domingo, 13 de setembro de 2020

Mali: Oposição recusa plano de transição por dar privilégios a militares

@Reuters
Por Notícias ao Minuto 13/09/20 11:44

A oposição maliana (movimento M5-RFP) distanciou-se hoje do plano de transição para o Mali acordado no sábado pelos militares e várias forças políticas, defendendo que deixa a porta aberta para os militares continuarem a exercer o Governo interino.

Em comunicado divulgado, o grupo de oposição lamentou que o plano de transição, anunciado há dois dias, que prevê um Governo de transição por dois anos, não atendeu às exigências da maioria dos participantes de que sejam personalidades civis o presidente interino e o primeiro-ministro durante a fase de transição.

A oposição critica ainda que o roteiro de transição não reconheça "o papel do M5-RFP [que lutou contra o regime anterior e apoiou o golpe dos militares] e dos mártires na luta do povo de Mali para a mudança".

O M5-RFP denunciou ainda, no comunicado, que os anexos ao documento de transição, "nunca foram objeto de debate", como a composição e forma de nomeação dos membros do conselho responsável por nomear o Presidente interino, ou as prerrogativas do vice-Presidente.

Os especialistas nomeados pela junta que derrubou o Presidente Ibrahim Boubacar Keita, em 18 de agosto, adotaram a "carta" de transição após três dias de discussões em Bamako entre personalidades políticas, sociedade civil e militares, e foram presididas pelo presidente do Comité Nacional para a Salvação do Povo (CNSP, militar), Assimi Goita, responsável pelo golpe contra o ex-Presidente Ibrahim Boubacar Keita.

O roteiro de transição política do Mali, com uma duração proposta de 18 meses, começa com a nomeação de um Presidente interino e vice-Presidente, por um conselho eleito pelo CNSP, mas deixa em aberto a possibilidade de serem os militares a dirigir o período de transição.

Além do M5-RFP, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reclama o regresso dos civis ao poder, no termo de uma transição liderada por civis, e que a próxima fase de transição dure menos de um ano.

A CEDEAO impôs um embargo ao comércio e às transações financeiras do Mali e deu um prazo à junta, até terça-feira, para nomear um Presidente e um primeiro-ministro de transição, que devem ser civis.

O chefe da junta do Mali, o coronel Assimi Goita, prometeu no sábado instituir um Governo para restaurar o poder civil num prazo de 18 meses, após a adoção de uma carta de transição.

Na sequência do golpe de Estado de 18 de agosto, vários responsáveis do Governo de Keita foram detidos e posteriormente libertados, após mediação da CEDEAO.

O ex-Presidente deixou Bamako na noite de sábado a bordo de um voo especial alegadamente para receber tratamento no estrangeiro, mas fontes ligadas à junta militar no poder asseguram que a CEDEAO defende o regresso ao Mali de Ibrahim Boubacar Keita caso a justiça e segurança do país o exijam.

A junta militar, que se autodesignou Comité Nacional para a Salvação do Povo, está a promover consultas com diversas formações políticas civis do país para preparar o processo de transição.

Além da instabilidade política, o Mali regista uma situação de violência intercomunitária e de frequentes ataques 'jihadistas' contra o exército maliano e as forças estrangeiras, incluindo francesas, destacadas em extensas zonas do centro e norte do país.

MUITÍSSIMO OBRIGADO Justino Delgado. ÈS KU BU CANTA I DJUSTAL NAN REK-REK:

Por Helder Vaz  :

MUITÍSSIMO OBRIGADO Justino Delgado. ÈS KU BU CANTA  I DJUSTAL NAN REK-REK: 

És MANGAFLANU PATRANHÉRU I UN FISSIRWALÉ GARANDI! 

I MEDUNHU ! ÉS MUNTRUSS GARANDI

 I MEDUNHU I PASSANTÁ ! 

MÁ FALADU "DJANFA, SI KOBA (...)".

PABIA "ORA KU BU SUMIA BENTU

SON TURBADA KU TEN KU PERA"!

MUNTRUSSIS, FUTCERUS, EGOISTAS, INVEJOSOS, MALVADOS ...

VENENU GARANDI...

FUTCERU GARANDI...

KALABANTÉ GARANDI...

TOMA SINTIDU NHU MUNTRUS ! 

TOMA SINTIDU NHU FUTCERU! 

COMERCIANTE GARANDI 

TOROSSENTI GARANDI 

I BINDI  SI NOMI 

TOK I BIN BINDI SI FOMI ! 

CABALIDU GARANDI,  

COMERCIANTE GARANDI, 

VENENO GARANDI, 

CALABANTÉ GARANDI...

TOMA SINTIDU 

KU TOROCO DE MALDADE...

(...) KU BU UDJU, GORA(...)  ! Í ÉL DÉH !

PABIA ORA KU BU SUMIA BENTU

SON TURBADA KU TEN KU PERA!

ÉS DJUSTAL NAN REK- REK, SUMA CAMISA KU KUSIDU PA DAL NOMI NA BATIZADO. 

!ATCHÁ !


ASSIMI GOITA - Mali: Junta compromete-se com transição de poder dentro de 18 meses

© iStock

Por LUSA  12/09/20 

O chefe da junta do Mali, o coronel Assimi Goita, prometeu hoje instituir um governo para restaurar o poder civil num prazo de 18 meses, após a adoção de uma carta de transição.

Os especialistas nomeados pela junta que derrubou o Presidente Ibrahim Boubacar Keita, a 18 de agosto, adotaram esta "carta" após três dias de discussões em Bamaco entre personalidades políticas, sociedade civil e militares.

"Assumimos o compromisso perante vocês de não poupar esforços na implementação de todas essas resoluções no interesse exclusivo do povo do Mali. Pedimos e esperamos a compreensão, o apoio e acompanhamento da comunidade internacional na implementação correta e diligente desta carta e da rota de transição", declarou o coronel Goita.

O chefe da junta disse ainda aos participantes que os resultados que alcançaram permitem-lhe "ter esperança no advento de um novo Mali, democrático, laico e próspero, baseado no trabalho, justiça social e igualdade".

Alguns dos parceiros internacionais do Mali, a começar pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reclamam o regresso de civis no prazo máximo de um ano, após uma transição liderada igualmente por civis.

A CEDEAO impôs um embargo ao comércio e às transações financeiros do Mali e deu um prazo à junta, até terça-feira, para nomear um presidente e um primeiro-ministro de transição, que devem ser civis, defendendo que a transição não deve exceder um ano.

Na sequência do golpe de Estado de 18 de agosto, vários responsáveis do Governo de IBK foram detidos e posteriormente libertados, após mediação da CEDEAO.

O ex-Presidente deixou Bamaco na noite de sábado a bordo de um voo especial alegadamente para receber tratamento no estrangeiro, mas fontes ligadas à junta militar no poder asseguram que a CEDEAO defende o regresso ao Mali de Ibrahim Boubacar Keita caso a justiça e segurança do país o exijam.

A junta militar, que se autodesignou Comité Nacional para a Salvação do Povo, está a promover consultas com diversas formações políticas civis do país para preparar o processo de transição.

Além da instabilidade política, o Mali regista uma situação de violência intercomunitária e de frequentes ataques 'jihadistas' contra o exército maliano e as forças estrangeiras, incluindo francesas, destacadas em extensas zonas do centro e norte do país.