domingo, 22 de junho de 2025

Israel/Irão: Bombardeiros B-2 envolvidos no ataque dos EUA regressaram à base... Os bombardeiros furtivos B-2 que lançaram bombas de grande dimensão sobre várias instalações nucleares iranianas regressaram hoje à base norte-americana no Missouri.

© Aaron M. Sprecher/Getty Images   Lusa   22/06/2025 

Um jornalista da agência de notícia Associated Press (AP) assistiu à aterragem de sete bombardeiros B-2 Spirit na Base da Força Aérea de Whiteman. A base, a cerca de 73 milhas (117 quilómetros) a sudeste de Kansas City, é a sede da 509.ª Ala de Bombardeiros, a única unidade militar dos Estados Unidos (EUA) que opera os bombardeiros B-2 Spirit.

O primeiro grupo de quatro aeronaves furtivas deu uma volta em torno da base antes de se aproximar de uma pista pelo norte, enquanto um último grupo de três chegou 10 minutos depois.

Entretanto, também o Presidente dos EUA confirmou o regresso dos bombardeiros furtivos B-2.

"Os GRANDES pilotos de B-2 acabaram de aterrar em segurança no Missouri. Obrigado pelo excelente trabalho!", escreveu Donald Trump, na rede social Truth Social, recorrendo à escrita em letras maiúsculas, como faz frequentemente para enfatizar a mensagem.

Na véspera, os bombardeiros B-2 tinham feito parte de um vasto plano que visou atingir centros nevrálgicos do programa nuclear iraniano.

Segundo as autoridades norte-americanas, um grupo de aviões furtivos dirigiu-se para oeste a partir da base do Missouri, no sábado, com a intenção de servir de isco para despistar as forças iranianas.

Um outro grupo de sete aviões voou discretamente para leste, empenhando-se na missão no Irão. Auxiliados por uma armada de aviões-tanque de reabastecimento e de caças - alguns dos quais lançaram as suas próprias armas - os pilotos americanos lançaram 14 bombas de 30.000 kg na madrugada de domingo (hora local) sobre duas importantes instalações subterrâneas de enriquecimento de urânio no Irão.

Marinheiros norte-americanos reforçaram a missão, disparando dezenas de mísseis de cruzeiro a partir de um submarino em direção a pelo menos um outro local.

As autoridades norte-americanas afirmaram que o Irão não detetou o disparo de artilharia nem disparou contra os jatos furtivos norte-americanos.

Apelidada de "Operação Martelo da Meia-Noite", a missão realizou um "ataque de precisão" que "devastou o programa nuclear iraniano", referiram as autoridades norte-americanas, mesmo reconhecendo que estava em curso uma avaliação.

Por seu lado, o Irão negou que tenha sido causado qualquer dano significativo, e a República Islâmica prometeu retaliar.

Israel tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.

O ataque ordenado pelo Presidente Donald Trump ditou o envolvimento direto dos Estados Unidos, um aliado tradicional de Telavive, no conflito entre Israel e o Irão.


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AIEA afirma que Natanz está arrasada e Isfahan inoperacional... O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, admitiu hoje "claros impactos" nas instalações nucleares iranianas de Fordo, Natanz, que foi arrasada, e Isfahan, que está praticamente inoperacional.

© Lusa   22/06/2025

Os EUA descarregaram toneladas de bombas sobre estas três zonas num ataque sem precedentes contra a república islâmica.

"Há indícios claros de impactos, mas não podemos dizer nada sobre os danos nas instalações subterrâneas", disse Grossi à CNN sobre as instalações de Fordo, protegidas por uma montanha de rocha perfurada esta manhã por "pelo menos duas bombas MOP de alta penetração", a primeira vez que foram utilizadas em combate, segundo os Estados Unidos.

Segundo o responsável da agência de energia atómica da ONU, não se pode excluir que tenham ocorrido danos significativos nestas instalações nucleares subterrâneas.

"Em Natanz, todas as instalações de superfície foram completamente destruídas", afirmou Grossi, referindo que a cidade tem estado sob ataque preventivo israelita há vários dias.

As instalações subterrâneas parecem ter "sofrido muitos danos" devido aos cortes de energia provocados pelos bombardeamentos, disse.

A instalação nuclear de Esfahan, atingida por mísseis Tomahawk americanos nas últimas horas, também sofreu "danos significativos", acrescentou.

O diretor-geral da AIEA reiterou ainda que, embora a sua organização tenha lamentado a falta de informação fornecida pelo Irão nos últimos meses sobre o seu programa nuclear, também não dispunha dos elementos necessários "para demonstrar que planeava desenvolver uma arma nuclear", como afirmam os Estados Unidos e Israel.

Na manhã de hoje, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) tinha referido que "não houve aumento nos níveis de radiação fora do local" após os ataques aéreos dos Estados Unidos a três instalações nucleares iranianas.

Explosão ouvida na região onde se situa central nuclear iraniana... Uma forte explosão foi ouvida hoje em Bushehr, onde se situa a central nuclear iraniana, mas terá sido dirigido a instalações militares na região, segundo fontes iranianas.

© Kobi Wolf/Bloomberg via Getty Images   Lusa   22/06/2025

"Uma grande explosão foi ouvida em Bushehr", noticiou o jornal reformista Shargh, citado pela agência espanhola EFE, que não deu mais informações.

As autoridades políticas de Bushehr indicaram, por seu turno, que houve um ataque dirigido contra "duas instalações militares" na região, e que esse ataque foi repelido.

"A rede de defesa foi imediatamente ativada e, após identificar e intercetar os alvos hostis, eles foram destruídos", disse o vice-governador de Bushehr.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou neste sábado que os Estados Unidos atacaram "com sucesso" três instalações nucleares iranianas, entrando o país assim diretamente no conflito entre Israel e Irão.

Após os ataques, o Centro de Segurança Nuclear do Irão declarou que "nenhum sinal de contaminação foi registado" nos locais atacados: Fordo, Natanz e Isfahan.

O chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, indicou, na sexta-feira, que um ataque direto à central nuclear iraniana de Bushehr teria as consequências mais "sérias", potencialmente libertando grandes quantidades de radiação.

"Este é o local nuclear no Irão onde as consequências de um ataque seriam mais sérias", alertou o representante durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para abordar o conflito entre Israel e o Irão, ainda antes do ataque norte-americano, observando que o local abrigava milhares de toneladas de material nuclear.

O chefe da AIEA fez saber, na mesma intervenção, que tinha sido contactado pelos países da região nas últimas horas, que lhe expressaram as suas preocupações.

Israel desencadeou e tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que considera representar para o país a produção de mísseis balísticos por Teerão.

A acusação é refutada por Teerão, que insiste nos fins pacíficos do seu programa nuclear, e que tem lançado vários ataques aéreos em retaliação contra Israel.

Os Estados Unidos entraram diretamente na guerra de Israel contra o Irão, bombardeando instalações envolvidas no programa nuclear iraniano, por ordem do Presidente norte-americano, Donald Trump, que ameaçou o regime de Teerão com mais ataques se "a paz não chegar rapidamente".

EUA "não pretendem entrar em guerra" com Irão

Por   cnnportugal.iol.pt

A operação envolveu mais de 125 aviões e uma manobra de dissimulação que colocou bombardeiros sobre o Pacífico como “isco”

O secretário da Defesa norte-americano disse este domingo que os Estados Unidos “não pretendem entrar em guerra” com o Irão, mas avisou que vão agir “rápida e decisivamente” caso os interesses dos EUA sejam ameaçados por Teerão como forma de retaliação.

A missão, denominado ‘Operation Midnight Hammer’ (Operação Martelo da Meia-Noite) visou bombardeamentos a três grandes instalações do programa nuclear iraniano e não encontrou resistência iraniana, afirmaram Pete Hegseth e o chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos, Dan Caine, numa conferência de imprensa conjunta no Pentágono para explicar a operação de sábado à noite.

A missão, segundo o líder do Pentágono, não tinha como objetivo a mudança de regime iraniano.

"A operação não teve como alvo as tropas iranianas ou o povo iraniano. Trump afirmou há mais de 10 anos que o Irão não pode obter uma arma nuclear, ponto final. Graças à sua liderança ousada e visionária e ao seu compromisso com a paz através da força, as ambições nucleares do Irão foram destruídas", disse Pete Hegseth.

Por sua vez, o chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos deu conta que o objetivo da operação - destruir as instalações nucleares em Fordo, Natanz e Isfahan - tinha sido alcançado.

“Os danos finais de combate levarão algum tempo, mas as avaliações iniciais dos danos de combate indicam que os três locais sofreram danos e destruição extremamente graves”, disse Dan Caine.

Segundo o chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA, a operação envolveu sobretudo sete bombardeiros furtivos B-2, diretamente responsáveis pelo ataque às instalações de Natanz, Isfahan e, sobretudo, Fordo, que foi atingida pelas bombas de alta penetração 'Massive Ordnance Penetrator' (MOP GBU-57), na primeira utilização operacional deste tipo de armamento em combate.

A operação envolveu mais de 125 aviões e uma manobra de dissimulação que colocou bombardeiros sobre o Pacífico como “isco”, segundo o general.

A missão, que partiu de uma base no Missouri, foi a mais longa realizada por bombardeiros B-2 desde os ataques de 11 de setembro de 2001, acrescentou Caine.

Os Estados Unidos entraram no sábado na guerra de Israel contra o Irão, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear iraniano, enquanto o Presidente Donald Trump ameaçou o regime de Teerão com mais ataques se “a paz não chegar rapidamente”.


Leia Também:  "Não estamos em guerra com Irão, estamos em guerra com programa nuclear"...   O vice-presidente norte-americano sublinhou que os Estados Unidos não pretendiam uma mudança de regime no Irão, tampouco enviar mais tropas para o Médio Oriente, e que ambicionavam a paz "no contexto de não terem um programa de armas nucleares", tendo rejeitado as acusações de que "explodiram" com a diplomacia.

“Estes bombardeiros B-2 Spirit são praticamente invisíveis a todo e qualquer radar existente”

O major-general Isidro Morais Pereira analisa os ataques dos Estados Unidos contra alvos nucleares no Irão.

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Ataque dos EUA ao Irão deixa o mundo em alerta... Os apelos à calma e às negociações diplomáticas são quase unânimes após os ataques norte-americanos na guerra Israel-Irão. Nos Estados Unidos, os congressistas democratas condenaram a ofensiva, dizendo que por não ter passado pelo congresso é inconstitucional.

Por SIC Notícias

Da Nova Zelândia ao Japão, da Arábia Saudita ao México, da Austrália à Venezuela muitos líderes mundiais apelam à calma ao desagravar da guerra e ao diálogo diplomático em vez das armas que podem agudizar ainda mais o conflito.

O ataque norte-americano ao Irão fez o pleno em todos os serviços noticiosos do mundo. A decisão terá sido tomada na sala de crise da Casa Branca em conjunto com o vice-presidente, o secretário de Estado e da Defesa, além do chefe do Estado Maior.

Um ataque que foi bem recebido nos abrigos israelitas. Em solo norte-americano a decisão unilateral do Presidente indignou muitos congressistas democratas.

De acordo com a Constituição norte-americana, apenas o Congresso tem o poder para declarar guerra.

Nações Unidas alarmadas

O secretário-geral das Nações Unidas também está seriamente alarmado com as consequências da ofensiva. António Guterres alerta para o risco de um conflito descontrolado com efeitos catastróficos para civis, a região e o mundo.

O ministro dos negócios estrangeiros da Arábia Saudita apelou à intervenção da comunidade internacional para pôr um fim à guerra.

O primeiro-ministro britânico apela ao Irão para que regresse à mesa das negociações. O mesmo apelo é feito pela presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen diz que o Irão nunca poderá ter armas nucleares. Sem condenar o ataque, defende a estabilidade como prioridade e que é hora para o Irão se sentar à mesa das negociações.

Hamas classifica ataque de "flagrante violação"

Outro entendimento tem o Hamas, que qualificou o bombardeamento de "flagrante violação" do direito internacional e de "perigosa escalada" do conflito.

Da Rússia, o ex-presidente Dmitri Medvedev diz que Donald Trump, que se dizia um negociador, começou uma nova guerra para os Estados Unidos.

A China considera que a ofensiva viola o direito internacional e aumenta o risco de uma crise global.


Leia Também: A Rússia e a China, através dos respetivos ministérios dos Negócios Estrangeiros, condenaram hoje os bombardeamentos norte-americanos contra instalações nucleares no Irão, ataques que levam o chefe da diplomacia iraniana a Moscovo para falar com o Presidente russo.


Leia Também: O secretário da Defesa dos Estados Unidos afirmou hoje que os ataques devastaram o programa nuclear iraniano e representaram um "êxito esmagador", numa operação que resultou de meses de preparação e que não visou tropas ou população do Irão.


O líder religioso Aladje Sana Baió apelou, em conferência de imprensa, à união e entendimento entre todos os líderes religiosos e políticos do país, com o objectivo de promover a paz e a estabilidade nacional.

"Irresponsável". Rússia condena EUA e alerta para "escalada perigosa"

Por LUSA 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia salientou que "as consequências" da ação dos Estados Unidos, "incluindo as radiológicas, ainda não foram avaliadas", mas ressalvou que "é já evidente que se iniciou uma escalada perigosa, suscetível de comprometer ainda mais a segurança regional e mundial".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia condenou "veementemente" os ataques levados a cabo no Irão por parte dos Estados Unidos, tendo alertado para o início de uma "escalada perigosa, suscetível de comprometer ainda mais a segurança regional e mundial".

"A Rússia condena veementemente os ataques dos Estados Unidos na madrugada de 22 de junho contra várias instalações nucleares no Irão, na sequência dos ataques israelitas contra a República Islâmica. A decisão irresponsável de submeter o território de um Estado soberano a ataques com mísseis e bombas, quaisquer que sejam os argumentos que lhe sejam apresentados, viola flagrantemente o direito internacional, a Carta das Nações Unidas e as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que já anteriormente qualificou inequivocamente tais ações como inadmissíveis. É particularmente alarmante o facto de os ataques terem sido levados a cabo por um país que é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas", começou por dizer, em comunicado.

O organismo salientou ainda que "as consequências desta ação, incluindo as radiológicas, ainda não foram avaliadas", mas ressalvou que "é já evidente que se iniciou uma escalada perigosa, suscetível de comprometer ainda mais a segurança regional e mundial".

"O risco de conflito no Médio Oriente, já assolado por múltiplas crises, aumentou significativamente. Particularmente preocupantes são os danos causados pelos ataques às instalações nucleares iranianas ao regime global de não-proliferação baseado no Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Os ataques contra o Irão causaram enormes danos à autoridade do TNP e ao sistema de verificação e monitorização da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) que nele se baseia", lê-se.

Nessa linha, a Rússia disse aguardar "uma resposta profissional e honesta da direção da Agência o mais rapidamente possível, sem frases simplificadas ou tentativas de se esconder atrás da equidistância política".

"Humanidade evoluiu para deixar que um bully sem leis nos leve à selva"

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, atribuiu a responsabilidade de quaisquer consequências que se possam seguir às ações do chefe de Estado dos Estados Unidos, uma vez que "o Irão tem o direito de se defender".

Daniela Filipe | 11:11 - 22/06/2025

"É necessário que o diretor-geral da AIEA elabore um relatório objetivo para ser analisado numa sessão especial da Agência, que está programada para ocorrer em breve", disse.

E rematou: "Naturalmente, o Conselho de Segurança das Nações Unidas também tem de reagir. As ações de confronto dos Estados Unidos e de Israel devem ser coletivamente rejeitadas. Apelamos ao fim da agressão e à intensificação dos esforços para criar condições para que a situação volte a ser tratada no plano político e diplomático."

Saliente-se que o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, revelou, este domingo, que viajará até Moscovo para se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, na manhã de segunda-feira.  Descreveu, inclusive, a Rússia como um “amigo do Irão”.

"Mesmo nos últimos dois ou três meses em que estivemos a negociar com os Estados Unidos, informámos sempre os nossos amigos russos sobre a última oferta, sobre qualquer progresso ou falta de progresso nas nossas conversações”, disse, em conferência de imprensa, na sequência dos ataques dos Estados Unidos a três infraestruturas nucleares do Irão.

Instalações nucleares iranianas foram "completamente destruídas"... O Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou hoje num breve discurso à nação que as principais instalações nucleares do Irão foram "completa e totalmente destruídas" por ataques levados a cabo pela força área dos Estados Unidos.

© Celal Gunes/Anadolu via Getty Images  Lusa  22/06/2025

Trump advertiu ainda Teerão contra eventuais retaliações contra os Estados Unidos, sublinhando que o Irão tem de escolher entre "paz ou tragédia", num discurso em que falou ao lado do secretário de Estado, Marco Rubio, e do secretário da Defesa, Pete Hegseth.

Os comentários de Trump foram produzidos na Casa Branca no sábado à noite, horas depois de anunciar nas redes sociais que as forças armadas americanas tinham realizado ataques contra três instalações nucleares importantes no Irão.

ATAQUE RELÂMPAGO: B-2 dos EUA neutralizam três centros nucleares no Irã...@Milson Alves

Trump apelidou o Irão de "o rufia do Médio Oriente" e alertou para a possibilidade de novos ataques se o país não fizer a paz. "Se não o fizerem, os futuros ataques serão muito maiores e muito mais fáceis", afirmou.

O Presidente retratou o ataque como uma resposta a um problema de longa data, mesmo que o objetivo fosse impedir o Irão de desenvolver armas nucleares.

Há 40 anos que o Irão diz "morte à América, morte a Israel", disse Trump. "Têm matado o nosso povo, arrancando-lhes os braços e as pernas com bombas à beira da estrada", acescentou.

A agência nuclear iraniana confirmou no domingo os ataques às instalações atómicas iranianas de Fordo, Isfahan e Natanz, mas insistiu que o programa nuclear do país trabalho não será interrompido.

"A Organização de Energia Atómica do Irão garante à grande nação iraniana que, apesar das conspirações malignas dos seus inimigos, com os esforços de milhares dos seus cientistas e especialistas revolucionários e motivados, não permitirá que o desenvolvimento desta indústria nacional, que é o resultado do sangue dos mártires nucleares, seja interrompido", declarou a Organização de Energia Atómica do Irão, citada pela agência oficial iraniana, IRNA.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, elogiou a decisão de Donald Trump de atacar o Irão numa mensagem de vídeo dirigida ao Presidente norte-americano.

"A sua decisão corajosa de atacar as instalações nucleares do Irão, com o poder impressionante e justo dos Estados Unidos, vai mudar a história", afirmou Netanyahu, acrescentando que os Estados Unidos "fizeram o que nenhum outro país na Terra poderia fazer".


Leia Também: Teerão diz não haver "qualquer sinal de contaminação" nuclear após ataque

As autoridades iranianas responsáveis pela segurança nuclear afirmaram hoje que não detetaram "qualquer sinal de contaminação" em três instalações nucleares visadas por ataques aéreos norte-americanos.

Última hora: EUA atacam locais nucleares no Irão... Os Estados Unidos da América acabam de entrar no conflito com o Irão. O anúncio foi feito pelo presidente norte-americano Donald Trump.

Por  SIC Notícias com LUSA  

Os Estados Unidos da América (EUA) atacaram, esta madrugada, posições nucleares no Irão. A informação foi confirmada por Donald Trump na rede social Truth.

"Concluímos o nosso ataque muito bem-sucedido às três instalações nucleares no Irão", anunciou o líder norte-americano.

Trump garante que todos os aviões que participaram no ataque estão fora do espaço aéreo iraniano e que os pilotos estão a salvo.

O presidente norte-americano acrescenta que "agora é tempo para a paz".

"Todos os aviões estão agora fora do espaço aéreo do Irão. Uma carga completa de BOMBAS foi lançada no sítio principal, Fordo. Todos os aviões estão a caminho de casa em segurança", acrescentou.

O Irão prometeu retaliar contra qualquer ataque norte-americano, caso o país se juntasse aos ataques israelitas.

A decisão de envolver diretamente os Estados Unidos surge ao nono dia de ataques de Israel ao Irão, que tentaram erradicar sistematicamente as defesas aéreas e as capacidades de mísseis ofensivos do país, ao mesmo tempo que danificaram várias instalações de enriquecimento nuclear.

As autoridades norte-americanas e israelitas afirmaram que os bombardeiros "stealth" norte-americanos B-2 e uma bomba com mais de 10 toneladas, que só aqueles aparelhos conseguem transportar, ofereciam a melhor hipótese de destruir locais fortemente fortificados ligados ao programa nuclear iraniano, enterrados no subsolo, como é o caso da central nuclear de Fordo, a menos de 100 quilómetros a sul de Teerão, que se acredita proceder a enriquecimento de urânio acima dos 60%.

Trump chegou à Casa Branca com a promessa de manter a América fora de conflitos estrangeiros dispendiosos e zombou do valor do intervencionismo americano protagonizados pelos dois presidentes democratas anteriores, Barack Obama e Joe Biden.