sexta-feira, 30 de maio de 2025

Moscovo garante que Kyiv está "à beira da derrota total"... A Rússia garantiu hoje no Conselho de Segurança das Nações Unidas que as suas Forças Armadas poderão "continuar e intensificar" os combates na Ucrânia "pelo tempo necessário", frisando que um cessar-fogo é insuficiente para terminar a guerra.

© YUKI IWAMURA/AFP via Getty Images    Lusa  30/05/2025 

Naquela que foi a segunda reunião da semana sobre este conflito no Conselho de Segurança da ONU, o embaixador russo, Vasily Nebenzya, acusou os aliados europeus da Ucrânia de quererem prolongar a guerra e advogou que Kyiv está "à beira da derrota total". 

"Queremos repetir novamente que os objetivos da nossa operação especial podem ser alcançados tanto pacificamente quanto militarmente. As nossas Forças Armadas são capazes de continuar e aumentar as operações de combate pelo tempo que for necessário", afirmou.

"Basta olhar para qualquer relatório militar, mesmo os mais tendenciosos em relação à Rússia, para se convencer de que as tropas russas estão a avançar com sucesso por quase toda a linha de frente", acrescentou.

As declarações de Nebenzya surgem num momento que a segurança na Ucrânia está "significativamente pior", em comparação com o ano passado, com o número de mortes civis no primeiro trimestre de 2025 a ser 59% superior ao período homólogo de 2024, indicou na quinta-feira a ONU.

Por três noites consecutivas no último fim de semana, as Forças Armadas russas atacaram cidades e vilas ucranianas com números recorde de mísseis de longo alcance e drones, matando e ferindo dezenas de civis.

Segundo o diplomata russo, um simples cessar-fogo não é suficiente para acabar com o conflito, insistindo que uma resolução sustentável e de longo prazo deverá abordar as "causas básicas" da guerra e acrescentando que os direitos da população de língua russa na Ucrânia são violados diariamente.

Nebenzya disse existir "um grupo inteiro de pessoas que não está interessado" em acabar com o conflito, nomeando o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que "tem medo de perder o poder", e aliados europeus que "têm vindo a implementar o projeto 'anti-Rússia' na Ucrânia desde 2014". 

Acusou ainda Londres, Bruxelas, Paris e Berlim de recorrerem a "provocações e mentiras" sobre a Rússia para "forçar o Presidente americano", Donald Trump, a voltar a apoiar incondicionalmente a Ucrânia.

"Os Estados europeus continuam descaradamente a sua guerra por procuração com a Rússia, esperando sair impunes", disse, numa reunião onde a maioria dos 15 Estados-membros do Conselho de Segurança não se fez representar pelos seus principais embaixadores.

No entanto, Nebenzya não rejeitou totalmente a ideia de adotar um cessar-fogo, indicando que essa via poderia levar a uma "resolução sustentável das causas profundas do conflito". 

Para isso, "no mínimo", os países ocidentais precisam de parar de fornecer armas ao regime de Kyiv e a Ucrânia tem de interromper a mobilização, apelou.

Uma reunião entre as delegações russa e ucraniana é esperada em Istambul na segunda-feira para negociar o fim da guerra, embora haja pouco otimismo em relação aos resultados.

A Rússia anunciou que apresentará as suas condições para a deposição de armas na mesma reunião em Istambul, enquanto a Ucrânia --- que já comunicou a sua posição aos russos --- exige receber o documento com antecedência para poder analisá-lo antes de se sentar para negociar.

Na reunião de hoje, os Estados Unidos recordaram que a Ucrânia tem afirmado repetidamente que está pronta para aceitar um cessar-fogo imediato, incondicional e abrangente.

"Foi a Rússia que rejeitou este apelo", afirmou o diplomata norte-americano.

Os Estados Unidos frisaram ainda que a Ucrânia, enquanto país soberano, tem o direito de se defender de agressões e que os aliados têm o direito de fornecer a Kyiv os meios para o fazer.

No total, desde o início da invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, pelo menos 13.279 civis, incluindo 707 crianças, foram mortos.

O número confirmado de civis feridos é de 32.449, incluindo 2.068 crianças, reportou na quinta-feira a ONU.


14.000 soldados, 100 mísseis balísticos e milhões de munições: o que a Coreia do Norte enviou para a Rússia

Por  CNN

"Estas formas de cooperação ilícita entre a Coreia do Norte e a Rússia contribuíram para ataques dirigidos a infraestruturas civis críticas”. E: estas ações “permitem que a Coreia do Norte ganhe experiência em primeira mão na guerra moderna”

Coreia do Norte enviou soldados e milhões de munições, incluindo mísseis e rockets, para a Rússia durante o ano passado, de acordo com o relatório de um organismo internacional de vigilância - que detalha até que ponto Pyongyang ajudou Moscovo a “aterrorizar” a população da Ucrânia durante a guerra que começou há três anos.

O relatório foi divulgado na quinta-feira pela Equipa Multilateral de Monitorização das Sanções (MSMT), uma iniciativa composta por 11 membros das Nações Unidas, formada depois de a Rússia ter forçado a dissolução de um anterior painel da ONU que monitorizava a aplicação de sanções contra a Coreia do Norte.

Embora algumas das descobertas da equipa já tenham sido bem documentadas - como o facto de a Coreia do Norte ter enviado tropas para lutar pela Rússia -, o relatório expõe o âmbito e a escala impressionantes do armamento enviado por Pyongyang desde a invasão russa da Ucrânia.

Isso inclui até nove milhões de cartuchos de artilharia e munições em 2024; mais de 11.000 soldados no ano passado e outros 3.000 soldados nos primeiros meses deste ano; lançadores de foguetes, veículos, armas de autopropulsão e outros tipos de artilharia pesada; e pelo menos 100 mísseis balísticos “que foram posteriormente lançados sobre a Ucrânia para destruir infraestruturas civis e aterrorizar áreas povoadas, como Kiev e Zaporizhzhia”, conclui o relatório, citando os estados participantes.

“Estas formas de cooperação ilícita entre a Coreia do Norte e a Rússia contribuíram para que Moscovo pudesse aumentar os seus ataques com mísseis contra cidades ucranianas, incluindo ataques dirigidos a infraestruturas civis críticas”, refere o relatório.

Em troca, a Rússia forneceu à Coreia do Norte várias peças valiosas de armamento e tecnologia, incluindo equipamento de defesa aérea, mísseis antiaéreos, sistemas de guerra eletrónica e petróleo refinado, segundo o relatório.

Moscovo também forneceu feedback sobre os mísseis balísticos de Pyongyang, ajudando a melhorar o desempenho da orientação dos mísseis, segundo o relatório.

Estas ações “permitem que a Coreia do Norte financie os seus programas militares e desenvolva os seus programas de mísseis balísticos, que são proibidos por várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU, e ganhe experiência em primeira mão na guerra moderna”, segundo o relatório.

O relatório afirma que as suas conclusões baseiam-se nos Estados participantes na MSMT e cita provas de apoio do Open Source Centre (OSC), uma organização sem fins lucrativos sediada no Reino Unido que utiliza informações acessíveis ao público para investigação, e da Conflict Armament Research (CAR), uma organização de investigação do Reino Unido.

Tanto a Rússia como a Coreia do Norte estão a violar o embargo ao armamento imposto pela ONU e a transferir armas e equipamento militar através de intervenientes e redes que escapam às sanções, alega o relatório. Os dois países continuarão provavelmente a sua cooperação militar “pelo menos num futuro previsível”, acrescenta o documento.

Numa declaração conjunta, os países membros do MSMT - Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Países Baixos, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos - instaram a Coreia do Norte a “empenhar-se numa diplomacia significativa”.

Os governos ocidentais estão cada vez mais preocupados com as implicações a longo prazo do que parece ser uma parceria estratégica cada vez mais profunda entre Rússia e Coreia do Norte.

Nos últimos meses, os EUA alertaram para o facto de a Rússia poder estar prestes a partilhar tecnologia espacial e de satélites avançada com a Coreia do Norte em troca de apoio contínuo à guerra na Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu em abril, pela primeira vez, que soldados norte-coreanos participaram nos combates para recuperar o território russo após a incursão da Ucrânia na região de Kursk, no ano passado. A Coreia do Norte também confirmou, em abril, pela primeira vez, a presença de tropas na região.

Embora as tropas norte-coreanas tenham sido destacadas para Kursk desde pelo menos novembro, retiraram-se das linhas da frente em janeiro, após relatos de baixas em massa, segundo as autoridades ucranianas.

Ambos os países negaram que Pyongyang esteja a fornecer armas a Moscovo, apesar das provas irrefutáveis. No entanto, no âmbito de um pacto de defesa histórico celebrado no ano passado, ambos se comprometeram a utilizar todos os meios disponíveis para prestar assistência militar imediata em caso de ataque do outro. Putin avisou que forneceria armas a Pyongyang se o Ocidente continuasse a armar a Ucrânia.

Nas últimas semanas, os aliados da Ucrânia levantaram a proibição de Kiev disparar mísseis de longo alcance contra a Rússia, depois de dias em que a Rússia bombardeou a capital ucraniana e outras regiões com ataques aéreos maciços e à medida que os EUA se sentem cada vez mais frustrados com Putin devido à falta de um acordo de paz.

Memorando para a paz? "Ucrânia não recebeu qualquer documento" ... O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou hoje Moscovo de se recusar a partilhar o memorando com as suas condições para um acordo de paz e evitou confirmar a participação de Kyiv na ronda negocial prevista para segunda-feira em Istambul.

© Leon Neal/Getty Images   Lusa  30/05/2025

"Durante mais de uma semana, os russos não conseguiram apresentar este chamado 'memorando'", criticou o Presidente ucraniano na rede X.

Zelensky lamentou mais uma vez que, "infelizmente, a Rússia está a fazer tudo o que pode para garantir que uma potencial reunião futura não produza quaisquer resultados".

Depois de receber o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, em Kyiv, o líder ucraniano afirmou que o Kremlin permanece em silêncio, depois de se ter comprometido a preparar o documento, logo a seguir à troca de mil prisioneiros de cada lado, já realizada.

"A Ucrânia não recebeu qualquer documento deles. Nem a Turquia", insistiu Zelensky nas redes sociais depois de receber Fidan, que anteriormente visitou Moscovo.

O Presidente ucraniano não confirmou se enviará representantes para Istambul, sublinhando que a agenda deve ser conhecida com antecedência "para garantir que não é uma reunião vazia".

A Rússia propôs a reunião para segunda-feira em Istambul, que já acolheu a primeira ronda negocial, em 16 de maio.

Ao mesmo tempo, rejeitou hoje uma reunião proposta pela Turquia ao mais alto nível, com Zelensky e os homólogos russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, condicionando qualquer cimeira deste tipo à obtenção de resultados nas negociações com Kyiv.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, também afirmou que a Rússia enviará uma delegação para a cidade turca, mesmo que Kyiv ainda não tenha confirmado formalmente a sua participação.

"A nossa delegação de negociadores partirá para Istambul. E está disposta, a partir da manhã de segunda-feira, a continuar as conversações, a segunda ronda de negociações", disse Peskov na sua conferência de imprensa telefónica diária.

Ambas as partes confirmaram que já estão prontos os memorandos de acordo que concordaram preparar após uma conversa telefónica entre Putin e Trump, no dia 19.

"Esperamos que ambos os projetos, o russo e o ucraniano, sejam abordados na segunda ronda", disse hoje Peskov.

A imprensa internacional divulgou que a Rússia quer que a NATO se comprometa por escrito a deixar de se expandir para as fronteiras russas, ou seja, a renunciar à adesão da Ucrânia, Geórgia e Moldova.

Entre as exigências russas para um cessar-fogo, Moscovo pretende que os países ocidentais suspendam o fornecimento de armas a Kyiv, que acordou esta semana com a Alemanha o fabrico conjunto de armamento e mísseis de longo alcance.


Leia Também: Rússia reivindica ocupação de 13 localidades ucranianas na última semana ...   O Ministério da Defesa russo indicou hoje que as suas forças capturaram 13 localidades ucranianas na última semana, quatro delas na região nordeste de Sumy, onde Moscovo pretende criar uma "zona de segurança" na fronteira com a Ucrânia.

Guiné-Bissau regularizou dívida em atraso nas Nações Unidas... A Guiné-Bissau regularizou hoje a sua dívida em atraso nas Nações Unidas, uma situação que poderia impedir o país de ter direito de voto na próxima Assembleia Geral, disseram à Lusa fontes oficiais em Bissau.

© Lusa   30/05/2025

De acordo com fonte da presidência guineense, a situação do pagamento das dívidas "foi tratada esta manhã", dia 30, através do Ministério das Finanças.

Fonte do Governo liderado pelo primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros, também indicou à Lusa que "a situação já está resolvida", sem especificar o valor da dívida em causa.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, tem repetido que o país tem de pagar todas as contribuições internacionais para que, "nunca deixe de usar da palavra ou votar" por falta de pagamento.

A Guiné-Bissau era um dos quatro países não autorizados a votar na Assembleia Geral da ONU devido a atraso nas contribuições financeiras para a organização. 


Leia Também: Sobe para 88 o número de mortos na sequência de inundações na Nigéria

O número de mortos nas inundações que atingiram na quarta-feira à noite a cidade de Mokwa, na Nigéria, subiu de 36 para 88, afirmaram hoje as autoridades locais.


Rússia recebe milhões com venda de combustíveis e aliados da Ucrânia estão a contribuir para isso..... O valor que o país está a ganhar com as exportações de petróleo e gás é três vezes superior ao que a Ucrânia tem recebido em ajuda dos aliados. Tudo porque os países da União Europeia continuam, de forma indireta, a comprar os combustíveis russos.

Por  sicnoticias.pt    30/05/2025

Moscovo continua a arrecadar milhões com a venda de gás e petróleo ao Ocidente. Desde que invadiu a Ucrânia, ganhou três vezes mais do que aquilo que Kiev recebeu em ajuda dos aliados.

O petróleo e o gás correspondem a quase um terço das receitas do Estado russo. São indispensáveis para alimentar a máquina de guerra, representando mais de 60% das exportações do país.  

E os aliados da Ucrânia estão a contribuir para o cenário. São responsáveis por cerca de 24% da receita total arrecadada por Moscovo, nos últimos três anos.

Petróleo russo é revendido por outros países

Depois da invasão em larga escala, a União Europeia proibiu as importações de petróleo russo por via marítima, mas o combustível continua a chegar através de países terceiros, como a Índia - onde é refinado e revendido. 

A proibição está também a ser contornada por países pró-Putin, como a Eslováquia e a Hungria, que importam o combustível via oleoduto. Com o gás natural liquefeito acontece praticamente o mesmo. 

Metade das exportações russas têm como destino a União Europeia e, só nos primeiros dois meses deste ano, o volume que chegou à Europa através da Turquia aumentou quase 27%.  

Os números mostram o impacto limitado das sanções. Revelam que, em 2024, apesar dos esforços do Ocidente, as receitas da Rússia com combustíveis fosseis caíram apenas 5% em relação ao ano anterior. 

Os dados foram recolhidos por um centro de pesquisa sediado na Finlândia e analisados pela BBC. A cadeia de televisão e rádio britânica conclui que, desde o início da invasão, os aliados de Kiev pagaram à Rússia três vezes mais por combustíveis fósseis do que enviaram para a Ucrânia em assistência financeira.

Cerca de 104 mil eleitores foram inscritos durante a atualização dos cadernos eleitorais a nivel nacional. Assim anunciou hoje, o Diretor Geral do GTAPE, Gabriel Djibril Baldé quando apresentava os resultados dos trabalhos realizados durante 75 dias.

 

PR Umaro Sissoco Embaló preside a Cerimônia de Lançamento do Centro de Serviço Integrado de Transportes e Novo Sistema Matrícula Nacional de Veículos a motor

Estudo: Plantar árvores ajuda a arrefecer o planeta, mas não o suficiente... Replantar florestas pode ajudar a arrefecer o planeta, especialmente nos trópicos, mas mesmo que se atinjam níveis do século XIX, o seu efeito não compensaria o aquecimento global, de acordo com um novo estudo.

© Getty Images    Lusa  30/05/2025

Num novo estudo de modelação publicado na Communications Earth & Environment, investigadores da Universidade da Califórnia, em Riverside, Estados Unidos, mostraram que restaurar as florestas ao seu tamanho pré-industrial poderia reduzir a temperatura média global em 0,34 graus Celsius. Isto representa cerca de um quarto do aquecimento que a Terra já sofreu.

A investigação baseia-se num aumento da área florestal de cerca de 12 milhões de quilómetros quadrados, o equivalente a 135% da área terrestre dos Estados Unidos, e é semelhante às estimativas do potencial global de restauração de árvores de um trilião de árvores.

Pensa-se que o planeta perdeu quase metade das suas árvores (cerca de 3 triliões) desde o início da sociedade industrializada, noticiou na quinta-feira a agência Europa Press.

"A reflorestação não é uma solução mágica. É uma estratégia eficaz, mas deve ser acompanhada por reduções significativas das emissões", frisou Bob Allen, cientista climático da UC Riverside e principal autor do artigo, citado num comunicado.

Embora os estudos anteriores se tenham centrado principalmente na capacidade das árvores de absorver carbono da atmosfera, esta investigação incluiu outra dimensão crucial. As árvores também influenciam a composição química da atmosfera, amplificando o seu efeito de arrefecimento.

As árvores libertam naturalmente compostos conhecidos como compostos orgânicos voláteis (VOCB) biogénicos. Estes interagem com outros gases para formar partículas que refletem a luz solar e promovem a formação de nuvens e ambos contribuem para o arrefecimento da atmosfera.

A maioria dos modelos climáticos não tem em conta estas interações químicas.

No entanto, os benefícios da reflorestação não são distribuídos uniformemente. O estudo constatou que as florestas tropicais produzem efeitos de arrefecimento mais intensos com menos desvantagens.

As árvores destas regiões absorvem carbono de forma mais eficiente e produzem maiores quantidades de VOCB. Apresentam também menos escurecimento da superfície, o que pode provocar aquecimento nas árvores de latitudes mais elevadas.

Para além da temperatura global, a reflorestação pode também afetar a qualidade do ar regional. Os investigadores observaram uma redução de 2,5% de poeira atmosférica no Hemisfério Norte no seu cenário de reflorestação.

Nos trópicos, o aumento das emissões de VOCB teve efeitos díspares na qualidade do ar. Foram associados a uma pior qualidade do ar com base em material associado ao aumento da formação de aerossóis, mas a uma melhor qualidade do ar com base em medições de ozono.

Estes efeitos localizados, sublinharam os investigadores, sugerem que os esforços de reflorestação não precisam de ser massivos para serem significativos.

Os investigadores reconheceram também que o cenário previsto no estudo dificilmente se concretizará.

O estudo pressupõe que as árvores possam ser restauradas em todas as áreas onde antes cresciam, o que exigiria a recuperação de empreendimentos como habitações, terrenos agrícolas e pastagens. Isto levanta questões sobre a segurança alimentar e as prioridades de utilização da terra.

"Há 8 mil milhões de pessoas para alimentar. Devemos tomar decisões cuidadosas sobre onde plantar árvores. As melhores oportunidades estão nos trópicos, mas estas são também as áreas onde a desflorestação continua até hoje", apontou Allen.


Ucrânia? Macron evoca "teste de credibilidade" para os Estados Unidos... O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje que a decisão de sancionar ou não a Rússia caso Moscovo recuse um cessar-fogo na Ucrânia é um "teste de credibilidade" para os Estados Unidos.

 YOAN VALAT/POOL/AFP via Getty Images   Lusa  30/05/2025 

Se a Rússia confirmar que "não está pronta para fazer a paz", Washington deve confirmar o compromisso de sancionar Moscovo, disse Macron à imprensa, durante uma visita a Singapura, salientando que "é um teste de credibilidade para os norte-americanos".

"Conversei há 48 horas com o Presidente [norte-americano Donald] Trump, que demonstrou impaciência. A questão agora é: o que fazemos? Nós [europeus] estamos prontos", sublinhou o líder francês, que falava ao lado do primeiro-ministro de Singapura, Lawrence Wong.

Macron deve proferir esta noite o discurso de abertura do Diálogo de Shangri-La, o maior fórum asiático para as áreas da segurança e da defesa, no qual participou no ano passado o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O dirigente francês e outros líderes europeus da "coligação de voluntários" ameaçaram Moscovo este mês, em Kyiv, com sanções massivas caso a Rússia não concorde com um cessar-fogo imediato, um anúncio que até hoje não teve efeito.


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