domingo, 25 de setembro de 2022

MORTE DE MAHSA AMINI: Pelo menos 41 mortos e 1.186 detidos em protestos no Irão

© Jenny Matthews/In Pictures via Getty Images

Por LUSA  25/09/22 

Os protestos no Irão pela morte de Mahsa Amini causaram já pelo menos 41 mortos e 1.186 detidos após nove dias, enquanto o Governo mobilizou hoje milhares de cidadãos em marchas contra os manifestantes que pedem mais liberdades.

Nove dias depois da morte de Amini, após ser detida pela polícia da moralidade por usar o véu obrigatório no país alegadamente de forma errada, parece que os protestos estão a acalmar, mas é difícil analisar a situação, dadas as restrições impostas pelo Governo à internet e à informação.

As redes móveis são cortadas à tarde e à noite, e a situação da internet fixa piorou com operadoras como a Mobinnet a ter "apagões", explicou a NetBlocks, uma plataforma que estuda a censura 'online'.

O Comité para a Proteção dos Jornalistas relatou a prisão de pelo menos 18 jornalistas nos últimos dias.

As autoridades não informam o número de mortos, mas a televisão estatal iraniana afirmou que já são 41.

Quanto ao número de detidos, também não há dados oficiais completos.

O procurador da cidade de Sari, Mohamad Karimi, denunciou hoje a prisão de 450 "desordeiros" na província nortenha de Mazandaran.

Com outros 736 detidos na província de Guilan, o número de detenções conhecidas sobe para 1.186.

Hoje, o Governo iraniano mobilizou milhares de cidadãos em todo o país em marchas contra os protestos por causa de Amini.

Estes manifestantes exibiram cópias do Alcorão, bandeiras iranianas e fotos do líder supremo Ali Khamenei em Teerão, onde marcharam cantando "morte ao manifestante" e "morte ao insurrecto", mas também os habituais "morte à América" e "morte a Israel", que acusam de estarem por detrás dos protestos. Defenderam ainda a aplicação da lei com 'slogans' de apoio à polícia e ao líder Khamenei.

As marchas repetiram-se nas principais cidades do país, como Shiraz, Isfahan, Hamedan, Bandar Abas, Qom, Rasht, Ghazvin e até em Sanandaj, capital do Curdistão iraniano, de onde Amini era originária.

Hoje é o segundo dia de marchas pró-Governo, desde que os protestos devido à morte de Amini começaram, na sexta-feira, dia 16.

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão convocou os embaixadores britânico, Simon Shercliff, e norueguês, Sigvald Hauge, após os protestos no país, avançou a agência de notícias Efe.

Segundo a Efe, o embaixador britânico foi convocado em protesto contra a divulgação de notícias pelos órgãos de comunicação social do Reino Unido em relação à morte da jovem Mahsa Amini nas instalações policiais.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão também convocou o embaixador norueguês por comentários de "ingerência" do presidente do Parlamento, Masud Gharahjani, sobre os protestos no Irão, através da rede social Twitter.

Mahsa Amini, 22 anos, foi detida pela chamada "polícia de moralidade" de Teerão, capital do Irão, onde se encontrava de visita, por alegadamente trazer o véu de forma incorreta e transferida para uma esquadra com o objetivo de assistir a "uma hora de reeducação".

A jovem acabou por entrar em coma e morrer dias depois no hospital.


Leia Também: UE condena "uso generalizado e desproporcionado da força" no Irão 

Leia Também: MNE do Irão convoca embaixadores britânico e norueguês

Uso de armas nucleares terá "consequências catastróficas" para a Rússia

Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA

Agência Lusa, 25/09/22

Para o responsável norte-americano, é preciso "levar muito a sério" o possível uso de armas nucleares pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial

Os Estados Unidos alertaram, este domingo, Moscovo de que qualquer uso de armas nucleares terá "consequências catastróficas" para a Rússia, porque Washington e os seus aliados responderão "de forma decisiva".

"Comunicámos diretamente, em privado, a níveis muito elevados com o Kremlin, que qualquer uso de armas nucleares terá consequências catastróficas para a Rússia. Que os Estados Unidos e os nossos aliados responderemos de forma decisiva", disse o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em entrevista à "CBS News".

Para o responsável norte-americano, é preciso "levar muito a sério" o possível uso de armas nucleares pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

Num discurso na quarta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, mencionou as "armas do futuro" para advertir a NATO de que a Rússia conta com um arsenal nuclear "inigualável" que lhe permite contrariar qualquer ameaça ocidental.

"Quero recordar que o nosso país também dispõe de diferentes sistemas ofensivos e, em alguns componentes, são mais modernos do que os que têm os países da NATO", ameaçou Putin.

Segundo Sullivan, tanto em público como em privado, os Estados Unidos têm sido "claros e específicos" sobre o que implicaria um eventual uso de armas nucleares: O Governo do Presidente Joe Biden "responderá com decisão".

Washington, acrescentou o assessor, continuará a apoiar a Ucrânia nos seus esforços para defender o país e a sua democracia e recordou que já foram entregues mais de 15.000 milhões de dólares em ajudas para armamento e sistemas de defesa aérea.

Na entrevista, Sullivan referiu-se também à atual situação do Exército russo, defendendo que a anunciada "mobilização parcial" dos cidadãos "não é exatamente um sinal de força ou de confiança", mas sim "um sinal de que estão a sofrer muito no lado russo".

Russos fogem em massa. Filas acumulam-se na fronteira com a Mongólia

© Getty Images

Notícias ao Minuto 25/09/22 

Situações semelhantes repetem-se nas fronteiras da Rússia com o Cazaquistão, Geórgia e Finlândia.

Longas filas de veículos acumulam-se na fronteira entre a Rússia e a Mongólia este domingo, dias depois do anúncio do Kremlin de convocar centenas de reservistas para a guerra na Ucrânia.

O chefe de um posto de controle na cidade de Altanbulag disse à AFP que mais de 3.000 russos entraram na Mongólia via terrestre desde quarta-feira, a maioria deles homens.

Destes, cerca de 2.500 eram homens e só 500 mulheres e crianças.

"Desde 21 de setembro, o número de cidadãos russos que entram na Mongólia aumentou", disse o chefe do posto de controle, major G. Byambasuren.

Há relatos de pessoas que aguardam horas para atravessar a fronteira.

Byambasuren explicou ainda que cidadãos russos podem visitar a Mongólia e ficar sem visto durante 30 dias, havendo a possibilidade de estender a estadia por mais 30 dias.

Veja, na galeria, o cenário no posto fronteiriço mongol de Altanbulag.

A fila está a aumentar desde quarta-feira, dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a mobilização parcial para enviar cerca de 300.000 reservistas para combater na Ucrânia. É a primeira convocação militar da Rússia de homens em idade de combate desde a Segunda Guerra Mundial.

Situações semelhantes repetem-se nas fronteiras da Rússia com o Cazaquistão, Geórgia e Finlândia.

Milhares de homens russos, temendo uma notificação oficial para se juntarem às fileiras na frente, deixaram ou estão a tentar deixar o país para evitar combater na Ucrânia.


Leia Também: Rússia admite fila de 2.300 carros que querem atravessar para a Geórgia

RÚSSIA: Mais 821 detidos no sábado na Rússia em protestos contra mobilização

© Lusa

Por LUSA 25/09/22 

Pelo menos 821 pessoas foram detidas no sábado em 34 cidades devido a protestos que eclodiram na Rússia contra a mobilização militar decretada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, segundo um balanço divulgado pela organização de direitos civis OVD-Info.

Moscovo foi a cidade com maior número de detidos, cerca de 400, mas também foram detidas pessoas em São Petersburgo (142 detidos), Novosibirsk (71), Irkutsk (20), Tomsk (19), Izhevsk (17), Ufa (16), entre outros locais.

Os protestos começaram depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter ordenado uma mobilização parcial para fortalecer as Forças Armadas, após os recentes reveses na guerra na Ucrânia.

No primeiro dia de protestos, mais de 1.300 pessoas foram presas, segundo a OVD-Info.


Leia Também: Aliados de Putin questionam mobilização e admitem "queixas"

NIGÉRIA: Pela menos 15 pessoas morreram em ataque armado a mesquita na Nigéria

© iStock

Por LUSA  25/09/22 

Pelo menos 15 pessoas morreram na sexta-feira na sequência de um ataque armado a uma mesquita do noroeste da Nigéria, no estado de Zamfara, noticia hoje a agência Efe, citando fontes civis e policiais locais.

"Um grande número de terroristas atacou a mesquita durante a reza Yumu'ah (oração tradicional muçulmana que se reza em grupo às sextas-feiras) em Ruwan Jema (localidade) e mataram a tiro, pelo menos, 15 fiéis", relatou à agência espanhola o secretário da Coligação da Sociedade Civil de Zamfara, Attahiru Mohammed.

De acordo com a mesma fonte, desconhecem-se ainda as motivações do ataque.

Por seu turno, o porta-voz da polícia do estado de Zamfara, Muhammed Shehu, explicou que os detalhes sobre este ataque "estão incompletos", devido às "más estradas e má comunicação" com aquela região do país.

Já alguns residentes da localidade de Ruwan Jema adiantaram que o ataque teve lugar perto das 13:30 (mesma hora em Portugal Continental e Madeira) e que os atacantes se fizeram passar por fiéis para poderem entrar na mesquita.

"Alguns fiéis conseguiram fugir, mas 15 pessoas não tiveram essa sorte. Todos os corpos foram recuperados e enterrados", disse Salihu Abubakar.

Os estados do centro e do noroeste da Nigéria são alvos frequentes por parte de "bandidos", uma expressão utilizada no país para se referirem aos grupos criminosos que cometem assaltos e raptos em massa.

Este clima de violência continua, apesar das reiteradas promessas do Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, de pôr fim a este problema e ao reforço de segurança na zona.

A esta insegurança no noroeste da Nigéria acresce a que se verifica desde 2009, devido à atuação do grupo terrorista Boko Haram, e desde 2016 com os ataques perpetrados pelo Estado Islâmico.

Ambos os grupos são responsáveis pela morte de mais de 35 mil pessoas e provocaram a migração de cerca de 2,7 milhões, sobretudo na Nigéria, mas também nos países vizinhos dos Camarões, Chade e Níger, segundo dados governamentais e da Organização das Nações Unidas.

Chegada do Umaro Sissoco Embalo Presidente da República, vindo da Nova Iorque onde Participou na 77@ Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.


Radio TV Bantaba


@Radio TV Bantaba  Chegada do Umaro Sissoco Embalo Presidente da República, vindo da Nova Iorque onde Participou na 77@ Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.☝