sábado, 25 de outubro de 2025

EUA preparam resolução para ONU autorizar força internacional em Gaza... Os Estados Unidos da América estão a preparar uma resolução a apresentar nas Nações Unidas para autorizar o envio de uma força multinacional para a Faixa de Gaza no âmbito do acordo de cessar-fogo em vigor.

Por LUSA 

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, indicou que irá ser abordada a questão no domingo, numa reunião no Qatar.

Muitos dos países que manifestaram a sua intenção de participar, seja economicamente, com pessoal ou ambos, vão precisar disso (uma resolução da ONU) porque as suas leis nacionais assim o exigem, por isso temos uma equipa inteira a trabalhar nisso", disse durante a sua viagem entre Israel e o Qatar, segundo o jornal israelita The Times of Israel.

"Penso que, em última análise, o objetivo da força de estabilização é deslocar essa linha até cobrir, esperemos, toda a Faixa de Gaza, o que significa que toda a Faixa de Gaza será desmilitarizada" disse Rubio aos jornalistas no avião que o levava de Israel para o Qatar.

Por outro lado, o porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott, informou que Rubio falou por telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e discutiram "as medidas coletivas para aplicar o Plano Integral para Acabar com o Conflito em Gaza do presidente Donald Trump" e reafirmou a "relação estratégica entre os Estados Unidos e Israel".

"Penso que, em última análise, o objetivo da força de estabilização é deslocar a linha até cobrir, esperemos, toda a Faixa de Gaza, o que significa que toda a Faixa de Gaza será desmilitarizada" disse Rubio aos jornalistas no avião que o levava de Israel para o Qatar.

Israel destacou que Netanyahu e Rubio discutiram a viagem do político norte-americano a Israel, sendo o primeiro-ministro israelita agradeceu a Rubio pelo seu apoio e convidou-o a voltar a visitar o país.

Ambos expressaram o seu compromisso de continuar com a "estreita cooperação e promover os interesses e valores comuns que unem os Estados Unidos e Israel, em primeiro e mais importante lugar, o retorno dos corpos de reféns mortos, bem como o desarmamento do Hamas e a desmilitarização da Faixa de Gaza".

O chefe da diplomacia americana foi o último de uma série de altos funcionários americanos a visitar Israel esta semana, depois do enviado Steve Witkoff, do genro do presidente Donald Trump, Jared Kushner, e do vice-presidente JD Vance, para tentar consolidar o frágil cessar-fogo.

Nos termos deste acordo, paralelamente à retirada progressiva do exército israelita, iniciada com a entrada em vigor do cessar-fogo a 10 de outubro, o plano americano prevê que o Hamas seja excluído da futura governação da Faixa de Gaza, onde tomou o poder pela força em 2007, e que o seu arsenal seja destruído.

Israel e Hamas anunciaram no dia oito de outubro um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, primeira fase de um plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas pelo Egipto, Qatar, Estados Unidos e Turquia.

Esta fase da trégua envolve a retirada parcial do Exército israelita para a denominada "linha amarela" demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.950 presos palestinianos.

O cessar-fogo visa por fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 68 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.

"Não vou desperdiçar o meu tempo": Trump diz que só se encontra com Putin se houver acordo sobre Ucrânia

Por  Sicnoticias     25/10/2025

O presidente norte-americano diz que não se encontra com Putin se não houver a possibilidade de um acordo de paz. Trump espera ajuda da China para acabar com o conflito na Ucrânia e tem encontro marcado com Xi Jinping na próxima semana.

Donald Trump afirmou, este sábado, que só vai encontrar-se com Vladimir Putin quando estiver garantido que é possível avançar com um acordo de paz na Ucrânia. O presidente norte-americano diz que não quer perder tempo. Apesar de afirmar que tem uma boa relação com Putin, o líder dos Estados Unidos diz que está dececionado.  

“Vou ter de saber que é para fazermos um acordo. Não vou estar a desperdiçar o meu tempo”, afirmou Trump, em declarações aos jornalistas, quando questionado em relação ao encontro com o presidente da Rússia. 

Sempre tive uma ótima relação com Vladimir Putin, mas isto tem sido muito decepcionante. Pensava que [o tema da guerra na Ucrânia] estaria resolvido bem antes da paz no Médio Oriente”, atirou. 

O encontro de Trump com Xi Jinping

Trump quer a ajuda da China para acabar com a guerra na Ucrânia e esse é um dos temas a debater no encontro com o presidente da China. Trump e Xi Jinping vão estar juntos na próxima quinta-feira, na Coreia do Sul. O encontro está integrado no périplo do presidente dos Estados Unidos pela Ásia.  

Na primeira viagem oficial à Ásia desde o início do segundo mandato, Donald Trump visita o Japão, a Malásia e a Coreia do Sul. Antes de regressar a Washington, o presidente dos Estados Unidos terá a reunião mais aguardada, com Xi Jinping, com quem vai encontrar-se à margem da cimeira asiática em que ambos participam.  

Os dois presidentes reúnem-se numa fase particularmente complexa da relação entre as duas maiores economias do mundo, ensombrada pela ameaça de uma guerra comercial. É o primeiro encontro entre os dois líderes desde que Donald Trump regressou à Casa Branca e uma das primeiras oportunidades que terão para discutir frente a frente a guerra que envolve um dos maiores aliados de Pequim.  

A mini-cimeira Trump-Xi Jinping acontece depois do cancelamento do encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin e quando Washington, além de impôr sanções a Moscovo, pondera fornecer à Ucrânia armas que podem mudar o curso da guerra.

Rússia adverte: Se UE usar ativos russos congelados pagará "com juros"... A Rússia advertiu hoje a União Europeia (UE) de que, caso decida confiscar os ativos russos congelados para ajudar a Ucrânia, terá de devolvê-los no futuro "com juros".

 MIKHAIL METZEL/POOL/AFP via Getty Images    Lusa    25/10/2025 

"Os países europeus envolvidos nesse roubo terão de pagar somas muito maiores, com juros", escreveu Vyacheslav Volodin, presidente da Duma ou Câmara dos Deputados, no seu canal da aplicação russa Max.

Volodin, que lembrou que tais ações são uma violação do direito internacional, refutou o argumento de que a Rússia tenha assumido que nunca recuperará esses fundos.

"Por essas decisões, não só pagarão aqueles que as tomam hoje, mas também as gerações futuras, ninguém os perdoará, exigiremos a devolução do que foi roubado", sublinhou.

O mesmo político propôs que o dinheiro apreendido seja recuperado por Moscovo através do confisco dos ativos pertencentes aos indivíduos que adotam e aprovam essas decisões.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu na quinta-feira aos líderes da UE que tomem o mais depressa possível as medidas necessárias para que os fundos russos congelados possam ser destinados a ajudar a Ucrânia.

"Quando falamos dos ativos russos congelados, devemos utilizá-los de forma a fazer a Rússia sentir a dor da sua própria guerra. Por isso, peço-vos que tomem uma decisão o mais rapidamente possível: os ativos russos devem ser usados inteiramente para a defesa contra a agressão russa", disse Zelensky aos chefes de Estado e de Governo reunidos na capital belga.

No entanto, os líderes da UE apenas pediram à Comissão Europeia que apresentasse o mais rapidamente possível "opções de apoio financeiro" para a Ucrânia.

O principal obstáculo foi a relutância da Bélgica, país que detém a grande maioria dos cerca de 200 mil milhões de euros em ativos russos congelados e que exigia, para apoiar a iniciativa, que os riscos financeiros e legais fossem partilhados entre todos os Estados da UE e que também fossem utilizados os ativos imobilizados noutros países.

No final de setembro, a Comissão Europeia propôs conceder um "empréstimo de reparação" à Ucrânia de cerca de 140 mil milhões de euros, financiado com o dinheiro gerado pelos ativos russos imobilizados pelas sanções, que serviria para cobrir as suas despesas de defesa ou necessidades orçamentais.

O esboço do plano de paz de doze pontos para a Ucrânia, que os europeus apresentarão em breve aos Estados Unidos, inclui a devolução desses fundos congelados, se Moscovo aceitar conceder reparações a Kyiv e contribuir para a reconstrução do país após a guerra.


Ataque israelita mata comandante do Hezbollah no sul do Líbano... Apesar do cessar-fogo que pôs fim à guerra entre Israel e o Hezbollah em novembro de 2024, o exército israelita continua a realizar ataques no Líbano. Agora, afirma ter neutralizado Zayn al-Abidin Hussein Fatouni, comandante da unidade antitanque da força Radwan.

Por  sicnoticias.pt

O exército israelita anunciou, este sábado, a morte de um comandante da força de elite Radwan, do Hezbollah pró-iraniano, num novo ataque no sul do Líbano, apesar do cessar-fogo em vigor com o grupo armado. 

A vítima foi identificada como Zayn al-Abidin Hussein Fatouni, comandante da unidade antitanque da força Radwan, que, segundo comunicado do exército israelita, "participava nos esforços para restabelecer a infraestrutura terrorista do Hezbollah no sul do Líbano", perto da fronteira com Israel. 

O Ministério da Saúde libanês limitou-se a confirmar a morte de uma pessoa num ataque israelita a um veículo na região de Nabatiye, no sul do país, que causou também um ferido, sem fornecer mais detalhes sobre a identidade da vítima mortal. 

Um drone israelita terá disparado um projétil contra um veículo perto da Escola Haruf, em Sekrane, matando uma pessoa, segundo o jornal libanês L'Orient-Le Jour. O veículo pegou fogo com o impacto e os serviços de emergência responderam enviando ambulâncias para o local. A agência de notícias oficial libanesa, NNA, também reportou o ataque, especificando que ocorreu por volta das 12:30 locais (10:30 em Lisboa). 

O ataque aconteceu perto da casa de Abbas Karki, membro da milícia xiita libanesa Hezbollah, que morreu na sexta-feira noutra investida israelita. Segundo Israel, Abbas Karki era responsável pelas operações logísticas do Hezbollah no sul do Líbano. 

Apesar do cessar-fogo que pôs fim à guerra entre Israel e o Hezbollah em novembro de 2024, o exército israelita continua a realizar ataques regulares no Líbano, afirmando ter como alvo o movimento islamista para o impedir de reconstruir as suas infraestruturas. 

Israel continua também a ocupar cinco pontos no território do sul do Líbano, embora o acordo de cessar-fogo preveja a sua retirada. 

Pessoas que leem são mais saudáveis, empáticas e atraentes, diz a ciência... Os benefícios da leitura são muitos e são vários os estudos que os destacam. Segundo a ciência, ler com regularidade ajuda a aumentar a empatia, traz saúde e... torna as pessoas mais atraentes.

Por LUSA 

A leitura traz inúmeros benefícios e é a ciência quem o defende. No livro 'How To Prevent Dementia', o neurologista Richard Restak revelou que ler - especialmente ficção - poderá ser 'a atividade mais efetiva' que se poderá fazer para construir uma "reserva cognitiva".

Ora, quanto maior esta reserva, maior a capacidade da mente resistir ao declínio cognitivo. "Um investimento vitalício na construção da reserva cognitiva leva a uma cognição e um pensamento saudáveis por mais tempo", sublinhou o especialista. 

Um estudo realizado em 2022, conforme destaca um artigo do jornal Huffington Post, concluiu que as pessoas que liam duas ou mais vezes por semana tinham um menor risco de desenvolver demência na terceira idade. 

No entanto, note-se que há mais benefícios na leitura. 

Um outro estudo, cujos resultados foram publicados em 2023, mostraram que as crianças que liam 12 horas por semana tinham melhores estruturas cerebrais e, consequentemente, melhores capacidades cognitivas e saúde mental. 

Por outro lado, a ciência também mostra que quem lê tem mais empatia, uma vez que os livros - neste caso os de género de ficção - "transportam emocionalmente" os leitores para histórias e realidades que desconhecem, fazendo com que fiquem mais sensíveis. 

Outro dado interessante, apurado por um estudo do 'website' eHarmony, dá conta que quem revelava que ler era um dos seus hobbies tinha 19% mais probabilidade de receber uma mensagem numa aplicação de encontros. 

Como criar o hábito de leitura?

Se porventura não lê quanto gostaria, saiba que há truques que poderá colocar em prática para criar o hábito de leitura e, finalmente, pegar nos livros que estão a ganhar pó em casa.

Num artigo da 'Mossybrain' são enumerados alguns métodos que podem ajudar neste processo, independentemente de ser o primeiro livro que lê ou de estar só a tentar recuperar o hábito da leitura.

Começar com pequenos objetivos, manter a consistência, escolher livros que lhe interessam e criar um ambiente favorável à leitura são os aconselhados. 

O Primeiro-ministro, Braima Camará, visitou neste sábado o Mercado Central de Bissau e testemunhou a assinatura de um Memorando de Entendimento entre a Câmara Municipal de Bissau (CMB) e a ASCOMC.

 

Saúde e Prevenção: Governo reforça apelo à luta contra o cancro da mama no âmbito do Outubro Rosa

Bissau, 25 de Outubro de 2025 - A Secretária de Estado da Gestão Hospitalar, Maimuna Baldé, apelou às mulheres guineenses para que adotem medidas de prevenção e rastreio precoce do cancro da mama, sublinhando que a doença continua a ceifar inúmeras vidas em todo o mundo.

O apelo foi feito durante a caminhada e sessão de zumba rosa pela saúde, organizada pelo Ministério da Saúde Pública, em parceria com a Liga Guineense de Luta contra o Cancro (LIGCCA).

A iniciativa integra as atividades da campanha Outubro Rosa, promovida pela LIGCCA, com o objetivo de sensibilizar e mobilizar a população para a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e da promoção de hábitos de vida saudáveis, com especial enfoque na luta contra o cancro da mama.

CAPGB 

Cerca de 8,7 milhões de eleitores escolhem hoje Presidente da Costa do Marfim... Cerca de 8,7 milhões de eleitores da Costa do Marfim vão às urnas hoje para escolherem o próximo Presidente, num clima de tensão marcado por manifestações.

Por  LUSA 25/10/2025

Na corrida presidencial concorrem cinco candidatos, incluindo o atual Presidente, Alassane Ouattara, apesar do Conselho Constitucional ter recibo cerca de 60 candidaturas.

Alassane Ouattara, do partido União dos Houphouëtistas pela Democracia e a Paz (RHDP), que assumiu o cargo em 2010, enfrentará os ex-ministros Jean-Louis Billon, da coligação Congresso Democrático, e Ahoua Don Mello, independente, bem como a ex-primeira-dama Simone Gbagbo, do Movimento das Gerações Capazes (MGC), e Henriette Lagou, do partido Renovação para a Paz e a Concórdia (RPC-PAIX), que também foi candidata em 2015.

Os principais opositores, Lairent Gbagbo e Tidjane Thiam, foram excluídos da corrida presidencial, sendo as suas candidaturas rejeitadas pelo Conselho Constitucional. O primeiro devido a uma condenação judicial ocorrida em 2018 e o segundo por questões de nacionalidade.

Esta exclusão reforça a probabilidade de Alassane Ouattara ganhar as eleições, sendo que se vencer vai para um quarto mandato, contestado e declarado como inconstitucional pela oposição.

A campanha eleitoral, que começou a 10 de outubro, foi marcada por manifestações convocadas pelos partidos da oposição, que exigiam diálogo político.

Segundo as autoridades, uma pessoa morreu e cerca de 700 outras foram detidas nos protestos, sendo que a oposição contesta que são três vítimas mortais.

O país da África Ocidental, com uma população de 32 milhões de habitantes, nunca teve nenhuma eleição presidencial desde 1995 que resultasse numa mudança pacífica de poder.

Entre 2002 e 2007, a Costa do Marfim mergulhou numa guerra civil, sendo o conflito alimentado por divisões étnicas que opuseram o sul do país ao norte.

A Costa do Marfim é o maior produtor global de cacau, representando 40% da produção mundial. O setor agrícola é o que mais impulsiona a sua economia, apesar do país possuir recursos minerais e hidrocarbonetos.