quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Maduro corta relações com EUA. Diplomatas têm 72 horas para sair do país

Nicolás Maduro anunciou hoje o corte de relações com os Estados Unidos e deu 72 horas aos diplomatas norte-americanos para saírem da Venezuela.


O Presidente venezuelano, que falava a partir do palácio presidencial, acusou os Estados Unidos de "intervencionismo".

"Decidi romper as relações diplomáticas e políticas com o governo imperialista dos Estados Unidos", disse Nicolás Maduro.

O anúncio de Maduro foi feito horas após o líder do parlamento, Juan Guaidó, se ter autoproclamado Presidente interino da Venezuela, perante milhares de pessoas concentradas em Caracas.

"Levantemos a mão: Hoje, 23 de janeiro, na minha condição de presidente da Assembleia Nacional e perante Deus todo-poderoso e a Constituição, juro assumir as competências do executivo nacional, como Presidente Encarregado da Venezuela, para conseguir o fim da usurpação [da Presidência da República], um Governo de transição e eleições livres", declarou.

Para Juan Guaidó, "não se trata de fazer nada paralelo", já que tem "o apoio da gente nas ruas".

O engenheiro mecânico de 35 anos tornou-se rapidamente o rosto da oposição venezuelana ao assumir, a 03 de janeiro, a presidência da Assembleia Nacional, única instituição à margem do regime vigente no país.

Nicolás Maduro iniciou a 10 de janeiro o seu segundo mandato de seis anos como Presidente da Venezuela, após uma vitória eleitoral cuja legitimidade não foi reconhecida nem pela oposição, nem pela comunidade internacional.

A 15 de janeiro, numa coluna de opinião publicada no diário norte-americano The Washington Post, Juan Guaidó invocou artigos da Constituição que instam os venezuelanos a rejeitar os regimes que não respeitem os valores democráticos, declarando-se "em condições e disposto a ocupar as funções de Presidente interino com o objetivo de organizar eleições livres e justas".

Os Estados Unidos, o Canadá, a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Brasil, a Colômbia, o Peru, o Paraguai, o Equador, o Chile e a Costa Rica também já reconheceram Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.

Até agora, só o México anunciou que se mantém ao lado de Nicolás Maduro.

A Venezuela enfrenta uma grave crise política e económica que levou 2,3 milhões de pessoas a fugir do país desde 2015, segundo dados da ONU.

Esta crise num país outrora rico, graças às suas reservas de petróleo, está a provocar carências alimentares e de medicamentos.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a inflação deverá atingir 10.000.000% em 2019.

NAOM

Ministro de Energia: “GOVERNO NÃO TEM DINHEIRO PARA COMPENSAR O VALOR INVESTIDO NA CENTRAL ELÉCTRICA DE BISSORÔ

O ministro da Energia e Indústria, António Serifo Embaló, revelou esta terça-feira, 22 de janeiro de 2019, que o governo guineense não tem dinheiro para compensar o valor investido na central eléctrica de Bissorã pela Empresa PROSOLIA Energie de L’Afrique, assegurando que de momento não há nenhuma solução à vista para fazer funcionar aquela central eléctrica concluída no final do ano 2017.

A empresa multinacional PROSOLIA Energie de l’Afrique instalou uma central do sistema ‘backup’, com uma produção fotovoltaica de 500.30 quilowatts, além de dois grupos de geradores de 70 kW cada e uma reserva de baterias entre 400 e 500 mil amperes. A central elétrica de Bissorã é neste momento a maior a nível nacional, no entanto, a empresa PROSOLIA Energie de l’Afrique aguarda que a União Económica e Monetária dos Estados da África Ocidental (UEMOA), na qualidade de financiador, receba a obra para posteriormente entregá-la ao Governo da Guiné-Bissau.

A posição do executivo quanto a situação da central foi tornada pública pelo titular da pasta de Energia e Indústria, depois de uma visita aos diferentes projetos da central eléctrica de Bissau e às instalações da nova ‘Mãe de Água’ em Brà, financiados pelo Banco Mundial, Banco Oeste Africano para o Desenvolvimento (BOAD) e Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD) no domínio da electricidade e águas, que engloba canalizações com tubos em pvc para água potável. O projeto engloba igualmente as instalações das ‘sapatas’ da central eléctrica de Bissau, construção de nova ‘mãe de água’ em Brá incluindo 91 fontenários em diferentes bairros.

O Ministro esclareceu na sua declaração que o problema do não funcionamento da central eléctrica de Bissorã não é culpa do governo guineense. Trata-se de uma situação que envolve os próprios financiadores.  

De referir que a central elétrica de Bissorã foi orçada em um bilhão, cento e cinquenta milhões de francos CFA, incluindo a instalação da rede.

Questionado sobre o corte de corrente eléctrica nos últimos dias em diferentes bairros da capital de Bissau, disse que a empresa está a trabalhar na criação de centros de comando para cada bairro, o que no seu entender, vai evitar cortes frequentes nos bairros por causa de avarias técnicas em outros bairros. Acrescentou que os referidos centros serão controlados através de um anel.

“Já estão a ser instaladas sapatas para o transporte da corrente do barco para a central eléctrica e os centros de comando para os diferentes bairros que compõem a capital Bissau”, observou.

O governante anunciou ainda que serão entregues dois mil kits à empresa de electricidade e águas da Guiné-Bissau (EAGB) para a instalação de água. Segundo a sua explicação, cerca de cinco mil casas beneficiarão de canalização de água a nível da capital Bissau. Aproveitou a ocasião para pedir a colaboração e compreensão dos citadinos de Bissau pelos transtornos que serão registados durante as obras nas ruas.   

Embaló perspectivou a rede de água potável no interior do país, tendo revelado que as obras vão começar na região de Tombali, concretamente no sector de Quebo, no próximo mês de fevereiro.

Por: Epifania Mendonça

Foto: E.M

OdemocrataGB

ALBERTO NAMBEIA SE REUNIRÁ COM MILITANTES DE CÍRCULO 24 NO PRÓXIMO SÁBADO

Presidente de PRS, estará no próximo sábado em CE-24 no marco da gira que está a realizar por todo o país para reunir-se com os militantes dos renovadores. A reunião em círculo 24 terá lugar na Rua de bombeiros às 16 horas.

O encontro terá formato de assembleia aberta, pelo que poderão participar tanto afiliados como simpatizantes, que terão ocasião de lhe propor directamente ao líder dos renovadores questões ou propostas de qualquer índole.

CET

Estamos a Trabalhar

Guiné-Bissau/Eleições: Comissão Eleitoral garante condições para eleições a 10 de março

O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, José Pedro Sambu, disse hoje à Lusa ter informado o chefe de Estado, José Mário Vaz, que há condições para realizar as legislativas a 10 de março.


Pedro Sambu foi hoje convocado pelo Presidente guineense para uma audiência, cujo teor era saber do andamento do processo eleitoral e se estão reunidas todas as condições para a votação no dia 10 de março.

“Da parte da CNE, as condições estão a ser reunidas”, disse José Pedro Sambú, realçando ter informado José Mário Vaz que “tudo decorre dentro do previsto no cronograma eleitoral”.

O líder da comissão eleitoral guineense disse ter recebido indicações por parte do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE, organismo do Governo) de que os cadernos eleitores provisórios serão emitidos no dia 24 deste mês e os definitivos a 08 de fevereiro.

Aqueles documentos serão produzidos no GTAPE, que já tem instalados os equipamentos para o efeito, notou José Pedro Sambú.

Da parte do Supremo Tribunal de Justiça, que na Guiné-Bissau também exerce as competências de tribunal eleitoral, o presidente da CNE disse aguardar a publicação definitiva de candidatos aceites e propostos pelos 24 partidos que vão concorrer às eleições.

Pedro Sambú indicou à Lusa ter informações do Supremo Tribunal em como as listas de candidaturas validadas serão publicadas na próxima semana.

Alguns candidatos a deputados com dossiês incompletos foram notificados a corrigir as falhas, precisou o líder da CNE, referindo-se às informações que recebeu do Tribunal.

Com os cadernos eleitorais emitidos e com as candidaturas a deputados publicadas pelo Supremo Tribunal, o presidente da CNE não vê nada que possa impossibilitar a realização de eleições na data prevista.

Mesmo admitindo “pequenos atrasos”, Sambu revelou que o processo eleitoral “decorre de forma normal” e que a votação “vai mesmo ter lugar” a 10 de março.

No passado dia 10 de janeiro, a ONU entregou às autoridades eleitorais guineenses um conjunto de materiais para votação, nomeadamente urnas e cabines do voto.

Apenas falta chegar a Bissau o chamado material eleitoral sensível, nomeadamente os boletins de voto, que deve ser fornecido por Portugal.

interlusofona.info