segunda-feira, 27 de março de 2023

Advogada Tirana Hassan nomeada diretora executiva da Human Rights Watch

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POR LUSA   28/03/23 

A advogada e defensora dos direitos humanos Tirana Hassan, que documentou abusos em crises e conflitos em todo o mundo, foi nomeada diretora executiva da Human Rights Watch, anunciou hoje a organização.

Tirana Hassan era diretora de programas da Human Rights Watch e estava como diretora executiva interina desde setembro de 2022, após a saída da liderança em agosto de 2022 do Kenneth Roth que liderou a organização não-governamental quase 30 anos.

A organização não-governamental adianta em comunicado que Tirana Hassan, 48 anos, irá concentrar-se em usar "todos os recursos possíveis para pressionar os governos para que cumpram suas obrigações com as vítimas em todo o mundo", incluindo no Afeganistão, Israel e Palestina, Etiópia, e Irão.

"Sinto-me honrada por liderar esta excecional organização num momento em que a defesa dos direitos humanos parece mais urgente do que nunca", afirma Tirana Hassan, acrescentando: "Espero construir uma formidável base na Human Rights Watch para elevar os defensores de direitos humanos com quem trabalhamos e as comunidades que servimos para pressionar os que estão no poder a concretizar um futuro de respeito aos direitos humanos para todos".

Para o presidente do International Peace Institute e ex-Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, a nova diretora executiva da Human Rights Watch "traz credenciais impecáveis como defensora de direitos humanos e uma visão ambiciosa de soluções para os desafios que o mundo enfrenta".

"É uma ativista extremamente experiente e será uma líder formidável e uma força a ser reconhecida", declarou Zeid Ra'ad Al Hussein.

Com décadas de experiência nos campos de direitos humanos e humanitário, Tirana Hassan começou sua carreira como assistente social, tendo passado muitos anos a trabalhar com mulheres e crianças em situações de conflito e crise, e ingressou na Human Rights Watch em 2010, cobrindo emergências em toda a África, Ásia e Oriente Médio.

"Tirana tem a rara combinação de ampla experiência de investigação, criatividade estratégica e um profundo compromisso com os princípios de direitos humanos de que a Human Rights Watch precisa para enfrentar os complexos desafios de direitos humanos que o mundo enfrenta", afirma o ex-diretor executivo da Human Rights Watch Kenneth Roth citado no comunicado.


Grupos armados e governamentais mataram "milhares de civis" em África

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POR LUSA  28/03/23 

Ataques de grupos armados mas também de forças governamentais mataram milhares de civis em África no último ano, quase 9.000 só na Nigéria e República Democrática do Congo, alguns em assassínios em massa, revelou a Amnistia Internacional (AI).

Uma situação que se repete, acusa a organização no seu relatório sobre o estado dos direitos humanos no mundo em 2022, divulgado hoje, realçando que "o flagelo de conflitos manteve-se enraizado e mostrou poucas promessas de abrandamento".

A Etiópia, a República Democrática do Congo (RDCongo) - onde os ataques se intensificaram e "grupos armados mataram mais de 1.800 civis"-, e a região do Sahel são destacadas no relatório da AI como locais onde as lutas de "forças governamentais e grupos armados causaram a morte de milhares de civis", mas houve mais.

Na Nigéria, os ataques dos extremistas do Boko Haram espalharam-se do nordeste para áreas do centro norte e noroeste e estes e outros atacantes não identificados "mataram pelo menos 6.907 pessoas", denuncia a organização de defesa dos direitos humanos.

Para se ter um termo de comparação, refira-se que, somados, só os números destes dois países africanos superam os que a ONU apresentou como confirmados em 13 meses de guerra na Ucrânia - 8.317 civis mortos - embora sublinhando que estão muito aquém dos reais.

A Amnistia documentou muitos outros ataques a civis em África, como os dos combatentes do Estado Islâmico do Sahel (ISS, na sigla em inglês) no Mali, onde o grupo paramilitar russo Wagner apoia as forças governamentais, segundo denuncias da União Europeia e outros organismos.

A AI refere "ataques indiscriminados do ISS" como os que deixaram "centenas de civis mortos em outubro, ou um do Grupo de Apoio aos Islâmicos e Muçulmanos que fez "pelos menos 130 mortos, a maioria civis" em junho.

Na Etiópia, ataques de forças governamentais, incluindo a um jardim de infância, mataram centenas de civis no Tigray, e, na República Centro-Africana, pelo menos 100 foram mortos por grupos armados e forças governamentais só "entre fevereiro e março", segundo o relatório da Amnistia.

Na Somália, o grupo extremista Al-Shebab foi responsável pela maioria das 167 mortes e 261 feridos civis em ataques entre fevereiro e maio e um novo ataque, em outubro, matou mais de 100 pessoas.

As graves violações e abusos dos direitos humanos em África agravaram-se com as alterações climáticas, responsáveis em grande pelo aumento da fome, e também as repercussões da guerra na Ucrânia

"Grandes segmentos da população enfrentaram fome aguda e elevados níveis de insegurança alimentar, incluindo em Angola, Burkina Faso, República Centro África, Chade, Quénia, Madagáscar, Níger, Somália, Sudão do Sul e Sudão", indica o relatório.

Em Angola, relata a Amnistia, a insegurança alimentar nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe "foi das piores do mundo.

No Burkina Faso, que viveu dois golpes de Estado num ano, estimativas da ONU indicaram que 4,9 milhões de pessoas enfrentavam insegurança alimentar, incluindo muitos deslocados internos devido ao conflito.

Nas violações dos direitos reiteradas em África está também a violência contra mulheres, raparigas e pessoas LGBTI (sigla que designa Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero e Intersexo), ocorrendo no contexto dos conflitos armados, mas "a maior parte em tempo de paz", sublinha a Amnistia Internacional.

Entre os casos mais graves está a Nigéria, onde, das centenas de crianças em idade escolar raptadas pelo Boko Haram em anos anteriores, "110 raparigas permaneciam em cativeiro no final do ano".

Moçambique é também referido no relatório, porque na província de Cabo Delgado, grupos armados, identificados como extremistas islâmicos, continuaram a "raptar mulheres e raparigas", e as forças governamentais "também cometeram violações dos direitos humanos contra a população, incluindo desaparecimentos forçados, assédio e intimidação de civis".

A repressão da dissidência e da liberdade de manifestação e expressão são direitos humanos e civis largamente violados nos países africanos, como mostra a morte de dezenas de manifestantes relatada e atribuída ao uso excessivo da força pelas forças de segurança no Chade, RDCongo, Guiné, Quénia, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Somália e Sudão, entre outros países.

Em 2022, os impactos da pandemia de Covid-19, repercussões da invasão da Ucrânia pela Rússia e condições meteorológicas extremas comprometeram "seriamente" os direitos de milhões de pessoas à alimentação, a um nível de vida adequado e também à saúde.

Vários países registaram novos surtos de doenças, como o sarampo no Zimbabué, onde mais de 750 menores de cinco anos morreram, e no Congo (112 crianças mortas), as epidemias de cólera no Malawi (576 mortes), na Nigéria (320 mortes) e nos Camarões (298 mortes), ou um surto de ébola no Uganda, que resultou em 56 mortes.

PJ DETEVE MULHER SUSPEITA DE ABANDONAR BEBÉ DE TRÊS DIAS NA LIXEIRA NA BERMA DA ESTRADA

Por pjguinebissau.com   27/03/23

A brigada de combate a crimes contra mulheres e menores da Polícia Judiciária (PJ) deteve no domingo, 26 de março de 2023, uma jovem rapariga que deu à luz a um bebé e abandonou-a numa lixeira na berma da estrada de Granja, em Bissau.

A suspeita deu à luz a uma menina e deitou a criança na rua, numa lixeira ao lado de uma valeta, concretamente na berma da estrada que liga o bairro de Sintra à Granja.

A bebé de apenas dois dias de nascença foi encontrada com vida pelos moradores daquela zona e levada para o hospital nacional Simão Mendes, onde está sob os cuidados médicos.

A rapariga vai ser apresentada esta segunda-feira, 27 de março, ao Ministério Público para audição e aplicação da medida de caução correspondente.

Guiné-Bissau perde por 1-0 em casa com a Nigéria após a vitória em Abuja.

O Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, o Coordenador Nacional do MADEM-G15, Braima Camará, o cabeça de lista do PRS às legislativas, Florentino Mendes Pereira e o Ministro dos Depostos, Augusto Gomes assistiram o jogo e no final, falaram a imprensa.

 Radio Voz Do Povo

EUA saúdam adiamento da reforma sobre a justiça em Israel

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POR LUSA   27/03/23

Os Estados Unidos saudaram o anúncio da pausa no processo de aprovação da contestada reforma judicial em Israel, feito hoje pelo primeiro-ministro israelita, indicando que este passo "dá mais tempo para encontrar um compromisso" a nível nacional.

"Continuamos a apelar aos responsáveis políticos em Israel que encontrem um compromisso o mais rapidamente possível", disse uma porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, numa referência à decisão do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de suspender o projeto de reforma.

Pouco antes do anúncio de Netanyahu, o Presidente norte-americano, Joe Biden, tinha transmitido ao primeiro-ministro israelita a sua preocupação sobre a proposta de reforma judicial, que originou forte contestação social e dividiu o país do Médio Oriente.

Em conferência de imprensa, John Kirby, um dos porta-vozes do Conselho de Segurança Nacional, disse que as inquietações de Biden provêm da ideia de que devem existir "controlos e equilíbrios" e um apoio "consensual" nos sistemas democráticos.

Kirby também indicou que responsáveis dos Estados Unidos vinham mantendo contacto com as autoridades israelitas nas duas últimas semanas.

O Governo de coligação de Israel, o mais à direita desde a fundação do Estado judaico em 1948, forneceu um prazo até julho para concretizar os ajustamentos necessários à reforma, que a oposição e amplos setores sociais consideram uma ameaça por comprometer a independência da justiça.


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Nações Unidas rejeitam Resolução russa para investigar Nord Stream

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POR LUSA  27/03/23 

O Conselho de Segurança das Nações Unidas rejeitou hoje um projeto de resolução proposto pela Rússia que pedia ao secretário-geral que estabelecesse uma comissão internacional para conduzir uma investigação sobre as explosões nos oleodutos Nord Stream.

O projeto de resolução reuniu três votos a favor, zero contra e 12 abstenções, falhando em reunir o número necessário de apoio para a sua aprovação.

Rússia, China e Brasil foram os países que votaram a favor do projeto de resolução.

Os ataques aos gasodutos Nord Stream, que não estavam em serviço no momento do incidente, ocorreram em 26 de setembro de 2022 e provocaram duas fugas em cada um deles, todas em águas internacionais.

Cientistas chineses descobriram "reservatório" de água na Lua

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Notícias ao Minuto  27/03/23

Composto por esferas de vidro, pode conter mil milhões de toneladas de água a funcionar como uma esponja. Absorve a água e alimenta o ciclo na superfície lunar, sugerem os cientistas.

Um grupo de cientistas do Instituto de Geologia e Geofísica (IGG) da Academia Chinesa de Ciências (CAS) diz ter descoberto um novo "reservatório" de água na Lua.

Segundo o novo estudo publicado na Nature Geoscienc chamado "um reservatório de água solar derivado do vento na Lua hospedado em esferas de vidro impacta [um componente onipresente em solos lunares de natureza amorfa]", os investigadores relatam a existência de esferas de vidro que continham água  em solos lunares Chang'e-5 (CE5).

Apresentando um estudo detalhado, os cientistas mostram esse "reservatório" de água na Lua a registar a entrada e saída dinâmica da água derivada do vento solar e a atuar como um amortecedor para o ciclo da água na superfície lunar.

No entanto, permanece alguma incerteza quanto ao comportamento exato dessa água quando está na Lua. Parece mudar ao longo do dia e perde-se para o espaço, o que sugere que deveria haver algum tipo de armazenamento no solo.

Além disso, estudos anteriores ao solo lunar - através de grãos e rochas - não conseguiram explicar como ou onde essa água está a ser armazenada. Como tal, os investigadores acreditam que deve haver alguma outra explicação para a forma como a água está a ser armazenada.

No entanto, com base na nova descoberta, aumenta a certeza entre os estudiosos de que há água na Lua, embora muito menos água do que na Terra, acreditando que a maior parte da superfície da Lua inclua um pouco de água.

Composto por esferas de vidro, pode conter mil milhões de toneladas de água a funcionar como uma esponja. Absorve a água e alimenta o ciclo na superfície lunar, sugerem os cientistas.

Por sua vez, a descoberta pode ser útil tanto para compreensão da Lua como também para missões espaciais que possam vir a utilizá-la como um habitat.

Os milhares de milhões de toneladas de água que estão espalhados pela superfície lunar poderiam ser utilizados pelos astronautas que pretendem partir na Lua - e usá-la como base para explorarem o sistema solar.


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União Europeia e França condenam suspensão da France 24 no Burkina Faso

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POR LUSA  27/03/23 

A União Europeia e a França condenaram hoje a decisão do Burkina Faso de suspender a emissão do canal televisivo France 24 por causa de uma entrevista com o líder da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico.

Para a União Europeia, as acusações feitas pela junta militar no poder no Burkina Faso contra aquele orgão de comunicação social foram "graves"

A comparação feita pelo porta-voz do governo do Burkina Faso da France 24 com "uma agência de comunicação para terroristas" é uma "acusação grave e totalmente injustificada, tendo em conta o profissionalismo do canal em geral", disse Peter Stano, porta-voz do chefe da diplomacia europeia Josep Borrell.

Segundo aquele porta-voz, "após a suspensão da estação de rádio RFI, em dezembro de 2022, as autoridades do Burkina Faso estão a enviar sinais muito negativos aos seus compatriotas, muitos dos quais ouvem e apreciam estes meios de comunicação".

"A luta contra o terrorismo é compatível com a liberdade de imprensa e a liberdade de informar, que são elementos essenciais de uma sociedade pacífica e democrática, e não deve ser usada como pretexto para limitar o trabalho dos meios de comunicação e dos jornalistas independentes", prosseguiu Borrell.

As autoridades francesas também lamentaram hoje que a junta militar do Burkina Faso tenha suspendido as emissões do canal de televisão, após a publicação de uma entrevista com o líder do grupo terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM), Abu Ubaida Yusef al Anabi.

Numa declaração, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês sublinhou o seu "empenho constante" na liberdade de imprensa, na liberdade de expressão e na proteção dos jornalistas e de todos aqueles que contribuem para uma informação livre e pluralista.

A junta no poder no Burkina Faso cortou as emissões da France 24 no seu território após uma entrevista com o chefe da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM), acusando o canal de oferecer "um espaço para legitimar ações terroristas e discursos de ódio para satisfazer os maus objetivos desta organização no Burkina Faso".

Desde 2015, o Burkina Faso entrou numa espiral de violência perpetrada por grupos terroristas ligados ao Estado Islâmico e à Al-Qaeda, que já causaram a morte de um total de 10.000 civis e militares, segundo as ONG, e cerca de dois milhões de deslocados.

As relações com a França deterioraram-se desde que o Capitão Ibrahim Traore chegou ao poder. Em janeiro, as autoridades de Ouagadougou exigiram e conseguiram a saída da força francesa Sabre do país, um contingente de 400 forças especiais para a luta contra o terrorismo na região do Sahel.

Depois de anunciar a suspensão das emissões da France 24, o porta-voz do governo do Burkina Faso, Jean Emmanuel Ouédraogo, manifestou o seu "pesar" ao "ver que o chefe de uma organização terrorista como a AQIM, reconhecida como tal por toda a comunidade internacional, pode beneficiar de importantes órgãos como a France 24 para se exprimir na estação de rádio do canal".

"Esta organização, convém recordar, segue uma linha de terrorismo jihadista e é responsável por crimes atrozes que abalam a consciência humana e deixaram milhares de vítimas em todo o mundo", recordou, antes de denunciar que a AQIM "alimenta a violência e a barbárie terrorista contra as populações pacíficas do Shael".

Neste sentido, sublinhou que o grupo terrorista "tem planos terríveis" para o Burkina Faso e argumentou que, ao conceder-lhe esta entrevista, "a France 24 não está apenas a atuar como uma agência de comunicação para terroristas, mas está a oferecer um espaço para legitimar as suas ações terroristas e o seu discurso de ódio".

Em resposta, o canal francês disse que tinha tomado conhecimento da decisão através do comunicado do governo e salientou que "lamenta aquela decisão e rejeita as acusações infundadas que lançam dúvidas sobre o profissionalismo do canal". O canal indica que "não falou diretamente" ao líder da AQIM e acrescentou que "relatou as suas declarações sob a forma de uma crónica que permitia a distância e contextualização necessárias".


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GUINÉ-BISSAU PERDE EM CASA COM A NIGÉRIA

POR O GOLO GB  MARÇO 27, 2023

A Seleção Nacional de Futebol Djurtus, recebeu e perdeu hoje (27.03), por uma bola a zero, frente a Seleção da Nigéria, no jogo da 4ª jornada da fase de grupo A de apuramento para o Campeonato Africano das Nações, CAN Côte d’ivoire 2023. 

O único golo da partida foi apontado no minuto 29 por Moses Simon, de penalidade, dando assim os três pontos às Águias, e igualmente, aplicar a primeira derrota aos Djurtus nessa corrida para o magno evento futebolístico africano, a disputar-se na Costa do Marfim.

Em atualização…

© Mamadi N’Djai

Tanques Leopard 2 portugueses e alemães chegaram hoje à Ucrânia

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Notícias ao Minuto  27/03/23 

Os tanques Leopard de fabrico alemão estão a ser utilizados, nos seus vários modelos, por uma dúzia de exércitos de países da NATO.

A Ucrânia recebeu os três tanques Leopard 2 doados por Portugal e os 18 prometidos pela Alemanha, informou, esta segunda-feira, uma fonte de segurança. 

Além dos 18 tanques de batalha, chegaram ainda 40 veículos de combate de infantaria alemães Marder e dois veículos blindados de recuperação a território ucraniano.

O exército alemão treinou operacionais ucranianos para operar os veículos, bem como tropas para operar os veículos Marder durante várias semanas em campos de treino em Muenster e Bergen, no norte da Alemanha.

De recordar que, no final de janeiro, Berlim tinha-se comprometido a colocar à disposição da Ucrânia, juntamente com outros países, cerca de 30 tanques de combate Leopard 2 para ajudar Kyiv contra a ofensiva russa iniciada há mais de um ano.

Semanas depois, a Alemanha anunciou o envio de 14 veículos blindados Leopard 2 para a Ucrânia, no final de março, aos quais se juntaram os três anunciados por Portugal.

O que são os Leopard 2?

O Leopard 2 é um carro de combate desenvolvido no início dos anos 70, e as diferentes versões têm servido nas forças armadas da Alemanha e de outros países europeus, bem como de países não europeus.

A versão Leopard 2A6 distingue-se das anteriores (A1 a A4), devido á sua blindagem de terceira geração, como é explicado no site do exército português, e relativamente à versão A5, possui uma peça mais moderna, com maior alcance, que garante vantagem tática no campo de batalha.


Leia Também: Nove países já se comprometeram a entregar 150 tanques Leopard à Ucrânia

China critica decisão russa em colocar armas nucleares na Bielorrússia

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Notícias ao Minuto   27/03/23 

Segundo Putin, a formação do pessoal militar bielorrusso terá início em 3 de abril, e a construção de um silo para albergar as armas nucleares na antiga república soviética estará concluída em 1 de julho.

Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, abordou hoje a decisão da Rússia em colocar armas nucleares na Bielorrússia, criticando o país aliado. 

"Uma guerra nuclear nunca deve ser travada" nem "ganha", disse a responsável num briefing diário, frisando ainda "importância de evitar uma guerra entre Estados" que possuem armas nucleares.

"Nas atuais circunstâncias, todas as partes envolvidas devem focar-se nos esforços diplomáticos para uma resolução pacífica da crise ucraniana", aconselhou por fim. 

Segundo Putin, a formação do pessoal militar bielorrusso terá início em 3 de abril, e a construção de um silo para albergar as armas nucleares na antiga república soviética estará concluída em 1 de julho.

Em reação, a União Europeia (UE) ameaçou adotar novas sanções contra a Bielorrússia, aliada da Rússia na invasão da Ucrânia ordenada por Putin em 24 de fevereiro de 2022.

"O acolhimento de armas nucleares russas pela Bielorrússia constituiria uma escalada irresponsável e uma ameaça à segurança europeia", disse o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, no domingo.

"A Bielorrússia ainda pode impedir isso. A UE está pronta para responder com mais sanções", assegurou o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.

A NATO disse estar vigilante e denunciou a retórica nuclear russa, que classificou como "perigosa e irresponsável".

Uma porta-voz da NATO acrescentou que a Aliança "não viu quaisquer mudanças na postura nuclear da Rússia" que levassem ao ajustamento da sua estratégia.

Já a Ucrânia pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU e disse esperar "ações efetivas para combater a chantagem nuclear do Kremlin por parte do Reino Unido, China, Estados Unidos e França".

Kyiv referia-se aos países que, tal como a Rússia, têm poder de veto no Conselho de Segurança por serem membros permanentes daquele órgão da Organização das Nações Unidas.

Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano pediu ainda ao G7 (o grupo das sete economias mais desenvolvidas) e à UE para pressionarem a Bielorrússia, ameaçando-a com "sérias consequências" se aceitar a imposição russa.

A invasão russa da Ucrânia desencadeou uma guerra sem fim à vista, que é considerada como a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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ESCRAVATURA: Guterres pede introdução de conteúdos sobre escravatura nas escolas

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POR LUSA  27/03/23 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje aos Governos para introduzirem nos currículos escolares as causas, manifestações e consequências do comércio transatlântico de escravos, argumentando que a educação é a arma mais poderosa contra o racismo.

Num evento na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unias (ONU) para marcar o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravatura e do Tráfico Transatlântico de Escravos, assinalado no sábado passado, Guterres recordou a história de "crueldade e barbárie" e "de injustiça colossal" que devastou o continente africano, "impedindo o seu desenvolvimento por séculos".

"O empreendimento maligno da escravatura durou mais de 400 anos. Foi a maior migração forçada sancionada legalmente na história da Humanidade. Milhões de crianças, mulheres e homens africanos foram sequestrados e traficados através do Atlântico, arrancados das suas famílias e terras natais -- as suas comunidades dilaceradas, os seus corpos mercantilizados, a sua humanidade negada", relembrou o líder da ONU.

"Ainda assim, o legado do comércio transatlântico de escravos persegue-nos até hoje. Podemos traçar uma linha reta desde a era da exploração colonial até às desigualdades sociais e económicas de hoje. As cicatrizes da escravatura ainda são visíveis nas persistentes disparidades de riqueza, rendimentos, saúde, educação e oportunidades", avaliou.

De acordo com o ex-primeiro-ministro português, a longa sombra da escravidão ainda paira sobre a vida dos afrodescendentes que carregam consigo o trauma transgeracional e que continuam a enfrentar a marginalização, a exclusão e o fanatismo, algo que é visível no "ódio da supremacia branca que ressurge hoje".

Nesse sentido, e com foco no poder da educação, Guterres pediu aos Governos de todo o mundo que introduzam conteúdos sobre a escravatura nos currículos escolares, colocando ao dispor dos Estados-membros o programa Relembrar a Escravidão das Nações Unidas e o projeto Rota do Escravo da UNESCO, para ajudar nessa tarefa.

"Devemos aprender e ensinar a terrível história da escravatura. Devemos aprender e ensinar a história de África e da diáspora africana, cujo povo enriqueceu as sociedades por onde passou e se destacou em todos os campos da atividade humana. E devemos aprender e ensinar as histórias de resistência e resiliência", frisou.

Perante a Assembleia-Geral da ONU, Guterres aproveitou para recordar figuras históricas que lutaram pela liberdade e contra a escravatura, como a "rainha Ana Nzinga do Ndongo, na atual Angola, cuja hábil diplomacia e vitórias militares frustraram as ambições coloniais de Portugal e que inspiraram movimentos de independência durante séculos".

"Ao ensinar a história da escravatura, ajudamos a proteger-nos contra os impulsos mais perversos da Humanidade. Ao estudar as suposições e crenças predominantes que permitiram que a prática florescesse por séculos, desvendamos o racismo do nosso tempo. E ao homenagear as vítimas da escravidão, restauramos em alguma medida a dignidade para aqueles que foram impiedosamente despojados dela", concluiu o secretário-geral da ONU.

Polícia do Quénia lança gás lacrimogéneo contra marcha da oposição

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POR LUSA   27/03/23 

A polícia queniana lançou hoje gás lacrimogéneo sobre a marcha de apoiantes do líder da oposição, Raila Odinga, enquanto este apelava à manifestação contra o Governo e a inflação, um dia depois de o Governo ter proibido qualquer protesto.

Este é o segundo dia de manifestações, convocadas pelo líder da oposição contra o Presidente William Ruto.

Raila Odinga, o candidato presidencial que perdeu as eleições em agosto passado, continua a afirmar que lhe foi "roubada" a vitória e que o Governo de Ruto é "ilegítimo".

"Estamos a pedir uma redução do custo de vida, uma redução nos preços da farinha de milho, da gasolina, do açúcar e das propinas escolares", disse Raila Odinga para centenas de apoiantes da classe trabalhadora do distrito de Kawangware, antes de a polícia disparar gás lacrimogéneo e canhões de água contra a marcha, para a fazer mudar de direção.

Em Kibera, a maior favela da capital, os manifestantes atearam fogo a pneus e atiraram pedras à polícia.

Os manifestantes daquele reduto de Raila Odinga confrontaram a polícia, batendo em panelas vazias e cantando "não temos farinha de milho", segundo relatos de um repórter da agência de notícias francesa AFP no local.

A situação permaneceu calma no resto da cidade, especialmente nos bairros onde ocorreram confrontos na semana passada, e onde se estabeleceu uma forte presença policial para este dia arriscado.

Os esquadrões antimotim ocuparam pontos estratégicos em Nairobi e patrulharam as ruas, onde muitos negócios permaneceram fechados. As ligações ferroviárias entre os subúrbios e o distrito comercial central foram suspensas.

Raila Odinga manteve, este domingo, o seu apelo a manifestações contra os efeitos da inflação todas as segundas e quintas-feiras, pouco depois de o chefe da polícia, Japhet Koome, ter decretado uma proibição dos protestos marcados para hoje.

Koome tinha avisado que a polícia não permitiria que "hooligans viessem à cidade para pilhar e destruir bens e empresas das pessoas".

Em Kisumu, um bastião da oposição no oeste do país, a polícia gaseou cerca de 200 saqueadores.

Odinga descreveu, no domingo, a planeada manifestação de força na segunda-feira como a "mãe de todas as manifestações" e acusou o vice-Presidente, Rigathi Gachagua, de orquestrar uma operação para criar o "caos".

Na passada segunda-feira, manifestações da oposição levaram a confrontos entre manifestantes e polícia.

Um estudante foi morto por tiros da polícia e 31 polícias ficaram feridos nos confrontos em Nairobi e nos bastiões da oposição na parte ocidental do Quénia.

Mais de 200 pessoas foram presas, incluindo várias figuras de liderança da oposição, e a marcha de Odinga já foi alvo de gás lacrimogéneo e canhões de água.

William Ruto, atualmente em viagem pela Europa, apelou na quinta-feira ao líder da oposição para que acabasse com os protestos: "Digo a Raila Odinga que se ele tem um problema comigo, deve enfrentar-me e parar de aterrorizar o país".

Muitos quenianos, confrontados com os elevados preços das mercadorias, estão a lutar para se alimentarem a si próprios. A inflação atingiu 9,2% em fevereiro, de acordo com o Governo, e o recorde de seca na região deixou milhões de pessoas sem recursos e sem alimentos.

"Se os líderes não se pronunciarem, aqueles que são afetados somos nós. Eles são pessoas ricas, e nós é que vamos dormir de estômago vazio", disse à AFP o motorista de táxi Collins Kibe.

O regulador de energia do Quénia anunciou um aumento dos preços da eletricidade a partir de abril, apesar de o presidente Ruto ter dito, em janeiro, que não haveria nenhuma subida dos preços da energia elétrica.

Durante a campanha eleitoral, o atual presidente retratou-se como um defensor dos mais desfavorecidos e prometeu melhorar a vida do cidadão comum do seu país. No entanto, retirou os subsídios ao combustível e à farinha de milho, um alimento básico.


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Rússia diz ter armas "capazes de destruir qualquer adversário". Até EUA

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Notícias ao Minuto   27/03/23 

Os comentários do influente secretário do Conselho de Segurança da Rússia são os últimos de um alto funcionário russo a levantar a hipótese de um confronto nuclear entre Moscovo e Washington.

Nikolai Patrushev alertou que a Rússia tem armas para destruir qualquer inimigo, incluindo os Estados Unidos, se a sua existência estiver ameaçada.

Os comentários do influente secretário do Conselho de Segurança da Rússia são os últimos de um alto funcionário russo a levantar a hipótese de um confronto nuclear entre Moscovo e Washington, algo que o Kremlin diz querer evitar.

"Os políticos americanos presos pela sua própria propaganda continuam confiantes de que, no caso de um conflito direto com a Rússia, os Estados Unidos são capazes de lançar um ataque preventivo com mísseis, após o qual a Rússia não poderá mais responder" começou por dizer, citado pela Sky News. 

"Isso é uma estupidez míope e muito perigosa", disse Patrushev ao jornal estatal Rossiiskaya Gazeta.

"A Rússia é paciente e não intimida ninguém com a sua vantagem militar mas possui armas modernas e únicas capazes de destruir qualquer adversário, inclusive os Estados Unidos, em caso de ameaça à sua existência”, acrescentou.

A invasão russa da Ucrânia desencadeou uma guerra sem fim à vista, que é considerada como a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Parlamento quer esclarecimento sobre visita de Putin à África do Sul

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POR LUSA  27/03/23 

O comité parlamentar das Relações Internacionais sul-africano quer que o Governo esclareça o estatuto da visita do Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, à África do Sul em agosto, foi hoje anunciado.

"Vamos escrever à ministra [das Relações Exteriores e Cooperação] assim que reunirmos na próxima semana para discutir esse assunto, apenas para entender a abordagem do ponto de vista do poder executivo porque estamos a supervisioná-los", declarou Supra Mahumapelo, responsável do comité parlamentar sobre Relações Internacionais e Cooperação, ao canal público sul-africano SABC.

Na quinta-feira, a chefe da diplomacia sul-africana, Naledi Pandor, confirmou que o país convidou Vladimir Putin para a cimeira do grupo de economias emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em agosto, apesar do mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o Presidente russo.

Como Estado-membro do TPI, a África do Sul, que receberá a cimeira de chefes de Estado e de Governo do BRICS na cidade portuária de Durban, sudeste do país, em agosto, é obrigada a cooperar na detenção de Putin, depois de o tribunal internacional ter emitido recentemente um mandado de detenção para o líder russo por alegados crimes de guerra.

A África do Sul afirmou no ano passado ter adotado uma posição neutra na guerra da Rússia contra a Ucrânia, e apelou ao diálogo e à diplomacia para resolver o conflito.


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Radio Voz Do Povo

Comunidade muçulmana da Guine-Bissau recebe apoio da Fundação do Rei do Marrocos Mohammed VI_ULEMA_Africano no âmbito de Ramadão

 Radio Voz Do Povo

Uma delegação de investidores russos, integrada por departamentos governamentais visita Bissau em Abril próximo.

Anunciou hoje o Embaixador Russo na Guiné-Bissau após encontro de restituição com o presidente do parlamento Cipriano Cassama que participou recentemente em Moscovo na Conferência Internacional Parlamentar Rússia-África num Mundo Multipolar.

Radio Voz Do Povo

Moldova realiza exercícios militares com Roménia, EUA e Reino Unido

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POR LUSA  27/03/23 

A Moldova começou hoje exercícios militares conjuntos com a Roménia, os Estados Unidos e o Reino Unido, que vão permitir a transferência de equipamento militar para diferentes zonas do território.

O Ministério da Defesa da Moldova indicou que este equipamento será colocado à disposição das tropas envolvidas nas manobras nos centros de treino das Forças Armadas do país.

No entanto, as autoridades moldavas têm pedido à população que mantenha a calma e "não especule" sobre o objetivo final deste tipo de manobras militares, sobretudo em plena invasão russa na Ucrânia, de acordo com o canal de televisão Moldova 1.

Espera-se que os exercícios conjuntos durem pelo menos até 07 de abril.

"O objetivo destas manobras é trocar experiências entre militares dos quatro países e aumentar o nível de interação entre os contingentes", afirmou o Ministério da Defesa moldavo.

Assim, as manobras incluem tiro com munição real, saltos de paraquedas e exercícios de campo, entre outros.


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O Ministro do Desporto Augosto Gomes em declarações aos jornalistas, após o último sessão de treinos dos "Djurtus" com olhos posto na partida de esta segunda-feira (27-03), com a seleção da Nígeria, jogo de apuramento para o CAN-2023, à disputar-se no ano 2024, em Côte d'ivoire.

Em  caso da vitória,  a turma nacional,  estará pela quarta vez  consecutiva, na fase final da maior festa de Futebol Áfricano.

 Radio TV Bantaba

QUÉNIA: Proibidos protestos em Nairobi contra aumento do custo de vida

© Boniface Muthoni/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

POR LUSA   27/03/23 

As autoridades do Quénia aumentaram hoje o dispositivo de segurança e proibiram manifestações, após mais um apelo da oposição à participação nos protestos semanais contra a subida do custo de vida.

Os efetivos da força antimotim estão hoje posicionados em pontos estratégicos da cidade de Nairobi, a patrulhar as ruas da capital do Quénia onde a maior parte dos estabelecimentos comerciais se mantêm encerrados.

As ligações ferroviárias entre a periferia e o centro financeiro da cidade encontram-se suspensas.  

No domingo, o líder da oposição, Raila Odinga, reiterou o apelo às manifestações contra os efeitos da inflação e que devem realizar-se duas vezes por semana: segundas-feiras e quintas-feiras. 

Odinga, derrotado por William Ruto nas últimas presidenciais, em agosto de 2022, disse que hoje se vai realizar a "mãe de todas as manifestações". 

"Quero dizer a Ruto e a Koome [o chefe da polícias do Quénia] que nós não nos vamos deixar intimidar", disse Odinga, acrescentando: "Não tememos o gás lacrimogéneo da polícia".

Há oito dias, os protestos terminaram em confrontos entre manifestantes e a polícia em várias zonas de Nairobi. 

Na última manifestação, um estudante foi morto a tiro pela polícia e 31 agentes ficaram feridos nos confrontos registados na capital e outras cidades do Quénia.

Mais de 200 pessoas foram detidas, entre as quais altos responsáveis políticos da oposição, tendo a marcha onde se encontrava Odinga sido alvo das granadas de gás lacrimogéneo e dos canhões de água da polícia. 

Tratou-se do primeiro confronto violento depois de William Ruto ter assumido funções como Presidente do Quénia. 

Ruto que se encontra na Europa pediu hoje à oposição para desistir das manifestações de protesto. 

A inflação no país atingiu os 9,2% em fevereiro, de acordo com os dados do Governo, e numa altura em que a seca está a afetar de forma grave a produção agrícola do país. 

Entretanto, o organismo que regula a energia anunciou aumentos no preço da eletricidade a partir de abril, apesar das garantias do Chefe de Estado que afirmou em janeiro que não se iriam verificar subidas nos preços da energia elétrica. 


Leia Também: Quase 240 pessoas detidas e 31 polícias feridos em confrontos no Quénia

Governo do Burkina Faso ordena suspensão da transmissão da France 24

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POR LUSA  27/03/23 

O governo do Burkina Faso ordenou hoje a suspensão 'sine die' da transmissão do France 24 no seu território, na sequência da emissão de uma entrevista ao líder da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), no canal de notícias.

"Ao abrir a antena ao primeiro responsável pela AQMI, o France 24 (...) oferece um espaço para legitimar as ações terroristas. O governo decidiu, portanto, com plena responsabilidade, e em nome do superior interesse da nação, a suspensão por tempo indeterminado da transmissão dos programas da France 24 em todo o território nacional", segundo um comunicado assinado pelo porta-voz do governo, Jean-Emmanuel Ouedraogo.

No dia 06 de março, a France 24 transmitiu respostas escritas de Abou Obeida Youssef al-Annabi, chefe da AQMI, a 15 perguntas feitas pelo jornalista do canal francês e especialista em questões jihadistas, Wassim Nasr.

No início de dezembro, as autoridades de Ouagadougou já tinham suspendido a emissão da Radio France Internationale (RFI), do mesmo grupo da France 24, France Médias Monde.

A RFI foi nomeadamente acusada de ter transmitido "uma mensagem de intimidação" atribuída a um "líder terrorista".

O Burkina Faso, governado por uma junta militar desde o golpe de Estado de janeiro de 2022, contra o então presidente Roch Marc Christian Kaboré, vive uma insegurança crescente desde 2015.

A junta agora chefiada por Ibrahim Traoré, que protagonizou uma revolta em setembro considerada com um "golpe palaciano" contra o até então líder, Paul-Henri Sandaogo Damiba.

Desde 2015, o Burkina Faso vive uma espiral de violência perpetrada por grupos jihadistas ligados ao Estado Islâmico e à Al-Qaeda, que causaram um total de 10 mil mortos - civis e soldados - segundo Organizações Não Governamentais, e cerca de dois milhões deslocados.


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Líder da Crimeia cria o seu 'próprio Grupo Wagner'. Terá 300 combatentes

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Notícias ao Minuto   27/03/23 

Diz-se que a unidade mercenária é composta por 300 combatentes e já foi enviada para partes ocupadas da região de Kherson, no sul da Ucrânia.

O chefe da Crimeia instalado pelo Kremlin criou a sua própria unidade mercenária inspirada no Grupo Wagner.

Segundo a Sky News, Sergey Aksyonov recrutou um ex-comandante que trabalhou para o Grupo Wagner em África para liderar o seu novo grupo, ao qual chamou Convoy.

Diz-se que a unidade mercenária é composta por 300 combatentes e já foi enviada para partes ocupadas da região de Kherson, no sul da Ucrânia.

“Esta é a empresa militar privada de Aksyonov, mas todo o grupo é formado por ex-funcionários de Wagner”, disse um dos mercenários à estação de TV Rússia-24. No noticiário, os mercenários treinaram numa floresta, cavando trincheiras e aprendendo a colocar minas terrestres.

O canal Telegram do Convoy foi criado em novembro passado e apresenta imagens e ícones ortodoxos russos, referindo-se aos ucranianos como “satanistas”.

A oposição russa identificou o ex-comandante como Konstantin Pikalov, que trabalhou como comandante Wagner em Madagascar e na República Centro-Africana.

Recorde-se que fontes próximas do líder da empresa de segurança privada russa Wagner, Yevgeny Prigozhin, relatam que este vai reduzir as operações militares na Ucrânia e apostar no aprofundamento da presença em África, de acordo com a agência de informação financeira Bloomberg. 


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SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE: Quase 80% dos jovens são-tomenses querem abandonar o país

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POR LUSA   27/03/23 

Cerca de 80% dos jovens são-tomenses querem abandonar o país em busca de melhores condições de vida, nomeadamente emprego e saúde, e muitos perderam esperança no desenvolvimento do arquipélago, indica um estudo do Conselho Nacional da Juventude são-tomense.

"O estudo provou que 78% dos jovens querem migrar. Quando nós vemos uma percentagem desse nível, de jovens que pensam sair do país, enquanto plataforma da juventude, isso preocupa-nos e preocupa-nos imensamente", disse à Lusa o secretário-geral do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) de São Tomé e Príncipe, Laudino Tavares.

Segundo o responsável, os inquiridos apontaram como motivos de querer emigrar a necessidade de encontrar melhores condições de vida, questões ligadas à saúde, e outros "vão aventurar-se por falta de oportunidade de emprego" em São Tomé e Príncipe.

"Um jovem que eu inquiria na altura disse-me que ele prefere ir para viver de baixo da ponte. Ficar em São Tomé é que ele não fica. [...] No fundo os jovens estão dispostos a sair do país, não importa para ir fazer o quê lá fora. O importante é sair", relatou o líder juvenil são-tomense.

O estudo foi realizado em julho do ano passado, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), quando São Tomé e Príncipe se preparava para as eleições legislativas, autárquicas e regional realizadas em 25 de novembro. Segundo Laudino Tavares, o documento não teve acolhimento dos partidos concorrentes às legislativas, nem do Governo de então liderado pelo ex-primeiro-ministro Jorge Bom Jesus.

"Fizemos questão de enviar o resultado do inquérito para todos os partidos políticos, depositámos nas sedes dos partidos políticos para colocarem estas preocupações nos seus manifestos eleitorais e isso infelizmente não aconteceu", lamentou.

Após as eleições, o Governo são-tomense que passou a ser liderado pelo primeiro-ministro Patrice Trovoada, líder da Ação Democrática Independente (ADI), que venceu as legislativas com maioria absoluta de 30 deputados.

O secretário-geral do CNJ considera que, apesar da alternância, a imigração juvenil não parou de crescer e "tem sido o 'calcanhar de Aquiles' nos últimos meses".

"Indubitavelmente isso tende a agravar-se, porque eu converso com os jovens diariamente e o que eu percebo é que ninguém quer ficar no país. Quando se pergunta sobre as causas de emigração, já conhecemos, então é necessário criar condições para que os jovens não sintam essa necessidade de emigrar", sublinhou Laudino Tavares.

"Muita gente acredita que não há sinal de criação de condições para que os jovens fiquem no país", acrescentou.

O estudo realizado pela maior plataforma da juventude são-tomense concluiu também que "a não participação juvenil nas votações eleitorais tem como principais causas a corrupção política e ausência do cartão de eleitor".

Ainda assim, o secretário-geral do CNJ sublinhou que os dados do inquérito provaram que muitos jovens votam e votaram, sobretudo nas eleições presidenciais de 2021.

"Costumávamos pensar que a taxa de abstenção em São Tomé e Príncipe era um problema que vivia no seio da juventude, mas o inquérito que nós fizemos prova o contrário. De acordo com os resultados do inquérito, os jovens são-tomenses participam sim nas eleições, porque nós concluímos que em cada 10 jovens, oito participaram na eleição presidencial de 2021". Precisou Laudino Tavares.

Contudo, concluiu-se que "os jovens classificam a política em São Tomé e Príncipe como péssima" e "dizem que há muita corrupção".

"Ao nível dos resultados do inquérito, os jovens não têm esperança quanto ao desenvolvimento do país. Isso é preocupante, é necessário que os líderes, que os governos comecem a pensar seriamente nisso para tentar devolver essa esperança à juventude, porque principalmente a juventude sem esperança é uma juventude morta e que está à deriva e disposta a ir para onde o vento a atirar", referiu o secretário-geral do CNJ.

O estudo do CNJ foi entregue à nova ministra da Juventude e Desporto, Eurídice Medeiros, e tem sido analisado a nível do Governo.

Durante a campanha de auscultação da população para a preparação do Orçamento Geral do Estado, o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, admitiu a preocupação do executivo perante a vaga de emigração jovem.

"Se a maioria da população é jovem e se 78% dessa maioria quer abandonar o país então o país também não tem futuro. [...] Nós não podemos impedir os jovens de sair, mas nós temos consciência de que se nós não fizermos alguma coisa para o jovem encontrar o seu futuro aqui, amanhã quando vamos precisar de um jovem para trabalhar, não teremos jovens para trabalhar", disse Patrice Trovoada durante a conversa com populares no distrito de Cantagalo.

O chefe do Governo são-tomense prometeu a realização de um inquérito para ouvir as ideias dos jovens a fim de "definir uma política que possa resolver o problema".

Na sexta-feira, o ministro da Saúde são-tomense, Celsio Junqueira, disse à Lusa que o sistema de saúde de São Tomé e Príncipe está com carência de profissionais devido ao aumento da emigração de quadros para Portugal desde a facilitação de visto no âmbito do acordo de mobilidade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Desde que Portugal tornou fácil o acesso à entrada, muitos profissionais de saúde têm saído, então alguns serviços começaram a estar em causa, deixaram de ter o mínimo que é necessário para trabalhar e garantir qualidade de serviço", disse à Lusa Celsio Junqueira.

Face à "vaga de emigração", o ministro da Saúde, Trabalho e Assuntos Sociais foi autorizado pelo Governo a proceder à contratação de profissionais reformados para compensar a saída de quadros.


Leia Também: Emigração para Portugal causa falta de profissionais de saúde em São Tomé

Rússia acusa NATO de participar diretamente do conflito na Ucrânia

© Contributor/Getty Images

POR LUSA  27/03/23 

O secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, acusou hoje a NATO de participar diretamente no conflito na Ucrânia ao fornecer armas ao país e informação com o objetivo de vencer a Rússia no campo de batalha.

"Na verdade, os países da NATO fazem parte do conflito. Eles transformaram a Ucrânia num enorme campo militar. Enviam armas e munições às tropas ucranianas, fornecem informações, inclusive de satélites e drones", disse o secretário do Conselho de Segurança ao jornal Russian Rossiiskaya Gazeta.

Patrushev adiantou que a NATO está a preparar os militares ucranianos, destacando igualmente que na linha da frente "estão mercenários dos países que lutam ao lado das Forças Armadas" ucranianas.

"Ao tentar prolongar ao máximo este confronto bélico, não escondem o seu objetivo principal, que é derrotar a Rússia no campo de batalha e depois desintegrá-la", acrescentou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Desde o início da guerra, já morrerem mais de 8.300 civis, segundo dados da ONU, que alerta para o facto de os números estarem muito aquém dos reais.