quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Fim do mandato do Presidente: ORDEM DOS ADVOGADOS CONSIDERA “CÚMULO DE VÍCIO” A DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Por: Tiago Seide O DEMOCRATA  06/02/2025

O Conselho e a Direção Executiva da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau considerou “uma grave afronta” à Constituição da República da Guiné Bissau, impregnado de “cúmulo de vício” substanciado pela inconstitucionalidade e ferindo-a da morte pela inexistência jurídica, do despacho do Presidente Interino do Supremo Tribunal de Justiça, Lima André, que aponta o dia 4 de setembro de 2025 como data em que termina o mandato do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló. 

“Os dois importantes órgãos de gestão e executivos da Ordem registaram com grande preocupação a visceral crise judicial instalada no Supremo Tribunal de Justiça, com efeito nefasto no setor da administração da justiça, sobretudo com a prolação da última decisão protagonizada, de forma isolada, pelo Venerando Juiz Conselheiro, Dr. Lima André, na qual foi rotulado o mandato do PR e sua prorrogação, quiçá sem data, em grave afronta à lei magna, artigo 66 da Constituição da República da Guiné Bissau, impregnado de cúmulo de vício, substanciado pela inconstitucionalidade e ferindo-a da morte pela inexistência jurídica”, acusaram os dois órgãos de gestão e executivos da Ordem, numa nota publicada na sua página oficial nas redes sociais, na sequência de uma reunião conjunta dos membros destes órgãos.

Os dois órgãos da Ordem exortaram e responsabilizaram o Supremo Tribunal de Justiça pela acentuada degradação da justiça, tendo distraído em defesa de interesses alheios, com claro respaldo e prova de exposição do poder judicial à subordinação política, com graves consequências nocivas e a falta da independência e de funcionamento do sistema de administração da justiça, com propósito de favorecimento à impunidade e ao abuso de poder contra instituições e cidadãos inocentes e inofensivos.

Lê-se na publicação que o STJ, na sua veste de detentor do Poder Judicial, tem pautado e provado a falta de atenção e de sensibilidade em relação à questão essencial e resposta urgente para solucionar as “graves patologias” que afetam e perturbam o normal funcionamento da justiça.

A título exemplificativo, apontam a necessidade urgente de assegurar a proteção, a segurança e a independência do poder Judicial e dos Magistrados, bem como a necessidade de revogação das decisões de expulsões e de suspensões demagistrados, eleições do novo Presidente e do vice-presidente do STJ, recomposição do Plenário e das Câmaras do STJ, reconfiguração e funcionamento do Conselho Superior da Magistratura Judicial.

Também falaram da adoção do plano estratégico para o setor da justiça assente no investimento público sério e principal nas reformas judiciárias, nas infraestruturas e equipamentos judiciais, no recrutamento, na formação dos Magistrados, na criação de condições materiais aos Magistrados para aumentarem a eficiência e produtividade, reforço dos Magistrados nas Varas dos Tribunais Regionais de Bissau e do Interior, bem como na  refundação da verdadeira estrutura inspetiva para acompanhar o desempenho e a produtividade dos Magistrados.

Por fim, o Conselho e a Direção Executiva da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau deliberam tornar público o compromisso e a firmeza dos titulares dos órgãos sociais e dos Advogados e Estagiários no apoio total e incondicional, solidariedade e absoluta confiança no seu Bastonário, Januário Pedro Correia, encorajando-o  a continuar firme em defesa da Ordem e da advocacia, da justiça e do Estado de Direito democrático justo e plural.

Refira-se que, na sequência da falta de consenso político sobre o fim do mandato do atual Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, o Partido Republicano para o Desenvolvimento (PRID), que integra a Plataforma Republicana “NÔ KUMPU GUINÉ “, coligação que apoia o segundo mandato de Sissoco Embaló, recorreu ao STJ para este, na qualidade de Tribunal Constitucional, se pronunciar. Em resposta a esse requerimento, o Presidente Interino do STJ, Juiz Conselheiro Lima André, proferiu um despacho, no qual determinou que o mandato do Chefe de Estado guineense termina no dia 4 de setembro e que Sissoco Embaló deve manter-se no exercício incondicional do cargo até à tomada de posse do novo Presidente eleito.

Ministério das Obras Públicas Habitação e Urbanismo anunciou está quinta-feira em Bissau, a realização do primeiro Simpósio Internacional denominado "NO MISTI DISENVOLVIMENTU LOCAL ". que terá lugar em Bissau capital Guineense nos dias 11 e 12 de Fevereiro do ano 2025.


@Radio Voz Do Povo

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, afirmou que o seu mandato termina a 4 de setembro e que a transição culminará com a tomada de posse do novo chefe de Estado eleito. A declaração foi feita esta quinta-feira (06.02), após a reunião do Conselho de Ministros, que presidiu.


@Radio Voz Do Povo

RDCongo: O Malaui ordenou ao seu exército que se prepare para sair do leste da República Democrática do Congo (RDCongo), onde o grupo armado M23, apoiado pelo Ruanda, lançou uma nova ofensiva, anunciou a presidência.

© JOSPIN MWISHA/AFP via Getty Images   Lusa  06/02/2025

 Malaui vai retirar as tropas do leste da RDCongo para cumprir cessar-fogo

O Malaui ordenou ao seu exército que se prepare para sair do leste da República Democrática do Congo (RDCongo), onde o grupo armado M23, apoiado pelo Ruanda, lançou uma nova ofensiva, anunciou a presidência.

Lilongwe, 06 fev 2025 (Lusa) - O Malaui ordenou ao seu exército que se prepare para sair do leste da República Democrática do Congo (RDCongo), onde o grupo armado M23, apoiado pelo Ruanda, lançou uma nova ofensiva, anunciou a presidência.

As tropas malauianas fazem parte da missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), destacada em 2023, para ajudar o Governo de Kinshasa a reprimir a agitação na região rica em minerais.

"O Presidente (Lazarus) Chakwera ordenou ao comandante das Forças de Defesa do Malaui que iniciasse os preparativos para a retirada (...) para cumprir a declaração de cessar-fogo", declarou a presidência na quarta-feira à noite.

A decisão do Malaui, pais vizinho de Moçambique, tem igualmente como objetivo permitir "as negociações previstas com vista a uma paz duradoura", acrescentou, sem referir a data de início da retirada das tropas.

Além do Malaui, a Tanzania e a África do Sul, com o principal contingente, estimada em cerca de 1.300 soldados, fazem parte da força da SADC.

Na terça-feira, o Movimento 23 de Março (M23) declarou um cessar-fogo humanitário unilateral, poucos dias depois de ter tomado a cidade estratégica de Goma, no Kivu do Norte.

Todavia, na madrugada de quarta-feira, eclodiram confrontos entre o M23, apoiiado pore forças ruandeses, e as forças armadas democrático-congolesas, segundo fontes de segurança e humanitárias citadas pela agência France-Presse (AFP).

Os combatentes do M23 e as forças ruandesas tomaram a cidade mineira de Nyabibwe, a cerca de 100 quilómetros de Bukavu, a capital de Kivu do Sul.

Os líderes da SADC (16 países) e da Comunidade da África Oriental (oito países) vão reunir-se no sábado para tentar trazer a paz à RDCongo, país que faz fronteira com Angola.

Espera-se que o Presidente da RDCongo, Félix Tshisekedi, e o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, participem na cimeira na Tanzânia, depois de terem estado ausentes de anteriores conversações.

O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas deverá também realizar uma sessão urgente sobre a violência na RDCongo na sexta-feira.

A escalada de violência causou a morte de pelo menos 900 pessoas nos confrontos em Goma e 2.880 feridos, de acordo com a ONU.


Leia Também: O projeto de Orçamento do Estado francês para 2025 foi definitivamente adotado hoje pela Assembleia Nacional, após uma votação final no Senado para concluir o tumultuoso processo de aprovação, suspenso desde dezembro.

O Presidente da República da Guiné-Bissau 🇬🇼 GENERAL UMARO SISSOCO EMBALÓ preside o conselho de Ministro nesta quinta-feira 06/02/2024 no palácio de governo.

 

@Gaitu Baldé

Movimento de amigos do Presidente da República em conferência de imprensa sobre a atual situação política do país.

@Radio Voz Do Povo 

Pyongyang a aprender na guerra: armas que a Coreia do Norte enviou para a Rússia estão cada vez melhores

Missil balístico da Coreia do Norte (Korea Central News Agency/Korea News Service via PA)
Por  cnnportugal.iol.pt

Quando chegaram ao cenário de batalha tinham um nível de eficácia e precisão muito menor que o atual

Aí está um primeiro sinal de que a ajuda da Coreia do Norte à Rússia pode estar a compensar. Pelo menos para Pyongyang, que tem na guerra que decorre na Europa, a milhares de quilómetros de casa, um cenário ideal para fazer algo que nunca pôde fazer: treinar em cenário real.

Para já ainda não são as tropas, que continuam por provar a sua real eficácia na ajuda dada a Moscovo, mas sim os mísseis. De acordo com a agência Reuters, que falou com dois responsáveis ucranianos, as armas da Coreia do Norte estão melhores desde que chegaram à guerra.

Os mísseis balísticos norte-coreanos que hoje são disparados pela Rússia têm muito mais eficácia desde dezembro, quando comparados com os lançamentos feitos até então.

Uma eficácia que melhorou consideravelmente em relação ao alvo pretendido - passou a ter uma margem de erro entre 50 a 100 metros -, e que sugere que a Ucrânia está a aproveitar a utilização dos seus mísseis por parte da Rússia para também perceber melhor a sua própria tecnologia.

Uma fonte militar que pediu anonimato confirmou que há mesmo um aumento notório da precisão do lançamento dos mísseis balísticos norte-coreanos, que só nas últimas semanas foram utilizados mais de 20 vezes.

Os programas militares norte-coreanos têm sido acelerados nos últimos anos, nomeadamente pela inclusão de mísseis de curto e médio alcance que Pyongyang tem sugerido que podem transportar ogivas nucleares. A questão é que, por mais fiáveis que tivessem sido os testes, as armas nunca tinham sido testadas em contexto de guerra real. Até agora.

Para já não é claro que modificações foram feitas para que os mísseis passassem a ter mais precisão, mas o feedback dado pela Rússia será importante para a Coreia do Norte estreitar caminho rumo a melhores armas.

A análise forense aos destroços dos mísseis não permitiu perceber exatamente o que está a mudar nas armas, mas a hipótese de que tenham sido incorporados melhores sistemas de navegação é altamente considerada pela Ucrânia.

Se no início da guerra estes mísseis tinham margens de erro a rondar entre um a três quilómetros, a descida desse intervalo para 50 a 100 metros mostra bem que alguma coisa mudou.

Em causa estão os mísseis balísticos K-23, K-23A e K-24, que já foram utilizados pela Rússia na guerra cerca de 100 vezes.

Ainda que sejam uma parte minoritária do arsenal que a Rússia tem à sua disposição, estes mísseis têm algumas caraterísticas singularmente vantajosas: conseguem carregar uma ogiva com carga explosiva de até uma tonelada e têm um alcance de 800 quilómetros. O Iskander-M, por exemplo, que é o equivalente russo, carrega menos explosivos e tem apenas 500 quilómetros de alcance.

Coordenador da JUADEM, Carlos Sambú foi indicado para coordenar a Juventude da Plataforma Republicana "Nô Cumpo Guiné".

 A decisão foi anunciada após a reunião da Juventude da Plataforma Republicana esta quarta-feira, 5 de fevereiro.

@Radio Voz Do Povo