sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Ministro da administração territorial: “2024 SERÁ UM ANO DA REALIZAÇÃO DAS ELEIÇǑES AUTARCAS EM BISSAU E NUMA DAS REGIÕES COMO EXPERIÊNCIA PILOTO”

 O DEMOCRATA  19/01/2024  

O ministro da Administração Territorial e Poder Local, Marciano Silva Barbeiro, anunciou esta sexta-feira, 19 de janeiro de 2024, que 2024 será um ano da experiência piloto e de realização das eleições autárquicas na capital Bissau e numa das regiões do país.

O governante frisou que depois a experiência piloto das autarquias, será feita uma avaliação para corrigir os eventuais erros e a seguir, atingir todo território nacional.   

“Desde 1994 a data presente, a Guiné-Bissau nunca realizou eleições autárquicas”, lembrou Marciano Silva Barbeiro na tomada de posse de novos  secretários-geral e de  diretores-gerais da Câmara Municipal de Bissau, da  Administração do Território, do Poder Local, da Descentralização Administrativa e do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE).

“Na Guiné-Bissau, todos os setores da vida nacional são prioritários, contudo cada setor tem as suas responsabilidades específicas na prestação de serviços ao povo e à pátria. O ministério da Administração Territorial e Poder Local também tem a responsabilidade de fazer algo de bom para os cidadãos guineenses”, reconheceu.

O governante informou que as regiões do país precisam de um empurrão dos responsáveis da administração territorial e poder local para serem modelos e diferentes.

Defendeu que é necessário que haja uma competição e estarem preparados para fazer face às exigências e cumprir as tarefas que lhes forem incumbidas pelo governo e pelo chefe de Estado, servindo bem e melhor a sociedade guineense, porque “é preciso fazer uma gestão correta das cidades, começando pela capital Bissau à última cidade do país, reorganizando o estado da Guiné-Bissau”.

“O Ministério da Administração Territorial e Poder Local tem a responsabilidade e apostas para fazer face no 2024, que passam pela reorganização das estruturas administrativas, limpeza das nossas cidades, dando atenção ao pessoal do saneamento de todos as câmaras do país, reorganizar os mercados nacionais e criar as condições para que os utentes sintam que estão num país organizado, estruturado. Essa é a nossa aposta”, sublinhou.

Marciano Silva Barbeiro reconheceu que existem muitas dificuldades de relacionamento entre os governos e responsáveis tradicionais, régulos, chefes de tabancas e líderes religiosos, razão pela qual assumiu o compromisso de criar as condições para que haja uma coordenação estreita entre o governo central e responsáveis tradicionais.

Afirmou que o êxito de funcionamento daquele ministério não depende do ministro, mas de todos os servidores que fazem parte daquele departamento do Estado.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A

O sociólogo Guineense, Celestino João Imsumbo, afirma que a decisão do ministério do Interior e da Ordem Pública, que proíbe as manifestações Pacíficas no país é uma medida política


© Radio TV Bantaba

Josep Borrell compara atual cenário mundial com o anterior à II Guerra

© Lusa

POR LUSA    19/01/24 

O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança avisou hoje que o mundo vive o maior risco geoestratégico desde a Guerra Fria, evocando a situação política anterior à II Guerra Mundial.

Joseph Borrell falava na cerimónia solene de investidura como doutor 'honoris causa' da Universidade de Valladolid, instituição que destacou a sua "notável projeção como docente", bem como a sua investigação de "dimensão geoestratégica em Espanha e na UE".

Precisamente relativamente a este panorama internacional, Borrell garantiu que o momento atual é caracterizado pela descoberta na Europa "da dureza de um mundo duro, conflituoso e perigoso" para o qual não estava preparada porque, em essência, "a UE está baseada "em rejeitar a violência, a negar".

Esta é uma violência para a qual a Europa "não estava preparada" e que "vai marcar o futuro mais imediato", como a "guerra de agressão contra a Ucrânia e a guerra entre Israel e a Palestina com a tragédia de Gaza".

"A Europa é um herbívoro num mundo de carnívoros", afirmoi Borrell, que alertou para o impacto geoestratégico da passagem de conflitos interestatais para conflitos "assimétricos", entre potências e Estados e organizações terroristas.

E relativamente ao futuro da União Europeia, comparou os dois modelos existentes: um formado por Estados-membros que veem a União como um "clube" em que o único interesse é "saber quanto se contribui e quanto se recebe" " e outra pelos países que acreditam num "destino federal e partilhado", pelo qual "sempre lutou".

Durante o seu discurso, o alto representante da União Europeia passou em revista os dois principais conflitos que marcarão, como sublinhou, o futuro mais imediato da Europa, como a guerra entre a Ucrânia e a Rússia e a entre Israel e a Palestina.

Sobre o conflito que afeta o solo europeu, Borrell resumiu-o como uma guerra entre uma "potência soberana contra uma potência imperial", de um país (Rússia) que é "incapaz de se desligar da sua visão colonial e da sua identidade como império, que também elegeram os czares, os soviéticos e agora Putin."

"Enquanto a Rússia continuar a escolher este caminho imperialista, continuará a ser um regime autoritário, nacionalista, violento e uma ameaça para os seus vizinhos e para a Europa", alertou.

Por outro lado, no que diz respeito ao conflito entre Israel e a Palestina, Borrell tem defendido "impor do exterior" a criação de um Estado Palestiniano apesar da atual recusa de Israel e pôr assim fim ao conflito porque, caso contrário, a "espiral de ódio irá continuar geração após geração".

"O Hamas tem sido financiado por Israel há anos para tentar tirar o poder da autoridade palestina da Fatah", disse Borrell, exigindo "urgentemente" uma pausa humanitária para que situação seja "estabilizada" na Faixa de Gaza, os reféns israelitas sejam "libertados" e Israel "retire-se de Gaza" quando isso acontecer.

A batalha comercial entre os Estados Unidos e a China, os conflitos locais como o entre a China e Taiwan ou quem será o futuro Presidente dos Estados Unidos são outros temas que Borrell abordou durante o seu discurso.

Na sua conclusão, alertou que "a supremacia do Ocidente está a chegar ao fim" num mundo onde a história "já não se mede em anos, mas em semanas e meses", acrescentou.


Governo convocou hoje os importadores do arroz para avaliar o acordo sobre o abastecimento do mercado a um preço acessível. A reunião que juntou os Ministros do Comércio, da Economia e dos Transportes concluiu que existe stok suficiente para comercializar o arroz a preço de 17.500 e 22.500 FCFA.


 Radio Voz Do Povo

CAN-2024 - ”Chegou a hora de mudar toda a Direção Técnica da Federação de Futebol da Guiné-Bissau”, diz Sabino Santos

Bissau, 19 Jan 24 (ANG) – O comentador desportivo guineense Sabino Santos, defendeu ,esta sexta-feira, a mudança de toda a direção da maior instituição que gere o futebol nacional,  devido o mau desempenho que tem demostrado aos amantes de futebol, em sucessivos CAN e outras competições.

Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), Sabino Santos sustentou que a atual Direção já deu tudo que tinha a dar para aquela institiição Desportiva, acrescentando  que, de alguns tempos para cá  as coisas não têm andado de forma desejada pelos adeptos de futebol nacional e que a única alternativa é mudança de toda a direção da Federação de Futebol da Gguiné-Bissau(FFGB).

“No meu ponto de vista a respeito da quarta participação da Guiné-Bissau nas provas de Campeonato Africano das Nações (CAN-2023), que decorre na Costa de Marfim, o futebol é um processo para os que percebem bem dele, fico um pouco estranho quando vejo os torcedores da turma nacional com tanta expetativa de que a seleção pode trazer algum resultado positivo ao país, em sucessivos CAN em que tem participado”, referiu o analista.

Acrescentou  que,a obtenção de  bom resultado exige a organização e muito trabalho dentro de qualquer estrutura.

“Mas isso é algo que não acontece com a direção da FFGB. Nunca tiramos o tempo para a competição de alto nível, a maioria dos atletas convocados para vir representar a turma nacional, não têm minutos nas equipas em que atuam, e alguns convocados merecem de facto jogar, mas não constituem a opção do técnico Candé. Esses aspectos e outros são dos motivos que refletem a mã prestação dos Djurtus, em sucessivas provas do CAN”, disse Sabino Santos.

Questionado  se concorda ou não com a continuidade do Mister Candé a frente da Seleção Nacional de Futebol,  Sabino Santos diz que o Candé não é o único culpado. Diz que apesar de as coisas não estarem a correr como prevista deve-se recordar que foi o único que conseguiu levar o país, e  pela quarta vez consecutiva, ao CAN.

“Não podemos negar isso porque está claro. Mas, a grande verdade é que quando as coisas não estão a andar bem, algo tem que mudar, por isso a minha resposta relativamente a sua questão o Comité Executivo da FFGB deve ter a ousadia de enfrentar o mister Candé para o demitir, dando oportunidade ao outro técnico, talvéz assim as coisas possam  mudar”, disse  o comentarista.

Sabine Santos fazendo as contas, diz que  o técnico Candé, em todas as provas do CAN em que tem participado até então, realizou 11 jogos sem vencer.

Os Djurtus  devem realizar a última partida do grupo A, no dia 25 contra a Nigéria que na quinta-feira venceu por 1-0 a seleção da Costa do Marfim.

ANG/LLA/ÂC//SG

Centenário de Cabral - PAIGC assinala data com várias actividades nacionais e internacionais em homenagem a figura de Amílcar Cabral

Bissau, 19 Jan 24 (ANG) – O Secretário Nacional do Partido Afriacano da Independência de Guiné e Cabo Verde(PAIGC) revelou, esta sexta-feira, que as celebrações dos  100 anos do nascimento e 51 anos de assasinato de Amílcar Cabral arrancam no sábado(20) com a habitual deposição de corôa de flores na Fortaleza de  Amura, em homenagem a figura do fundador das nacionalidades guineense e cabo-veridiano e dos restantes Combatentes da Liberdade da Pátria,em Bissau.

Em declarações exclusivas à ANG, António Patrocínio acrescentou que, para além dessa atividade, as celebrações vão ser prolongadas  até Setembro  com várias outras celebrações .

A deposição de corôa de flores será seguida de  exibição de um filme denominado o “Regresso de Cabral” e apresentação de um projeto  aprovado na sessão do parlamento, sobre o centenário do seu  nascimento.

 António Patrocínio apela ao  envolvimento de todos, sobretudo das autoridades a volta das celebrações dos 100 anos de nascimento e 51 anos da morte da Cabral.

Ainda para sábado, segundo Patrocínio, está prevista a realização de um “Djumbai”, à tarde, às 18 horas, junto a estátua de Amílcar Cabral,  na retunda do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, intitulado “Djumbai ku Cabral”, e que será animado com músicas de luta armada de libertação , declamação de poesia, contos de passagens históricos de Amilcar Cabral e dos Combatentes até as 22 horas.

“Queremos ouvir testenunhos das pessoas que estiveram juntos com Cabral nos eventos internacionais onde discursos, para ver como podemos  aproveitar os ensinamento de Amícar Cabral para o atual desafio político do desenvolvimento que o PAIGC enfrenta ”, enalteceu o Secretário Nacional do PAIGC.

No dia 23 de Janeiro, de acordo com Antônio Patrocínio, dia em que se assinala o início da luta de libertação, haverá atividades para se elevar a memória de Amilcar Cabral e dos Combatentes da Liberdade da Pátria.

Antonio Patrocinio diz que  que o partido tem a responsabilidade, não só de evocar e preservar a imagem de Amilcar Cabral, mas também  de convidar todas as entidades nacionais, quer político, académico e empresarial para se unirem a volta das celebrações dos 100 anos de nascimento e 51 do seu assassinato de Cabral.  

Para o mês de Fevereiro, disse que  o PAIGC vai realizar um encontro de quadros em Cassacá, região de Tombali, sul do país, dia em que se assinala  os 60 anos do primeiro encontro dos quadros, que irá culminar com o lançamento da primeira pedra para a construção de uma escola ideológica Amílcar Cabral.

“Haverá em Março uma conferência Internacional dedicado à figura de Titina Silá e outros combatentes. Uma outra atividade prevista  tem a ver com a construção do memorial  na ilha de Komo, região de Tombali, sul do país e um encontro de politicos comunitários, assinalando os 60 anos da Batalha de Komo.

Aquele responsável informou que, Lugadjol, em Madina Boé, vai acolher em Abril, a Universidade Aberta da Juventude, que deve contar com a participsação  de cerca de 2 mil jovens, não só para evocar obras de Amilcar Cabral, mas também para proceder  ao lançamento do projeto de sustentabilidade da  comunidade de Boé.

Disse que em Maio haverá Festival Internacional da  Juventude e Estudante de Países de Língua  Oficial Portuguesa.

Patrocínio Barbosa disse ainda que em Junho será promovido um torneio  internacional de futebol, em jeito de homenagem a  Cabral enquanto futebolista, bem como todos os jogadores internacionais que de um forma ou outra representaram as cores nacionais.

Para julho, prosseguiu, haverá um Conferência dos guineenses na diáspora, com envolvimento de académicos, politicos empresários para discutir e descobrir as valências de Cabral.

Em Agosto prespectiva-se a inauguração do Centro de Documentação Histórico de Cabral, para que os estudantes e população possa conhecer Amílcar Cabral e a passagem histórica da luta de libertação nacional.

Disse que, em Setembro está prevista o lançamento do projecto de construção do memorial de Amílcar Cabral, na cidade Bafatá, com o  intuíto de internacionalizar essa cidade como da cultura,   história e memórias da luta de libertação e daquilo que é considerado o Pai da nacionalidade guineense.

Acrescentou que  o evento será seguido de um Simpósio internacional, para revisitar, mais uma vez, as obras de Amílcar Cabral e contextualizá-las no actual momento e por último um festival itinerante  nacional de arte e cultura, em todas as regiões do país.

O Secretário Nacional do PAIGC sublinhou que, para esta festa da cultura, está agendada a animação musical, feira de livros sobre  vida e obral de Cabral, gastronomia, miss, exposição fotográfica e feira de artesanato.

O Secretário nacional do PAIGC revelou que irá ser  apresentado o  projeto da casa natalícia de Cabral e a cidade de Bafatá como  património da organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura UNESCO, para valorizar a figura de Cabral.

ANG/LPG/ÂC//SG

China apela ao fim do "assédio" aos navios no Mar Vermelho

O destroyer USS Laboon da Marinha dos EUA, no passado dia 25 de Dezembro de 2023 no Mar Vermelho. AFP - ELEXIA MORELOS

Por: Liliana Henriques  RFI  19/01/2024

Pequim apelou hoje ao fim do que qualificou de "assédio" aos navios civis no Mar Vermelho, numa altura em que se têm multiplicado os ataques dos rebeldes huthis do Iémen contra navios mercantes naquela importante via comercial, em solidariedade com a população de Gaza.

"Apelamos ao fim do assédio a navios civis e à continuidade de cadeias de abastecimento globais fluidas e da ordem comercial internacional". Este foi o apelo hoje de Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, que em declarações à imprensa também destacou que "as águas do Mar Vermelho são uma importante rota de comércio internacional para mercadorias e energia".

Respondendo a este que não é o primeiro apelo da China no sentido de haver uma maior segurança naquela zona, os huthis asseguraram que os navios da China e da Rússia não estão ameaçados. "Estamos prontos para garantir a passagem segura de seus navios no Mar Vermelho", disse Mohammed Al-Bukhait, membro da direcção política dos huthis.

Estas declarações surgem numa altura em que os huthis também reivindicaram nesta sexta-feira ter atacado e atingido o 'Chem Ranger', um navio mercante americano, que circulava no Golfo de Aden. Ao confirmar a ocorrência de um ataque contra este navio, o comando militar americano no Médio Oriente contudo disse que os huthis não tinham chegado a atingir o alvo.

Desde o começo do conflito em Gaza, em Outubro, os rebeldes huthis, movimento pró-iraniano activo no Iémen, têm conduzido ataques no Mar Vermelho contra os navios ocidentais que acusa de fornecer apoio aos Israelitas. "Enquanto não houver cessar-fogo e que o cerco não tiver sido levantado em Gaza" os ataques vão continuar, garantiram ainda hoje os huthis que afirmam agir em solidariedade para com os palestinianos.

Refira-se que para além do aspecto da segurança, o aumento substancial da tensão no Mar Vermelho levou numerosos operadores marítimos a deixar de passar por essa rota, optando por contornar o continente africano pelo Cabo de Boa Esperança, fazendo subir os prazos e os custos do transporte marítimo.

TAILÂNDIA: Condenado a 50 anos de prisão homem que criticou monarquia tailandesa... Mongkol 'Busbas' Thirakot foi detido em abril de 2021.

© Reuters 

Notícias ao Minuto    19/01/24 

A Justiça da Tailândia condenou a 50 anos de prisão um homem por publicar várias mensagens críticas da monarquia do país nas redes sociais. É a pena mais pesada da história do país por crimes ligados a críticas à monarquia tailandesa.

Segundo a agência Reuters, Mongkol 'Busbas' Thirakot, de 30 anos, foi detido em abril de 2021 e recebeu, em janeiro do ano passado, uma sentença de 28 anos de prisão por 14 crimes de lesa-majestade, ou seja, contra a monarquia do país.

Agora, o tribunal de recurso confirmou a sentença anterior e considerou-o culpado em mais 11 acusações, aumentando a pena para 50 anos de prisão.

Thirakot negou as acusações e já disse que irá recorrer da sentença junto do Supremo Tribunal do país.

Segundo a Reuters, o recorde anterior pertencia a Anchan Preelert, que foi condenada, em 2021, a 43 anos de prisão pelo mesmo crime. A sentença inicial, no entanto, era de 87 anos de prisão, mas acabou por ser reduzida após a mulher ter admitido as violações da lei.

A agência de notícias cita o grupo legal Advogados Tailandeses pelos Direitos Humanos, revelando que pelo menos 262 pessoas já foram condenadas por crimes deste género desde 2020.


GUINÉ-BISSAU: Parlamento? Embaló diz que nunca fechou e aponta eleições para fim do ano

© Lusa

 POR LUSA   19/01/24 

O presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que não fechou o parlamento e apontou "outubro/novembro" como possível data para novas eleições legislativas, de acordo com a lei eleitoral do país africano. 

O chefe de Estado dissolveu a Assembleia Nacional Popular, a 4 de dezembro, e destituiu o Governo da maioria PAI-Terra Ranka, nomeando um executivo de iniciativa presidencial que está a gerir o país, liderado por Rui Duarte Barros.

Desde então, o parlamento está fechado e a 13 de dezembro de 2023 o líder parlamentar e alguns deputados da maioria liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) foram impedidos de entrar nas instalações por forças policiais que lançaram gás lacrimogéneo.

O presidente falou hoje, pela primeira vez, da situação deste órgão de soberania, afirmando que nunca fechou o parlamento, num encontro com jornalistas antes de partir para a República Democrática do Congo, onde vai participar na tomada de posse do Presidente reeleito.

"Eu dissolvi o parlamento, é prorrogativa constitucional do Presidente do República. O Presidente da República não fechou o parlamento", declarou Félix Tshisekedi.

O Presidente guineense disse que dissolveu o parlamento, tal como aconteceu também em Portugal e referiu o exemplo do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, argumentando que também dissolveu o parlamento por causa de um caso de alegada corrupção que envolveu o nome do primeiro-ministro, António Costa.

"Nós cá, com a tentativa de golpe de Estado e corrupção desenfreada, temos que sair do envelope em que estamos", afirmou, insistindo que "ninguém está acima da lei e que este país [Guiné-Bissau] vai ser como o Senegal, como Portugal".

A decisão do Presidente da Guiné-Bissau tem sido contestada e considerada inconstitucional por ter sido tomada antes de decorridos os 12 meses das eleições legislativas previstos na Constituição.

Sissoco afirmou que na Guiné-Bissau também existe uma comissão permanente no parlamento e que se não está a funcionar, é uma questão para colocar aos parlamentares.

"Eu sou Presidente da República, o Presidente da República não é polícia, carcereiro que tem a chave ou portador da chave do parlamento", respondeu.

"Eu não mandei fechar o parlamento, eu dissolvi o parlamento", insistiu.

Sobre a convocação de novas eleições legislativas, Sissoco disse que "não é o Presidente que toma a decisão, o Presidente marca as datas".

Adiantou que vai "começar consultas com a Comissão Nacional de Eleições" e que depois marcará a data que, segundo disse, de acordo com a lei eleitoral do país, deverá ser em outubro/novembro, depois do final da época das chuvas.

"De qualquer das formas, vamos encontrar um consenso. O Presidente só marca a data, quem organiza as eleições é o Governo e a Comissão Nacional de Eleições", explicou.

O Presidente falava na véspera do centenário do nascimento do líder histórico Amílcar Cabral, que se assinala a 20 de janeiro. Sobre eventuais comemorações, afirmou que na Guiné-Bissau está a acontecer o mesmo debate que ocorreu em Cabo Verde.

"Amílcar Cabral é líder do PAIGC e fundador, mas a celebração [do centenário] é discutível. Este ano vamos comemorar 100 anos de nascimento de Amílcar Cabral, mas tal como em Cabo Verde houve debate sobre a questão, nós também temos essa situação cá, estamos a gerir para chegar a um consenso", disse.

O chefe e Estado reagiu ainda ao relatório da Liga Guineense dos Direitos Humanos que concluiu que, entre 2020 e 2022, o Estado de Direito deu lugar na Guiné-Bissau ao autoritarismo e apetência pela ditadura.

"Se fosse direitos das mulheres, hoje não dormia, mas direitos humanos... a comunidade internacional conhece Umaro Sissoco Embaló", declarou o Presidente, referindo antigos dirigentes que depois de saírem da Liga "foram nomeados para a Função Pública"

"Toda a gente me conhece e não tenho cultura de violência. (...) Podem achar que sou ditador, mas sou disciplinador, não pode haver bagunça", afirmou.

O Presidente disse ainda que "hoje em dia não se vê na Guiné-Bissau pessoas mortas em casa, presas na rua".

"Desde que sou Presidente da República em quem é que os militares já bateram?", perguntou.

O chefe de Estado aproveitou, também, para pedir ao povo guineense que não seja hostil com a seleção nacional de futebol, que está em último lugar no grupo A, com zero pontos, na fase final do Campeonato das Nações Africanos (CAN).

"Abracem a equipa como sempre, só o facto de terem participado já é muito bom", considerou.



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Justiça - PGR requer prisão preventiva a cinco indivíduos da Guiné-Conacri por suspeitas de prática de assassínio

Bissau 19 Jan 24 (ANG) – A Delegacia do Ministério Público no Tribunal Regional de Cacheu ,em Bissorã,provincia Norte   requereu  prisão preventivade contra cinco indivíduos naturais da  Guiné-Conacri por suspeitas de serem atores morais e materiais da morte, em Dezembro de 2023, de um outro cidadão conacri-guineense, de nome Mamadu Siradjó Djaló, em Ingoré.

De acordo com uma nota à imprensa do gabinete de comunicação da Procuradoria geral da República, Mamadú Djaló  foi degolado em Dezembro, em Ingoré  onde exercia atividades comerciais.

Os suspeitos, ao abrigo da lei, incorrem penas pesadas de até 25 anos de prisão.

Ainda da Região de Cacheu, de acordo com a nota do Ministério Público ,a Delegacia desta instituição judiciária em Bissorã ,já acusou e remeteu para julgamentos  processos sobre crimes de violação e abuso sexuais de duas menores ,por parte dos seus país ,ocorridos  em 2023 ,em São Domingos e Bula. 

ANG/MSC//SG

Presidente da República Umaro Sissoco Embalo, desloca-se a República Democrática do Congo


Kussas de sibi dia ku na Muri...😠😠😠


© Bunukai Bodjucumom 

Hutis reivindicam novo ataque contra navio dos EUA no golfo de Aden

© Mati Milstein/NurPhoto via Getty Images

 POR LUSA 

Os rebeldes Hutis do Iémen reivindicaram hoje um ataque contra um navio norte-americano que circulava no golfo de Aden, na mais recente ofensiva deste grupo xiita apoiado pelo Irão contra os transportes comerciais.

"As forças navais das forças armadas iemenitas (nome dado ao braço armado dos Hutis) realizaram uma operação direcionada contra um navio americano, o Chem Ranger, no golfo de Aden com vários mísseis navais, vários dos quais que atingiu o seu alvo", referiram os rebeldes em comunicado.

Segundo o 'site' especializado Marine Traffic, o Chem Ranger é um petroleiro com bandeira das Ilhas Marshall e que esteve ao largo da costa do Iémen nos últimos dias. O petroleiro deixou o porto da cidade saudita de Jeddah com destino ao Kuwait.

Este é o terceiro ataque da semana contra navios dos EUA e o quarto em geral desta semana.

"Uma resposta aos ataques americanos e britânicos é inevitável. Qualquer nova agressão será punida", frisaram ainda os rebeldes iemenitas, afirmando que só têm como alvo os navios ligados a Israel "enquanto não houver cessar-fogo e o cerco a Gaza não for levantado".

Os Estados Unidos atacaram hoje locais dos Hutis no Iémen pela quinta vez, em resposta aos ataques do grupo apoiado pelo Irão a navios mercantes no mar Vermelho, uma área crucial para o comércio internacional.

Esta é a segunda vaga de bombardeamentos norte-americanos em menos de 24 horas contra mísseis Hutis, movimento que foi recolocado na quarta-feira por Washington numa das suas listas de "organizações terroristas".

O Presidente dos EUA Joe Biden garantiu que estes ataques vão continuar, enquanto os Hutis perturbarem o comércio marítimo internacional ao largo do Iémen.

Este grupo apoiado pelo Irão atacou dezenas de navios mercantes que considera "ligados a Israel" no mar Vermelho e no golfo de Aden, desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Estes ataques, que dizem ser realizados em solidariedade com o território palestiniano, obrigaram muitos armadores a suspender a passagem das suas frotas pelo mar Vermelho.


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Leia Também: Os Estados Unidos confirmaram um ataque contra um navio mercante, na quinta-feira, reivindicado pelos rebeldes Hutis do Iémen, sem causar feridos ou danos. 

CAN 2023: Guiné-Bissau fora da prova

O avançado #4 Marcelo da Guiné-Bissau disputa a bola com o avançado #11 Jean Philippe Nils Stephan Krasso da Costa do Marfim durante o jogo de futebol do grupo A da Taça das Nações Africanas 2023 (Foto de FRANCK FIFE / AFP)

VOA  janeiro 19, 2024  

ABIDJAN — A seleção da Guiné-Bissau disse praticamente adeus ao Campeonato Africano das Nações (CAN 2023), que decorre na Costa do Marfim, nesta quinta-feira, 17, depois de perder por 4-1 ante a Guiné-Equatorial na segunda jornada do grupo A.

Apesar de ter tido a primeira oportunidade para marcar, os Djurtus não revelaram capacidade para levar de vencida o adversário que não perdeu nos últimos 12 jogos disputados.

Por seu lado, a Guiné-Bissau, em 11 jogos no CAN empatou três e perdeu os restantes.

O jogo foi também o "tapete vermelho" para Nsué fazer o primeiro "hack trick" da prova.

Depois do primeiro golo aos 21 minutos, a equipa de Baciro Candé chegou ao empate, com um autogolo de Orozco, mas o segundo tempo começou com Josete Miranda fazer o 2-1.

O homem do jogo, Nsué, faturou mais dois golos, mas Zé Turbo reduziu ainda para 4-2.

Nas bancadas do Estádio Assumane Cassamá, a festa da Guiné-Bissau durou os 90 minutos, mas, no fim os adeptos pediraam a "cabeça" do técnico que, na conferência de imprensa, lembrou que foi pelas mãos dele que os Djurtus fizeram a estreia e participaram em quatro edições.

No outro jogo do grupo, a Nigéria venceu a Costa do Marfim (1-0) e tem os mesmos quatro pontos da Guiné-Equatorial.

Na segunda-feira, 22, Guiné-Equatorial defronta o anfitrião Costa do Marfim, enquanto as Super Águias jogam contra os Djurtos.


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Selecionador Nacional Baciro Candé, em Conferência de Imprensa após a derrota dos Djurtus diante da Guiné Equatorial por 4-2, na segunda jornada do grupo A. 👇