terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Avião de Putin ajudou a levar crianças da Ucrânia para as "russificar" e "reeducar"

Por cnnportugal.iol.pt 

Foram identificadas pelo menos 314 crianças, de acordo com um relatório elaborado pela Universidade de Yale. Muitas delas estão agora em paradeiro desconhecido

Retirar as crianças ucranianas dos seus lares, tirar-lhes a identidade ucraniana e fazê-las recomeçar a vida ao lado de famílias russas. Acusações deste tipo surgem desde que a Rússia lançou aquilo a que Vladimir Putin chama de operação militar especial, mas não havia certezas sobre o envolvimento direto do presidente nesta questão.

Agora, e depois de uma investigação da Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale, que foi patrocinada pelo governo dos Estados Unidos - faz parte de uma iniciativa mais abrangente que Joe Biden ordenou ao Departamento de Estado -, há uma ligação: o avião presidencial e fundos da presidência russa foram utilizados diretamente para este efeito, de acordo com o relatório publicado esta terça-feira, e que é citado pela agência Reuters.

A instituição norte-americana garante que identificou 314 crianças levadas das zonas ocupadas pelos militares russos logo nos primeiros meses de guerra. Diz a investigação que esta orquestração fez parte de um programa financiado pelo Kremlin para “russificar” os menores.

Com efeito, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, em março de 2023, um mandado de captura em nome de Vladimir Putin e da comissária para os Direitos das Crianças, Maria Lvova-Belova, por alegados crimes de guerra na sequência da deportação ilegal de crianças ucranianas.

Na altura, a responsável russa afirmou que a comissão que dirige atuou em bases humanitárias para proteger as crianças das zonas afetadas, nomeadamente no Donbass.

É esperado que esta quarta-feira o diretor-executivo do Laboratório de Pesquisa Humanitária da Universidade de Yale, Nathaniel Raymond, apresente o relatório ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde a Rússia é um dos cinco membros permanentes.

Em declarações citadas pela agência Reuters, Nathaniel Raymond acredita que estas novas provas vão dar consistência ao mandado do TPI, bem como levar a novas acusações por parte daquele tribunal contra o presidente russo, nomeadamente pela “transferência forçada” de pessoas de nacionalidades e grupos étnicos diferentes dos locais de destino.

“A deportação de criança ucranianas é parte de um programa sistemático, liderado pelo Kremlin”, para as tornar cidadãs da Rússia, garantiu.

Quanto à responsabilidade criminal, a transferência forçada de pessoas consiste um crime contra a humanidade, à luz do Direito Internacional, já que pode ser feito de forma mais abrangente e sistemática. Um crime contra a humanidade é tido como mais grave do que um crime de guerra.

Do lado russo mantém-se a última versão sobre o assunto: as crianças foram levadas para sua proteção e ninguém é mantido na Rússia contra a sua vontade ou dos seus familiares ou tutores legais, cujo consentimento foi sempre procurado, salvo casos em que essas pessoas estivessem desaparecidas.

Quanto ao trabalho, a equipa de Yale baseou-se em três bases de dados de adoção do governo russo ao longo de mais de 20 meses. Foi feito um mapeamento das criança rastreadas e confirmada a identidade de 314 delas, sendo que todas foram, segundo o relatório, sujeitas a “propaganda pró-Estado e exército” russos, recebendo documentos que sugerem uma “reeducação patriótica”, à imagem do que a Rússia pretendia fazer com crianças que vivem em Portugal, nesse caso de forma não forçada.

Não havendo dados mais concretos, a Ucrânia estima que cerca de 19.500 crianças ucranianas foram levadas para a Rússia ou para a Crimeia ocupada desde fevereiro de 2022. Maria Lvova-Belova nega estes números, referindo apenas que 380 órfãos foram colocados em famílias de acolhimento na Rússia entre abril e outubro de 2022.

Mas a retirada começou antes. O relatório indica que dias antes de a ofensiva russa começar já havia militares a fazerem o trajeto com crianças. Algumas delas foram enviadas pelas Forças Aeroespaciais. Algumas delas foram levadas num avião que está sob ordem direta de Vladimir Putin. Nesse avião foram transportados pelo menos dois grupos de crianças, em voos geridos pelo Departamento de Gestão da Propriedade Presidencial, e em coordenação com a Administração Presidencial.

Das 314 crianças identificadas, 166 foram colocadas diretamente com famílias russas, revela o relatório. As restantes foram registadas em bases de dados de centros de acolhimento, sendo que se perdeu o rasto a muitas delas.

A Policia de Intervenção Rápida-PIR vai ter novas instalações. O Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló visitou as futuras instalações, cujas obras se encontram em fase de finalização.


 Radio Voz Do Povo

PJ detém dois estrangeiros no aeroporto de Lisboa: tinham 6.800 doses de canábis nas malas

Por  cnnportugal.iol.pt

Os dois detidos têm 25 e 67 anos e nacionalidades malaia e chinesa

Dois cidadãos estrangeiros foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ) nos últimos dias no Aeroporto de Lisboa, na posse de 17 quilogramas de canábis dissimulada na bagagem, foi hoje divulgado por aquela polícia.

Segundo a Judiciária, os dois detidos, de 25 e 67 anos, um malaio e outro chinês, tentaram entrar no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, provenientes da Tailândia, e a droga apreendida, caso chegasse aos circuitos ilícitos de distribuição, seria suficiente para a composição de pelo menos 6.800 doses individuais.

As detenções, que estiveram a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes ocorrem no quadro de operações policiais que são realizadas regularmente e que visam a prevenção e repressão da introdução de estupefacientes em território nacional.

Os arguidos serão agora ouvidos em primeiro interrogatório judicial pela autoridade judiciária competente, para aplicação de medidas de coação, que podem ir até à prisão preventiva.

As investigações prosseguem para apurar mais factos relacionados com este esquema de tráfico.


Leia Também: Chinês detido pelo FBI diz que Coreia do Norte queria "armas, munições e equipamento militar" para atacar a Coreia do Sul 


Comunicado de Imprensa Conjunto: JAPÃO E PAM FORNECEM REFEIÇÕES AOS ALUNOS DA GUINÉ-BISSAU PARA OS PRÓXIMOS DOIS ANOS LETIVOS

JAPÃO E PAM FORNECEM REFEIÇÕES AOS ALUNOS DA GUINÉ-BISSAU PARA OS PRÓXIMOS DOIS ANOS LETIVOS

BISSAU - O Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas e o Governo do Japão assinaram hoje um novo acordo de parceria para fornecer refeições escolares a 200.000 crianças em 850 escolas durante os próximos dois anos letivos.

A contribuição, estimada no valor de 200 milhões de ienes (quase US$ 1,27 milhão de dólares), permitirá ao PAM comprar 101 toneladas de peixe enlatado e 546 toneladas de arroz provenientes do Japão.

“A cooperação contínua do Governo do Japão, aliada ao compromisso do Programa Alimentar Mundial na implementação do programa de cantinas escolares, está a ter um impacto tangível na vida dos nossos alunos, garantindo que as crianças sejam nutridas e estejam prontas para aprender”, disse Herry Mané, Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica. “Hoje, expressamos a nossa gratidão ao Governo do Japão e ao Programa Alimentar Mundial por este novo acordo, que reforça o seu compromisso inabalável de apoiar a nutrição e a educação das nossas crianças”.

Na Guiné-Bissau, o PAM fornece refeições nutritivas a crianças do 1º ao 6º ano em 850 escolas, o que representa 50 por cento das escolas primárias do país. As refeições escolares do PAM são preparadas com alimentos importados e de origem local, provenientes de pequenos agricultores. Em 2023, o PAM estabeleceu uma parceria com 12 cooperativas agrícolas locais, adquirindo 773 toneladas de feijão e arroz para abastecer as cantinas escolares.

“O objetivo deste financiamento é apoiar os esforços do Governo da Guiné-Bissau, através do Programa Alimentar Mundial, para garantir a segurança alimentar em todo o país e, assim, ajudar a fortalecer as bases do desenvolvimento económico e social do país”, assegurou Izawa Osamu, Embaixador do Japão na Guiné-Bissau.

Tendo a Guiné-Bissau aderido à Coligação para Alimentação Escolar em 2024, o PAM está a apoiar o Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica no desenvolvimento do compromisso nacional da Guiné-Bissau, centrado num programa nacional de refeições escolares a longo prazo que abrange todas as escolas primárias do país e garante a sustentabilidade e o financiamento através do orçamento geral do estado.

“Estamos a trabalhar com o Ministério da Educação para uma cobertura total do programa de cantinas escolares em todas as escolas primárias do país”, disse Claude Kakule, Representante e Diretor de País do PAM na Guiné-Bissau“. As contribuições de parceiros como o Japão são vitais para ajudar a promover a educação, apoiar o bem-estar das crianças, alimentando as suas mentes e corpos.”

O programa nacional de cantinas escolares tem sido fundamental para a matrícula e retenção no ensino básico, particularmente para as meninas e crianças com deficiência na Guiné-Bissau, sendo o Governo do Japão um dos principais apoiantes das operações do PAM na Guiné-Bissau, fornecendo financiamento vital para apoiar este programa.

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O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas é a maior organização humanitária do mundo, salvando vidas em situações de emergência e usando a assistência alimentar para construir um caminho para a paz, estabilidade e prosperidade para as pessoas que estão a recuperar de conflitos, catástrofes e do impacto das alterações climáticas.

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Para mais informações, contactar:

Amado Uri Djaló, Ministério da Educação/Guiné-Bissau, E-mail uridjalo@hotmail.com, Tlm.  +245 96    

Charlotte Alves, PAM/Guiné-Bissau, E-mail charlotte.alves@wfp.org, Tlm. +245 95 546 22 27

Dara Fernandes, Embaixada do Japão em Dacar, E-mail dara.fernandes-k.s.l@dk.mofa.go.jp, Tlm.  +221 338 495 500/338 495 530

Isabel Nunes Correia

Communication Associate
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Associação dos Pais e Encarregados de Educação em conferência de imprensa




 Radio Voz Do Povo 

Cerveja Carlsberg diz adeus à Rússia. A cervejeira dinamarquesa Carlsberg, que em março de 2022 anunciou a saída do mercado russo devido à invasão da Ucrânia, anunciou hoje que chegou a um acordo para vender os ativos na Rússia que espera concluir "nos próximos dias".

Lusa

A cervejeira dinamarquesa Carlsberg, que em março de 2022 anunciou a saída do mercado russo devido à invasão da Ucrânia, anunciou hoje que chegou a um acordo para vender os ativos na Rússia que espera concluir "nos próximos dias".

A cervejeira dinamarquesa Carlsberg anunciou esta terça-feira ter chegado a acordo para vender os ativos na Rússia, operação que espera concluir "nos próximos dias".

"O Grupo Carlsberg receberá uma compensação em 'cash', assim como as participações da Báltika Breweries (a filial da cervejeira dinamarquesa na Rússia) na Carlsberg Azerbaijão e Carlsberg Cazaquistão", afirma a cervejeira dinamarquesa num comunicado.

Segundo fontes do jornal económico russo Védomosti, o valor da transação seria de cerca de 30.000 milhões de rublos, quase 300 milhões de dólares (cerca de 285 milhões de euros).

A venda da Báltika, a filial russa da Carslberg, pode ser realizada depois de Vladimir Putin ter autorizado o levantamento da administração externa estatal da empresa, que tinha imposto em julho do ano passado.

O CEO da cervejeira dinamarquesa Carlsberg, Jacob Aarup-Andersen, acusou na altura o Governo russo de lhe "roubar" o negócio e sublinhou que não pode chegar a um acordo sobre a venda depois de o Estado ter assumido o controlo dos ativos no país.

"Não há dúvida que nos roubaram o nosso negócio na Rússia e não os vamos ajudar para que pareça legítimo, é tão simples como isso", afirmou Aarup-Andersen.

A Carlsberg calculou que o encerramento do negócio na Rússia custou à cervejaria dinamarquesa 9.500 milhões de coroas (1.273 milhões de euros) em termos de deterioração de ativos.

"Desde o anúncio da nossa intenção de sair da Rússia em 2022, esgotámos todas as opções para encontrar uma maneira de conseguir uma saída total da Rússia, protegendo ao mesmo tempo os nossos empregados, os nossos ativos e o valor do negócio da Carlsberg", sublinhou hoje Aarup-Andersen, citado no comunicado da cervejeira.

Adiantou que, tendo em conta as circunstâncias, a Carlsberg considera que conseguiu o "melhor resultado possível" para a continuidade do negócio.

Como parte do acordo, que ainda tem de ser aprovado pelos governos da Dinamarca e da Rússia, "as partes alcançaram uma solução sobre todas as disputas legais pendentes, incluídos os assuntos relativos aos direitos de propriedade intelectual", acrescenta o comunicado.

O Presidente da República recebeu em audiência Pierre Bédier, Presidente do Conselho do Departamento de Yvelines, França. A visita destacou a inauguração de um centro de saúde em Calequise, fruto da parceria entre Yvelines e a Guiné-Bissau.

 Presidência da República da Guiné-Bissau


EUA anunciam ajuda militar adicional de 690 milhões para a Ucrânia

Por  SIC Notícias

A menos de dois meses da tomada de posse de Donald Trump, a administração de Joe Biden pretende "garantir que a Ucrânia tem as capacidades necessárias para se defender da agressão russa". A ajuda do Governo dos EUA inclui mísseis e minas antipessoais.

O Governo norte-americano anunciou segunda-feira um pacote de ajuda militar adicional à Ucrânia, no valor de 725 milhões de dólares (690 milhões de euros), que incluem mísseis e as polémicas minas antipessoais.

De acordo com uma nota de imprensa do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, os Estados Unidos vão fornecer mais um lote de armas e equipamento.

A menos de dois meses da tomada de posse do presidente eleito, o republicano Donald Trump, a administração do democrata Joe Biden destacou que pretende "garantir que a Ucrânia tem as capacidades necessárias para se defender da agressão russa".

Além de minas antipessoais, os norte-americanos vão fornecer a Washington munições para os sistemas NASAMS ou HIMARS, mísseis Stinger e munições de vários calibres, de acordo com o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin.

No mês passado, os Estados Unidos anunciaram uma primeiraentrega de minas antipessoais à Ucrânia, uma decisão criticada por organizações de defesa dos direitos humanos.

As minas antipessoais são engenhos explosivos que continuam a matar e a mutilar pessoas muito depois do fim dos conflitos.

Lloyd Austin, realçou na altura que a medida foi necessária porque as forças russas conduziam as suas operações com unidades de infantaria apeada, em vez de veículos.

Os ucranianos "precisam de coisas que possam ajudar a abrandar este esforço por parte dos russos", explicou Austin, aos jornalistas, no mês passado.

O presidente cessante procura acelerar a entrega de ajuda à Ucrânia. O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, mencionou a soma total de seis mil milhões de dólares (5,7 mil milhões de euros) a gastar antes do final de janeiro e alertou para os riscos de uma cessação do apoio dos Estados Unidos.

"Até ao final da administração [cessante], vamos tentar enviar tudo o que estiver disponível", como veículos blindados e munições para armas ligeiras, "de que a Ucrânia precisa e que os Estados Unidos têm em grandes quantidades", frisou recentemente à agência France-Presse (AFP) Mark Cancian, do Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS) da capital norte-americana.

As declarações de Trump sobre a Ucrânia suscitaram receios em Kiev e na Europa sobre o futuro da ajuda dos EUA sob a sua administração.

No domingo, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que o seu país precisava de garantias de segurança da NATO e de mais armas para se defender antes de qualquer conversação com a Rússia.