sábado, 15 de fevereiro de 2025

África do Sul: Cerca de 1.200 pessoas concentraram-se hoje em frente à Embaixada dos Estados Unidos em Pretória, demonstrando o seu apoio ao Presidente norte-americano, que apontou discriminações contra a maioria branca no país.

© Getty Images  Lusa  15/02/2025 

 Manifestação pró-Trump junta mais de mil pessoas em Pretória. As imagens

Cerca de 1.200 pessoas concentraram-se hoje em frente à Embaixada dos Estados Unidos em Pretória, demonstrando o seu apoio ao Presidente norte-americano, que apontou discriminações contra a maioria branca no país.

Em 7 de fevereiro, o Presidente dos EUA assinou uma ordem executiva, que formaliza uma decisão já anunciada, e que visa congelar a assistência à África do Sul, devido a uma lei que a Casa Branca diz que discrimina a minoria branca no país.

"Enquanto a África do Sul continuar a apoiar os maus atores no palco mundial e a permitir ataques violentos a agricultores inocentes de minorias desfavorecidas, os Estados Unidos suspenderão a ajuda e a assistência ao país", declarou a Casa Branca, resumindo a ordem executiva.

A decisão da administração liderada por Donald Trump surge em resposta a uma nova lei na África do Sul que dá ao Governo poderes para, em alguns casos, expropriar terras de cidadãos. A Casa Branca aponta que a lei "discrimina de forma flagrante a minoria étnica Afrikaners".

"Esta é a primeira vez que um Presidente estrangeiro defende o povo Afrikaner", apontou Walter Wobben, de 52 anos, que é proprietário de uma quinta.

Os manifestantes usavam bonés com a frase 'Make Afrikaners Great Again', fazendo alusão ao 'slogan' da campanha de Trump a Presidente dos EUA.

"Os meus tios foram brutalmente atacados. A minha tia ainda está numa cadeira de rodas. Nunca recuperou. Não consegue andar e tem danos cerebrais. Estamos a falar de duas pessoas de 80 anos", acrescentou Wobben.

Por sua vez, Rose Basson, de 64 anos, disse que só Trump deu atenção aos assassinatos que estão a decorrer nas quintas na África do Sul.

A África do Sul tem cerca de 62 milhões de habitantes e uma das taxas de homicídio mais elevadas do mundo.

Entre fevereiro de 2023 e de 2024 registaram-se 28.000 homicídios, segundo os números avançados pela polícia e citados pela Agência France Presse (AFP).

Guerra na Ucrânia: "Chegou o momento". Zelensky defende criação de "exército europeu"... Volodymyr Zelensky afirmou que a Europa tem de "levar a sério" o risco de uma nova guerra.

© Wolfgang Rattay/Reuters   Notícias ao Minuto  15/02/2025

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu este sábado que a Europa tem de "levar a sério" o risco de uma nova guerra e construir um "exército comum" para que as "decisões sobre a Europa sejam tomadas na Europa".

"Acredito na Europa e exorto-vos a agir para o vosso próprio bem, para as vossas nações, as vossas casas, os vossos filhos, para o nosso futuro comum. Precisamos de confiança na nossa própria força para que os outros respeitem o poder europeu", afirmou Zelensky na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.

Segundo Zelensky, dar esse passo "não é mais difícil" do que aquilo que têm feito os ucranianos para enfrentar a Rússia.

"Não se trata apenas de aumentar as despesas com a defesa. O dinheiro é necessário, mas o dinheiro por si só não impede um ataque inimigo", disse o presidente ucraniano, insistindo que "não se trata de orçamentos", mas da "defesa do país".

E prosseguiu: "Se não o fizermos, quem é que os pode parar? Sejamos francos: hoje não podemos excluir a possibilidade de os Estados Unidos dizerem 'não' à Europa em questões que a ameaçam."

O ucraniano sublinhou que pretende uma "segurança garantida" e avisou que a Ucrânia tem "poucas hipóteses" de sobreviver à guerra contra a Rússia sem o apoio militar dos Estados Unidos.

"Nas situações difíceis temos uma hipótese, mas teremos poucas hipóteses de sobreviver sem o apoio dos Estados Unidos", afirmou o presidente ucraniano.


Leia Também: O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "está mais forte do que nunca" e garantiu que a União Europeia (UE) vai "continuar a apoiar a Ucrânia" na guerra frente à Rússia.

Três reféns libertados hoje em Gaza já estão em Israel

© Reuters  Lusa  15/02/2025 

As autoridades de Israel confirmaram ter recebido hoje três israelitas mantidos como reféns na Faixa de Gaza, depois de o Hamas os ter entregado à Cruz Vermelha em troca de mais de 300 prisioneiros palestinianos detidos nas prisões israelitas.

Os reféns libertados hoje pelo grupo islamita Hamas apelaram à continuação do acordo de cessar-fogo, nas suas declarações durante uma cerimónia organizada pelo grupo islamita em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, transmitida em direto pela Al Jazeera. 

No seu discurso, Sagui Dekel-Chen, um dos três libertados, agradeceu a todos os que contribuíram para a sua libertação e apelou ao governo israelita para que faça tudo o que estiver ao seu alcance para garantir a continuidade do acordo.

Por seu lado, Iair Horn repetiu várias vezes que "o tempo está a esgotar-se", referindo-se à urgência de continuar o processo.

Os três reféns libertados são Iair Horn, 46 anos, Sagui Dekel Chen, 36 anos, e Alexander (Sasha) Troufanov, 29 anos. Todos têm dupla nacionalidade.

Horn foi raptado juntamente com o seu irmão, Eitan, que permanece em cativeiro.

Entre os mais proeminentes dos 369 prisioneiros palestinianos que deverão ser libertados encontra-se Ahmed Barghouti, 48 anos, um colaborador próximo do líder militante e figura política palestiniana icónica Marwan Barghouti.

Este é o mais recente indício de que o frágil acordo de cessar-fogo, que se tem vindo a deteriorar nos últimos dias, se manterá.

As duas partes procederam a cinco trocas de reféns desde o início do cessar-fogo, em 19 de janeiro, libertando 21 reféns e mais de 730 prisioneiros palestinianos durante a primeira fase das tréguas.

A guerra poderá recomeçar se não houver acordo sobre a segunda fase, mais complicada, que prevê a devolução de todos os reféns capturados no ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023 e uma prorrogação indefinida da trégua.


Leia Também: Prisioneiros palestinianos começam a ser libertados em Ramallah


Pela primeira vez Liceu Nacional #Kwame N'krumah tem autocarros de transporte de alunos.

Parabéns diretor Joisba Fidjuditerra (José Saico Issa Baldé) pelo belo trabalho... @Leopold Sedar Domingos

O Secretário Nacional para a Informação e Capacitação do PRS, João Alberto Djata, pediu diálogo e entendimento entre as duas alas do partido para dar continuidade ao legado de Kumba Yalá e Alberto Nambeia. A declaração foi feita durante um encontro com a Juventude da Renovação Social de SAB, no Círculo 29.


Radio Voz Do Povo

O secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) defendeu hoje que há "barreiras estruturais" que impedem o continente de acelerar o desenvolvimento e romper o ciclo da dependência da ajuda externa.

© Getty Images  Lusa   15/02/2025

África enfrenta "barreiras estruturais" externas ao desenvolvimento

O secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) defendeu hoje que há "barreiras estruturais" que impedem o continente de acelerar o desenvolvimento e romper o ciclo da dependência da ajuda externa.

"As disparidades não se devem a falta de potencial económico, mas sim a barreiras estruturais enraizadas que mantêm África num ciclo de dependência económica", disse Claver Gatete na intervenção inicial, feita na 46.ª Sessão do Conselho Executivo da União Africana, este fim de semana, que tem como tema 'Justiça para os Africanos e Pessoas de Descendência Africana através de indemnizações'.

Na intervenção em Adis Abeba, Gatete disse que "é incontestável que o comércio transatlântico de escravos e a exploração colonial roubou África dos seus recursos, pessoas e dignidade, deixando desigualdades que persistem no sistema financeiros global, nas estruturas comerciais e na governação das instituições, até hoje".

A extração dos recursos de África "sem o correspondente desenvolvimento, a subvalorização das economias africanas nas avaliações de crédito globais e as barreiras sistémicas ao comércio e ao investimento são, de facto, manifestações contemporâneas destas injustiças históricas", vincou Gatete, que é também subscretário-geral das Nações Unidas.

O continente africano tem 30% das reservas minerais do mundo, incluindo 40% de ouro e 90% de crómio e platina, e 65% da terra arável do mundo, mas representa menos de 3% do comércio global e só 1% da produção mundial, exemplificou o responsável, apontando também que em 2023 o comércio entre países africanos representou apenas 16%, quando entre os países europeus foi 68%.

"Para além disso, é injusto que todo o continente africano, com as suas 54 nações, tenha uma quota no Fundo Monetário Internacional equivalente à de um único país, a Alemanha", acrescentou.

Referindo-se à "injustiça na avaliação da qualidade do crédito soberano, com apenas dois países a terem níveis de recomendação de investimento", Gatete apontou cinco áreas de intervenção para equilibrar a relação entre África e o resto do mundo, porque "África não pode construir prosperidade em cima de uma fundação desenhada para limitar o seu crescimento".

O secretário executivo da UNECA defende uma reformulação da arquitetura financeira mundial, incluindo a criação de uma agência de 'rating' africana, a implementação da Zona de Comércio Livre Continental em África, a adição de valor à produção de minerais, a valorização da diáspora e a aposta na mobilidade dos seus cidadãos.

"As injustiças do passado não podem continuar a definir o futuro de África", salientou, concluindo que "os africanos têm as ferramentas, os recursos e a vontade para reclamar a iniciativa de África".

Aliu Seide, Presidente da Associação dos Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau, anúncia para breve a construção do mercado de Bandim


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