quinta-feira, 1 de maio de 2025

BOMBEIROS OFERECE AGUA MORADORES DE BAIRRO MILITAR

 RSM.  02/05/2025

O Serviço de Proteção Civil e Bombeiros oferece água aos moradores do Bairro Militar que se encontram sem água potável há mais de uma semana.  

Este gesto vem depois dos moradores se virem privado deste importante líquido na vida humana, pelo que quatro viaturas dos soldados de paz levarem a água aos moradores o qual disserem ser insuficiente para a cobertura de todo o bairro. 

 Em entrevista, realizada hoje, os moradores desse bairro lamentam a falta de água potável que  os leva a buscarem água nos poços a partir das primeiras horas da madrugada, água que nem todos bebem.  

Os moradores pediram ao governo e a Empresa de Eletricidades e Águas da Guine-Bissau que construam fontenário uma vez que o existente está estragado.  Moradores do Bairro Militar encontra-se sem água potável há quase duas semanas, fato que levou os Bombeiros a fornecerem esta sexta-feira  quatro viaturas de água potável.   

A RSM tentou sem sucesso contatar um responsavel da empresa de Eletricidade e Aguas da Guiné-Bissau para saber o que realmente estava a acontecer e quando a situação será resolvida.   

Declaração do líder do PAIGC e da coligação PAI–Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, na sua transmissão em direto.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou hoje o que considera um acordo "verdadeiramente justo" com os Estados Unidos sobre a exploração dos recursos minerais da Ucrânia, depois de meses de negociações

Por LUSA 

Zelensky saúda acordo "verdadeiramente justo" com os Estados Unidos

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou hoje o que considera um acordo "verdadeiramente justo" com os Estados Unidos sobre a exploração dos recursos minerais da Ucrânia, depois de meses de negociações.

"O acordo mudou significativamente durante o processo de preparação. Agora é um acordo verdadeiramente justo que cria oportunidades para investimentos significativos na Ucrânia", afirmou Zelensky.

Nas mesmas declarações, Zelensky sublinhou que o documento não prevê a dívida inicial da Ucrânia aos Estados Unidos, como o Presidente norte-americano Donald Trump pretendia inicialmente, e visa criar um fundo "para investir na Ucrânia e ganhar dinheiro aqui".

O acordo firmado diz respeito à extração de minerais, petróleo e gás na Ucrânia, aos quais as empresas norte-americanas terão acesso.

O documento assinado entre Washington e Kyiv prevê também a criação de um "fundo de investimento para a reconstrução" da Ucrânia, mas não inclui garantias explícitas de uma futura assistência militar dos Estados Unidos.

Segundo a agência noticiosa norte-americana AP, os Estados Unidos pretendem aceder a mais de 20 matérias-primas da Ucrânia consideradas estrategicamente críticas para os seus interesses, incluindo o titânio, utilizado no fabrico de asas de aeronaves e outras indústrias aeroespaciais, e o urânio, que é utilizado na energia nuclear, equipamento médico e armas.

Uma versão anterior do texto devia ter sido assinada durante a visita de Zelensky à Casa Branca, no final de fevereiro, mas uma altercação sem precedentes com Trump em direto na Sala Oval precipitou a partida do líder ucraniano de Washington sem assinar o acordo.

Em paralelo decorrem negociações diplomáticas para encontrar uma solução para o conflito na Ucrânia, desencadeado pela Rússia há mais de três anos.

Washington forneceu à Ucrânia ajuda militar no valor de dezenas de milhares de milhões de dólares, durante a presidência do democrata Joe Biden (2021-2025), depois de a Rússia ter invadido o país em fevereiro de 2022.

1.º Maio: Centenas de trabalhadores de várias agências das Nações Unidas manifestaram-se hoje em frente à sede europeia da ONU para protestar contra os cortes de pessoal que muitas das organizações internacionais estão a sofrer.

© Michael M. Santiago/Getty Images  Lusa  01/05/2025 

 1.º Maio. Trabalhadores da ONU manifestam-se contra cortes de pessoal

Centenas de trabalhadores de várias agências das Nações Unidas manifestaram-se hoje em frente à sede europeia da ONU para protestar contra os cortes de pessoal que muitas das organizações internacionais estão a sofrer.

Sob o lema "O pessoal da ONU não é mercadoria" e "Defendemos a humanidade", a manifestação contou com a participação da Public Services International (PSI), da Federação das Associações Internacionais de Funcionários Públicos (Ficsa) e do Comité Coordenador dos Sindicatos e Associações da ONU (Ccisua).

"Estamos numa situação muito difícil e infeliz, em que não são apenas os governos do mundo que estão a ser atacados, mas também a ONU e as suas agências", afirmou o secretário-geral da PSI, Daniel Bertossa, na manifestação de protesto.

Segundo a agência EFE, a situação está a ser agravada pela retirada de grande parte da ajuda do seu principal contribuinte, o governo dos Estados Unidos.

"Não somos uma mercadoria, mas seres humanos que têm direito a boas condições de trabalho e ao respeito pela nossa dignidade", acrescentou a presidente do sindicato dos trabalhadores da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Severine Deboos.

Muitas das agências da ONU já estavam a sofrer crises orçamentais antes da chegada de Donald Trump, mas o regresso à Casa Branca do Presidente dos Estados Unidos, com uma atitude hostil ao multilateralismo, exacerbou os problemas e causou graves cortes no pessoal.

Na sequência do corte drástico na ajuda dos EUA, a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) e o Programa Alimentar Mundial (PAM) reduziram o pessoal em todo o mundo em cerca de 30%, enquanto a OIT cortou 10% dos seus postos de trabalho, de acordo com os organizadores da manifestação.

Outras agências, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a ONUSIDA e o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) também foram obrigados a reduzir milhares de postos de trabalho, enquanto o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) viu o seu orçamento diminuir em 20%.

"Não são apenas estatísticas, por detrás delas estão milhares de pessoas que levam ajuda humanitária, asseguram o acesso a água potável, alimentos e cuidados de saúde, protegem os refugiados e as pessoas deslocadas, mantêm as crianças na escola, previnem o trabalho forçado e defendem os direitos humanos", afirmaram as dirigentes da Ccisua e da Ficsa, Nathalie Meynet e Cristina Pierini.


Cerimônia da celebração do dia Internacional dos Trabalhadores 1 de Maio... sob o lema "União, Disciplina e Trabalho".

Radio Voz Do Povo 

Neste 1º de Maio, celebramos a força, a coragem e o compromisso de todos os trabalhadores da Guiné-Bissau. Feliz dia do Trabalhador!


Estudo revela que trabalhadores são mais qualificados do que empregadores

Por  CNN  01/05/2025

No entanto, um quarto recebe o equivalente ao salário mínimo nacional

Os trabalhadores portugueses têm um nível de escolaridade mais elevado do que os empregadores, sendo que cerca de um quarto recebe o equivalente ao salário mínimo nacional, segundo um estudo da Pordata sobre o perfil do trabalhador em Portugal.

O número de trabalhadores em Portugal ascende a 5,1 milhões e, destes, a maior parte (34%) tem pelo menos o ensino superior. Esta percentagem compara com os 28% de empregadores que completaram este nível de ensino.

“No quadro da União Europeia, dos 23 países com dados disponíveis para 2024, Portugal é o país que tem maior proporção de empregadores sem escolaridade ou com o ensino básico no total dos empregadores”, refere o estudo.

A média da UE é, assim, de 16%, enquanto em Portugal se verifica um valor de 42% de empregadores com o menor nível de ensino, “percentagem ainda significativamente distante de Malta (34%), Espanha (32%) ou Itália (31%)”.

Em 10 anos (entre 2014 e 2024), refere ainda o estudo, registaram-se mais 700 mil trabalhadores com o ensino superior, o que traduz uma subida de 61,8% face a 2014, ano em que os que tinham este nível de ensino representavam 25%.

Entre os mais de cinco milhões de trabalhadores em Portugal, estão 302 mil de nacionalidade estrangeira, maioritariamente de países fora da UE27. Um número que quase triplicou em 10 anos, sendo mais 197 mil face a 2014.

Relativamente a remunerações, o retrato sobre o perfil do trabalhador português elaborado pela Pordata a propósito do 1.º de Maio, mostra que o salário médio anual em Portugal é o 9.º mais baixo dos países da União Europeia, sendo o salário médio em Espanha 30% mais elevado.

No topo desta lista dos salários médios surge o Luxemburgo (81.064 euros), seguido da Dinamarca (67.604 euros), sendo em Portugal de 22.293 euros – valor que supera a Letónia, Croácia, Polónia, Roménia, Grécia ou Hungria.

De referir que este valor foi calculado de forma a ter em conta, de forma ajustada, os trabalhadores a tempo parcial.

O estudo mostra ainda que um quarto dos trabalhadores recebe o salário mínimo nacional, sendo este o 10.º mais baixo dos 22 países com SMN (quando medido em paridades de poder de compra) e tendo já em conta o valor em vigor em 2025.

“Em duas décadas, Portugal foi ultrapassado pela Polónia, Lituânia e Roménia”, lê-se no mesmo documento que detalha que cerca de um em cada quatro trabalhadores em Portugal (22,8%) tinham um salário base equivalente ao SMN, em 2022.

A proporção de trabalhadores a receber o SMN era, naquele ano, mais elevada entre as mulheres (27,1%), os jovens (36,1%), aqueles com escolaridade até ao ensino básico (32,9%) e os trabalhadores de nacionalidade estrangeira (38,0%).

O estuado adianta ainda que, entre 2019 e 2023, o salário médio em Portugal, em termos nominais, registou um aumento de 24%, sendo que, no mesmo período, os preços das casas aumentaram 45%, segundo o Índice de Preços da Habitação. No conjunto da UE, o aumento destes dois indicadores, foi de 16% e de 23%, respetivamente.

No que diz respeito ao tecido empresarial, o documento refere que as pequenas empresas são a maioria no país, mas empregam apenas 44% dos trabalhadores.

Já as grandes empresas são responsáveis por mais de um milhão de empregos - tendo estas registado nos dois últimos anos um crescimento de 14% do pessoal ao serviço.

Já foram colocados militares e para militares, inspectores e fiscais em 35 postos fronteiriços, para travar o contrabando da castanha de caju. O Ministro do Comércio e Indústria, Orlando Mendes Viegas afrente de uma delegação, continua a sensibilizar os agentes a nivel da fronteira sobre a importância da fiscalização para economia do país.

Radio Voz Do Povo

Polvo duplica tentáculo ferido e utiliza ambos de forma independente

© Reuters  Lusa  01/05/2025

Um polvo residente nas águas de Ibiza conseguiu uma regeneração invulgar de um dos tentáculos, dividido em dois após um ataque em que perdeu vários membros, e agora usa-o como se fossem dois tentáculos independentes, para tarefas diferentes.

Embora existam mais casos de bifurcação de tentáculos em polvos, este é o primeiro estudo a documentar como estes tentáculos regenerados e bifurcados são utilizados na natureza, de acordo com Jorge Hernández-Urcera, coautor desta investigação do Instituto de Investigação Marinha (IIM) e do Centro Oceanográfico Balear do Instituto Espanhol de Oceanografia (IEO), ambos do CSIC.

Após cinco meses a acompanhar Salvador nas águas de Ibiza, os cientistas confirmaram o uso diferenciado e adaptativo dos seus tentáculos bifurcados e regenerados, de acordo com uma nota do IEO citada na quarta-feira pela agência Efe.

Este 'Octopus vulgaris' (polvo-comum) macho, mostrou sinais de ter sobrevivido a um ataque no qual perdeu vários membros.

Durante a regeneração, um dos tentáculos bifurcou e gerou dois apêndices separados que cresceram com o tempo e começaram a ser utilizados de formas especializadas, um mais frequentemente para alimentação e o outro para comportamentos exploratórios, sugerindo uma adaptação progressiva e específica, de acordo com os investigadores.

Os cientistas observaram também uma menor utilização dos tentáculos afetados em comportamentos de risco, o que pode indicar uma forma de memória de dor ou aprendizagem experiencial.

"Estes padrões não só confirmam a capacidade de adaptação comportamental dos polvos, como também levantam questões sobre a forma como o seu sistema nervoso integra novos membros", sublinhou o IEO, destacando ainda "a surpreendente plasticidade motora do polvo, mesmo perante alterações morfológicas extremas", uma vez que utiliza os seus novos tentáculos individualmente.

"O facto de este polvo ter adaptado o seu comportamento e reorganizado o uso dos tentáculos de forma funcional sugere mecanismos neurais complexos que podem inspirar novas aplicações na robótica, neurociência e medicina regenerativa", acrescentou Miguel Cabanellas-Reboredo, investigador do IEO nas ilhas Baleares.

Os polvos são organismos com vida curta, mas têm uma capacidade de regeneração e adaptação notável, pelo que estudos como este podem ajudar a compreender como outros sistemas biológicos lidam com as lesões e a recuperação.

O caso de Salvador abre novos caminhos de investigação sobre a neurogénese em apêndices regenerados e como os sistemas nervosos central e periférico se reorganizam em resposta a estas anormalidades.

"Embora o estudo se baseie num único indivíduo, a sua raridade e o nível de detalhe obtido tornam-no um elemento-chave para futuras pesquisas sobre comportamento, regeneração e controlo motor em organismos marinhos", sublinhou Sam E. Soule, primeiro autor do artigo.


As autoridades indianas anunciaram o encerramento do espaço aéreo do país às aeronaves paquistanesas, em resposta a igual medida de Islamabad na sequência das tensões bilateais após um atentado na região indiana de Caxemira.

Por LUSA  01/05/2025 

 Índia fecha espaço aéreo a aeronaves paquistanesas

As autoridades indianas anunciaram o encerramento do espaço aéreo do país às aeronaves paquistanesas, em resposta a igual medida de Islamabad na sequência das tensões bilateais após um atentado na região indiana de Caxemira.

O Governo indiano disse na quarta-feira em comunicado aos operadores de companhias aéreas que o espaço aéreo do país está fechado a aeronaves registadas ou alugadas pelo Paquistão, "incluindo voos militares", até 23 de maio.

O Paquistão fechou o seu espaço aéreo às aeronaves indianas a 24 de abril.

A 22 de abril, vários homens armados mataram a tiro 26 pessoas na cidade turística de Pahalgam, na parte de Caxemira administrada pela Índia, o atentado mais mortífero em mais de 20 anos contra civis nesta região de maioria muçulmana.

Nova Deli acusou imediatamente Islamabad pelo atentado, que não foi reivindicado.

As duas potências nucleares estão desde então em pé de guerra: os respetivos Governos multiplicaram as sanções diplomáticas recíprocas e os cidadãos foram convidados a abandonar até terça-feira o território do país vizinho.

Os dois adversários partilham mais de 2.900 quilómetros de fronteira terrestre.

O Governo paquistanês afirmou na terça-feira ter "informações credíveis" de que a Índia planeia um ataque militar iminente em resposta ao recente atentado em Caxemira e prometeu uma "resposta decisiva" ao mesmo.

"O Paquistão tem informações credíveis de que a Índia pretende lançar um ataque militar nas próximas 24 a 36 horas, usando o incidente de Pahalgam como pretexto", disse o ministro da Informação do Paquistão, Attaullah Tarar.

"Qualquer agressão será recebida com uma resposta decisiva. A Índia será totalmente responsável por quaisquer consequências graves na região", acrescentou em comunicado.

Também na terça-feira, o chefe do governo indiano, Narendra Modi, garantiu ao Exército "liberdade operacional" para responder como quiser ao ataque que matou 26 pessoas na Caxemira indiana, indicou uma fonte governamental.

Numa reunião com os seus chefes de Estado-Maior, Modi repetiu que o seu país está "determinado a infligir um golpe decisivo ao terrorismo", declarou a fonte governamental que solicitou o anonimato, citada pela agência de notícias francesa AFP.

O Exército paquistanês anunciou ter discutido na terça-feira com o Exército indiano, no telefonema semanal, os disparos noturnos ocorridos nos últimos seis dias em Caxemira, onde as tensões aumentaram entre as duas potências nucleares.

"Discutimos as violações ao cessar-fogo" ao longo da Linha de Controlo (LoC), a fronteira 'de facto' no território em disputa, declarou o porta-voz do Exército do Paquistão, o tenente-general Ahmed Chaudhry.

A parte indiana de Caxemira é palco de uma rebelião separatista iniciada em 1989 que já fez dezenas de milhares de mortos entre rebeldes, soldados indianos e civis.

Os dois países acusam-se mutuamente de apoiar grupos armados do outro lado da fronteira.

Caxemira foi dividida entre a Índia e o Paquistão quando estes se tornaram Estados independentes, em 1947. Mas os dois adversários continuam desde então a reivindicar total soberania sobre a região.

Desde o cessar-fogo que pôs fim à primeira guerra, em 1949, as tropas indianas e paquistanesas têm-se enfrentado ao longo dos 770 quilómetros da LoC que divide Caxemira em duas, desde os picos nevados dos Himalaias até às planícies férteis do Punjab.

A Índia - o país mais populoso do mundo, com 1,4 mil milhões de habitantes - e o Paquistão - com 240 milhões - possuem ambos armas nucleares e Forças Armadas poderosas.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, pediu quarta-feira ao Paquistão que condene o atentado na região indiana de Caxemira e coopere com a investigação ao mesmo, além de exercer moderação nas tensões com a Índia.

Segundo a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Tammy Bruce, Rubio discutiu num telefonema com o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, "a necessidade de condenar o ataque terrorista de 22 de abril em Pahalgam", na Caxemira controlada pela Índia.

Numa chamada telefónica separada com o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Subrahmanyam Jaishankar, Rubio manifestou solidariedade e apelou à moderação da Índia.


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