quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Os novos diretores das escolas do sector autónomo de Bissau foram empossados no princípio da tarde desta quarta-feira pelo Secretário Geral do Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, Samuel Fernando Mango.


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©Radio Voz Do Povo

Hamas tem de escolher entre "morrer ou render-se incondicionalmente"

© JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP via Getty Images

POR LUSA    01/11/23 

O ministro da Defesa israelita afirmou hoje que o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, tem de escolher entre "morrer ou render-se incondicionalmente".

O Hamas "tem apenas duas opções: morrer ou render-se incondicionalmente", afirmou o ministro Yoav Gallant, numa conferência de imprensa em Telavive.

Para o ministro da Defesa israelita, "não existe uma terceira opção".

Ao 26.º dia da guerra entre Israel e o Hamas, as forças israelitas continuam a bombardear a Faixa de Gaza, estando também já a realizar operações terrestres naquele enclave controlado pelo Hamas.

O Governo liderado por Benjamin Netanyahu, onde estão integrados partidos ultraortodoxos e de extrema-direita, tem recusado qualquer cessar-fogo ou pausa na ofensiva para a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, onde mais de 8.000 palestinianos foram mortos em ataques israelitas.

Mais de um terço das vítimas mortais naquele enclave palestiniano foram crianças.

O Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, a maioria civis, de acordo com as autoridades. Mais de 200 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então.

Após o ataque, Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

O Governo liderado por Benjamin Netanyahu impôs também um cerco total ao território, com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques israelitas provocaram também, segundo as Nações Unidas, 1,4 milhões de deslocados internos.



Leia Também: Comandante israelita diz que tropas estão às portas da cidade de Gaza

Israel. Abstenção de Cabo Verde na ONU não pode ser "arma de arremesso"

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POR LUSA   01/11/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Rui Figueiredo Soares, defendeu hoje que a abstenção do país numa resolução das Nações Unidas sobre o conflito entre Israel e o Hamas não pode servir de "arma de arremesso" na política interna.

"O processo de votação foi fraturante para várias regiões e blocos de países, mesmo para aqueles que dispõem de instrumentos definidores de política externa comum, como a União Europeia, o que devia convidar os atores políticos cabo-verdianos a dar prova de moderação acrescida, análise mais serena, ao invés de se utilizar este voto como arma de arremesso", disse, em conferência de imprensa, no Palácio das Comunidades, na Praia.

"O interesse nacional obriga a isso", assinalou.

O líder da política externa cabo-verdiana falava depois de o Presidente da República, José Maria Neves, ter referido na terça-feira que não entendeu a abstenção numa matéria em que "o que estava em causa era um cessar-fogo humanitário para abrir corredores de assistência a civis" em Gaza.

Também o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), oposição, classificou a abstenção como um ato de "autoisolamento diplomático", sobretudo no contexto da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

O ministro dos Negócios Estrangeiros disse hoje que "Cabo Verde tem facilitado as ações humanitárias a favor do povo palestiniano", nomeadamente "autorizando pedidos de sobrevoo e aterragem de aeronaves com este fim".

"É essencial que tudo seja feito para que a ajuda humanitária bilateral e multilateral continue a beneficiar os civis palestinianos e Cabo Verde vai continuar a facilitar o transporte de ajuda humanitária com direção ao povo palestiniano", disse.

"Não confundimos de forma alguma o povo palestiniano com o Hamas, mas também não podemos aceitar leituras enviesadas, parciais do conflito", acrescentou Rui Figueiredo Soares.

O país absteve-se, tal como outros, por considerar a resolução "demasiado parcial, sem uma única palavra aos ataques do Hamas de 07 de outubro", justificou.

Cabo Verde foi ainda um dos países que votou a favor de uma emenda sugerida pelo Canadá, para que fossem incluídas referências aos ataques e à tomada de reféns, mas a proposta foi recusada.

Assim, a abstenção cabo-verdiana reflete "a coerência com a posição de condenação inequívoca dos hediondos ataques de 07 de outubro" e com a "posição de princípio de sempre, de que todo e qualquer ato terrorista deve ser condenado".

O Presidente cabo-verdiano apelou na terça-feira a uma maior concertação sobre este tipo de posições externas.

Rui Figueiredo Soares referiu hoje que "compete ao Governo definir e executar a política externa", bem como assumir a "responsabilidade dos seus votos".

"Na base do bom entendimento institucional com todos os órgãos de soberania, nomeadamente com o Presidente da República, que também tem intervenções em matéria de política externa, era um ponto na agenda, o de se informar [o chefe de Estado] sobre o sentido de voto", referiu.

"Mas não deve haver, no nosso sistema de governação, articulação ou concertação para se votar num sentido ou noutro, há informação que nós prestamos na devida altura", acrescentou, remetendo para encontros semanais que mantém com José Maria Neves.

A Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou na sexta-feira, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.

Votaram contra este texto países como Israel, Estados Unidos, Áustria ou Hungria e, entre os países que se abstiveram, estão Ucrânia, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Iraque e Albânia.

Vários países lamentaram que a resolução não tenha referido o direito de Israel a se defender e não tenha condenado diretamente as ações do Hamas.

Mais de 8.500 pessoas foram mortas e milhares de outras ficaram feridas nos bombardeamentos com que Israel retaliou o ataque desencadeado pelo Hamas, considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia e que controla Gaza desde 2007, quando expulsou do território o partido Fatah, que governa a Cisjordânia.

Israel tem lançado ataques aéreos contra Gaza desde 07 de outubro, quando militantes do Hamas atacaram aldeias e postos militares israelitas, matando cerca de 1.400 pessoas e fazendo 240 reféns.

As forças israelitas também intensificaram as suas operações na Cisjordânia, ocupada desde a guerra árabe-israelita de 1967.

De acordo com o Ministério da Saúde com sede em Ramallah, pelo menos 122 palestinianos foram mortos por forças israelitas ou por colonos na Cisjordânia desde 07 de outubro.



Leia Também: O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, está chocado com o bombardeamento israelita no campo de refugiados de Jabaliya, em Gaza, que causou dezenas de mortos, disse seu porta-voz.

COMUNICADO DO CONSELHO DE MINISTROS 01.11.2023

 

Papa anuncia que vai à COP28 no Dubai no início de dezembro

© Lorenzo Di Cola/NurPhoto via Getty Images

POR LUSA   01/11/23 

O Papa Francisco, que tem multiplicado os seus alertas face ao aquecimento global, anunciou hoje numa entrevista que vai à cimeira do clima, COP28, que decorrerá no Dubai, Emirados Árabes Unidos, no início de dezembro.

"Vou para o Dubai. Acho que vou sair em 1 de dezembro até 3 de dezembro. Estarei lá três dias", afirmou o líder da igreja católica à emissora pública italiana Rai1.

A COP28 decorre entre 30 de novembro e 12 de dezembro nos Emirados Árabes Unidos, reunindo perto de 200 países para debater medidas e objetivos no contexto das alterações climáticas.

"É muito importante ir à COP28 e obter resultados poderosos", disse o diretor-geral Al Suwaidi, numa entrevista à Europa Press em outubro, para quem o processo climático precisa de pessoas com capacidades técnicas para avançar.

O representante da cimeira mundial, natural dos Emirados Árabes, participou como negociador do seu país na COP21 de Paris, em 2015, na qual se alcançou o Acordo Climático, atual base da ação contra a emergência climática.

"De certa forma, estamos a ter as mesmas conversações que tínhamos na altura. Estou surpreendido porque quando saí de Paris pensei que já tínhamos alcançado o resultado político. Agora, para avançar, as cimeiras sobre o clima não precisam de pessoas como eu. O processo não precisa de negociadores, mas sim de técnicos que se encarreguem da implementação, e hoje não temos isso", alertou na mesma altura, insistindo na importância de a próxima reunião internacional "produzir resultados".

Majid Al Suwaidi criticou o facto de haver uma comunidade de pessoas, especialmente jovens, realmente interessadas em encontrar soluções para o problema climático, enquanto os países estão "presos" no ciclo político, apesar de já se saber que o planeta "não está no caminho para atingir os objetivos de Paris".

Limitar o aumento do aquecimento global a 1,5 graus centígrados, reiterou, é "possível", porque a receita é conhecida e inclui, por exemplo, a proposta defendida esta semana pela Agência Internacional de Energia, em Madrid.

"Sabemos o que temos de fazer para atingir o objetivo de Paris, temos a tecnologia. É por isso que é muito importante que as partes na COP28 tenham conversas honestas", argumentou.

Quanto à transição energética, salientou que é necessário reduzir 22 gigatoneladas de emissões de gases com efeito de estufa, razão pela qual alertou para a importância de se construir hoje o sistema energético do futuro.

"A descarbonização da energia não pode ser feita de um dia para o outro. O caminho traçado em Paris passa pela melhoria da eficiência energética através de diferentes fórmulas, como a captura e armazenamento de dióxido de carbono", sublinhou.

Majid Al Suwaidi considerou que os países desenvolvidos não estão a cumprir os investimentos prometidos no domínio climático e que o mundo está "no mesmo ponto em que estava em 2015", apelando também a uma transformação do sistema financeiro internacional e das instituições.

"Precisamos de nos concentrar nos problemas das pessoas, pensar em como nos podemos adaptar de uma forma que seja justa para todos", observou o diplomata dos Emirados, dizendo ser crucial conseguir um melhor sistema alimentar, melhor saúde, culturas mais resilientes e uma redução da vulnerabilidade das populações às alterações climáticas.

Relativamente à COP28, prometeu que nenhum grupo será excluído das conversações sobre o clima.


Leia Também: COP28 deverá abrir-se ao setor privado em larga escala

BASTONÁRIO DE ADVOGADOS AFIRMA QUE “SERIA HIPOCRISIA” DIZER QUE A JUSTIÇA FUNCIONA

 O DEMOCRATA  01/11/2023 

O Bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau, Januário Pedro Correia, afirmou esta quarta-feira, 01 de novembro de 2023, que seria hipocrisia dizer que a justiça guineense está a funcionar bem, porque “tudo está mal, razão pela qual a Ordem está a “trabalhar arduamente” com todas as instituições judiciais para ultrapassar os problemas que afetam o setor judicial do país.

Admitiu que a justiça guineense é a mais cara do mundo, “isso não é correto para um país pobre como a Guiné-Bissau”, defendendo que é preciso continuar a trabalhar para reduzir o valor pago nos tribunais pelos cidadãos, como também a falta de acesso aos tribunais, sobretudo no interior do país.

Januário Pedro Correia falava em conferência para anunciar a realização da 3ª conferência da Ordem dos Advogados, a decorrer de 03 a 05 de novembro em Canchungo sob o lema “Acesso ao Direito e à Justiça no Norte”.

“Escolheram este tema, porque a justiça é a base de tudo,sobre a realidade que se vive no interior do país, sobretudo a insuficiência de materiais e magistrados. Chegamos à conclusão que devemos realizar atividades no terreno e acompanhar a realidade que se vive nas três províncias”, insistiu.

O Bastonário da Ordem dos Advogados informou que a organização que dirige elencou alguns pontos que requerem a reclamação para as respostas urgentes da justiça, implicando um conjunto das instituições públicas, nomeadamente o Conselho de magistratura judicial do ministério público e outras entidades no sentido de resolverem a situação que afeta a justiça.

Januário Pedro Correia disse que a situação que se vive no Supremo Tribunal de Justiça não beneficia a justiça guineense, mas sim afunda-a.

“É urgente resolver o conflito instalado no Supremo, antes que seja tarde. A Ordem dos Advogados está disponível para mediar o conflito que se vive na mais alta instituição judiciária guineense”, disse.

Por: Aguinaldo Ampa

Kyiv acusa Rússia de bater recorde de ataques na terça-feira

© Reuters

POR LUSA  01/11/23 

O ministro do Interior da Ucrânia acusou a Rússia de fazer na terça-feira o maior número de ataques contra zonas habitadas desde o início da guerra, contabilizando 118 localidades atacadas em 10 regiões ucranianas.

"Éo maior número de cidades e vilas atacadas desde o início da guerra", escreveu Igor Klimenko na sua conta na rede social Telegram, numa mensagem em que faz um balanço dos ataques russos das últimas horas.

O ministro apontou o ataque de drones da noite passada contra uma refinaria na cidade de Kremenchuk, no 'oblast' (subdivisão administrativa) de Poltava, no centro da Ucrânia: "Durante várias horas, quase uma centena de bombeiros combateram o incêndio", descreveu Klimenko, congratulando-se por não ter havido vítimas mortais.

As autoridades regionais tinham relatado anteriormente uma explosão na refinaria que obrigou à paragem da infraestrutura.

Igor Klimenko referiu ainda ataques aéreos e de artilharia em Kharkiv (nordeste), Donetsk (leste), Dnipropetrovsk (centro), Kherson e Mikolayiv (sul).

Estes ataques causaram três mortes nas regiões de Kharkiv, Donetsk e Kherson, segundo o ministro.

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, garantiu que os caças F-16 prometidos à Ucrânia durarão apenas "20 dias" se os sistemas de defesa aérea russos funcionarem como até agora.

Numa conferência telefónica com os altos comandantes das Forças Armadas russas, Shoigu reivindicou o abate de 31 aviões de combate ucranianos no último mês, "quase o dobro" dos F-16 norte-americanos prometidos à Ucrânia.

"Isto significa que, se a operação do nosso sistema de defesa aérea continuar assim, eles terão cerca de 20 dias de operação", disse o ministro da Defesa, citado pela agência de notícias russa Interfax.

De acordo com Sergei Shoigu, "as equipas de defesa aérea estão a trabalhar com sucesso": "No último mês destruíram mais de 1.400 armas aéreas inimigas, incluindo 37 aeronaves e seis mísseis táticos ATACMS produzidos pelos Estados Unidos", enfatizou.

O governante russo destacou ainda que, apesar de todo o arsenal que a Ucrânia recebe dos seus aliados da NATO, está a sofrer derrotas nas frentes de Donetsk, Kherson e Zaporizhia.

"Estão exaustos, a desmoralização do pessoal vai aumentando", disse.

Os F-16 são um dos principais pedidos de Kyiv aos seus parceiros internacionais, uma vez que os aviões de combate de fabrico soviético de que dispõe estão obsoletos em comparação com os aviões russos. A Dinamarca, os Países Baixos e a Bélgica são alguns dos países que se comprometeram a enviar estes caças, estando os pilotos ucranianos atualmente a ser treinados para os operarem.


Guiné-Bissau vai discutir marcos fronteiriços com Senegal e Guiné-Conacri

© Lusa

POR LUSA   01/11/23 

O governo guineense instituiu uma comissão para discutir com o Senegal e a Guiné-Conacri os marcos fronteiriços, marítimo e terrestre, que se acredita terem sido movimentados, disse hoje à Lusa a secretária executiva da comissão Balbina Gomes.

Uma equipa da comissão das fronteiras, liderada por Balbina Gomes, do ministério guineense da Administração Territorial, deve deslocar-se a Dacar no próximo dia 21 de novembro para a instalação de uma comissão mista entre técnicos de Bissau e do Senegal.

A comissão irá trabalhar, tendo como prazo máximo 2025, para delimitar, pela primeira vez, a fronteira marítima entre a Guiné-Bissau e o Senegal, e reconfirmar se as placas deixadas pelo colonialismo ainda lá se encontram para marcar a fronteira terrestre.

O mesmo exercício deverá ser feito entre a Guiné-Bissau e a Guiné-Conacri, precisou Balbina Gomes.

"Com o Senegal fala-se na existência de 84 pilares na fronteira terrestre", indicou a secretária executiva da comissão da fronteira, notando, contudo, estar na posse de informações segundo as quais algumas das placas "foram movimentadas, outras retiradas" e no seu lugar construídas casas.

Balbina Gomes indicou que as mesmas informações, por confirmar, apontam que entre a Guiné-Bissau e a Guiné-Conacri existiriam cerca de 47 placas a assinalar a fronteira terrestre.

A responsável guineense precisou que a equipa que lidera vai ao Senegal instalar a comissão mista, depois irá realizar, em data e lugar a combinar, uma deslocação à zona da fronteira comum, norte da Guiné-Bissau e o sul do Senegal, desta feita cada parte levará mapas e documentos comprovativos de pertence do terreno.

"Nessa missão vamos já com técnicos, munidos de GPS, para ver e confirmar se as placas ainda se mantêm nos mesmos lugares ou se foram movimentadas", afirmou Balbina Gomes que espera que tudo decorra com naturalidade por ser, disse, um assunto que, caso for mal resolvido, poderá ser fonte de futuros conflitos.

Gomes sublinhou que foi a própria União Africana que recomendou aos países da África Ocidental a clarificação das suas fronteiras criadas ainda durante a época do colonialismo.



Leia Também: Governo guineense cria estratégia para se aceder a sistema financeiro

NASA encontra "mão fantasmagórica" e "rosto arrepiante" no cosmos

Dados dos telescópios da NASA Chandra X-ray Observatory e Imaging X-ray Polarimetry Explorer contribuíram para esta imagem composta de uma nebulosa que se assemelha a uma mão brilhante. NASA/CXC/Stanford Univ./R. Romani et al.
CNN, Ashley Strickland  1/11/23

O cosmos está cheio de mistérios à espera de serem resolvidos, e alguns deles parecem especialmente assustadores nestes dias de fantasmagóricos.

Um "rosto" assombrado em Júpiter e uma nebulosa em forma de mão esquelética são apenas algumas das características celestiais assustadoras recentemente detetadas por missões da NASA.

A sinistra "cara" de Júpiter

A missão Juno, que orbita Júpiter e algumas das suas maiores luas desde 2016, fez o seu 54.º sobrevoo próximo do maior planeta do nosso sistema solar a 7 de setembro. A câmara/telescópio JunoCam captou nuvens e tempestades nas regiões setentrionais de Júpiter, ao longo do terminador do planeta, ou seja, a linha que divide o lado diurno do lado noturno.

A atmosfera giratória de Júpiter parece incluir um rosto nesta imagem obtida pela JunoCam. NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Vladimir Tarasov

Um rosto parecido com o de Picasso parece emergir da atmosfera turbulenta, num fenómeno psicológico conhecido por pareidolia, que consiste na identificação ilusória de rostos e outros objetos reconhecíveis dentro de padrões aleatórios.

Os dados em bruto, disponíveis ao público no site da JunoCam, foram processados pelo cientista Vladimir Tarasov. Durante a passagem próxima, a Juno voou cerca de 7.700 quilómetros acima do topo das nuvens do planeta, onde o baixo ângulo da luz solar contribuiu para a natureza dramática da imagem.

Os raios-x detetam ossos celestes

Os raios-x foram usados pela primeira vez pelo físico Wilhelm Röntgen para obter imagens dos ossos da mão da sua mulher em 1895 - e agora, dois telescópios de raios-x revelaram os "ossos" de uma nuvem brilhante em forma de mão que se formou na sequência do colapso de uma estrela.

A nuvem de gás e poeira, ou nebulosa, foi criada há 1500 anos quando uma estrela maciça queimou o seu combustível nuclear interior e entrou em colapso. A nebulosa, conhecida como MSH 15-52, está localizada a cerca de 16.000 anos-luz da Terra.

Imagem original da nebulosa feita pelo Chandra mostra o pulsar, o ponto branco brilhante dentro da "palma", enquanto a nuvem laranja são os restos da explosão de uma supernova. NASA/MSFC

Quando a estrela entrou em colapso, deixou para trás um remanescente denso conhecido como estrela de neutrões. As estrelas de neutrões em rotação rápida e com fortes campos magnéticos são chamadas pulsares. Os pulsares recém-formados enviam jatos de material energético e têm ventos poderosos, que criaram esta nebulosa em particular.

O telescópio Chandra X-ray Observatory observou o pulsar, conhecido como PSR B1509-58, pela primeira vez em 2001. O pulsar brilhante foi detetado na base da "palma" da nebulosa em forma de mão. Um jato do pulsar pode ser seguido até ao "pulso".

Mapa do campo magnético de uma nebulosa

Mais de 20 anos depois, o Imaging X-ray Polarimetry Explorer, ou IXPE, da NASA, passou 17 dias a observar a nebulosa. Esta é a campanha de observação mais longa do observatório espacial desde o seu lançamento em dezembro de 2021. Os resultados das operações do novo telescópio foram publicados na segunda-feira no The Astrophysical Journal.

"Os dados do IXPE dão-nos o primeiro mapa do campo magnético na 'mão'", disse o autor principal do estudo, Roger Romani, professor de física na Universidade de Stanford, na Califórnia, em comunicado. "As partículas carregadas que produzem os raios-x viajam ao longo do campo magnético, determinando a forma básica da nebulosa, como os ossos fazem na mão de uma pessoa."

As capacidades únicas de observação do telescópio estão a permitir aos cientistas determinar onde as partículas na nebulosa são aceleradas por regiões turbulentas dentro do campo magnético.

EAGB - Diretor-geral diz que 411 funcionários que reclamam pagamento de salário e efetivação não são efetivos da empresa

Bissau 01 Nov 23 (ANG) – O Diretor-geral da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EABG) disse hoje, em conferência de imprensa, que os 411 trabalhadores que reclamam pagamento de salário, de mais de 30 meses,não são efetivos e que a maioria não tem contrato de prestação de serviço.

Vasco Rodrigues dos Santos fez estas afirmações em   reação às ações   de um grupo que trabalhou na  EAGB, que está de vigília à porta da empresa e na Presidência da República, exigindo o pagamento de 36 meses de salários em atraso.

Acrescentou que, depois do término dos contratos, estas pessoas continuaram a trabalhar, sem compromisso, com esperança de um dia poderem ser aceites como funcionários.

Vasco Rodrigues diz que  na verdade não há condições para  os colocar, nem na altura nem agora.

Informou que a EAGB precisa de um pouco mais de 429 funcionários, mas que atualmente conta com 529 ou seja tem cerca 100 trabalhadores a mais.

Vasco Rodrigues disse que os parceiros da EAGB não permitem o aumento da massa salarial, pelo que a esperança dessas pessoas reside agora na possibilidade de  o fornecimento de energia elétrica seja alargado a  todo o país.

“Chegado esse momento vamos precisar de pessoas e isso foi explicado a eles e as pessoas que serão selecionadas devem ser bons profissionais com comportamentos aceitáveis para trabalhar em equipa, respeitando as hierarquias”, afirmou.

Santos disse que, no passado, o grupo celebrou com a empresa o contrato de prestação de serviços por período de três meses não renováveis e que  apenas 84 deles dispunham  de contrato com a empresa mas que foram todos pagos pelos serviços prestados durante os três meses de contrato.

Questionado sobre quem deve pagar a energia elétrica fornecida pela EAGB no país, o novo DG da EAGB disse que toda a gente , sem exceção, deve pagar, uma vez que não existe uma lei no país que estabelece o contrário.

À propósito, acrescentou que há muitas exceções e que para moralizar a situação foram aos ministérios que têm trabalhadores  que não pagam a luz para os informar que devem dirigir-se à EAGB para fazerem os seus contratos.

“As pessoas e instituições nestas condições ,têm até o final do mês de Novembro para celebrarem  contratos e legalizarem as suas situações  junto da EAGB. Caso contrário, serão cortados o fornecimento da energia tal como acontece com todos”, disse.  

Em relação aos  trabalhadores da EAGB disse que terão uma compensação excecional que já esta a ser implementada, segundo a qual cada trabalhador, dependendo da sua posição na empresa, terá um limite de consumo mensal, e se ultrapassar paga o excedente. 

ANG/MSC/ÂC//SG

Saúde Pública - Surto de gripe superlota urgências de hospitais e centros de saúde de Bissau

Bissau, 01 Nov 23 (ANG) – Um surto de gripe está a superlotar os serviços de urgência de hospitais  e centros de saúde de Bissau e o médico  Urologista diz que é preciso saber a origem daa doença.

Ângelo João Pete citado pela a Rádio Sol Mansi, diz que, se a situação não for resolvida pelo Ministério da Saúde Pública, o mais rápido possível, os hospitais e centros de saúde não terão condições para atender mais pacientes.

“O que se verifica no país nos últimos dias se deve ao surto de gripe que está a provocar vários problemas a população, com alta taxa de dores de cabeça e corpo, principalmente nos músculos”, diz Pete acresecentando que dada a situação da aglomeração, não estarão em dificuldades para  receber mais pacientes devido a falta de técnicos.

O Médico Urologista em substituição do diretor clínico do hospital Militar, Ângelo Pete, aconselha  a população,  caso  sentirem  sintomas de gripe, para procurarem centros de saúde ou hospitais.

Para a prevenção o médico recomenda o uso de máscaras, e pede para se evitar o recurso a automedicação ou tratamentos tradicionais. “Ainda não se sabe a origem do vírus que está a provocar a gripe”, sustenta.

“Esta situação é um problema da saúde pública que precisa de ser resolvido o mais rápido possível pelo Ministério da Saúde através de amostras da situação que está a provocar a alta taxa de gripe na população”, disse o médico do Hospital Militar em entrevista à Rádio Sol Mansi. 

ANG/MI/ÂC//SG

A Guiné-Bissau finalizou esta terça-feira, a lista consolidada nos cinco sectores prioritários do Comércio de serviços no âmbito da zona de comércio livre continental Africano ZCLCA.

Radio Voz Do Povo

Primeiro grupo de estrangeiros deixa hoje Gaza para o Egito

© Abed Rahim Khatib/picture alliance via Getty Images

POR LUSA   01/11/23 

Um funcionário do terminal de Rafah, no sul de Gaza, disse que um primeiro grupo de estrangeiros vai atravessar hoje o posto fronteiriço em direção ao Egito.

"Um primeiro grupo de pessoas com passaportes estrangeiros vai atravessar o terminal de Rafah para o Egito na quarta-feira", disse à agência de notícias France-Presse (AFP) o funcionário, que pediu para não ser identificado e não deu pormenores sobre o número de pessoas, nem o momento da passagem.

De acordo com embaixadas estrangeiras, cidadãos de 44 países e 28 agências, organizações oficiais e organizações não governamentais estrangeiras encontram-se na Faixa de Gaza.

Em Rafah, no lado egípcio, os canais de televisão próximos dos serviços secretos mostraram imagens em direto de uma fila de ambulâncias a entrar no terminal, estando prevista, durante o dia, a transferência de 81 palestinianos feridos para hospitais egípcios, de acordo com funcionários egípcios e palestinianos.

Na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, mais de 8.500 pessoas morreram e milhares ficaram feridas nos bombardeamentos israelitas, realizados em represália ao ataque do Hamas a Israel, em 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos.

Um responsável médico da cidade egípcia de Al-Arich, cerca de 40 quilómetros a oeste de Rafah, disse na terça-feira à AFP que "foi instalado um hospital de campanha de 1.300 metros quadrados em Sheikh Zueid", cerca de dez quilómetros a oeste de Rafah.

Em Washington, na terça-feira à noite, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, referiu "muito bons progressos" na questão da possível passagem através de Rafah de norte-americanos e cidadãos com dupla nacionalidade retidos em Gaza.


Leia Também: Um especialista da ONU para os direitos Humanos em Israel defendeu na terça-feira que o contexto da guerra contra o Hamas favorece a repressão no Irão, ao desviar a atenção dos críticos internos do regime.

Ataque com drones russos atinge refinaria de Poltava na Ucrânia

 REGIONAL MILITARY ADMINISTRATION

Por sicnoticias.pt   1/11/23

A refinaria parou de funcionar em consequência do ataque. Segundo o chefe da administração militar da região, impacto do drone provocou "um grande incêndio" que foi entretanto extinto pelos bombeiros.

A Rússia atacou na madrugada desta quarta-feira infraestruturas críticas e alvo militares em várias regiões da Ucrânia com 20 drones kamikaze Shahed e um míssil guiado Kh-59, informou a força aérea ucraniana.

O míssil e 18 dos 20 drones foram abatidos pelas defesas aéreas ucranianas, que, no entanto, não conseguiram evitar um ataque a uma refinaria na região de Poltava, no centro da Ucrânia, disse o chefe da administração militar da região, Filin Pronin.

"Esta noite, o inimigo atacou repetidamente a região de Poltava com drones", escreveu Filin na plataforma de mensagens Telegram. "Infelizmente", acrescentou, "houve um ataque a uma refinaria" na cidade de Kremenchuk.

O impacto provocou "um grande incêndio" que já foi extinto pelos bombeiros. A refinaria, referiu ainda o responsável, também parou de funcionar em consequência do ataque.

Os meios de comunicação ucranianos noticiaram igualmente explosões na região de Khmelnitsky, no oeste da Ucrânia.

De acordo com a força aérea ucraniana, o míssil e parte dos drones foram lançados a partir do território russo de Kursk. Os restantes drones foram lançados a partir de Primorsko-Akhtarsk, também na Rússia.


Leia Também:  O diretor da polícia federal norte-americana (FBI) alertou esta terça-feira que a ofensiva do movimento islamita Hamas em Israel pode inspirar violência nos EUA e outros países ocidentais, com vários grupos extremistas a instarem ataques nas últimas semanas.

Taiwan deteta 43 aviões chineses nas imediações da ilha em 24 horas

© Reuters

POR LUSA  01/11/23 

O Ministério da Defesa de Taiwan anunciou hoje que, em 24 horas, foram detetados 43 aviões militares chineses nas imediações da ilha.

De acordo com um comunicado do ministério, 43 aviões e sete navios chineses foram detetados nas 24 horas anteriores às 06:00 (22:00 de terça-feira em Lisboa).

Destes, "37 aviões atravessaram a linha mediana [uma demarcação não oficial entre a China e Taiwan que o primeiro não reconhece] e entraram na zona de identificação de defesa aérea no sudoeste e sudeste" de Taiwan, adiantou a mesma fonte.

Pequim considera a ilha parte de território chinês, admitindo o uso de força caso Taiwan anuncie formalmente a independência.

A China tem vindo a intensificar as ameaças e pressões políticas e económicas sobre Taipé desde que a Presidente, Tsai Ing-wen, chegou ao poder em 2016, em representação de um partido que defendia uma declaração formal de independência da ilha.

Em outubro, o ministro da Defesa de Taiwan afirmou que este ano a China intensificou a "intimidação militar", enviando mais aviões militares para as imediações da ilha e acelerando a instalação de mísseis balísticos.

As autoridades de Taiwan referem incursões quase diárias de aviões do exército chinês, que efetuou grandes manobras militares em torno da ilha no ano passado.

Em setembro, Pequim enviou 103 aviões no espaço de 24 horas, o que Taipé descreveu como um recorde nos tempos mais recentes.

O ministério taiwanês advertiu que "o assédio militar contínuo de Pequim" poderia "facilmente conduzir a uma escalada acentuada das tensões e ameaçar a segurança regional".

Em abril, Pequim realizou exercícios militares que simulavam um cerco à ilha, na sequência de um encontro entre a liderança taiwanesa e o então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, na Califórnia.

Durante estes exercícios, Pequim simulou bombardeamentos dirigidos à ilha e um cerco a Taiwan.

Na semana passada, o Ministério da Defesa chinês acusou o Partido Democrático Progressista (PDP), no poder, de arrastar a ilha para uma "situação de guerra perigosa", depois de ter sido noticiado que Taipé planeava comprar milhares de drones militares nos próximos quatro anos.



Leia Também: Forças de Taiwan fazem manobras anuais (após intensificação de incursões)

Autoridades do Níger confirmam tentativa de fuga do ex-presidente Bazoum

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POR LUSA   31/10/23 

As autoridades do Níger confirmaram hoje que houve uma tentativa de fuga do presidente Mohamed Bazoum, deposto por um golpe de Estado e sequestrado, apesar de os seus advogados terem negado essa versão do novo regime.

O procurador-geral junto do Tribunal de Recurso de Niamei, Salissou Chaibou, confirmou a tentativa de fuga, rejeitando a tese dos advogados do ex-presidente de que tudo não passa de uma encenação política.

Em 20 de outubro, advogados do presidente deposto no golpe de Estado de 26 de julho no Níger, Mohamed Bazoum, rejeitaram as acusações dos militares no poder de que este terá tentado uma fuga.

Hoje, Chaibou afirmou que houve de facto um "plano de exfiltração" que o regime militar tinha anunciado em meados de outubro.

"Na noite de 18 para 19 de outubro (o ex-presidente) Bazoum, a sua família, os seus seguranças e os seus cozinheiros, transportando vários pacotes, foram detidos (...) por agentes da guarda presidencial, enquanto se dirigiam para a saída do palácio", denunciou Chaibou.

O procurador acrescentou que um veículo os esperava "com vista a transportá-los para uma casa" num distrito de Niamei, "identificada como pertencente a Mohamed Ben Hamaye, antigo membro da guarda próxima de Bazoum (...) e alegado mentor da operação".

Chaibou informou que "uma busca cuidadosa dos pacotes e uma busca realizada na residência do ex-presidente levaram à descoberta de grandes somas de dinheiro em CFA (francos) e moedas estrangeiras, assim como vários bens preciosos", para além de 10 telemóveis destruídos.

Além disso, Chaibou denunciou que Bazoum cometeu atos de espionagem, com o envio de "informações sobre o dispositivo da guarda presidencial" para agências francesas.

O procurador disse ainda que 23 civis e militares foram detidos em conexão com este caso, lembrando que ainda há uma investigação em curso.

Mohamed Bazoum recusa demitir-se e continua na sua residência presidencial, onde está detido com a mulher e o filho desde o golpe que o derrubou em 26 de julho.

A França tem apoiado o presidente deposto Mohamed Bazoum e, tal como muitos outros países e organizações, tem apelado à sua libertação.

Em 18 de setembro, o presidente deposto apelou aos tribunais da África Ocidental para que o libertassem e para o restabelecimento da ordem constitucional no Níger.

Desde o golpe de Estado, o país tem sido alvo de sanções económicas internacionais e muitos países suspenderam a sua ajuda orçamental.

RJP (NYC) // MAG

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