quinta-feira, 26 de março de 2020

NOTÍCIAS DA GUINÉ-BISSAU - ATUALIDADE NACIONAL RTP



O PRESIDENTE DA REPUBLICA VISITOU FORCAS DE ECOMIB



RadioBantaba

#Coronavirus Comunicado de imprensa #OrangeBissau



Orange


CONVID-19: Lagos Converts Former Onikan Stadium To Isolation Centre

Due to more cases of Coronavirus, Lagos State begins erection of more isolation centres in the state.

The Lagos Island Isolation centre in former Onikan 10000 capacity Stadium will be ready for use in few days.

More of the isolation and treatment centres are to be sited in other divisions of the state- like Ikeja, Badagry, Epe, Ikorodu.





Joseph Akinrinade

Native Reporters

OMS diz que ainda é possível conter pandemia de Covid-19 em África

PHILIMON BULAWAYO

Em muitos países ainda não há contágio local.

A diretora regional para África da Organização Mundial de Saúde (OMS), Matshidiso Moeti, disse esta quinta-feira que ainda é possível conter a pandemia de Covid-19 no continente porque em muitos países ainda não há contágio local.
"Ainda se pode conter o vírus em muitos países", disse Matshidiso Moeti, apesar de considerar como "muito dramática" a evolução da doença no continente.
África regista mais de 2.800 casos e 75 mortes em 46 países, segundo os dados mais recentes compilados pela agência EFE com base em informação direta dos governos africanos.

A responsável da OMS explicou que, há um mês, havia apenas um país com registo de infeções na região coberta pela OMS África, que inclui os países da África Subsaariana e a Argélia, e atualmente são reportados em média 300 casos por dia. A diretora da OMS África falava durante uma conferência de imprensa virtual, em que participaram outros especialistas africanos.

Em muitos países os casos registados continuam a ser importados e não há contágio local, o que para Matshidiso Moeti significa que "ainda há uma oportunidade" para conter pandemia em países em que se estima que as suas consequências venham a ser devastadoras.

Por outro lado, apontou, a maioria dos casos são oriundos de países europeus ou ocidentais, existindo possibilidade de os isolar de forma segura.

A diretora da OMS África insistiu, por isso, na necessidade de fazer o seguimento de todos os contactos dos casos positivos, isolar os suspeitos e tratar os confirmados para quebrar a cadeia de transmissão do vírus.
"A estratégia de deteção de casos que gostaríamos de ver não está a acontecer em África", reconheceu Moeti, apontando, contudo, que apesar de haver contágios não detetados, a OMS descarta que "uma disseminação generalizada de casos não reportados" ou "grandes quantidades de pessoas portadoras do vírus".
A maioria dos países africanos, ainda sem terem atingido os 100 casos positivos da doença, fecharam já as fronteiras aéreas, marítimas e terrestres e limitaram o movimento de cidadãos com medidas como o confinamento ou o recolher obrigatório.

A OMS reconhece que estas medidas eram necessárias, mas considerou que não devem impedir que sejam criados "corredores humanitários" para que material de saúde e pessoal médico possa chegar aos países para ajudar a conter a doença.

Matshidiso Moeti e outros especialistas do Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças (África CDC), também presentes da conferência de imprensa virtual, consideraram ainda que, apesar de ter sido decretado por vários países, o confinamento obrigatório não é fácil de concretizar em África.
"Confinar uma população que vive do dia-a-dia não é fácil", disse o enviado especial da OMS para a covid-19, Samb Sow, sublinhando a importância de fazer acompanhar estas medidas de uma forte campanha de comunicação e de medidas humanitárias para atenuar os impactos económicos.
Por outro lado, apontou, quando numa casa vivem dezenas de pessoas, não é lógico que se confinem todas juntas se houver um infetado.

Nesse sentido, os especialistas pediram uma reflexão urgente sobre a aplicação das medidas impostas no resto do mundo ao contexto africano, onde há países com conflitos armados, populações sem acesso a água e hospitais e zonas com grande número de deslocados e refugiados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.

sicnoticias.pt

Covid-19 - Nigeria: Together we will triumph over this pandemic - Muhammadu Buhari


Over the last few days I have received extensive briefings on the state of the nation as it relates to the Covid-19 pandemic, from the relevant Federal Government agencies as well as the Lagos State Government.

Accordingly, I approved the following:

The immediate release of a 10 billion Naira grant to Lagos State, which remains the epicentre of the Covid-19 outbreak in Nigeria. This grant will enable Lagos State increase its capacity to control and contain the outbreak, while also supporting other States with capacity building.

The immediate release of a 5 billion Naira special intervention fund to the Nigeria Center for Disease Control (NCDC) to equip, expand and provide personnel to its facilities and laboratories across the country.

The Nigerian Air Force is already making its fleet available to the Presidential Task Force on Covid-19, to enable a better coordinated and more effective response across the country.

To protect our homeland from external exposure, I directed the immediate closure of our International Airports and Land Borders for four weeks in the first instance, to enable us put up the appropriate policies, processes and infrastructure to cope with suspected and confirmed cases at home, without risking a compounding of the situation with more imported cases.

The inconvenience caused by these flight and travel restrictions to our fellow citizens abroad who want to return home is regrettable, but it is necessary for the greater good, and I thank you all for your understanding and cooperation.

I have also directed that only cargo vessels that have been at sea for more than 14 days be allowed to dock in our ports, after the crew have been tested and confirmed disease-free by the Port Health Authorities. This 14-day restriction however does not apply to vessels carrying oil and gas products as by their nature, there is minimal human contact.

We have also suspended the movement of commuter trains to limit the spread of the virus to other parts of the country.

I have directed the NCDC to draft all its recent retirees back into service to beef up our manpower as we respond to the pandemic.

Furthermore, all NCDC staff and experts who are away on training or international assignments are to return immediately. Already the Nigerian Air Force (NAF) are conducting an evacuation mission to bring back some of our specialists in Central Africa, to enable them support the national response.

I commend the monetary policy authorities for their financial intervention to support our entrepreneurs and companies as we go through this difficult time. We are also looking at fiscal measures to minimise the negative impact of this pandemic on the livelihood of millions of Nigerians.

As you are aware we have begun the process of reviewing the federal budget. We shall communicate our fiscal interventions once the budget review process is concluded.

In the meantime, I have directed the Minister of Industry, Trade and Investment, to work with the Manufacturers Association of Nigeria, to ensure that all production of essential items such as food, medical and pharmaceutical products continues unhindered.

We are engaging our international friends and partners to share knowledge and to seek their support in our response to the pandemic. We are grateful for the show of support thus far – we have already started receiving goods and supplies intended to help us scale up our efforts.

Let me specially thank and commend all of the hard and heroic work being done by our medical personnel, the NCDC, Port Health Authorities, Security Agencies, State Governments, and all ad-hoc staff and volunteers.

I urge all Nigerians to be mindful of those among us who seek to spread panic and misinformation, and sow confusion at this time. We must all pay attention only to the relevant government agencies working day and night to make accurate and useful information available to the public.

I will also ask all of us to strictly obey all public health guidelines and instructions issued by the Federal and State health authorities, regarding personal hygiene and social distancing. These guidelines will be updated from time to time as new information and treatments are obtained.

In the meantime, I want to assure all Nigerians, that the Federal Government remains committed to protecting all Nigerians. We seek your full support and cooperation as we go through this very difficult time. Together we will triumph over this pandemic.

Muhammadu Buhari
26/03/2020

Atenção MINSAP


Albano Barai 

COVID-19 - "Vírus ameaça destruir-nos", diz diretor da OMS aos membros do G20

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) relembrou aos dirigentes do G20 que "nenhum país consegue combater o vírus sozinho".


Os dirigentes dos países membros do G20 foram aconselhados a encontrar soluções conjuntas para combater a pandemia Covid-19 e "começar um movimento global" para garantir que uma situação semelhante não volta a abalar o mundo.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, incitou os líderes a "lutarem sem desculpas, sem arrependimentos", agradecendo aos países que já tomaram medidas e apelando a que tomem mais.

"Juntem-se para combater a crise de saúde do nosso tempo: Estamos em guerra com um vírus que ameaça destruir-nos, se deixarmos", divulgou a OMS, num comunicado emitido esta quinta-feira.

O líder da OMS apelou ainda aos líderes que "façam tudo o que for necessário para ultrapassar a pandemia", para proteger vidas, e para restaurar a confiança e estabilidade, atualmente "ameaçadas".

Tal como tem vindo a referir, Tedros Ghebreyesus relembrou aos líderes do G20 que "nenhum país consegue combater a pandemia sozinho", tendo os países do G20 garantido que vão trabalhar juntos na investigação e desenvolvimento de uma vacina.

O G20 anunciou também a intenção de injetar "cinco biliões de dólares" na economia mundial para "contrariar as consequências sociais, económicas e financeiras da pandemia".

"Estamos firmemente decididos a apresentar uma frente unida contra essa ameaça comum", referiram os representantes das grandes potências mundiais num comunicado divulgado após uma reunião extraordinária por videoconferência, presidida pelo rei Salman da Arábia Saudita.

Mas os dirigentes de países membros do G20 - as maiores economias mundiais - fizeram um apelo à OMS e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para "ajudarem os países emergentes e em desenvolvimento a enfrentarem os impactos sanitários, económicos e sociais da Covid-19".

Os países que integram o G20 são os Estados Unidos, Rússia, China, França, Alemanha, Reino Unido, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Coreia do Sul, África do Sul, Turquia, Arábia Saudita e União Europeia.

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Morreram 662 pessoas em Itália nas últimas 24 horas. Total supera 8 mil

O país já registou mais de 80 mil casos de infeção.

De acordo com os dados divulgados pela proteção civil italiana e que dizem respeito às últimas 24 horas, foram registadas mais 662 mortes em Itália por causa da Covid-19. O número total de pessoas que já morreram no país desde o início da pandemia é de 8.165. Segundo o Corriere della Sera, foram diagnosticados mais 6.153 casos de infeção, subindo o total para 80.539 desde o início do surto. 

Com o balanço desta quarta-feira verifica-se uma descida no número de mortos, face aos registados esta quarta-feira. No entanto, o número de novos casos de infeção subiu, contrariando a tendência de descida reportada nos dias anteriores. 

Quase mil pessoas recuperaram da doença nas últimas 24 horas, o que significa que no total 10.361 pessoas já foram curadas em Itália. 

Entre as pessoas infetadas, 3.612 encontram-se nos cuidados intensivos. 

Na Lombardia foram registados quase metade dos casos de infeção, 34.889 desde o início da pandemia. Desde ontem, foram detetados mais de 2.500 novos casos nesta região italiana. A Emilia-Romagna é a segunda região mais atingida, tendo sido já diagnosticados quase 11 mil casos de infeção. 


[Notícia atualizada às 17h24]

Covid-19: Mais 100 mortos no Estado de Nova Iorque nas últimas 24 horas


O número de mortos pelo novo coronavírus no Estado de Nova Iorque, epicentro da epidemia nos EUA, aumentou fortemente nas últimas 24 horas com mais 100 vítimas, num total de 385 recenseadas desde o início da pandemia, indicou fonte oficial.

Esta manhã, o Estado de Nova Iorque, com cerca de 20 milhões de habitantes, registava 37.000 casos confirmados da covid-19, contra mais de 30.000 na quarta-feira, precisou em conferência de imprensa o governador Andrew Cuomo.

"O que aconteceu foi que as pessoas estavam com um respirador [artificial] nos hospitais", disse o governador.

"Quanto mais ficarem com um respirador, mais aumenta a probabilidade de um desfecho trágico. De momento existem pessoas que estão com um respirador há 20, 30 dias".

No entanto, repetiu que o Estado possui respiradores suficientes para as necessidades imediatas, mesmo que sejam necessários novos aparelhos em breve.

O número de mortos registados nos Estados Unidos pelo novo coronavírus ultrapassou os 1.000 na noite de quarta-feira.

Os EUA, que de início observaram à distância a propagação da epidemia na China e de seguida na Europa, estão perto de ultrapassar a Itália em número de casos motivados pela doença.

O Estado de Nova Iorque concentra atualmente cerca de metade dos casos em todo o território dos Estados Unidos, cerca de 70.000 ao meio-dia de hoje segundo a universidade John Hopkins.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com quase 260.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até quarta-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 4.089, entre 56.188 casos de infeção confirmados até hoje.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.285 casos (mais de 74 mil recuperados) e regista 3.287 mortes. Nas últimas 24 horas, reportou seis mortes e 67 novos casos, todos com origem no exterior, quando o país começa a regressar à normalidade, após dois meses de paralisia.

Os países mais afetados a seguir à Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.234 mortes (29.406) casos, a França, com 1.331 mortes (25.233 casos), e os Estados Unidos, com 1.031 mortes (68.572 casos na quarta-feira).

O continente africano registou até hoje 73 mortes devido ao novo coronavírus, ultrapassando os 2.700 casos, em 46 países.


Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Covid-19: África do Sul sobe para 927 casos antes do recolher obrigatório


O número de casos de infeção pelo novo coronavírus na África do Sul aumentou nas últimas horas para 927 casos positivos, enquanto o Governo prepara um recolher obrigatório sem precedentes para contrariar a pandemia, anunciou hoje o ministro da Saúde.

Zweli Mkhize disse, em comunicado, que as autoridades identificaram 218 novos casos (eram 709) da covid-19 no país desde quarta-feira, sendo para já desconhecidos os resultados de 79 análises.

O governante informou que a província de Gauteng, envolvente a Joanesburgo e motor da economia do país, com um quarto da população de 57 milhões de habitantes, é a mais afetada, com 409 casos positivos.

Segundo Mkhize, a doença continua a propagar-se no Western Cape (229 casos), envolvente à Cidade do Cabo, e no KwaZulu-Natal (134), litoral do país e que faz fronteira com Moçambique.

Situação idêntica vive-se no centro do país, com 49 casos na província do Free State e também na província de Mpumalanga, noroeste, vizinha a Moçambique, que regista nove casos positivos, adiantou o ministro da Saúde.

Na província do Limpopo, norte do país, o número de casos subiu para seis casos de infeção positivos e as autoridades locais decretaram a realização de testes de covid-19 a todos os viajantes provenientes de outras províncias de risco, nomeadamente Gauteng.

North West (5), Eastern cape (5) e Northern Cape (2), são as restantes províncias sul-africanas afectadas pela pandemia que eclodiu no país em 1 de março.

O Governo, que anunciou o primeiro caso positivo de covid-19 em 5 de março, vai implementar a partir das 00:00 de hoje um recolher obrigatório de 21 dias para evitar a propagação da doença.

O Presidente da República, Cyril Ramaphosa, destacou ainda o exército para ajudar a polícia a manter as pessoas em casa nas próximas três semanas.

"Estamos numa situação de guerra e temos que permanecer unidos contra este inimigo comum (global)", afirmou hoje o chefe de Estado sul-africano.

As autoridades sul-africanas encerraram as fronteiras e o espaço aéreo do país.


Apenas serviços essenciais, como hospitais, clínicas, farmácias, bancos e supermercados e alguns transportes públicos em regime especial, vão permanecer operacionais, segundo o Governo.

Governo nigeriano avisa para possibilidade de subida exponencial de casos


O governo nigeriano alertou hoje que o país pode testemunhar um aumento exponencial de infeções pelo novo coronavírus, caso não sejam tomadas medidas para identificar os contactos dos casos detetados de covid-19.

A Nigéria, o país mais populoso em África, com 190 milhões de pessoas, registou até agora 51 infeções, das quais resultou uma morte, ainda assim o número de testes tem sido limitado.

"Temos 4.370 pessoas em observação que estamos a rastrear. Apelamos àqueles que tiveram contacto com os casos suspeitos a dirigirem-se imediatamente às autoridades", afirmou hoje o ministro da Informação da Nigéria, Lai Mohammed, citado pela agência France-Presse.

O ministro defendeu que a ação da população tem de ser tomada o mais depressa possível.

"Estamos prestes a alcançar o nível de contágio comunitário. Devemos travar isto imediatamente ou vamos registar um crescimento exponencial nos próximos dias", constatou o ministro.

Segundo especialistas citados pela agência noticiosa, a Nigéria é particularmente vulnerável à propagação da covid-19, provocada pelo novo coronavírus, dado o seu frágil sistema de saúde e a elevada densidade populacional.

O país tomou já medidas para minimizar o risco de contágio, como o encerramento de aeroportos e fronteiras terrestres, assim como a suspensão de aulas. O executivo advertiu também as pessoas para ficarem em casa nas cidades maiores.

A maioria das infeções registadas até agora são de pessoas que ficaram infetadas com o vírus antes de chegarem à Nigéria, mas as autoridades nigerianas admitem que já houve transmissão local na cidade de Lagos, uma das cidades mais importantes em África.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.


Segundo dados do Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças da União Africana, o continente registou pelo menos 2.746 casos de infeção desde o início da pandemia, dos quais 72 resultaram na morte dos infetados.

Covid-19: Senegal tem mais de uma centena de casos

Policia numa feira em Dacar, no Senegal. 24 de Março de 2020. AFP - SEYLLOU
Texto por: Cândido Camará

A pandemia do novo coronavírus representa 105 casos no Senegal, de acordo com o ministério de Saúde. Nove já estão curados e 96 encontram-se em tratamento. Até agora não há vítimas mortais.

O novo tipo de coronavírus está a ganhar terreno no Senegal a cada dia que passa. Tendo em conta a propagação, o Presidente senegalês, Macky Sall, decretou, esta semana, o estado de emergência e o recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00 em todo o território nacional. As mesquitas, igrejas e os lugares de culto foram todos encerrados.

Os mercados e supermercados funcionam a meio gás. Poucas viaturas circulam na capital senegalesa, onde não há engarrafamentos. As ruas de Dacar tornaram-se num deserto. O aeroporto internacional de Dacar está paralisado sem voos internacionais.

As fronteiras dos países vizinhos, nomeadamente da Guiné-Bissau, Gâmbia e Mauritânia estão encerradas.

Todavia, o Presidente fez um apelo de tomada de consciência nacional sobre a gravidade da situação.

Na segunda-feira, Macky Sall afirmou, em declarações ao canal de televisão estatal, que não pretende prejudicar a economia, pelo que alocou uma ajuda financeira de cerca de 75 milhões de euros (50 mil milhões de francos CFA], aliada a medidas tributárias específicas. “Digo-vos, com solenidade, que a hora é grave. A velocidade de propagação desta doença obriga-nos a ter um nível de resposta adequado, caso contrário corremos o risco de uma calamidade pública”, disse.

Para além da verba destinada ao apoio à economia, o presidente do Senegal revelou que irá disponibilizar cerca de 150 milhões de euros [100 mil milhões de francos CFA] para o combate ao novo tipo de coronavirus.

RFI

Guiné-Bissau: Transportes públicos - Autoridades limitam o número de passageiros nos transportes públicos; a decisão preende-se com o risco de contágio a ser evitado pela aglomeração de pessoas nas viaturas.


TGB Televisão da Guiné-Bissau

Albano Barai - Kilis ku desafia ordem. Toca toca ku táxis preso na Base aérea.


Guiné-Bissau: Saúde prevenção - Ministério da saúda prepara os tecnicos em matéria de prevenção do coronavirus.


TGB Televisão da Guiné-Bissau

BO NA MITI MAL CU MINDJERIS!

Por: yanick aerton

O povo sempre que muda o sentido do seu voto fá-lo na perspectiva de ver algo diferente daquilo que assistiu antes de exercer esse seu direito de cidadania.

Significa isto dizer que, quando o povo decidiu votar na mudança, nas presidenciais de 2019, fê-lo para combater as má práticas de que os governos do PAIGC eram acusados, nepotismo, job for the boys, compadrio, nomeações em bases étnico-tribais e comunitaristas, clientelismo, etc..

Não estamos a apontar o dedo a quem quer que seja, mas sim alertar para que nas nomeações não se venha a verificar essas práticas. Porque já foi cometido um pecado imperdoável, porque não é normal sair-se de um governo que, em termos de género, foi comparado ao Ruanda e passar para este ratio que temos neste Governo.

Onde estão as nossas grandes mulheres? Grandes mulheres, dirigentes ou não, quadros femininos, com sólida formação académica e vasta experiência profissional, incorruptiveis, íntegras e patriotas?

É pena algumas formações políticas não terem aprendido ou estudado devidamente a lição da nossa gloriosa luta de libertação nacional, no que se refere a formação dos comités, e aqui destaca-se o nosso PRS, onde os homens são todo-poderosos e machistas que não dão oportunidade às suas mulheres para acederem a altos cargos de responsabilidade. Por uma razão muito simples. Para os homens do PRS, o aceso aos altos cargos de responsabilidade no Estado foi sempre uma oportunidade de se servirem do Estado e não servir os objectivos para que foram nomeados.

Os exemplos abundam. Veja-se por exemplo nas casas que constroem em menos de um ano de exercício do cargo, as bombas de gasolina que abrem aqui e acolá, os restaurantes, os transportes públicos, a serpente que misteriosamente ta nta nguli dinheiro nas finanças, etc..

Por isso, se chama a atenção desde já para que os candidatos a cargos de responsabilidade sejam escrutinados à lupa porque o que anima a muitos não é de servir, mas sim continuar a velha prática, uma vez que não há responsabilização criminal.

Se vamos repetir aquilo de que foram acusados os governos do PAIGC, liderados, primeiro, pelo DSP e depois, pelo Aristides Gomes, então devolvamos o poder a quem a conquistou nas urnas a 10 de Março de 2019, senão vão complicar a presidência do General, que quer ver o país governado na transparência, sem aqueles males contra os quais jurou solenemente lutar, porque em alguns departamentos já se começa a sentir esse cheiro nauseabundo.

Apesar de pertencermos a um partido cujo líder apoiou o outro lado, não vamos ficar de braços cruzados, sem criticar aquilo que vamos constatando e que na nossa perspectiva nos parece anormal, porque lutamos também com unhas e dentes para o surgimento deste novo poder.

Mas também vamos elogiar todas as acções que o governo liderado por Engª. Nuno Gomes Nabian leva a cabo e que contribua para resgatar o país do lamaçal em que foi colocado pela governação criminosa do Aristides Gomes, que neste momento devia estar atrás das grades e não a ladrar como um cão Salento nas instalações da UNIOGBIS.

Fica uma recomendação ao General Presidente, sem o seu porta-voz. Os Guineenses querem ver mais mulheres no Governo do que homens. Não é concebível pôr em causa todos os ganhos conseguidos ultimamente só porque fomos chamados a exercer num novo contexto, que por sinal e atípico. Compreendemos que o General Presidente tenha deixado passar desta vez porque estava sob forte pressão e não tinha tempo suficiente para reflectir sobre o assunto, mas na próxima remodelação, por favor não deixe passar e obrigue o PM,nuno gomes nabian a apresentar um elenco com pelo menos 51% de mulheres. Inspire-se, por favor, do seu grande Frére, o Presidente Paul Kagame.

Ou uma governação melhor do que a do PAIGC, ou então good bye!

Sabemos que não vai ser fácil devido a natureza do governo em que cada membro foi indicado pelo respectivo partido ou movimento, e não tenho dúvidas de que mais tarde a disciplina será difícil implementar-se, mas o Primeiro-ministro deve assumir plenamente a sua missão, sem complexos nenhuns.

Viva a meritocracia!
Viva a boa governação!
Abaixo o nepotismo!
Abaixo o clientelismo!
Abaixo a incompetência!
Abaixo o amadorismo!

60 mortos e 3544 casos de covid-19 em Portugal. 549 nas últimas 24 horas

Dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde desta quinta-feira sugerem um aumento de 18% dos casos confirmados face ao dia anterior. Há 191 pessoas hospitalizadas, menos 85 que ontem.


"Nesta fase todo o SNS está pronto a dar resposta a doentes com covid-19", diz a Diretora Geral da Saúde, Graça Freitas.© José Sena Goulão/ Lusa

Portugal tem 3544 infetados, 60 mortos e 43 recuperados da infeção causada pelo novo coronavirus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira (26 de março), que inclui os dados recolhidos até às 24:00 do dia anterior. Nas últimas horas, foram confirmados mais 549 casos - mais 18% que no dia anterior -, registadas mais 17 mortes e o país entrou na terceira fase do combate à pandemia, a de mitigação, que já prevê o contágio comunitário.

Aguardam resultados laboratoriais 2145 cidadãos e 14994 estão em vigilância pelas autoridades de saúde. "Neste momento já não estamos preocupados com a ligação epidemiológica, portanto o critério para ligar para a linha SNS 24 [808 24 24 24] é ter sintomas", disse a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, em conferência de imprensa, esta quinta-feira, no ministério da Saúde.


Entre os infetados, os sintomas tornaram-se mais intensos nos últimos dias. Mais de metade das pessoas (63%) revelam cefaleia, 53% tosse, 48% febre, 37% fraqueza generalizada, 31% dores musculares e 19% dificuldades respiratórias. O tratamento passa por "todo o arsenal terapêutico disponível no mercado. (...) [A situação] é avaliada caso a caso pelo médico assistente", explica Graça Freitas. Ao dia de hoje, encontram-se hospitalizados 191 doentes, destes 61 estão nos cuidados intensivos. Quando ontem estavam internados 276 pessoas (mais 85 casos).

Quanto à idade dos doentes portugueses, apesar da faixa etária que revela o maior números de infetados em Portugal ser a dos 40-49 anos (671 casos) e de existirem muitas confirmações entre os mais novos, a maioria dos doentes tem mais de 70 anos. São também estes últimos as principais vitimas mortais. 48 dos 60 óbitos declarados são de pessoas com mais de 70 anos. "A letalidade do nosso país é pouco superior a 1%, mas de facto é mais elevada no grupo de pessoas com mais de 70 anos", reforça Graça Freitas.



Lisboa e Porto lideram concelhos com mais casos

A região mais afetada do país continua a ser o norte (1858 casos, 28 mortes), depois Lisboa e Vale do Tejo (1082, 18 mortes). Seguem-se o centro (435, 13 mortes), o Algarve (89, uma morte), os Açores (24 casos), a Madeira (15) e o Alentejo (20).

Numa análise mais fina da caracterização demográfica, Lisboa (284 casos), Porto (259), Vila Nova de Gaia (163), Maia (157) e Ovar (119) - este último onde foi declarado o estado de calamidade antes ainda de Portugal entrar em estado de emergência - são os concelhos onde existem o maior número de infetados com o novo coronavírus. Quatro destes cinco pertencem à Administração Regional de Saúde do Norte, onde o vírus está mais ativo. Pelo contrário, Vila Real de Santo António, São João da Madeira, Resende, Ourém, Nelas, Macedo de Cavaleiros, entre outros, são os concelhos com menos casos (três cada um).



Portugal em fase de mitigação. O que muda?

"Portugal já está na fase de mitigação da pandemia. Temos transmissão comunitária e nesta fase todo o sistema nacional de saúde esta pronto a dar resposta" ao covid-19, indicou o Secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales, durante a conferência de imprensa desta quinta-feira. "A partir de agora há muitas pessoas que vão ficar em casa. É um bom sinal, porque quer dizer que têm doença ligeira", esclareceu a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

O Plano Nacional de Preparação e Resposta ao novo coronavírus estabelece três níveis e seis subníveis, de acordo com a avaliação de risco para a covid-19 e o seu impacto para Portugal. Segundo o documento da DGS, a fase de mitigação, nível vermelho de alerta e de resposta três (a mais elevada de uma escala de três), corresponde à presença de casos de covid-19 em território nacional e divide-se entre os subníveis de "cadeias de transmissão em ambientes fechados "e "cadeias de transmissão em ambientes abertos".

E na prática o que muda? Segundo a diretora-geral da Saúde se nas primeira fases os doentes eram encaminhados para instituições hospitalares de referência, agora as respostas serão mais alargadas. "Abrimos o processo", diz Graça Freitas. Ou seja, os infetados passam a poder ser acompanhados em casa (cerca de 80%), no centros de saúde mais próximos da sua residência, no caso de "um grupo de doentes com sintomas um bocadinho mais graves" e só os casos críticos (aproximadamente 5%) serão internados na rede alargada de hospitais.

A resposta é dada de acordo com a proximidade do local onde se encontra o doente, sem olhar à dicotomia público/privado e tentando sempre que possível isolar os infetados com covid-19 dos restantes doentes. A pensar nisso, os três institutos portugueses de oncologia (IPO de Lisboa, Porto e de Coimbra) não deverão receber nenhuma pessoa suspeita de infeção, como medida de proteção dos seus doentes imunodeprimidos.

Com o alargamento da resposta a nível nacional, os testes de despiste para o novo coronavírus poderão ser feitos em qualquer instituição/lugar, até no domicílio no caso das pessoas que estão acamados. Neste momento, estão disponíveis cerca de 30 mil testes no país, informou o Secretário de Estado da Saúde. Sendo que ontem chegaram a Portugal cinco mil dos 80 mil testes encomendados. Os restantes deverão estar disponíveis durante a próxima semana.

Doentes crónicos. "Estamos em adaptação"

Questionada pelo DN, durante a conferência de imprensa, sobre os casos de doentes crónicos que necessitam de medicamentos disponibilizados pelos seus hospitais, mas que ainda não estão a recebê-los em casa, a diretora-geral da Saúde assumiu que o sistema pode não estar ainda totalmente articulado, mas que está prevista uma resposta a estas situações, através de uma norma estabelecida entre a DGS e o Infarmed.

"Nós não estamos num mundo perfeito. Estamos em adaptação. Pode haver uma décalage [espaço temporal] entre a normal estabelecida e a sua operacionalização", respondeu Graça Freitas, apelando à compreensão dos doentes.

Ao DN chegaram várias denuncias de doentes crónicos que se tiveram de deslocar ao hospital para receber os fármarcos. Num dos casos, referente a uma pessoa que mora a sessenta quilómetros de Lisboa, o Hospital de Santa Maria terá respondido, terça-feira, por telefone que "não há qualquer solução ainda e que quem quiser tem de ir buscar os seus medicamentos".

Mais de 22 mil mortes no mundo

Os últimos dados disponíveis nas fontes oficiais apontam para 486 948 infetados com o novo coronavírus no mundo inteiro e para 22 025 mortes. Há também 117 563 recuperados. Itália, Estados Unidos e Espanha, por esta ordem, são os países com o maior aumento de casos confirmados nas últimas horas.

Na vizinha Espanha, o número de mortes ultrapassou, esta quinta-feira, os quatro mil (são 4089), com os casos confirmados a serem 56 188. Registaram-se mais 655 mortes nas últimas 24 horas. No entanto, o recorde de óbitos pertence à Itália - 7 503 - que tal como a Espanha já declarou mais mortes do que a China (3 287), onde o surto do novo coronavírus começou no final do ano passado.

Recomendações da DGS

Para que seja possível conter ao máximo a propagação da pandemia, a Direção-Geral da Saúde continua a reforçar os conselhos relativos à prevenção: evite o contacto próximo com pessoas que demonstrem sinais de infeção respiratória aguda, lave frequentemente as mãos (pelo menos durante 20 segundos), mantenha a distância em relação aos animais e tape o nariz e a boca quando espirrar ou tossir (de seguida lave novamente as mãos).

Em caso de apresentar sintomas coincidentes com os do vírus (febre, tosse, dificuldade respiratória), as autoridades de saúde pede que não se desloque às urgências, mas sim para ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24).

Fonte DN

Mestre Manuela Lopes Mendes é a nova vice-Procuradora-geral da República em substituição de Tareza da Silva, recém-nomeada Diretora Nacional da Polícia Judiciária.


Presidente da República da Guiné-Bissau - Cerimonia de despedida dos oficiais militares da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental.


Hoje, visitei a missão das forças da ECOMIB no nosso país, cuja a missão termina no próximo dia 30 de Março.

As forças da ECOMIB trabalharam em conjunto com as nossas forças de defesa e segurança no sentido de garantir paz e estabilidade, hoje alcançamos o objectivo pretendido e temos agradecer esta equipa conjunto, reconhecemos o bom trabalho realizado em prol do nosso país.

E por isso, em meu nome pessoal e em nome do povo Guineenses, enquanto Comandante Supremo das Forças Armadas da Guiné-Bissau o nosso muito obrigado à todos vós, mulheres e homens que constituíram esta equipa conjunta das nossas forcas de defesa e segurança nacional e as forças de defesa da CEDEAO.






 









Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Deputados do PAIGC do círculo 26 engajados no apoio à população iniciam trabalhos nas zonas de risco.

O nosso parabéns vai para grande deputada Paula Pereira, pelo gesto da oferta de donativos para prevenção de Covid-19

Hoje no mercado de Bandim foram entregues mais de 1000 litros de lixívia, dezenas de baldes grandes, desinfetantes, máscaras e luvas. É preciso prevenir aqueles que lutam para sobreviver.
Ficar em casa com fome, sem nenhum amparo e sob a ameaça das armas é abandono. Estamos na luta porque sabemos que o povo guineense é o nosso maior património.




PAIGC - I Força di Povo! 🇬🇼

Fonte: PAIGC 2020 / Estamos a Trabalhar

Capital FM denuncia perseguição e ameaça à jornalistas


A direção da Rádio Privada Capital FM deu hoje uma conferência de imprensa para denunciar entre outras situações, a perseguição e ameaças contra os seus jornalistas e produtores de programa.

No encontro, a Rádio Capital FM citou como exemplo, a tentativa de agressão, na terça-feira a noite, ao jornalista Serifo Tawel Camara à saída das instalações da Rádio, por um grupo de fardados e, com armas de fogo, ainda por identificar.

A conferência contou com a presença do SINJOTECS, Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social.

Aliu Cande

60 mortos e 3544 casos de covid-19 em Portugal. 549 nas últimas 24 horas

Dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde desta quinta-feira sugerem um aumento de 18% dos casos confirmados face ao dia anterior. Há 191 pessoas hospitalizadas, menos 85 que ontem.

"Nesta fase todo o SNS está pronto a dar resposta a doentes com covid-19", diz a Diretora Geral da Saúde, Graça Freitas.© José Sena Goulão/ Lusa

Portugal tem 3544 infetados, 60 mortos e 43 recuperados da infeção causada pelo novo coronavirus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira (26 de março), que inclui os dados recolhidos até às 24:00 do dia anterior. Nas últimas horas, foram confirmados mais 549 casos - mais 18% que no dia anterior -, registadas mais 17 mortes e o país entrou na terceira fase do combate à pandemia, a de mitigação, que já prevê o contágio comunitário.

Aguardam resultados laboratoriais 2145 cidadãos e 14994 estão em vigilância pelas autoridades de saúde. "Neste momento já não estamos preocupados com a ligação epidemiológica, portanto o critério para ligar para a linha SNS 24 [808 24 24 24] é ter sintomas", disse a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, em conferência de imprensa, esta quinta-feira, no ministério da Saúde.

Conferência de imprensa COVID -19 | Acompanhe em direto #DGS#Saúde#SNS

Entre os infetados, os sintomas tornaram-se mais intensos nos últimos dias. Mais de metade das pessoas (63%) revelam cefaleia, 53% tosse, 48% febre, 37% fraqueza generalizada, 31% dores musculares e 19% dificuldades respiratórias. O tratamento passa por "todo o arsenal terapêutico disponível no mercado. (...) [A situação] é avaliada caso a caso pelo médico assistente", explica Graça Freitas. Ao dia de hoje, encontram-se hospitalizados 191 doentes, destes 61 estão nos cuidados intensivos. Quando ontem estavam internados 276 pessoas (mais 85 casos).


Quanto à idade dos doentes portugueses, apesar da faixa etária que revela o maior números de infetados em Portugal ser a dos 40-49 anos (671 casos) e de existirem muitas confirmações entre os mais novos, a maioria dos doentes tem mais de 70 anos. São também estes últimos as principais vitimas mortais. 48 dos 60 óbitos declarados são de pessoas com mais de 70 anos. "A letalidade do nosso país é pouco superior a 1%, mas de facto é mais elevada no grupo de pessoas com mais de 70 anos", reforça Graça Freitas.


Lisboa e Porto lideram concelhos com mais casos

A região mais afetada do país continua a ser o norte (1858 casos, 28 mortes), depois Lisboa e Vale do Tejo (1082, 18 mortes). Seguem-se o centro (435, 13 mortes), o Algarve (89, uma morte), os Açores (24 casos), a Madeira (15) e o Alentejo (20).


Numa análise mais fina da caracterização demográfica, Lisboa (284 casos), Porto (259), Vila Nova de Gaia (163), Maia (157) e Ovar (119) - este último onde foi declarado o estado de calamidade antes ainda de Portugal entrar em estado de emergência - são os concelhos onde existem o maior número de infetados com o novo coronavírus. Quatro destes cinco pertencem à Administração Regional de Saúde do Norte, onde o vírus está mais ativo. Pelo contrário, Vila Real de Santo António, São João da Madeira, Resende, Ourém, Nelas, Macedo de Cavaleiros, entre outros, são os concelhos com menos casos (três cada um).


Portugal em fase de mitigação. O que muda?


"Portugal já está na fase de mitigação da pandemia. Temos transmissão comunitária e nesta fase todo o sistema nacional de saúde esta pronto a dar resposta" ao covid-19, indicou o Secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales, durante a conferência de imprensa desta quinta-feira. "A partir de agora há muitas pessoas que vão ficar em casa. É um bom sinal, porque quer dizer que têm doença ligeira", esclareceu a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Diretora Geral da Saúde, Graça Freitas, com o Secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales, em conferência de imprensa.© José Sena Goulão/ Lusa

O Plano Nacional de Preparação e Resposta ao novo coronavírus estabelece três níveis e seis subníveis, de acordo com a avaliação de risco para a covid-19 e o seu impacto para Portugal. Segundo o documento da DGS, a fase de mitigação, nível vermelho de alerta e de resposta três (a mais elevada de uma escala de três), corresponde à presença de casos de covid-19 em território nacional e divide-se entre os subníveis de "cadeias de transmissão em ambientes fechados "e "cadeias de transmissão em ambientes abertos".

E na prática o que muda? Segundo a diretora-geral da Saúde se nas primeira fases os doentes eram encaminhados para instituições hospitalares de referência, agora as respostas serão mais alargadas. "Abrimos o processo", diz Graça Freitas. Ou seja, os infetados passam a poder ser acompanhados em casa (cerca de 80%), no centros de saúde mais próximos da sua residência, no caso de "um grupo de doentes com sintomas um bocadinho mais graves" e só os casos críticos (aproximadamente 5%) serão internados na rede alargada de hospitais.

A resposta é dada de acordo com a proximidade do local onde se encontra o doente, sem olhar à dicotomia público/privado e tentando sempre que possível isolar os infetados com covid-19 dos restantes doentes. A pensar nisso, os três institutos portugueses de oncologia (IPO de Lisboa, Porto e de Coimbra) não deverão receber nenhuma pessoa suspeita de infeção, como medida de proteção dos seus doentes imunodeprimidos.

Com o alargamento da resposta a nível nacional, os testes de despiste para o novo coronavírus poderão ser feitos em qualquer instituição/lugar, até no domicílio no caso das pessoas que estão acamados. Neste momento, estão disponíveis cerca de 30 mil testes no país, informou o Secretário de Estado da Saúde. Sendo que ontem chegaram a Portugal cinco mil dos 80 mil testes encomendados. Os restantes deverão estar disponíveis durante a próxima semana.

Doentes crónicos. "Estamos em adaptação"


Questionada pelo DN, durante a conferência de imprensa, sobre os casos de doentes crónicos que necessitam de medicamentos disponibilizados pelos seus hospitais, mas que ainda não estão a recebê-los em casa, a diretora-geral da Saúde assumiu que o sistema pode não estar ainda totalmente articulado, mas que está prevista uma resposta a estas situações, através de uma norma estabelecida entre a DGS e o Infarmed.

"Nós não estamos num mundo perfeito. Estamos em adaptação. Pode haver uma décalage [espaço temporal] entre a normal estabelecida e a sua operacionalização", respondeu Graça Freitas, apelando à compreensão dos doentes.

Ao DN chegaram várias denuncias de doentes crónicos que se tiveram de deslocar ao hospital para receber os fármarcos. Num dos casos, referente a uma pessoa que mora a sessenta quilómetros de Lisboa, o Hospital de Santa Maria terá respondido, terça-feira, por telefone que "não há qualquer solução ainda e que quem quiser tem de ir buscar os seus medicamentos".

Mais de 22 mil mortes no mundo

Os últimos dados disponíveis nas fontes oficiais apontam para 486 948 infetados com o novo coronavírus no mundo inteiro e para 22 025 mortes. Há também 117 563 recuperados. Itália, Estados Unidos e Espanha, por esta ordem, são os países com o maior aumento de casos confirmados nas últimas horas.

Na vizinha Espanha, o número de mortes ultrapassou, esta quinta-feira, os quatro mil (são 4089), com os casos confirmados a serem 56 188. Registaram-se mais 655 mortes nas últimas 24 horas. No entanto, o recorde de óbitos pertence à Itália - 7 503 - que tal como a Espanha já declarou mais mortes do que a China (3 287), onde o surto do novo coronavírus começou no final do ano passado.

Recomendações da DGS


Para que seja possível conter ao máximo a propagação da pandemia, a Direção-Geral da Saúde continua a reforçar os conselhos relativos à prevenção: evite o contacto próximo com pessoas que demonstrem sinais de infeção respiratória aguda, lave frequentemente as mãos (pelo menos durante 20 segundos), mantenha a distância em relação aos animais e tape o nariz e a boca quando espirrar ou tossir (de seguida lave novamente as mãos).

Em caso de apresentar sintomas coincidentes com os do vírus (febre, tosse, dificuldade respiratória), as autoridades de saúde pede que não se desloque às urgências, mas sim para ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24).

DN.PT