segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Zamora Induta defende redifinição da fronteira entre a Guiné-Bissau e o Senegal

Zamora Induta, antigo CEMFA da Guiné-Bissau (Arquivo)

Antigo Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas afirma ser uma questão prévia às negociações da zona conjunta

A Guiné-Bissau está a negociar com o Senegal um novo acordo sobre a exploração conjunta de petróleo, que, segundo o Executivo e observadores, constituiu um erro histórico há 25 anos quandoatribui 15 por centro dos lucros para Bissau e o restante para Dakar.

O Governo guineense defende um acordo que defenda os seus interesses, mas há quem pense que a questão é outro.

Entretanto, o antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas, o almirante José Zamora Induta, defende que a Guiné-Bissau deve chamar o Senegal à mesa das negociações para redefinir as fronteiras e, nesse caso, a zona conjunta deixará de existir.

O embaixador da Guiné-Bissau em Bruxelas que liderou a delegação guineense nas conversações em Dakar, Apolinário de Carvalho, considerou em conferência de imprensa em Bissau que elas"correram bem" e que a parte guineense "fez ver à parte senegalesa que é preciso corrigir um erro histórico", no acordo de 1993

O responsável adiantou que o país tem hoje uma estratégia nacional que assenta na exigência de uma nova partilha, sem no entanto, a revelar.

Entretanto, há outras posições, nomeadamente de sectores da defesa.

O antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas, o almirante José Zamora Induta, é de opinião que o Governo da Guiné-Bissau “tem condições geopolíticas para voltar a chamar o Senegal à mesa, mas para discutir a delimitação das fronteiras” e, sendo assim, não deverá haver zona conjunta.

“Uma questão prévia para falar da zona conjunta, se é que haverá necessidade para falar dela no futuro, é uma redefinição das nossas fronteiras marítimas”, defende Zamora Induta que diz não saber por que na altura não se teve em conta “a Convenção Montego Bay, de 1982, que define a divisão das fronteiras marítimas”

Apesar de tudo e por considerar que o Senegal está no seu direito de defender o que acha ser seu interesse, “e não o condeno por isso”, Zamora Induta apela à união do país para fazer frente a esta situação desde que sejam ultrapassadas as interferências que têm existido desde sempre.

“Não é de agora”, reitera o antigo chefe de Estado-Maior das Forças Amadas que adverte para as ameaças de “de golpe” que podem surgir devido à falta de definição das fronteiras, “uma situação nacional”.

A entrevista na integra com José Zamora Induta será tema da rubrica “Agenda Africana” na quarta-feira, 8, na VOA.

VOA

FELECIMENTO DE UM ESTUDANTE GUINEENSE EM DAKAR

Um estudante guineense faleceu ontém dia 5 de Agosto, em Dakar, capital de Senegal. De acordo com as informações que a "Bissau On-line teve acesso, o estudante conheco com o nome de "Djimis Sami" perdeu a vida na praia, em que tinha ido para se banhar, devido o alto grau de calor que se regista actualmente em Dakar.

Sami já se encontrava no primeiro ano de formação, na universidade HECM de Dakar.


#Acompanhe mais detalhes aqui no Portal Bissau On-line

Bissau On-line

Caracóis podem conter parasita que mata o ser humano


Os caracóis podem conter um parasita que é fatal para o ser humano. Com o nome “Angiostrongylus Cantonensis”, vive nos pulmões dos ratos, segundo um estudo publicado no The American Journal of Troupical Medicine and Hygiene.

De acordo com o estudo, este parasita ingerido por seres humanos através de caracóis ou caranguejos pode levar à morte.

Em todo o mundo, há cerca de três mil registos de contaminação, mas não há casos encontrados em Portugal.

Quando é ingerido, o parasita pode infetar o sistema nervoso central e provocar inflamação no cérebro e paralisia.

Este artigo foi publicado originalmente no Jornal de Notícias

informamais.pt

Greve: SINDICATO ACUSA GOVERNO DE “AMEDRONTAR” TRABALHADORES DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS DE INFORMAÇÃO

O Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS) acusa o governo de estar a “amedrontar” trabalhadores dos órgãos da comunicação social públicos que se encontram de greve.

Acusação vem expressa em comunicado distribuído à imprensa em que o sindicato diz que o governo em vez de encontrar  solução para os problemas levantados, “através do Ministério da Comunicação Social em conluio com a Direção de  órgãos”, têm assumido atitudes que visam “amedrontar” os trabalhadores a desistirem das “suas justas reivindicações”.

O SINJOTECS fundamente no comunciado que “essas atitudes de amedrontar” consubstanciam-se na colocação de agentes de Polícia no Centro emissor de Nhacra, a trinta quilometro de Bissau, recusa em negociar serviços mínimos, no amedrontamento a alguns colaboradores e a exigência da entrega de gabinete onde funcionava a direção do sindicato de base da Rádio Difusão Nacional (RDN).

Os sindicatos iniciaram hoje, 06 de agosto 2018, a nova paralisação que deve durar cinco dias. Os sindicatos querem desta vez que o patronato cumpra todos os compromissos assumidos e que estiveram na origem das paralisações.

SNJOTECS qualifica de “falta de interesse” do governo em honrar  as suas promessas, por isso apela aos titulares dos órgãos de soberania, nomeadamente ao Presidente da República e o presidente da ANP a advertirem o Governo no sentido de assumir às suas responsabilidades.

Apela igualmente aos trabalhadores dos órgãos públicos de informação, nomeadamente a Televião da Guiné-Bissau (TGB), a Rádio Difusão Nacional (RDN), o Jornal Nô Pintcha e a Agência Nacional da Guiné de Informação (ANG), a manterem-se fiéis aos sindicatos de base e lutar com a determinação  pelos seus direitos.

Em relação à Sociedade Civil, o SINJOTECS  pede que acompanhe as reivindicações dos órgãos públicos com vista a evitar situações capazes de ter contornos graves no futuro, tendo ameaçado boicotar todas a s atividades de comunicação ligadas ao processo de eleições, caso o governo persistir com o comportamento que tem assumido até agora.

Ao mesmo tempo diz que se reserva ao direito de denunciar junto dos parceiros internacionais “as manobras maquiavélicas” do patronato que visam fragilizar a atividade sindical e violar ”gravemente”  os direitos dos trabalhadores. 

Por: Redação 

odemocratagb

LIDER DA UNIAO PARA MUDANÇA ADMITE COLIGAÇAO NAS LEGISLATIVAS

O presidente da União para Mudança (UM) da Guiné-Bissau, revelou este domingo (05.08), que o partido que dirige está a ponderar coligar com outras forças políticas nas próximas eleições legislativas marcadas para o mês de Novembro do ano em curso no país.


Ângelo Regalla, abriu esta possibilidade no final do IV Congresso Ordinário da UM, onde foi reeleito líder do partido para um mandato de quatro anos, com 1.119 votos, num universo de 1.121 delegados presente no Congresso, sob lema: “Por uma Guiné-Bissau positiva”.

Aos jornalistas, Regalla garante que a UM vai preparar condições para que o partido possa participar de forma condigna e efectiva no escrutínio de 18 de Novembro do ano curso no país.

“O partido tem pouco tempo, mas vamos criar as condições para podermos participar nas eleições legislativas de 18 de Novembro de 2018. Este é objectivo essencial que nós temos, que temos por periodizar, portanto temos pouco tempo para restaurar as nossas bases e para estabelecer uma estratégia de campanha. Neste sentido a União para Mudança pondera ir na quadra da aliança com outras forças politicas com quem comunga os mesmos ideias no ato eleitoral”, explicou Regalla.

De acordo com Regalla, esta aliança vai permitir criar condições num futuro próximo após eleições legislativas para que possa haver estabilidade, paz e o desenvolvimento socioeconómico da Guiné-Bissau.

O líder da UM, entende que é fundamental trabalhar no sentido evitar a crise política dos últimos três anos, que envolveu o Chefe de Estado, José Mário Vaz, o partido vencedor das eleições legislativas, o Partido da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) e os demais atores políticos guineenses.

“Porque nós pensamos que não pode acontecer mais aquilo que aconteceu nesta legislatura, não podemos continuar a perder mais tempo, perdemos três anos, perdemos tudo aquilo que tínhamos conseguimos na mesa redonda de Bruxelas, perdermos toda a credibilidade que o país vinha ganhando, com estabilidade que havia sido alcançado após eleições de 2014, por isso, não podemos mais perder mais tempo com esta situação”, sublinhou Regalla.

A ocasião serviu para o presente da UM, saudar a intermediação da CEDEAO, em particular, os presidentes Alpha Condé da Guiné-Conacri, Ernest Bai Koroma da Serra Leoa e Faure Gnassingbé do Togo, pelos seus valiosos contributos na busca de uma solução para a saída da crise politica na Guiné-Bissau.

De referir que na disputa a liderança do partido estavam três candidatos (Agnelo Regalla, Sene Djassi e Roquiato Indjai), mas antes da votação os dois acabaram por apoiar o presidente reeleito do partido.

O Congresso que decorreu durante dois em Bissau, concretamente nas instalações do polivalente da escola superior da educação e dos desportos (ENEFD), foi antecedida pela primeira Convenção da Juventude do partido (JUM), onde Mustafa Fati foi eleito secretário-geral do órgão juvenil da UM.

O presidente do partido revela que um dos seus grandes objetivos para os próximos tempos é criar uma juventude forte, unida, coesa e capaz de agir na política com maior elevação, com participação das mulheres e jovens.

Por: Alison Cabral
Foto: AC

radiojovem.info

Rádio, televisão e agência noticiosa da Guiné-Bissau em greve de cinco dias

Os funcionários da rádio, televisão e agência noticiosa da Guiné-Bissau iniciaram hoje uma greve de cinco dias para reclamarem o pagamento de salários e melhorias de condições de trabalho, disse à Lusa o sindicalista Cussa Cissé.


O sindicalista adiantou que a greve serve para reivindicar do Governo o cumprimento de um acordo assinado há mais de um ano e que possibilitou, na altura, o levantamento de uma paralisação laboral.

Dos 17 pontos do acordo de então, Cussa Cissé destaca o pagamento de uma dívida com os funcionários da rádio, televisão, agência e jornal Nô Pintcha, que ronda os 150 mil euros, a efetivação de "dezenas de estagiários" nos quatro órgãos públicos e ainda a melhoria de condições de trabalho.

Cussa Cissé, que é também presidente do comité sindical na Radiodifusão Nacional da Guiné-Bissau (RDN) denunciou uma alegada exigência do Governo em mandar retomar o funcionamento da rádio com o recurso aos estagiários, disse.

"É uma exigência ilegal que não podemos admitir", declarou Cissé, que acusou o Governo de falta de diálogo, referindo que os sindicatos vão entregar, na quarta-feira, um novo pré-aviso para uma greve de dez dias.

Cussa Cissé acusou também o Governo de ter colocado polícias no centro emissor de Nhacra, local onde se encontram, além de emissores da rádio e televisão da Guiné-Bissau, os equipamentos da RDP, RTP e Rádio França Internacional (RFI).

Por terem aderido à greve, os funcionários do centro emissor de Nhacra tinham ordens do sindicato para desligar os equipamentos dos três órgãos internacionais - desta forma dar maior impacto à reivindicação, mas a polícia não os deixou sequer chegar perto dos emissores, indicou Cissé.

A greve hoje iniciada nos quatro órgãos de comunicação social públicos é a quarta nos últimos dois meses.

Foto: Braima Darame

dn.pt/lusa

Guiné-Bissau procura "corrigir erro histórico" na partilha de petróleo com Senegal - Governo

A Guiné-Bissau está a negociar com o Senegal um novo acordo sobre a exploração conjunta de petróleo e considera que é determinante "corrigir um erro histórico", que prevê 15% dos lucros para o país lusófono.


As delegações dos dois países estão a discutir, desde 2014, um novo acordo de partilha dos recursos (petróleo, gás e pescado) e, durante os dias 01,02 e 03 de agosto, encontraram-se nos três primeiros dias de agosto, em Dacar, Senegal, numa terceira ronda negocial, em que a parte guineense apresentou um conjunto de propostas.

Apolinário de Carvalho, atual embaixador da Guiné-Bissau em Bruxelas e quadro sénior do Ministério dos Negócios Estrangeiros, liderou a delegação guineense, composta por elementos de várias instituições.

Em conferência de imprensa hoje, o diplomata afirmou que as conversações de Dacar "correram bem" e que a parte guineense "fez ver à parte senegalesa que é preciso corrigir um erro histórico" que foi a partilha feita em 1993 que determinou que o Senegal ficará com 85% do lucro de hidrocarbonetos (petróleo e gás) e a Guiné-Bissau com 15% em caso de uma descoberta daqueles recursos.

"Queremos um novo acordo que reflita os interesses dos dois países", disse Apolinário de Carvalho, salientando que a Guiné-Bissau "está hoje mais bem preparada" para defender o seu ponto de vista de que no passado.

O responsável adiantou que o país tem hoje uma estratégia nacional que assenta na exigência de uma nova partilha.

Fontes ligadas ao processo negocial indicaram à Lusa que a Guiné-Bissau, entre vários cenários que apresentou ao Senegal, reclama ficar com 85% de hidrocarbonetos ou 50-50, como acontece com os recursos pesqueiros.

Confrontado com aqueles dados, Apolinário de Carvalho disse ser tudo possível desde que o novo acordo não se mantenha igual ao atual.

Questionado sobre a posição de elementos da sociedade civil guineense, segundo a qual a Guiné-Bissau devia exigir a redefinição das fronteiras marítima e terrestre com o Senegal, Apolinário de Carvalho observou que a comissão a que preside não tem mandato sobre esse assunto, mas está aberta para receber contribuições de pessoas ou entidades versadas na matéria.

Nos próximos dias 27,28 e 29 deste mês, as duas partes vão encontrar-se em Bissau, para, disse o chefe da delegação guineense, concluir o projeto de revisão do novo acordo que será, posteriormente, assinado pelos líderes dos dois Estados.

Antes da nova ronda negocial, as delegações de cada país procurarão obter "mandatos concretos" sobre o teor do novo acordo, precisou Apolinário de Carvalho.

A zona em questão comporta cerca de 25 mil quilómetros quadrados da plataforma continental e é gerida por uma agência de gestão e cooperação, baseada em Dacar, atualmente presidida pelo antigo primeiro-ministro guineense, Artur Silva.

A ZEC é considerada rica em recursos haliêuticos, cuja exploração determina 50% para cada um dos Estados e ainda hidrocarbonetos (petróleo e gás), mas ainda em fase de prospeção.

A Guiné-Bissau dispensou 46% do seu território marítimo para constituir a ZEC e o Senegal 54%.

Especialistas em petróleo acreditam que a zona, constituída por águas rasas, profundas e muito profundas "é particularmente atrativa" em hidrocarbonetos.

MB // VM

Lusa/Fim

Encontro de Gestores de Média

Hoje os gestores das empresas de comunicação social da Guiné-Bissau começaram um encontro de dois dias para analisar os desafios que as suas empresas enfrentam e procurar solucoes para a sustentabilidade economica do sector e reforco da sua independencia, essencial para a paz e estabilidade. Leitores, anunciantes e ex-gestores tambem partilharam a sua experiência. 

Esta é uma actividade do projecto de apoio aos Média, coordenado pelo UNIOGBIS e financiado pelo Fundo das Nacoes Unidas para a Consolidacao da paz



ONU na Guiné-Bissau

Saúde - Empresário alemão doa conjuntos de aparelhos de controlo de hipertensão ao Hospital de Mansoa

Bissau, 06 Ago 18 (ANG) - O Hospital regional de Mansoa beneficiou este fim-de-semana de conjuntos dos aparelhos de controlo de hipertensão por parte de um empresário alemão residente naquela cidade nortenha.

De acordo com a Rádio “Sol Mansi” após o acto da oferta dos materiais, a esposa do referido empresário Martina Mendes disse que a ideia de fazer oferta ao Hospital de Mansoa surgiu após uma visita que efectuou com o marido ao mesmo centro de Saúde.

‘Um dia qualquer eu e o meu marido fizemos uma visita a este hospital e verificamos que realmente deparava com falta de materiais para garantir um funcionamento de qualidade, assim sendo pensamos em fazer o que está no nosso alcance com o objectivo de minimizar as dificuldades”, explicou Martina Mandes.

Sublinhou que já tinham oferecido uma ambulância ao Hopital de Mansoa e que pretendem continuar com as ofertas de forma a permitir com que aquele centro sanitário possa ter mais condições de funcionamento, tendo aconselhado a direcção do hospital em cuidar com os aparelhos para que no futuro possam ter mais vontade em ajudar.

Por sua vez, o director do hospital de Mansoa, Alfadjo Gomes Bianca agradeceu o gesto e prometeu cuidar dos materiais de modo a beneficiar a população daquela zona do país.

Acrescentou que o hospital realmente carece de falta de meios e que os materiais doados vão lhes ajudar bastante em fazer os seus trabalhos.

ANG/AALS/ÂC

Guiné-Bissau: Cidadãos na diáspora confiantes na mudança após eleições

Guineenses em Portugal acreditam que as legislativas terão lugar na data prevista, 18 de novembro. Mas o líder do Movimento Guineense para o Desenvolvimento diz que não estão reunidas condições para cumprir o prazo.

Celeste Sanhá, imigrante guineense em Portugal, tem grandes expectativas para as legislativas de novembro .

"Acho que vai ser diferente. Com a ajuda da comunidade internacional, espero que sim". Celeste Sanca Sanhá vive há 13 anos em Portugal, muito por causa das crises políticas na Guiné-Bissau. Olha para as eleições legislativas marcadas para 18 de novembro na sua terra natal com uma "expectativa de mudança, para que os guineenses abram os olhos, para saberem diferenciar as coisas".

"Já fomos muitos enganados e eu acho que desta vez vai mudar muita coisa", diz Celeste, que não é a única a acreditar que, apesar das dificuldades no processo eleitoral, a votação terá lugar na data prevista.

Mama Embaló, há 30 anos em Portugal, também está confiante quanto à realização das eleições a 18 de novembro: "Espero que seja assim mesmo, porque o nosso Presidente e o primeiro-ministro já deram esse aviso, de forma vincada, de que as eleições vão ser mesmo no dia 18 de novembro. E eu penso que é a única data para os guineenses irem às urnas".

Mama Embaló espera também mudança. Acredita que o país viverá dias melhores, longe dos tempos de crise política. Nesta votação, acrescenta, os políticos devem dar provas de maturidade e honestidade em benefício do povo guineense e  "o povo deve saber fazer uma boa escolha".

Baba Kanuté
"Não vamos apostar naqueles que já têm mãos sujas. Espero que as eleições sejam bem feitas e transparentes", diz Mama Embaló.

Baba Kanuté, que foi cantor da lendária Orquestra Super Mama Djombo, está igualmente expectante, mas vê o cenário eleitoral com prudência. "Marcaram essa data, ela é bem-vinda para nós, porque, se não houver eleições na Guiné-Bissau nessa altura, será uma confusão outra vez", considera.

Ainda assim, admite ter algum receio, já que "pode aparecer outra surpresa que ninguém espera”. "Ninguém deseja isso para nós”, sublinha. "Seja quem for que ganhe democraticamente, o povo vai seguir com ele, porque a Guiné-Bissau sofreu muito. Não queremos sofrer mais".

Camila Dabó, há cerca de 17 anos em Portugal, espera por eleições modernas e que não volte a acontecer o que aconteceu no passado na Guiné-Bissau: "Que seja diferente e que esses novos partidos saibam ouvir os jovens também. Não é só dizer que os jovens são o futuro e não ouvi-los".

Visão mais pessimista

A maior preocupação dos guineenses deveria ser a de saber se a Guiné-Bissau está, de facto, em condições de realizar as eleições legislativas marcadas para 18 de novembro deste ano. Foi o que defendeu Umaro Djau, líder da nova formação política Movimento Guineense para o Desenvolvimento (MGD), na sua curta passagem por Lisboa, esta semana. O jornalista que trabalha para a cadeia de televisão norte-americana CNN reuniu-se na sexta-feira (03.08), na Damaia, Reboleira, com um grupo de guineenses na diáspora.

Há garantias de apoio financeiro por parte da comunidade internacional, nomeadamente da União Europeia e da CEDEAO, para a realização de eleições, reconhece Umaro Djau. Ainda assim, diz o líder do MGD, não estão reunidas as condições para que seja cumprido o prazo. "As autoridades nacionais, nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições e o Gabinete de Apoio às Eleições, estão a fazer tudo para que as eleições sejam realizadas na data marcada", sublinha. No entanto, acrescenta, "para que isto aconteça, é preciso que, de facto, haja um recenseamento".

Umaro Djau, líder do MGD
O país, diz Umaro Djau, está agora "a discutir que forma de recenseamento poderá haver: um recenseamento de raiz ou um recenseamento seletivo". Por isso, afirma, "a questão de apoios [financeiros] não se coloca agora".

"A questão essencial é o timing, se há, de facto, tempo suficiente para que todos estes parâmetros e prazos sejam cumpridos legalmente e para que as eleições tenham lugar na data marcada de 18 de novembro", conclui.

Djau considera que a diáspora está sempre pronta para participar e abraçar o novo processo eleitoral na Guiné-Bissau, "até porque", acrescenta, "está mais preparada pelo acesso à educação, às novas tecnologias e à informação e sua partilha através das redes sociais".

O líder do movimento esteve recentemente em contacto com a população na Guiné-Bissau e percebeu que os guineenses já abriram os olhos. "Agora, mais do que nunca, estão atentos ao desenrolar da situação política e económica do país". Os exemplos dos últimos 44 anos, alerta, demonstram um falhanço total na governação e na liderança do país. Por isso, acredita "que os guineenses estão mais mobilizados e mais conscientes sobre os caminhos a seguir no próximo processo eleitoral".

DW

Primeiro-ministro promete combater a corrupção na Função Pública

Bissau 06 Ago. 18 (ANG) – O primeiro-ministro pediu a colaboração dos sindicatos na luta contra os males que enfrentam a Função Pública guineense, nomeadamente a corrupção e o absentismo.

Aristides Gomes que discursava por ocasião da celebração do 59 anos do Massacre de Pindjiquite, no passado dia 3 de Agosto, reafirmou que doravante vi assumir as negociações entre o Governo e as Centrais Sindicais, salientando que será chefe da fila na luta contra os erros que enfrentam a administração pública do país, sem contudo dispensar colaboração dos sindicatos.

“A corrupção é inimiga da economia e o seu combate requer a comunhão de esforços na implementação de medidas de fundos para a moralização do Estado, porque a hora é de aumentar a produtividade, combater o absentismo e a corrupção “,disse.

Gomes frisou que o consenso alcançado e que vai permitir a aplicação de ajuste salarial e consequentemente a fixação do salário mínimo em 50 mil francos CFA, mostra que a relação Governo/Sindicatos não se traduz numa relação de adversários, mas sim de parceria e diálogo franco e sincero que deve ser consubstanciada no rigor e na disciplina para permitir melhorar sanidade financeira na administração Pública e garantir a sustentabilidade do ajuste ora acordado.

“Como é do conhecimento público este Governo tem como missão principal a realização das eleições legislativas de 18 de Novembro do ano em curso, ainda assim elegemos como uma das prioridades a melhoria das condições de vida dos trabalhadores. Nesta óptica o Governo respeita e reconhece as reivindicações sindicais privilegiando o diálogo como a primeira arma para encontrar soluções duradouras aos problemas que o país enfrenta”, frisou o Chefe do Governo.

Aristides Gomes voltou a afirmar na sua mensagem aos trabalhadores guineenses por ocasião do seu dia que este Governo não é a favor das greves, embora aos trabalhadores reconheça este direito, salientando que as paralisações têm as suas consequências sobre a sociedade e a economia, sobretudo num país, como a Guiné-Bissau, com fragilidades sociais e com problemas estruturantes por solucionar.

ANG/MSC/ÂC

CNN- KENYA - Uma menina de nove anos dá à luz no hospital de Nairobi


CNN- KENYA Connecting Networks Nationally

Sofre de sexonambulismo? Saiba mais sobre o aterrador distúrbio

Também conhecido por sexsomnia, trata-se de uma forma específica de sonambulismo e “carateriza-se pelo desejo de ter relações sexuais e de se masturbar durante o sono”, explica psicólogo.


Estima-se que cerca de 7% da população mundial sofra do distúrbio, de acordo com o psicólogo e educador sexual Breno Rosostolato, em declarações à publicação Dicas de Mulher.

A sexsomnia terá sido reconhecida como uma doença pela primeira vez em 2014. E, em 2018, a Academia Americana de Medicina do Sono (AASMNET) incluiu a patologia no seu catálogo.

Segundo Rosostolato o distúrbio é mais prevalecente nos homens (86%) do que mulheres. “É importante ressalvar que estas pessoas mantêm o mesmo padrão sexual enquanto dormem, como se estivessem acordadas e que tendem a não se lembrar do que ocorreu no dia seguinte”, diz.

O sexonambulismo é polémico, conforme explica Rosostolato, pois já se registaram imensos casos de homens que tiveram relações sexuais com outras pessoas, sem o seu consentimento – alegando depois que não se recordavam de tal. E daí a necessidade de ser estabelecido um enquadramento legal para o distúrbio.

Os comportamentos sexuais associados ao sexonambulismo incluem:

- Masturbação;

- Carícias;

- Sexo oral;

- Relações sexuais que podem atingir o clímax ou orgasmo;

- Agressão sexual ou violação.

Uma pesquisa online realizada pela Universidade Health Network, em Toronto, no Canadá, constatou que cerca de dois terços dos casos relatados ocorriam com homens.

“As causas incluem: consumo de álcool, uso de drogas, fadiga e stress, além dos distúrbios do sono como apneia obstrutiva. Outra causa de sexsomnia é a epilepsia relacionada ao sono, que pode resultar em excitação sexual, impulso pélvico e orgasmos”, explica o terapeuta sexual.

O distúrbio ainda não tem cura, porém Rosostolato sublinha: “É muito habitual que quem sofre da condição procure tratamento e ajuda médica e psicoterapêutica. Conhecer mais sobre o assunto é necessário para saber como lidar com este distúrbio, bem como os métodos e procedimentos existentes para atenuar os agravantes e dificuldades”.

Em declarações à mesma publicação a terapeuta Leila Cristina alertou: “Álcool, ansiedade e stress devem ser evitados, pois podem ser gatilhos sexuais do sono. Os médicos costumam prescrever antidepressivos ou sedativos, atenuando ou acabando com os sintomas entre um a três meses. Também é possível tomar certas precauções, como dormir num quarto separado com a porta trancada até que estes sintomas já estejam controlados”.

NAOM