO da BAE Systems.
"O caminho pode nem sempre ser simples e direto, mas estou confiante de que, ao continuar o espírito de cooperação e colaboração trilateral incentivado até agora, não só entregaremos a GCAP a tempo, mas também a um nível que superará todas as nossas expectativas" , sublinhou, por sua vez, Kimito Nakae, presidente da JAIEC.
A GCAP representa "um passo importante no desenvolvimento de tecnologias de ponta e um exemplo notável da forte cooperação internacional entre as nossas nações", vincou o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, em comunicado.
O projeto irá girar em torno da aeronave acompanhada por drones, todos conectados com os restantes recursos militares envolvidos numa operação.
Deverão ser comprometidos milhares de milhões de euros em investimentos, distribuídos de forma equitativa, sobre os quais os três fabricantes não forneceram hoje detalhes.
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Celebração do 70° Aniversário da declaração universal dos direitos humanos. Centro cultural franco Bissau Guineense.
Israel interceta dois projeteis lançados de Gaza pela Jihad Islâmica
© REUTERS Por Lusa 13/12/2024
As forças israelitas intercetaram hoje dois projéteis disparados a partir do centro da Faixa de Gaza pelo grupo palestiniano Jihad Islâmica, que fizeram soar os alarmes na cidade costeira de Ashkelon, de acordo com um comunicado militar.
A Jihad Islâmica, que participou nos ataques de 07 de outubro junto do Hamas contra Israel, referiu pelas 21:00 (19:00 em Lisboa) que atacou Ashkelon e as comunidades vizinhas com uma "vaga de mísseis".
Os serviços de emergência israelitas disseram que ainda não receberam qualquer relato de possíveis vítimas.
Os lançamentos de hoje acontecem depois de as forças israelitas terem atacado na noite de quinta-feira o campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa, para eliminar um alegado alto funcionário da Jihad Islâmica que, segundo Israel, estava escondido na zona.
O ataque matou mais de trinta palestinianos e deixou mais de 80 feridos, segundo as autoridades de Gaza, enclave controlado pelo Hamas, que acusaram Israel de saber antecipadamente que na zona bombardeada existiam numerosos blocos habitacionais onde estavam alojadas dezenas de civis.
O Exército israelita, que disse estar a analisar o sucedido, explicou que após os bombardeamentos foram detetadas explosões secundárias que "provavelmente danificaram um edifício próximo" da estrutura atacada, o que segundo as forças demonstra a presença de numerosas armas na zona.
Os lançamentos de projéteis pelas milícias palestinianas em Gaza contra Israel tornaram-se cada vez menos frequentes após 14 meses de guerra.
Na quarta-feira, o Exército israelita ordenou aos residentes de várias zonas do campo de refugiados de Al Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, que se deslocassem para a designada "zona humanitária", junto à costa, após detetarem o lançamento de vários foguetes, que caíram em zonas despovoadas ou foram intercetados antes do impacto.
Israel geralmente ordena a evacuação das áreas onde deteta lançamentos de foguetes em Gaza, pouco antes de as bombardear.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano Hamas em Israel que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 44 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.