quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Guiné-Bissau: contratados do Hospital em greve

Hospital Simão Mendes, Bissau.
Liliana Henriques / RFI

Na Guiné-Bissau depois da greve dos professores, dos motoristas dos transportes públicos e do pessoal da justiça, agora é a vez do pessoal contratado do principal hospital da Guiné-Bissau.

Os contratados do Hospital Simão Mendes convocaram uma greve em duas vagas. Agora em dezembro e outra vez em janeiro.

É mais uma greve no sector da saúde pública. Desta vez é o pessoal contratado do Simão Mendes, principal unidade hospitalar da Guiné-Bissau que reclama o pagamento de salários em atraso. Estão a reclamar o pagamento dos meses de outubro e novembro deste ano, bem como subsídios de vela de anos atrasados.

Também aquele pessoal exige do Governo que os trabalhadores em regime de contracto e que estejam há muitos anos, sejam efectivados e ainda querem a melhoria das condições laborais.

A greve decorre entre esta quinta-feira até 31 de dezembro.

Se não houver resposta às renvindicaçoes, haverá uma outra paralisação do pessoal contratado entre 3 a 7 de janeiro.

Os contratados do Simão Mendes acusam a administração do hospital de silencio total às exigências que estão a fazer há vários meses.

RFI

Comunicado de imprensa do Conselho de Segurança sobre a Guiné-Bissau

Os membros do Conselho de Segurança foram informados a 21 de dezembro de 2018 sobre o relatório especial do Secretário-Geral sobre a avaliação do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) e os mais recentes desenvolvimentos políticos na Guiné-Bissau. O Secretário-Geral Adjunto para os Assuntos Políticos, Taye-Brook Zerihoun, e o Embaixador Mauro Vieira, Representante Permanente do Brasil junto às Nações Unidas, na qualidade de presidente da Comissão de Configuração para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau.

Os membros do Conselho de Segurança registaram com interesse o relatório especial do Secretário-Geral sobre a avaliação do UNIOGBIS, bem como as recomendações para reconfigurar a presença das Nações Unidas na Guiné-Bissau, através da restruturação do UNIOGBIS numa missão de bons-ofícios centrada na facilitação política, dependendo da conclusão bem-sucedida do ciclo eleitoral. Os membros do Conselho de Segurança expressaram sua intenção de deliberar sobre as conclusões e recomendações na negociação da próxima resolução sobre o UNIOGBIS em fevereiro de 2019.

Os membros do Conselho de Segurança manifestaram a sua profunda preocupação quanto ao estado dos preparativos para as eleições legislativas e lamentam que o governo da Guiné-Bissau não tenha realizado as eleições legislativas a 18 de novembro de 2018. Salientaram que as eleições legislativas são um passo fundamental para a recuperação sustentável e reformas de propriedade nacional, e devem ocorrer antes das eleições presidenciais previstas em 2019. Os membros do Conselho de Segurança tomaram nota da conclusão do processo de recenseamento eleitoral, bem como o anúncio de uma nova data para eleições legislativas, a 10 de março de 2019.

Os membros do Conselho de Segurança reiteraram o importante papel da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) pelo apoio à construção e à manutenção da paz na Guiné-Bissau. Tomaram nota da avaliação da CEDEAO à Guiné-Bissau a 12 de dezembro e compartilharam as preocupações expressas no comunicado final da Autoridade de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, de 23 de dezembro, que identificou alguns atores políticos que estão a criar dificuldades no sentido de atrasar o processo de registro de eleitores . Os membros do Conselho de Segurança elogiaram a CEDEAO pela sua determinação em responsabilizar os intervenientes políticos e outros que impeçam o bom andamento do processo eleitoral.

Os membros do Conselho de Segurança expressaram a sua preocupação de que, enquanto os atores políticos não demonstrem a renovada boa-fé e vontade política para a realização de eleições genuinamente livres e justas, a Guiné-Bissau vai continuar a enfrentar um ciclo contínuo de instabilidade.

Os membros do Conselho de Segurança, portanto, apelaram a todos os atores da Guiné-Bissau para que trabalhem em prol da preservação dos ainda frágeis ganhos no caminho da estabilidade no país e reafirmaram a importância de realizar eleições legislativas genuinamente livres e justas na Guiné-Bissau a 10 de março de 2019, assegurando a plena participação das mulheres. Destacaram que todos os atores políticos da Guiné-Bissau devem superar suas diferenças, alcançar o consenso e defender os interesses e o bem-estar do seu povo acima de tudo, e exortaram todas as partes interessadas a redobrarem seus esforços para assegurar a organização tranqüila das eleições como rege a constituição da República da Guiné-Bissau.

Os membros do Conselho de Segurança lembraram que a implementação do Acordo de Conacri, de 14 de outubro de 2016, com base no roteiro de seis pontos da CEDEAO, é o principal marco para uma resolução pacífica da crise política, pois oferece oportunidade para as autoridades nacionais e líderes políticos, bem como a sociedade civil, para, em conjunto, garantirem a estabilidade política e construirem uma paz sustentável. À esse respeito, os membros do Conselho de Segurança pediram conversações contínuas e diálogo inclusivo para a assinatura de um Pacto de Estabilidade.

Os membros do Conselho de Segurança elogiaram as forças de Defesa e Segurança da Guiné-Bissau pela sua contínua não-ingerência no cenário político da Guiné-Bissau, e instaram-nas firmemente a manter a mesma postura. Encorajaram também a continuação das operações da Missão da CEDEAO na Guiné-Bissau (ECOMIB) até o final do ciclo eleitoral em 2019 para manter a estabilidade no país e convidaram os parceiros internacionais a apoiarem a CEDEAO nesse sentido.

Os membros do Conselho de Segurança reafirmaram seu total respeito pela soberania e integridade territorial da Guiné-Bissau, de acordo com a Carta da Organização das Nações Unidas (ONU), e saudaram o apoio de parceiros bi e multilaterais, incluindo a ONU, União Africana, CEDEAO, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a União Européia (UE). Os membros do Conselho de Segurança encorajaram-nos a continuar a desempenhar um papel construtivo no apoio à construção e manutenção da paz na Guiné-Bissau.

27 de dezembro de 2018

Braima Darame

Polícia da Guiné-Bissau proíbe fogo-de-artifício nos festejos de final de ano


A polícia da Guiné-Bissau anunciou hoje que a utilização de fogo-de-artifício durante os festejos de final de ano, sem autorização prévia, passa a estar proibida, prometendo ainda "tolerância zero" no combate ao excesso de velocidade.

Em conferência de imprensa, o comissário-adjunto da Polícia de Ordem Pública, Salvador Soares, referiu que o lançamento de fogo-de-artifício está proibido, de forma a não "criar pânico" na população, e que para ser utilizado precisa de uma autorização do Ministério do Interior.

Já a diretora nacional da Polícia de Trânsito, Lala Pereira, avisou que o excesso de velocidade e a condução sob o efeito do álcool terão "tolerância zero" nas operações policiais dos próximos dias.

Em relação ao período entre 21 e 25 de dezembro, a polícia informou que não foi registada nenhuma morte por acidente. Ocorreram, no entanto, sete acidentes de viação, que provocaram quatro feridos graves.

MSE // PVJ

Lusa/Fim

Serviços de Inspeção Rodoviário beneficia de uma viatura para patrulhas


Bissau, 27 Dez 18 (ANG) - O Ministro dos Transportes e Comunicações entregou hoje uma viatura mini ambulância de 20 lugares , de marca Peugeot aos serviços de Fiscalização e de Inspeção Rodoviária, da Direção Geral de Viação e Transportes Terrestres.

Na ocasião, o secretário-geral de Ministério dos Transportes e Comunicações Mamadjam Djaló , disse que a viatura  será utilizada nos trabalhos de prevenção de acidentes rodoviários.

“Para promover a verdadeira cultura de segurança, é necessário não conduzir sob efeito de álcool. Deve-se usar o cinto de segurança, não circular em excesso de velocidade, não falar pelo tele móvel no momento de condução, possuir toda a documentação necessária, não ultrapassar a lotação de passageiros e o volume da carga”, referiu Djaló.

Por sua vez, o Diretor-geral de Viação e Transportes Terrestres Bamba Banjai agradeceu o gesto e disse que a viatura ajudará bastante nos trabalhos de Fiscalização e Inspeção Rodoviário.

Sublinhou que, a instituição que dirige carece de meios para fazer o seu trabalho de forma adequada e que por isso, quanto mais ajudas receberem melhor para a instituição.

“Esta viatura que o Presidente da República nos deu, vai nos ajudar sim, mas só que é insuficiente. Se verificamos, a mesma viatura só servirá para fazer trabalhos ao nível da capital Bissau, enquanto que na realidade precisamos de cobrir todo o território nacional”, lamentou Bamba Bamjai.

A viatura é uma oferta do Presidente da República, José Mário Vaz, e foi doada  no passado dia 23 do corrente mês.  

ANG/AALS/ÂC//SG

10 de janeiro-2019 é o prazo para a entrega das candidaturas às legislativas no Supremo Tribunal de Justiça

Em comunicado, o Supremo Tribunal de Justiça-STJ diz que as forças políticas pretendentes às legislativas de 10 março devem entregar as listas até 10 de janeiro.

A Guiné Bissau dispõe de cerca de cinquenta partidos e coligações legalmente reconhecidas pelo STJ.

Deste número, mais de trinta formações compareceram na última auscultação com o Presidente da República, para a marcação da nova data do escrutínio.



Fonte: Aliu Cande

PUN contra referendo na Guiné-Bissau

Idrissa Djaló, líder do PUN, Partido da Unidade Nacional, nos estúdios da RFI a 26 de Dezembro de 2018.
RFI/Miguel Martins

O presidente guineense anunciou eleições legislativas para 10 de Março e a sua vontade em levar a cabo em 2019 um referendo sobre uma revisão constitucional. Idrissa Djaló, líder do PUN, Partido da unidade nacional, toma posição contra este projecto de consulta popular.

O sistema semi-presidencial vigente no país tem sido visto pela comunidade regional, CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da África ocidental, como um dos possíveis males na origem da crónica instabilidade que assola o país.

E isto devido aos supostos conflitos entre órgãos de soberania que tal poderia implicar, nomeadamente, entre o presidente da república, tido como uma figura mais honorífica, e o primeiro-ministro, que governa efectivamente por ter o poder executivo.

Este regime constitucional vigora ainda noutros países de tradição portuguesa, como Cabo Verde.

Porém na Guiné-Bissau a instabilidade dos últimos anos, com múltiplos primeiros-ministros a serem indigitados pelo chefe de Estado, José Mário Vaz, deixou junto de alguns parceiros francófonos e anglófonos da região a percepção de que seria útil alterar o sistema constitucional.

O PAIGC, Partido africano para a independência da Guiné e Cabo Verde, tomou posição contra tal cenário.

José Mário Vaz no tradicional jantar de Natal dos colaboradores e funcionários da Presidência da República descartou, por seu lado, tratar-se de um problema de pessoas, mas das instituições e anunciou a sua vontade em que um referendo seja realizado este ano sobre o assunto.

Esta é uma posição refutada por Idrissa Djaló, líder do PUN, Partido da unidade nacional, para o qual se trata, na realidade, de um problema despoletado pelo actual chefe de Estado.

RFI

Balanço da Festa de Natal 2018 : HOSPITAL SIMÃO MENDES E HOSPITAL MILITAR REGISTAM MAIS CASOS DE AGRESSÕES FÍSICAS

Os dois maiores estabelecimentos hospitalares de Bissau, o Hospital Simão Mendes e o Hospital Principal militar (HOSPITAL AMIZADE SINO-GUINEENSE), registaram durante os dias 24 e 25 do mês em curso mais casos de agressões físicas e de acidentes de viação, em relação ao ano transato. Segundo os responsáveis clínicos de dois hospitais ouvidos pela repórter do Jornal O Democrata, este ano não se verificou nenhum óbito, apenas acidentes de viação e agressões físicas.

Relativamente ao Hospital Simão Mendes, registaram-se nove (9) casos de agressões físicas e 14 acidentes rodoviários, enquanto nos serviços de urgência do Hospital Principal Militar deram entrada 13 casos de acidentes rodoviários, dos quais dois em estado grave, mas que não inspiram maiores preocupações. Os serviços de Ortopedia daquele centro hospitalar atenderam sete (07) casos.

Em declarações aos jornalistas, o enfermeiro chefe do serviço de urgências do Hospital Nacional Simão Mendes, Júlio Vaz, explicou que receberam apenas casos de agressões físicas e de acidentes de viação, que segundo ele, são casos considerados ligeiros.

Para o director clínico do hospital principal militar, Júlio Na N’Fantche, as causas dos acidentes rodoviários e agressões físicas podem estar ligados ao consumo excessivo de álcool.

“Comparado com o ano passado, foram registados mais casos de acidentes rodoviários e agressões físicas”, observou.

Questionado sobre as medidas de resposta acionadas pelo hospital para atender casos de género previstos para a festa do fim de ano, explicou que vão trabalhando na medida das possibilidades e das condições técnicas de que dispõem, tendo em conta que deparam com problemas de falta de técnicos especialistas como neurocirurgiões. 

Por: Epifania Mendonça 

OdemocrataGB

Foi esta manhã transportado, do aeroporto para armazém da Comissão Nacional de Eleição, de baixo de forte dispositivo de seguranca de ECOMIB e de Polícia de Intervenção Rápida - PIR, os materiais eleitorais tais como: urnas, selos plásticos e tintas indelevel chegados ao país, no passado dia 23 deste mês, domingo, a bordo do avião fretado pelo PNUD.






 

Cne Guiné Bissau