sábado, 22 de novembro de 2025

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) veio a público desmentir declarações consideradas “infundadas” e uma “tentativa de manipular a opinião pública”, atribuídas a um dos candidatos às eleições presidenciais da Guiné-Bissau. As declarações foram feitas numa rádio privada em Bissau e sugeriam que o candidato teria obtido a maioria dos votos das Forças de Defesa e de Segurança durante o processo de votação antecipada.

 Radio Voz Do Povo  novembro 22, 2025

CNE desmente afirmações de candidato sobre votos antecipados das Forças de Defesa e Segurança

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) veio a público desmentir declarações consideradas “infundadas” e uma “tentativa de manipular a opinião pública”, atribuídas a um dos candidatos às eleições presidenciais da Guiné-Bissau. As declarações foram feitas numa rádio privada em Bissau e sugeriam que o candidato teria obtido a maioria dos votos das Forças de Defesa e de Segurança durante o processo de votação antecipada.

Em comunicado, a CNE lamenta e condena o que descreve como uma afirmação “ingénua” e feita sem considerar as suas possíveis consequências, especialmente entre os cidadãos menos informados. A instituição sublinha que o processo de votação antecipada está rigorosamente definido na Lei n.º 10/2013, de 25 de setembro, nomeadamente nos artigos 52.º e 53.º.

Para esclarecer a situação, a CNE recorda que, segundo o artigo 53.º da referida lei, o presidente da mesa de voto entrega ao eleitor um boletim de voto e dois envelopes — um branco e um azul. O boletim de voto é colocado dentro do envelope branco, que por sua vez é introduzido no envelope azul, juntamente com o documento comprovativo do exercício do voto antecipado.

A entidade eleitoral explica ainda que os envelopes lacrados são posteriormente remetidos para a mesa onde o eleitor está registado para votar. Só nessa mesa é que o envelope azul é aberto e o boletim de voto antecipado é contabilizado, garantindo total confidencialidade e impossibilidade de qualquer resultado parcial ser conhecido antecipadamente.

A CNE reafirma, no mesmo comunicado, o seu “total empenho e determinação” para assegurar que o processo eleitoral marcado para 23 de novembro decorra com transparência e sucesso.

Decorre neste momento a distribuição das matérias a assembleias de voto nos diferentes círculos eleitorais. O presidente da CRE-SAB, Abubacar Sídico Sambu, destaca que os preparativos seguem com normalidade.

 

 Radio Voz Do Povo

Merz apela à responsabilidade do G20 para pôr fim à guerra na Ucrânia... O chanceler alemão, Friedrich Merz, apelou hoje à responsabilidade de todos os membros do G20 para que a Rússia ponha fim à sua guerra na Ucrânia.

© Lusa   22/11/2025 

"A Rússia desencadeou uma guerra ilegal contra a Ucrânia. A Rússia deve pôr fim ao terrível sofrimento e travar as repercussões na economia mundial. Todos os membros do G20 devem assumir a sua responsabilidade, não apenas por interesse económico", salientou Merz, no plenário dos 20 países mais industrializados e emergentes. 

No seu discurso, o chanceler alemão não se referiu ao plano de 28 pontos do Presidente norte-americano, Donald Trump, que prevê amplas concessões da Ucrânia à Rússia, mas lembrou aos seus homólogos do G20 que este formato, no qual se sentam alguns aliados próximos do Kremlin, como a China, tem responsabilidades, pois foi criado numa "fase de crise" e provou ser eficaz.

O apoio do G20 à Ucrânia ficou refletido na declaração final da cimeira, que reafirma que a Carta das Nações Unidas "continua a ser o ponto de orientação central para analisar e abordar disputas, evitar o uso da força e comprometer-nos com a resolução pacífica de conflitos".

A declaração identifica "quatro dos conflitos mais graves do mundo: a República Democrática do Congo, o Sudão, a Ucrânia e a Palestina".

A cimeira do G20 está a ser marcada pelo plano dos Estados Unidos para pôr fim à guerra na Ucrânia e que Washington elaborou sem a participação daquele país nem da União Europeia.

À margem do encontro em Joanesburgo, Merz reuniu-se com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, para discutir a resposta europeia ao plano de paz americano.

"Amigos, parceiros e aliados unidos no apoio à Ucrânia", escreveu na rede social X o chanceler alemão, tendo como pano de fundo uma fotografia da reunião dos três na África do Sul.

Merz e os líderes da Finlândia, França, Espanha, Canadá, Reino Unido, Itália, Irlanda, Japão, Países Baixos e Noruega, bem como os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, assinaram uma declaração conjunta na qual afirmam que o plano de paz dos EUA "requer trabalho adicional".

Defenderam ainda o "princípio claro de que as fronteiras não devem ser alteradas pela força" e que reduzir o tamanho do exército ucraniano "deixaria o país vulnerável a futuros ataques".


Leia Também: Declaração do G20 apela a paz "duradoura" em vários países em guerra

Os líderes do G20, reunidos numa cimeira em Joanesburgo, apelaram a uma paz "justa" e "duradoura" na Ucrânia, assim como no Sudão, na República Democrática do Congo e nos "territórios palestinianos ocupados", numa declaração conjunta tornada hoje publica.


O Presidente da República recebeu, no âmbito dos preparativos das eleições gerais, o Chefe da Missão dos Observadores Eleitorais da União Africana, Senhor Filipe Jacinto Nyusi, antigo Presidente da República de Moçambique, bem como o ex-Presidente da República Federal da Nigéria, Goodluck Jonathan.

Durante os encontros, foram abordados temas relacionados com o acompanhamento do processo eleitoral, a importância da transparência e o papel das missões de observação na consolidação da democracia. As duas personalidades manifestaram total disponibilidade para colaborar, garantindo que o processo eleitoral decorra de forma pacífica, inclusiva e credível.

O Presidente da República sublinhou o compromisso do país com a realização de eleições livres e justas, destacando a relevância do apoio das organizações regionais e internacionais neste momento decisivo.

@Radio Voz Do Povo



Presidência da República da Guiné-Bissau

Rússia ataca norte, sul e leste e atinge sete locais da Ucrânia... A Rússia atacou na sexta-feira à noite o norte, sul e leste da Ucrânia com um míssil balístico e 104 drones de ataque, que atingiram sete locais, informou a Força Aérea ucraniana no seu boletim diário.

Por LUSA 

As forças russas lançaram um Iskander-M da península ocupada da Crimeia e drones do tipo Shahed e Gerbera, além de outros tipos, de várias regiões russas e das ocupadas Crimeia e Donetsk.

Um total de 65 drones eram Shahed de tecnologia iraniana.

As defesas aéreas conseguiram abater 89 drones inimigos do tipo Shahed e Gerbera, bem como outros tipos, no norte, sul e leste do país.

No entanto, 13 impactos de drones de ataque foram registados em seis locais, bem como um míssil balístico num local, admitiu a Força Aérea.


Leia Também: Kyiv tem até quinta-feira. Eis o plano de paz de Trump (ponto por ponto)

Donald Trump apresentou um plano para acabar com a guerra na Ucrânia, que Zelensky já disse que não irá aceitar, pelo menos na sua totalidade. Ponto por ponto, o que estabelece o acordo de paz?


Violência doméstica: Mais mulheres imigrantes acompanhadas no último ano... No último ano, houve mais mulheres imigrantes vítimas de violência doméstica acompanhadas no Gabinete de Informação e Atendimento à Vítima (GIAV) instalado no Campus de Justiça de Lisboa, revelou a coordenadora do espaço.

© ShutterStock   Lusa   22/11/2025 

"Temos tido mais vítimas imigrantes em comparação com os últimos anos", adiantou, em entrevista à Lusa a propósito do 14.º aniversário do GIAV, Iris Almeida, atribuindo a maior frequência de atendimentos ao crescimento da imigração em Portugal, a denúncias de terceiros e à consciência que estas mulheres têm ganho de que a violência doméstica é crime. 

"Temos vítimas que são elas próprias que se apercebem que no nosso país é crime, ou porque têm filhos na escola ou porque começam a sair de casa e começam a perceber... Estamos a falar de vítimas que muitas vezes não trabalham, ou seja, dependem financeiramente dos seus maridos", acrescentou.

Esta dependência dos agressores, associada ao facto de ocasionalmente não terem documentos, implica que por vezes, na fase inicial, do processo acabem "por recusar prestar declarações".

Para a psicóloga, a nova realidade constitui um desafio para o GIAV e para "todo o sistema", por, "muitas vezes", estas mulheres serem originárias "de países onde é normal o exercício de violência entre homem e mulher", "por vezes" não terem suporte familiar ou de amigos e não falarem bem português.

"Muitas vezes o que acontece é que o tribunal, o próprio Ministério Público recorre a intérpretes da nacionalidade daquelas vítimas, mas depois acabamos por ter ali um terceiro elemento que acaba por quebrar, por vezes, a relação", frisou Iris Almeida.

Inaugurado em 18 de novembro de 2011, o GIAV nasceu de um protocolo entre o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e a Egas Moniz School of Health and Science, em Almada, e garante o acompanhamento das vítimas por psicólogas ao longo de todo o processo penal.

Em 14 anos, estas profissionais realizaram 3.512 acompanhamentos de vítimas em sede de declarações para memória futura, 158 em sede de inquirição pelo Ministério Público e 86 em audiências de julgamento, bem como 577 atendimentos.

Por funcionar no Campus de Justiça de Lisboa, onde estão instalados vários tribunais, o GIAV alargou também a sua atuação a arguidos menores, de 16 e 17 anos, tendo realizado neste âmbito 90 acompanhamentos.

O espaço funciona no edifício E do Campus de Justiça de Lisboa, onde, desde 2020, está também instalada uma esquadra da PSP, onde as vítimas de violência doméstica podem apresentar diretamente queixa.

A área de atuação do GIAV, que já atendeu vítimas entre os cinco e os 100 anos, é a área metropolitana de Lisboa.

IB // ZO  Lusa/fim

Número de crianças raptadas em ataque a escola na Nigéria sobe para mais de 300

Por CNN 

Rapto na comunidade remota de Papiri, no estado de Níger, ocorreu quatro dias depois de 25 alunos terem sido sequestrados em circunstâncias semelhantes na cidade de Maga, no vizinho estado de Kebbi

Pelo menos 303 alunos e 12 professores foram raptados por homens armados durante um ataque à St. Mary’s School, uma instituição católica situada no estado de Níger, no centro-norte da Nigéria, informou hoje fonte oficial.

A atualização foi feita pela Associação Cristã da Nigéria (CAN), pois o número anterior dava conta de um total de 215 alunos e professores raptados.

Segundo as agências noticiosas Associated Press (AP) e France-Presse (AFP), o número foi revisto “após um exercício de verificação e a realização de um censo final”, indica um comunicado divulgado pelo arcebispo Bulus Dauwa Yohanna, presidente da secção estadual da CAN, que visitou na sexta-feira a escola.

O rapto na comunidade remota de Papiri, no estado de Níger, ocorreu quatro dias depois de 25 alunos terem sido sequestrados em circunstâncias semelhantes na cidade de Maga, no vizinho estado de Kebbi, a 170 quilómetros de distância.

Nenhum grupo reivindicou até agora a autoria dos raptos e as autoridades disseram ter destacado equipas táticas, juntamente com caçadores locais, para resgatar as crianças.

“Isto é muito lamentável. Os terroristas estão a perpetrar uma nova onda de sequestros e não podemos ceder”, declarou o presidente nacional da CAN, Joseph Hayab, à agência noticiosa espanhola EFE.

Os números representam quase metade do total de alunos da escola (629 estudantes inscritos).

As autoridades dos estados vizinhos de Katsina e Plateau ordenaram o encerramento de todos os estabelecimentos de ensino como medida de precaução.

O Governo do estado de Níger também encerrou numerosas escolas, e o Presidente nigeriano, Bola Tinubu, cancelou os seus compromissos internacionais, incluindo a participação na cimeira do G20 em Joanesburgo (África do Sul), para gerir a crise.

O rapto dos alunos da St. Mary’s School ocorre na sequência de um ataque armado perpetrado na segunda-feira contra uma escola secundária no vizinho estado de Kebbi, no noroeste, em que 25 jovens raparigas foram sequestradas.

Estes dois raptos em massa e o ataque a uma igreja no oeste do país, que provocou duas mortes, aconteceram depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter ameaçado uma intervenção militar na Nigéria devido ao que classificou como massacres de cristãos por islamistas radicais.

A Nigéria continua marcada pelo rapto de quase 300 jovens raparigas pelos jihadistas do Boko Haram em Chibok, no estado de Borno (nordeste), há mais de dez anos. Algumas continuam desaparecidas.