quinta-feira, 5 de maio de 2022

INÉDITO - Há pelo menos 50 anos, é a primeira vez que na Guiné-Bissau um paciente foi submetido a uma tomografia (TAC).

Este feito nunca antes registado, foi possivel graças ao formidável trabalho realizado durante os dois anos de governação do II Governo da X legislatura, dirigida pelo Primeiro-Ministro Eng Nuno Gomes Nabiam.

Consiguimos transformar e mudar o rosto do HNSM e estamos a extender acções idênticas aos Hospitais Regionais.


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Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau


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Ordenamento do território. Bissau conta com autarquias portuguesas

© Lusa

Notícias ao Minuto  05/05/22 

A Câmara Municipal de Bissau (CMB) "conta e espera muito" das autarquias portuguesas para iniciar um processo de ordenamento do território, disse hoje à Lusa o secretário-geral, Lente Embassa.

O responsável falava à Lusa à margem dos trabalhos do primeiro fórum internacional da Guiné-Bissau organizado pela CMB, sob o lema "A força do poder local", com a participação de representantes das câmaras municipais de Águeda, Braga, Castelo Branco, Lisboa, Oeiras e Rio Maior.

O fórum, que decorre até sábado, está a analisar aspetos que contribuem para o desenvolvimento, nomeadamente o território, a coesão, a competitividade, a sustentabilidade, a conexão e a colaboração.

Lente Embassa notou que os trabalhos, iniciados na terça-feira, estão a decorrer "da melhor forma possível", e que entre as metas identificadas para o futuro imediato, está a criação de um Plano Diretor Municipal para Bissau que deverá substituir o Plano Geral Urbanístico, caduco desde 1997.

"O Plano Diretor Municipal é a força de qualquer município para se lançar ao desenvolvimento", afirmou o secretário-geral da CMB, salientando a disponibilidade de todas as câmaras portuguesas presentes no fórum de Bissau em apoiar o projeto.

Leopoldo Martins Rodrigues, presidente da Câmara de Castelo Branco, disse à Lusa que a sua edilidade "está disponível" para apoiar a congénere guineense na elaboração de documentos normativos no âmbito da criação do Plano Diretor Municipal de Bissau.

O autarca português considerou que a "simpatia" dos guineenses e a "forma prática" como o presidente da Câmara de Bissau coloca as questões, em termos de necessidades, ajudam a que a sua entidade "não tenha dificuldades em corresponder".

Vereadora da Educação, inovação e coesão social no município de Braga, Carla Sepúlveda, com experiência de 12 anos como consultora de projetos na Guiné-Bissau, defendeu que Braga está aberta a apoiar Bissau na implementação de projetos que visem a melhoria das condições de vida dos munícipes.

Também manifestou prontidão do seu município em participar na criação do futuro Plano Diretor Municipal de Bissau e que irá contemplar o ordenamento do território que compõe a capital guineense.

A mesma disponibilidade foi manifestada por Edmilson Santos, em representação da câmara de Oeiras, para quem a experiência deste concelho português poderá ser replicada em Bissau.

Aquele técnico português salientou o facto de Oeiras ser "em anos passados" uma zona que ainda tinha barracas, mas que "deu um salto qualitativo" a partir do momento em que o atual autarca, Isaltino Morais, colocou em marcha um plano de ordenamento do território.

Edmilson Santos, de origem guineense, destacou o facto de Oeiras ser hoje uma zona que "atrai turistas e investidores".

"Um território ordenado atrai investimentos. Bissau poderá beber da experiência de Oeiras", notou Edmilson Santos.

O secretário-geral da Câmara Municipal de Bissau adiantou que os trabalhos para criação do Plano Diretor Municipal serão iniciados ainda este ano e contarão também com o apoio da delegação da União Europeia no país.

Leia Também: Guiné-Bissau quer abrir Casa da Cultura em Portugal ainda este ano

NATO à 'beira-Rússia'. Tropas serão enviadas quando Suécia disser o 'sim'

© Reuters

Notícias ao Minuto  05/05/22 

Tanto a Suécia como a Finlândia ponderam candidatar-se à aliança. Decisão é esperada este mês.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) garantiu, esta sexta-feira, que a organização ia reforçar a sua presença no Mar Báltico se a Suécia se decidir candidatar.

"Estou convencido de que vamos encontrar uma solução para a segurança da Suécia numa eventual fase transitória", disse Jens Stoltenberg em entrevista à estação televisiva sueca SVT.

Devido à proximidade com a Rússia, a  Suécia como a Finlândia, que estão a ponderar candidatar-se à aliança, procuram também garantias de segurança durante o processo de adesão, que poderá demorar um ano até ser aprovado. 

"A partir do momento em que a Suécia se candidatar [...] a NATO tem a obrigação de estar disponível para garantir a segurança da Suécia",  reiterou, explicando que é a partir daí que mais tropas serão colocadas tanto à volta do país, como no Mar Báltico.

Recorde-se que perante as demonstrações públicas de interesse da Suécia e da Finlândia em juntarem-se à organização, o Kremlin respondeu de imediato, dizendo uma eventual adesão por parte destes países ia ter "consequências graves". Moscovo chegou mesmo a dizer que iria colocar armas nucleares e mísseis hipersónicos na região marítima que é comum aos três países.

A decisão dos dois países é esperada este mês.

Mali: Guterres defende força africana com mandato robusto da ONU

© Lusa

Por LUSA  05/05/22 

Bamaco, 05 mai 2022 (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu hoje a necessidade de uma missão internacional no Mali para evitar o colapso do país, propondo uma força africana com um mandato mais robusto da ONU.

O Conselho de Segurança deverá considerar em junho a renovação do mandato da Missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), que foi criada em 2013 e conta com cerca de 13.000 soldados e milhares de agentes policiais e civis no país, que tem sido abalado pela violência, particularmente a extremista.

O debate terá lugar à luz da evolução verificada desde a renovação da força em junho de 2021 por um ano: o anúncio da retirada das forças francesas e europeias, a chegada de centenas de russos apresentados por Bamaco como instrutores e pela França e seus aliados como mercenários, e a junta militar, que se mantém no poder apesar do seu compromisso inicial de organizar eleições em fevereiro de 2022.

"A situação real é que, sem a Minusma, o risco de colapso do país seria enorme", disse António Guterres, quando questionado se iria pedir a renovação do mandato de Minusma, numa entrevista da rádio francesa RFI e citada pela agência noticiosa France-Presse.

"Não vou propor que terminemos esta missão, porque penso que as consequências seriam terríveis. Mas está a ter lugar em circunstâncias que realmente exigiriam, [não] uma força de manutenção da paz, mas uma robusta força de imposição da paz e de combate ao terrorismo", afirmou Guterres.

Esta "força robusta", sustentou, "deve ser uma força africana, da União Africana, mas com um mandato do Conselho de Segurança ao abrigo do Capítulo 7 e com financiamento obrigatório".

O Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas permite o uso da força armada no caso de uma ameaça à paz.

Os países africanos são os maiores contribuintes de tropas para a Minusma, missão que tem sido criticada pelo seu mandato limitado, com vários líderes africanos a apelar a prerrogativas mais fortes.

Guterres admite que a tarefa é difícil.

O facto de a missão da ONU no Mali ter perdido mais agentes de manutenção da paz em 2021 do que todas as outras missões das Nações Unidas no mundo, "é uma situação realmente difícil" para a organização, admitiu.

Cerca de 170 soldados da paz da ONU foram mortos desde 2013 em ataques perpetrados por extremistas ou em explosões de bombas artesanais.

Por outro lado, Guterres reconheceu existir "uma cooperação muito difícil" entre a Minusma e o exército maliano em matéria de direitos humanos.

A missão da ONU continua à espera da autorização das autoridades para enviar os seus peritos para a cidade central de Moura, cenário do que a organização Human Rights Watch descreve como o massacre de 300 civis por soldados malianos associados a combatentes estrangeiros, possivelmente russos, no mês passado.

O exército do Mali nega e reivindica a eliminação de mais de 200 extremistas.

A recente criação, pela junta militar no poder no Mali, de uma vasta zona de exclusão aérea também complica as operações da Minusma, que tem de pedir autorização para voar para lá.

A deterioração das relações entre o Mali, a França e os seus aliados levanta também questões sobre as repercussões para a Minusma e se poderá ficar em causa o direito que o Conselho de Segurança da ONU confere às forças armadas de prestar apoio à Minusma no caso de uma "ameaça grave e iminente".

Leia Também: Togo aceita papel de mediador na crise política do Mali

CONSELHO DE MINISTROS : COMUNICADO ... 0️⃣5️⃣ 0️⃣4️⃣ 2️⃣2️⃣

O Coletivo Governamental reuniu-se hoje em sessão ordinária no Palácio da República sob a presidência de Sua Excelência Senhor Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló, tendo debruçado sobre vários assuntos da vida nacional.

No final foi produzido o seguinte comunicado que podem conferir o seu conteúdo na íntegra.👇

 Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau

PARLAMENTO MANTÉM A IMUNIDADE DO DEPUTADO DOMINGOS SIMÕES PEREIRA

JORNAL ODEMOCRATA  05/05/2022

A Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular, votou por unanimidade a manutenção da imunidade parlamentar ao deputado e líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira.

A informação foi avançada, esta quinta-feira 5 de maio de 2022, aos jornalistas pelo porta-voz da Comissão Permanente, Helder Henrique de Barros, após uma reunião convocada para analisar a carta que Domingos Simões Pereira enviou à mesa de Assembleia Nacional Popular para saber se continua a gozar dos seus direitos e liberdade, enquanto cidadão e deputado da nação.

Barros lembrou que um juiz que tinha aplicado a Simões Pereira medida de coação que mais tarde suspendera arquivando o processo, mas o Procurador-Geral da República emitiu outro despacho que manteve a medida.

“O deputado Domingos Simões Pereira precisa ir fazer consultas médicas, razão pela qual fez a questão de perguntar a ANP se continua a gozar ou não dos seus direitos. O presidente do Parlamento convocou a Comissão Permanente para deliberar sobre essa matéria”, explicou.

Hélder de Barros disse estranhar que algumas instituições continuam a insistir na restrição de liberdade de um deputado que nem sequer é parte desse processo.

“Pessoas que estavam ligadas diretamente ao processo foram ao tribunal e o juiz arquivou o processo, porque entendeu que não tem nada que possa prejudicar o país”, sublinhou.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

TERRORISMO: Parlamento Europeu manifesta preocupação com instabilidade na África Ocidental e no Sahel

© Getty Images

Por LUSA  05/05/22 

O Parlamento Europeu manifestou hoje preocupação com o aumento da instabilidade na África Ocidental e no Sahel, nomeadamente pela crescente presença de grupos terroristas na região, condenando a violência e exigindo um "rápido regresso à ordem constitucional".

Numa resolução hoje aprovada na sessão plenária da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, os eurodeputados "expressam a sua preocupação com o aumento da instabilidade na África Ocidental e no Sahel, condenando veementemente a violência e as mortes na região, incluindo os abusos cometidos no contexto de operações militares", indica a instituição em comunicado.

Na resolução (aprovada por votação de mão no ar), os parlamentares dizem também estar "profundamente preocupados com o estado da democracia e com os recentes golpes de Estado", apelando por isso a "todos os líderes golpistas que estabeleçam limites claros para a duração da transição política e que garantam um rápido regresso à ordem constitucional e a organização de eleições transparentes e inclusivas".

Para o Parlamento Europeu, "qualquer cooperação política e de segurança a longo prazo com os atores da UE exigirá calendários realistas para um regresso à democracia, incluindo marcos claros e mensuráveis".

"Preocupados com a crescente presença de grupos terroristas na região do Sahel e da África Ocidental, os eurodeputados apontam para o crescente empobrecimento das pessoas que constitui a base socioeconómica do desenvolvimento do terrorismo", refere a instituição à imprensa.

No documento aprovado, os eurodeputados afirmam ainda apoiar as ações da União Africana e as ações e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para defender a democracia e o Estado de direito.

Falando na quarta-feira no debate em plenário, a comissária europeia para as Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, disse que a União Europeia (UE) não vai abandonar o Sahel devido à instabilidade em que se encontra aquela região africana, embora exigindo mais empenho político e responsabilização aos países.

"Que fique claro que não vamos abandonar o Mali ou o Sahel", que "continua a ser uma prioridade para a UE", salientou Jutta Urpilainen, intervindo num debate sobre a situação daquela região africana que engloba 11 países: norte do Senegal, sul da Mauritânia, Mali, norte de Burkina Faso, extremo sul da Argélia, Níger, norte da Nigéria, centro do Chade e Sudão, Eritreia e norte da Etiópia.

Porém, alertou: "Só podemos trabalhar com quem quiser trabalhar connosco, sendo mais exigentes na necessidade de um compromisso político reforçado e de uma maior responsabilização".

A UE já veio denunciar a presença de mercenários do grupo russo de segurança privada Wagner em diferentes países africanos, que compromete o trabalho realizado há anos para fortalecer a defesa dos estados severamente afetados pelo terrorismo 'jihadista'.

Enfraquecida pela crise do Sahel, a África Ocidental foi ainda mais desestabilizada pelos golpes militares que ocorreram sucessivamente no Mali (agosto de 2020 a maio de 2021), Guiné-Conacri (setembro de 2021) e Burkina Faso (janeiro de 2022).

Bill Gates: "Nunca devemos menosprezar o Elon Musk"

© Getty Images

Notícias ao Minuto  05/05/22 

O cofundador e ex-líder da Microsoft foi questionado sobre o futuro que o Twitter terá sob liderança de Elon Musk.

O cofundador e ex-líder da Microsoft, Bill Gates, afirmou num evento organizado pelo The Wall Street Journal nesta quarta-feira, dia 4, que não sabe o que esperar do futuro do Twitter sob liderança de Elon Musk - notando todavia que nunca se deve menosprezar o empresário.

“[O Elon Musk] pode vir a piorar o Twitter. Esse não é o historial dele. O historial dele com a Tesla e com a SpaceX é bastante impressionante”, notou Gates. “Tenho algumas dúvidas que isso acontecerá desta vez, mas temos de ter uma mente aberta e nunca menosprezar o Elon”.

Mesmo depois de ter reunido o montante necessário para comprar o Twitter, Elon Musk parece continuar à procura de financiadores que lhe permitam contribuir com menos da sua riqueza pessoal.

Entretanto, Musk recebeu um convite do Reino Unido para discutir o que planeia para o futuro do Twitter e como procura equilibrar a moderação de conteúdo com a liberdade de expressão na plataforma.


Leia Também: Denunciante do Facebook "otimista" com aquisição do Twitter por Elon Musk

PRIMEIRO-MINISTRO DE CABO VERDE VAI VISITAR GUINÉ-BISSAU

Por Rádio Jovem | maio 5, 2022 

O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Ulisses Silva, inicia domingo uma visita à Guiné-Bissau com a assinatura de acordos de cooperação em agenda, segundo o programa divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam.

Segundo o programa, José Ulisses da Silva chega domingo a Bissau, mas a visita de trabalho tem início na segunda-feira com um encontro com o primeiro-ministro guineense, seguido de um encontro bilateral alargado às duas delegações, que será concluído com a assinatura de acordos de cooperação.

Após uma declaração à imprensa, o chefe do Governo cabo-verdiano segue para a Assembleia Nacional Popular, onde fará uma visita de cortesia ao presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, sendo depois recebido pelo chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, na Presidência da República.

Na agenda para segunda-feira consta também uma visita à empresa que importa e distribui medicamentos na Guiné-Bissau, Saluspharma e onde a cabo-verdiana Inpharma entrou em 2019, e um jantar oficial oferecido por Nuno Gomes Nabiam.

Já na terça-feira, último dia da visita, o primeiro-ministro cabo-verdiano começa o dia com uma visita à Escola Nacional da Administração, onde dará uma palestra dedicada ao tema “Estabilidade e Desenvolvimento” e à Faculdade de Medicina, estando também previsto um encontro com a comunidade cabo-verdiana.

NM

“Rússia está a comportar-se como um Estado pária ao nível da Coreia do Norte”

SIC Notícias 5 Maio, 2022  

A análise do comentador da SIC Rui Cardoso à guerra na Ucrânia.

O exército russo realizou um exercício militar onde simulou o disparo de mísseis com capacidade nuclear no enclave russo de Kaliningrado, entre a Polónia e a Lituânia. 

Rui Cardoso diz que Kaliningrado pode ser o local de início de uma III Guerra Mundial e compara a Rússia à Coreia do Norte.  

“A Rússia está a comportar-se como um Estado pária ao nível da Coreia do Norte”, afirma. “[Kaliningrado] “É aquilo que nas universidades e academias militares se estuda como o sítio maldito do começo de uma eventual III Guerra Mundial.” 

O comentador da SIC considera que isto é uma forma de intimidação aos Estados bálticos e à Suécia e a Finlândia, que poderão vir a aderir à NATO.  

Na SIC Notícias, fala ainda sobre o cessar-fogo acordado para o complexo de Azovstal, em Mariupol, e o Dia da Vitória, 9 de maio. Sobre a possibilidade da Rússia declarar, formalmente, guerra à Ucrânia, diz:  

“Permite apenas a Putin ter as mãos mais livres para ir buscar soldados dos destacamentos de reserva, os do serviço militar obrigatório e arrebanhar mais material.” 

Notícias da Guiné-Bissau: Atualidade Nacional 4-5-22 ...RTP África Repórter África

Rússia faz exercício militar com disparo simulado de mísseis nucleares

© Lusa

Notícias ao Minuto  05/05/22 

O Exército russo realizou um exercício militar onde simulou o disparo de mísseis com capacidade nuclear no enclave russo de Kaliningrado, entre a Polónia e a Lituânia, revelou na quarta-feira o Ministério da Defesa da Rússia.

As manobras militares neste enclave no mar Báltico, entre a Polónia e a Lituânia, países membros da União Europeia (UE), consistiram numa simulação de "lançamentos eletrónicos" de sistemas de mísseis balísticos móveis Iskander, com capacidade nuclear.

Em comunicado, o Ministério da Defesa russo referiu que as forças russas realizaram ataques únicos e múltiplos contra alvos que simulavam zonas de lançamento de sistemas de mísseis, aeródromos, infraestruturas protegidas, equipamento militar e postos de comando de um inimigo fictício.

Após terem efetuado os disparos "eletrónicos", os militares realizaram uma manobra de mudança de posição, de forma a evitar "um possível ataque de retaliação", pode ler-se.

As unidades de combate também praticavam "operações em condições de radiação e contaminação química".

O exercício militar envolveu mais de 100 soldados, acrescentou Moscovo.

O anúncio deste teste militar ocorreu no 70.º dia da invasão russa da Ucrânia, que já resultou em milhares de mortos e causou a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, com mais de 13 milhões de pessoas deslocadas.

Desde o início da "operação militar" que o Presidente russo, Vladimir Putin, tem produzido ameaças onde sugere estar disposto a implantar armas nucleares táticas.

A Rússia colocou, de resto, as suas forças nucleares em alerta máximo logo após enviar tropas para a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Putin alertou para uma retaliação "rápida como um relâmpago" em caso de intervenção direta do Ocidente no conflito ucraniano.

Segundo observadores, nos últimos dias a televisão estatal russa tentou tornar o uso de armas nucleares mais aceitável para o público.

"Há duas semanas que ouvimos na televisão que os silos nucleares devem ser abertos", sublinhou na terça-feira Dimitri Muratov, editor de um jornal independente russo e Prémio Nobel da Paz 2021.

A Rússia iniciou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar o país vizinho para segurança da Rússia -, condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, e a guerra, que entrou hoje no 70.º dia, causou até agora a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, mais de 5,5 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que a classifica como a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A ONU confirmou hoje que 3.238 civis morreram e 3.397 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.


O jornal norte-americano New York Times noticiou que as informações fornecidas pelos serviços secretos dos Estados Unidos aos militares ucranianos levaram à morte de vários generais russos perto da linha da frente.

O diário, que citou fontes não identificadas dos serviços secretos norte-americanos, escreveu, na quarta-feira, que as informações incluíram "determinar a localização e outros detalhes do quartel-general móvel do exército russo, que se desloca regularmente".

De acordo com responsáveis, esta informação, combinada com a dos ucranianos e, em particular a interceção de comunicações, permitiu a estes últimos efetuar ataques de artilharia contra altas patentes russas...Ler Mais