quinta-feira, 5 de abril de 2018

EMPOSSADO A NOVA DIREÇÃO DO SINJOTECS LIDERADA PELA JORNALISTA INDIRA CORREIA BALDÉ


A nova direção do Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS) liderada pela jornalista Indira Correia Baldé, foi conferida a posse esta quinta-feira, 05 de Abril 2018, para um mandato de quatro anos.

A direção ora empossada é dirigida pela Jornalista, Indira Correia Baldé, Presidente; Jornalista Fátima Tchuma Camará, vice-presidente para órgãos públicos; Jornalista Sabino Santos, vice-presidente para órgãos privados; Técnico Demba Sanhá, vice-presidente para rádios comunitárias e Diamantino Lopes, Secretário-geral do sindicato.

A cerimónia de posse realizada nas instalações do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) e presidida por ministro da Função Pública do governo demitido, Tumane Camará. A cerimónia foi igualmente testemunhada pelas várias individualidades e antigos profissionais da comunicação social, como também por alguns dirigentes das instituições públicas, nomeadamente: Vice-presidente do Supremo Tribunal da Justiça, Juiz Conselheiro, Rui Nene; Presidente do Conselho Nacional da Comunicação Social, Juiz Conselheiro, Ladislau Embassa e do presidente da Confederação Geral do Sindicato Independente da Guiné-Bissau, Filomento Cabral.

Presidindo a cerimónia, ministro da Função Pública, Tumane Camará, advertiu a nova direcção do SINJOTECS que a sua progressão dependerá do engajamento e cumprimento de funções e responsabilidade de todas as pessoas empossadas a nível das diferentes estruturas para a melhoria do sector e consequente da sociedade guineense.

Aproveitou ainda a ocasião para apelar aos associados para não deixarem tudo nas mãos da presidente a semelhança daquilo que diz acontece em várias organizações sindicais. Acrescentou neste particular que “todos os sócios devem cumprir com as obrigações de contribuições das cotas e participações nas reuniões sindicais, uma vez que as estruturas sindicais é que são verdadeiros dirigentes de um país”.

Presidente da Confederação do Sindicato Independente da Guiné-Bissau, Filomeno Cabral, na sua intervenção, alertou a direcção ora empossada a cumprirem com suas obrigações até o fim do mandato e não obstantes as dificuldades que poderão encontrar ao longo do caminho

Explicou ainda que a lei geral do trabalho não permite acumulação de funções, neste sentido, pediu aos membros da direção empossado a reflectirem melhor sobre a referida questão.

Prometeu na ocasião fazer uma luta juntamente com a SINJOTECS contra a censura nos órgãos de comunicação social, porque conforme disse, a lei de imprensa condena a censura.

“Se aqui existe alguém recém-empossado que entenda que pode ser chamado amanhã para a assessoria de imprensa a ministério ou instituições, que diga agora, porque não se pode juntar as duas funções. Exercer como jornalista e ao mesmo tempo desempenhar o papel de assessor de uma instituição”, aconselhou o sindicalista.

A presidente do Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS), Indira Correia Baldé disse no seu discurso que a sua direcção tem a missão de trabalhar para viabilizar e dignificar os jornalistas guineenses, ou seja, tornando a profissão credível e valorizada, contudo, admite estar consciente da situação em que está a organização da classe herdada da antiga direcção.

A jornalista voltou a afirmar que a direção ora empossada vai lutar para que o executivo subvenciona os órgãos da comunicação social do país. Afiançou, no entanto, que a direção trabalhará para a melhoria de condições de trabalho dos profissionais da comunicação social.


Reconheceu ainda que o desafio é grande, mas afirma que a equipa está preparada para enfrentar com sapiência e determinação os desafios a encarar.

Refere-se que a nova direção do SINJOTECS ora empossada foi eleita durante o 2° Congresso Ordinário dos profissionais da comunicação social guineense, que decorreu de 26 e 27 do mês de março último, onde obteve 57 votos a favor e contra 40 do seu adversário, Jornalista Àssimo Baldé. 

Por: Epifania Mendonça

OdemocrataGB

Kumbosseria pabia di kampa di Kumba

Perante a incredulidade dos militares, em Amura.

A Lusa não perde uma oportunidade para evidenciar uma total parcialidade na crise política guineense, alinhando vergonhosamente com as estratégias do PAIGC. No seu artigo referente ao tributo prestado à memória de Kumba Ialá, por ocasião do quarto aniversário do seu passamento, todo o alinhamento dá a entender a intenção manifesta de prejudicar o PRS nas próximas eleições legislativas.

Efectivamente, apresentam um partido histórico da democracia guineense, com implantação nacional e mais de 40% de representação parlamentar, em pé de igualdade com a APU, partido que nunca concorreu a quaisquer eleições, cuja representatividade é mais que duvidosa, sem disso dar a mínima nota aos leitores. Para reforço da ideia de paridade, focam a mesma ideia de legitimidade nas bocas de uns e de outros. 

Que um qualquer órgão proceda a estas habilidades, ainda se pode compreender, mas uma Agência noticiosa oficial? Atente-se que, depois de se referirem a uma irmã do falecido, que apresentam como neutra, no contexto de uma Fundação, da família referem apenas um sobrinho que terá abandonado o PRS pela APU, usando da estratégia recorrente de finalizar (em jeito de conclusão, para que as pessoas retenham a ideia), a favor das suas conclusões. 

Desde a abertura à democracia que o PAIGC fomenta a pulverização do eleitorado por uma multidão de pequenos partidos, para se colocar ao abrigo de qualquer alternância. E continua a recorrer a essa estratégia, numa fase mais avançada: lançando um satélite de último modelo, expressamente para tentar roubar votos ao seu principal adversário político e único que lhe pode fazer frente e constituir uma alternativa de governação, o PRS. Nada melhor, para isso, do que tentar apropriar-se da herança do seu líder histórico. Pretensão ridícula, pois todos sabem como os seus partidários desprezavam Kumba Ialá. 

Nuno pretendente a "substituto" de Kumba? Nem a brincar. Nuno Nabian tem tentado usurpar a herança política de Kumba Ialá, abusando do cenário especial da eleições presidenciais, altura em que este morreu de forma prematura. Morte que ainda está por esclarecer. 

Nuno, enquanto esteve com Kumba, era contra o PAIGC. Ou estaria apenas a fingir? 
De que lado estaria Kumba hoje, se não tivesse morrido? 
Junto de manipuladores de última hora, a mando dos seus eternos adversários, contra o Partido que foi a maior razão da sua existência?

"O sonho comanda a vida", como diz uma bela canção, que se aplica com toda a propriedade a Kumba Ialá. Sonhou libertar a Guiné-Bissau dos libertadores que se tornaram opressores. 

Quando isso acontecer, Kumba poderá finalmente descansar em paz na sua tumba. 

Bardadi Malgos 

MOVIMENTO DOS INCONFORMADOS REAFIRMA COMPROMISSO EM LUTAR PELA RENÚNCIA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

O porta-voz do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados defendeu, esta quinta-feira (05), que o “único” destino do movimento é fazer o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, renunciar da sua função e, no entanto, disciplinar a classe política nacional

Sumaila Djalo defendeu a ideia durante a conferência de imprensa realizada, na casa dos direitos, em Bissau, onde foi anunciado o adiamento da marcha que estava prevista para o próximo dia domingo (08 de Abril).

De acordo ainda com o activista o presidente da república é o único responsável pelo crime que a democracia guineense está a enfrentar.

“Este barco vai chegar ao seu destino que é de fazer o Presidente da República, José Mário Vaz, renunciar das suas funções e disciplinar toda a classe política guineenses para que começam a ver o povo da Guiné-Bissau como o dono desta terra, porque os próprios políticos são parte deste povo e eles não podem tomar interesse do povo para pôr em causa, neste momento, o responsável pelo crime que está a acontecer contra a democracia guineense é José Mário Vaz e vai renunciar das suas função antes do fim do seu mandato”, determina.

Sumaila Djalo acusa ainda o chefe de Estado de personalizar tudo o que é do interesse nacional, por isso o povo guineense deve envolver em acções concretas para que Mário Vaz renuncie da sua função pacificamente.

“Não podemos ter um filho da Guiné-Bissau a pôr em causa todos os interesse nacionais, ele personalizou tudo o que é de Estado da Guiné-Bissau, não podemos, continuar calados a ver o que está a acontecer se deixamos isso acontecer seremos traidores do princípio da pátria e da república e altamente criminosos em cumplicidade ao crime que Mário Vaz e seus aliados estão a cometer contra a democracia que escolhemos como o modelo político para o nosso país”, adverte.

Sobre o preço de 1000 FCA por quilograma da castanha de Caju fixado, este ano, pelo presidente guineense, o porta-voz dos inconformados chama atenção aos guineenses sobre “a manobra enganosa habituada pelo presidente Mário Vaz que pretende prejudicar a receita do país que não tem tantas fontes de rendimento.

Os inconformados acusam ainda José Mário Vaz de estar a fazer campanha eleitoral fora do tempo a custo da castanha de caju. 

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga

radiosolmansi.net

Supremo Tribunal Federal do Brasil nega recurso contra prisão de Lula

O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil negou na quarta-feira à noite um recurso contra a prisão do ex-Presidente Lula da Silva, condenado em duas instâncias judiciais e que pretendia ficar em liberdade até à decisão final.


A defesa de Lula da Silva tinha apresentado um 'habeas corpus' [garantia que permite aguardar julgamento em liberdade] junto do STF, que foi agora recusado pela maioria dos 11 juízes do tribunal.

Na leitura do seu voto, Luís Roberto Barroso foi um dos magistrados que defendeu com maior ênfase a manutenção da possibilidade de prisão em segunda instância. A presunção de inocência é um "princípio" e "não uma regra", sublinhou.

Segundo o juiz, antes do STF decidir pela constitucionalidade da prisão antecipada, antes que todas as possibilidades de recursos serem julgadas nas diferentes instâncias da Justiça brasileira em 2016, o sistema punia réus pobres que não tinham condições de recorrer.

"Prendemos muito e prendemos mal, é um lugar comum, mas é absolutamente verdadeiro. (...) Mais de 50% da população reclusa não está presa pelas duas mazelas que afligem a sociedade brasileira: violência e corrupção", disse.

"O sistema funciona muito mal e, portanto, por todas essas razões, acho que devamos manter o entendimento judicial de 2016", avaliou.

Já o juiz Celso de Mello, o mais antigo do STF, considerou que sem trânsito em julgado [decisão judicial da qual não se pode mais recorrer] não há culpa e, por isto, acatou o pedido da defesa.

"A presunção de inocência representa um direito fundamental de qualquer pessoa submetida a atos de persecução penal por parte das autoridades estatais", destacou.

A juíza Rosa Weber indicou ser pessoalmente contra a prisão em segunda instância, mas explicou que a forma adequada de se alterar um entendimento sobre a presunção de inocência de um réu não deve ser discutida na apreciação de um 'habeas corpus' de caso particular, votando contra o pedido da defesa do ex-Presidente.

No voto decisivo, quando havia um empate de cinco votos a favor do recurso e cinco contra, a presidente do tribunal, Carmén Lúcia, afirmou que a prisão em segunda instância não era inconstitucional.

"O quadro fático não me permite [dizer] agora que se tenha como institucional, como impossível, dar-se o cumprimento da sentença após o julgamento de segunda instância", disse, ao votar contra o recurso.

Depois de quase onze horas de julgamento, os juízes também decidiram que a medida cautelar determinada pelo STF no último dia 22 de março, que impedia a prisão de Lula da Silva até o final deste julgamento, perdeu a validade.

A decisão de negar o recurso, que podia ter impedido a prisão do líder de esquerda mais carismático do Brasil, foi apoiada por seis dos 11 juízes do STF: Edson Fachin, relator do caso, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e a presidente do tribunal, Cármen Lúcia.

Já os juízes Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio de Mello e Celso de Mello votaram a favor do 'habeas corpus'.

O antigo chefe de Estado brasileiro foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, no Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4, segunda instância) em janeiro e agora pode começar a cumprir pena, assim que a decisão do STF seguir os trâmites judiciais, um processo que não será imediato já que existem prazos de contestação.

A decisão do STF será depois remetida para as instâncias judiciais inferiores e caberá ao juiz Sérgio Moro a ordem de prisão efetiva.

A prisão do ex-chefe de Estado está relacionada com um dos processos da Operação Lava Jato, o maior escândalo de corrupção do Brasil. Lula foi condenado por ter recebido um apartamento de luxo como suborno da construtora OAS em troca de favorecer contratos com a petrolífera estatal Petrobras.

A execução provisória da pena não deverá impedir juridicamente a candidatura presidencial de Lula da Silva, à frente nas sondagens para as eleições de outubro.

NAOM

Candidato da oposição vence eleições presidenciais na Serra Leoa

Opositor Julius Maada Bio vence eleições presidenciais na Serra .(REUTERS/Olivia Acland)

A comissão eleitoral da Serra Leoa proclamou o principal candidato presidencial oposicionista, Julius Maada Bio, como o novo presidente do país.

O presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Mohamed N'Fah Alie Conteh, disse na quarta-feira que Bio ganhou a segunda volta das eleições presidenciais, realizada em 31 de março, com 51,81% dos votos validamente expressos.

O antigo líder militar, que era o candidato do Partido do Povo da Serra Leoa, derrotou o candidato do partido governante, Samura Kamara, que recebeu 48,19% dos votos.

As tensões nesta nação de sete milhões de habitantes aumentaram depois de nem o candidato do governante Partido do Congresso de Todas as Pessoas, nem o do Partido do Povo, ter vencido à primeira volta, cuja votação decorreu em 07 de março.

O Partido do Povo não ocupa a presidência desde 2007.

Esta foi a segunda vez que Bio se candidatou a presidente, depois de ter perdido em 2012.

Por Lusa