domingo, 30 de novembro de 2025

Venezuela? Trump terá proposto saída de Maduro (que pediu amnistia)... O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá dado a Nicolás Maduro a oportunidade de sair da Venezuela com vida, mas teria de ser de imediato. O venezuelano pediu amnistia internacional.

Por LUSA 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá dado ao seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, a oportunidade de sair da Venezuela com vida, mas teria de ser de imediato. Tudo terá acontecido durante uma conversa telefónica na semana passada. 

Conta o Miami Herald, que cita fontes não identificadas, que Donald Trump e Nicolás Maduro falaram por telefone e que, após o ultimato do norte-americano, o venezuelano terá exigido continuar a controlar as forças armadas do seu país, tendo também solicitado amnistia internacional para todos os seus crimes. 

A resposta de Trump terá sido direta e as negociações acabaram por fracassar. O presidente norte-americano terá proposto a Maduro que tanto ele como a mulher e os filhos tinham permissão para deixar a Venezuela em segurança, mas teria de ser no imediato. 

"Primeiro, Maduro pediu amnistia internacional por quaisquer crimes que ele ou o seu grupo pudessem ter cometido, o que foi rejeitado. Em segundo lugar, pediram para manter o controlo das forças de segurança. Em troca, permitiriam eleições livres", disse aquela fonte ao Herold.

No entanto, as propostas foram todas rejeitadas.

Note-se que, recentemente, o New York Times havia noticiado que os dois presidentes tinham falado e que a conversa telefónica, que terá sido tensa, ocorreu no dia 16 de novembro, dias depois de Trump ter dito que estava disponível para conversar com Maduro. 

De acordo com relatos, a conversa serviu para que Trump e a equipa de Maduro discutissem os detalhes de como seria a rendição do presidente venezuelano, uma vez que o Departamento de Estado norte-americano oferece uma recompensa de 50 milhões de dólares pela sua captura. 

Estados Unidos propuseram a Maduro "ir para a Rússia"?

Os Estados Unidos, que atualmente têm um destacamento militar na costa da Venezuela, ofereceram ao presidente Nicolás Maduro a opção de "ir para a Rússia" ou para outro país, afirmou, este sábado, o senador norte-americano Markwayne Mullin.

"Aliás, demos a Maduro a oportunidade de se ir embora", disse o senador republicano do Oklahoma à estação norte-americana CNN.

"Dissemos-lhe que poderia ir para a Rússia ou para outro país", acrescentou.

O que se passa entre os EUA e a Venezuela?

Recorde-se que o presidente norte-americano, Donald Trump, ordenou um grande destacamento militar no mar das Caraíbas e alertou no sábado que considera o espaço aéreo venezuelano "completamente fechado", depois de ter enviado para a região o maior porta-aviões do mundo.

Trump justificou estas operações acusando Caracas de estar por detrás do tráfico de droga que inunda o mercado norte-americano, mas Nicolás Maduro negou estas acusações e considerou que Washington está a usar um pretexto para o derrubar, provocar uma mudança de regime na Venezuela e apoderar-se das reservas de petróleo do país.

No poder desde 2013, o presidente venezuelano socialista é o herdeiro político de Hugo Chávez, uma figura de destaque da esquerda radical na América Latina. Foi reeleito em 2024, após uma eleição contestada, que desencadeou protestos no país, que foram fortemente reprimidos e levaram a centenas de detenções.

"O próprio povo venezuelano também se manifestou e disse que quer um novo líder e a restauração da Venezuela como país", disse ainda Mullin à CNN.

No sábado, o senador republicano Lindsey Graham também considerou abertamente a possibilidade de uma mudança de regime na Venezuela.

"Durante mais de uma década, Maduro controlou um Estado narcoterrorista que está a envenenar os Estados Unidos", declarou na rede social X, chamando o presidente venezuelano de "líder ilegítimo".

"O firme compromisso do presidente Trump em pôr fim a esta loucura na Venezuela salvará inúmeras vidas americanas e dará ao querido povo venezuelano uma nova oportunidade de vida", prosseguiu Lindsey Graham, sugerindo que Maduro poderá ser forçado a exilar-se.

"Ouvi dizer que a Turquia e o Irão são locais encantadores para visitar nesta altura do ano", acrescentou.

Nos últimos dias, foi registada uma atividade constante de caças norte-americanos a apenas algumas dezenas de quilómetros da costa venezuelana, segundo sites de rastreamento de aeronaves.


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O deputado republicano do Texas, Troy Nehls, anunciou que irá aposentar-se, depois de ter tomado a decisão em conjunto com a sua família. O seu irmão gémeo anunciou a sua candidatura para o substituir na Câmara dos Representantes do Congresso


ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DA ÁFRICA OCIDENTAL EXIGEM REGRESSO INCONDICIONAL DO GENERAL UMARO SISSOCO EMBALÓ

Um conjunto de várias organizações sociais da África Ocidental denunciaram a detenção do Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, considerando de inaceitável essa atitude antidemocrática.

A denúncia veio na sequência de um grupo de militares aliados de Domingos simões e  Candidato derrotado Fernando Dias terem invadido a presidência da República e da CNE com objetivo de alterar os resultados eleitorais, onde tudo indica o General Umaro Sissoco Embaló obteve 65.24% de votos e 87 mandatos para a Plataforma Republicana Nô Kumpu Guiné.

As forças Armadas tinham denunciado um plano maquiavélico e a entrada de armas por grupos de narcotraficantes que apoiavam financeiramente Fernando Dias, alguns destacados como Nick, entre outros.

O objetivo era claramente impedir a proclamação dos resultados eleitorais que declararam a reeleição do General Umaro Sissoco Embaló, vencedor destas eleições na primeira volta.

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, já tinha denunciando esse plano de golpe.

Entretanto, a CEDEAO e a União Africana não podem mais ignorar fatos que comprovam varias tentativas falhadas de golpe de Estado e que acabou por consumar no dia 26 de Novembro.

Juntamos a voz com o povo da Guiné-Bissau para exigir entre outras:

1. O Regresso imediato do Presidente da República da Guiné-Bissau às suas funções. 

2. Exigir a criação de condições para o anúncio dos resultados eleitorais provisórios pela CNE.

3. Responsabilizar o candidato Fernando Dias e Domingos Simões Pereira pela desobediência e violência ao povo guineense.

4. Apelar a CEDEAO uma posição firme contra aqueles que incentivam a violência e a guerra civil.

Assinantes do pacto das organizações sociais da África Ocidental:

1. Alioune Tine, fundadora do Afrikajom Center (Senegal) 

2. Salieu Taal, ativista e ex-presidente da Ordem dos Advogados (Gâmbia)

3. Madi Jobarteh, defensora dos direitos humanos (Gâmbia) 

4. Paul Amegakpo, especialista em governança, Instituto Tamberma (Togo) 

5. Hardi Yakubu, coordenador do movimento Africans Rising (Gana)

6. Ibrahima Kane, ativista de direitos humanos (Senegal) 

7. Abdou Aziz Cissé, ativista da Web e defensor dos direitos humanos (Senegal) 

Eng. Santos Pereira,  30/11/2025


Presidente da República de transição irá receber a delegação de CEDEAO, segunda 1/12/2025

 


O Presidente de Transição, Major-General Horta Inta-A, Conferiu posse neste Domingo, (30.11) os restante membros do Governo de Transição, Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos e Ministro do Turismo e o Secretário de Estado do Orçamento.

@Radio Voz Do Povo

ALTO COMANDO MILITAR! COMUNICADO!


DDECRETO PRESIDENCIAL Nº 05/2025 / DDECRETO PRESIDENCIAL Nº 06/2025


Eduardo Jorge da Costa Sanca, Membro do conselho nacional de jurisdição e fiscalização do PAIGC realizou neste Domingo (30.11) uma conferência de imprensa.

Número de mortos no incêndio em Hong Kong sobe para 146, mas pode haver mais

Por  cnnportugal.iol.pt, 30/11/2025

“O número de mortos aumentou para 146 às 16:00 (08:00 em Lisboa). Não podemos excluir a possibilidade de haver mais vítimas mortais”, disse à imprensa um representante da polícia

O número de mortos confirmados no incêndio que devastou um complexo residencial em Hong Kong na semana passada aumentou para 146 e o balanço pode ainda piorar, informou hoje a polícia.

“O número de mortos aumentou para 146 às 16:00 (08:00 em Lisboa). Não podemos excluir a possibilidade de haver mais vítimas mortais”, disse à imprensa um representante da polícia, Tsang Shuk-yin.

Hong Kong cumpre este domingo o segundo de três dias de luto pelo incêndio que consumiu o complexo residencial Wang Fuk Court, em Tai Po, no norte da cidade.

O incêndio deflagrou por volta das 15:00 de quarta-feira (07:00 em Lisboa) no bloco Wang Cheong House e afetou sete dos oito edifícios. As investigações preliminares indicam que o fogo teve origem na rede de proteção dos andaimes nos pisos inferiores e se propagou rapidamente na vertical.

Placas de poliestireno expandido, altamente inflamáveis, utilizadas para vedar as aberturas e os caixilhos junto aos elevadores, bem como as lonas exteriores que violavam as normas de segurança contra incêndios, facilitaram a entrada das chamas nos apartamentos através dos corredores.

Desde quarta-feira à noite, milhares de cidadãos, grupos de vizinhos, sindicatos, igrejas e voluntários mobilizaram-se espontaneamente, angariando milhões de dólares de Hong Kong e distribuindo água, alimentos, vestuário e abrigos temporários.

O Governo anunciou um fundo inicial de 300 milhões de dólares de Hong Kong (33,4 milhões de euros) para ajudar as vítimas e as pessoas afetadas, que entretanto já alcançou 800 milhões de dólares de Hong Kong (88,6 milhões de euros).

Foi ainda anunciado o lançamento de uma campanha de “inspeção e retificação” contra os riscos de incêndio em edifícios altos.

Segundo avançou no sábado o canal estatal CCTV, esta campanha incidirá, nomeadamente, nas obras de renovação exterior ou interior de edifícios ainda ocupados e na utilização de materiais inflamáveis nas obras e de bambu para os andaimes

Partido Lanta Cedu repudia as declarações estúpidas e inaceitáveis do MLSTP de São Tomé Príncipe, sobre a Guiné-Bissau A Guiné-Bissau é um país independente e soberana, não aceita quaisquer interferências nos assuntos internos Leia atentamente,

Eng. Santos Pereira, 30/11/2025

A Guiné-Bissau financiou integralmente as suas eleições, sem um único cêntimo de tutela externa. Ainda assim, há quem insista em acreditar que a chamada comunidade internacional terá poder de fogo, autoridade moral ou legitimidade política para ditar caminhos e “resolver” a crise. É delírio em alta voltagem.

O PAIGC continua a vender miragens, embalando expectativas vazias que ruem ao primeiro confronto com os factos. Essa recusa em enfrentar a realidade revela uma teimosia quase estrutural, um negacionismo pueril que já não convence ninguém. O país assumiu as rédeas - e quem ainda fantasia com salvadores externos apenas foge do óbvio.

Regime militar não é regime político constitucional. E os factos recentes na sub-região falam mais alto do que qualquer Comunicado diplomático: nenhum dos golpes foi resolvido pela Comunidade Internacional. Nenhum. E, paradoxalmente, todos esses países seguem hoje o seu curso, com ou sem bênção externa.

Chega de ilusão barata. Ou encaramos a realidade de frente, ou continuaremos presos à fantasia confortável de que milagres virão de fora. E, meu caro, milagres nunca vêm. O que vem é o peso da verdade - e ele está batendo à porta.

Abel Djassi Primeiro 

30/11/2025

Estamos "visivelmente mais perto" de conseguir que rins de porco funcionem em seres humanos

Por  CNN 

Os médicos da NYU Langone Health afirmam que dois novos estudos mostram que estão a um passo significativamente mais curto de tornar os transplantes renais de outras espécies uma opção real num futuro próximo.

Os cientistas têm procurado há anos uma alternativa aos transplantes humanos, porque a oferta de dadores não consegue acompanhar a procura, especialmente no que diz respeito aos rins.

Mais de 90.000 pessoas nos EUA aguardam um transplante renal e cerca de 11 delas morrem todos os dias, de acordo com a UNOS, organização sem fins lucrativos que gere o sistema de doação de órgãos do país. Mas com o envelhecimento da população e o aumento de doenças como diabetes, hipertensão arterial e obesidade, a necessidade só tende a crescer.

A diálise pode manter viva uma pessoa com doença renal em fase terminal, mas o processo pode ser difícil para o corpo e, em média, só consegue sustentar alguém por cerca de cinco anos.

Na busca por uma alternativa, os cientistas têm se voltado para transplantes de órgãos entre espécies diferentes, chamados de xenotransplantes.

Um dos maiores obstáculos que têm de superar é a tendência do corpo para rejeitar um transplante de órgãos. Novos estudos publicados a 13 de novembro na revista Nature oferecem mais informações sobre como evitar que o corpo rejeite o rim de porco, e os investigadores dizem que acham que tiveram um avanço na compreensão de como o sistema imunitário lida com este tipo de transplantes.

A questão da rejeição

O sistema imunológico humano protege o corpo contra ameaças como fungos ou bactérias, mas às vezes pode ser um pouco superprotetor.

O sistema imunológico não consegue distinguir entre um objeto estranho nocivo que entra no corpo, como um vírus, e um objeto benéfico, como um órgão doado. Quando qualquer um deles é introduzido, o sistema imunológico entra em modo de proteção total, enviando anticorpos para atacar tudo o que identifica como problema. Esses anticorpos podem danificar o órgão do doador e, por fim, fazer com que o transplante falhe.

Mesmo em transplantes entre seres humanos, a rejeição é uma grande preocupação. Para o resto da vida, os receptores devem tomar medicamentos anti-rejeição potentes que suprimem o sistema imunológico. Quando o doador é um porco, os cientistas também alteram geneticamente o órgão para torná-lo mais compatível com o corpo humano.

Os novos estudos tiveram como objetivo examinar o mais detalhadamente possível como o corpo humano rejeita um órgão de porco.

Os médicos da NYU transplantaram um órgão de um porco geneticamente modificado para uma pessoa com morte cerebral: Maurice Miller, 57 anos, que morreu devido a um tumor no cérebro em julho de 2023.

Os médicos disseram que Miller sempre quis doar os seus órgãos, mas não pôde fazê-lo porque tinha cancro. Em vez disso, perguntaram à família de Miller se eles doariam o corpo inteiro para investigação.

Maurice Miller (Família Miller)

Os investigadores pensaram que um transplante de órgãos numa pessoa em morte cerebral permitiria testar amostras de tecido e sangue de maneiras que seriam muito invasivas num recetor vivo ou mesmo num primata não humano, disse o coautor do estudo, Robert Montgomery, líder do Instituto de Transplantes Langone da Universidade de Nova Iorque.

“Este falecido pode ser o ser humano mais estudado da história”, disse Montgomery sobre Miller.

Os médicos removeram os rins de Miller e transplantaram um rim geneticamente modificado de um porco criado especialmente pela empresa de biotecnologia Revivicor. O corpo de Miller foi mantido vivo com um ventilador na UCI por dois meses. Durante esse tempo, os médicos fizeram biópsias regulares do rim, monitorizaram o seu sangue e testaram outras amostras de tecido.

Houve dois episódios em que o corpo de Miller tentou rejeitar o rim de porco, mas, pela primeira vez na história da xenotransplantação, disse Montgomery, eles tiveram sucesso com a medicação de rejeição disponível, e o órgão continuou a funcionar. Eles interromperam a experiência no 61.º dia.

Esta parte do trabalho, explicou Montgomery, ajudaria os médicos a compreender melhor quais medicamentos imunossupressores funcionariam melhor em outras pessoas que recebem órgãos de porcos.

“Isso também nos dará uma sensação de alívio ao avançarmos nos ensaios clínicos em que estamos a meio agora, saber que quando se coloca um rim de porco num ser humano, do ponto de vista fisiológico, ele simplesmente faz o seu trabalho”, disse Montgomery. “O rim é capaz de fazer a maioria das coisas que um rim humano pode fazer e, quanto às coisas que não faz, ou temos redundância e não precisamos necessariamente dele, ou há alguns medicamentos que precisamos de suplementar. Mas, fora isso, estamos prontos para avançar.”

A nova investigação, disse, “aproxima-nos consideravelmente de transplantes seguros de órgãos de porcos para humanos”.

O rim de porco geneticamente modificado, mostrado momentos após ter sido removido após 61 dias de observação (Joe Carrotta para a NYU Langone Health)

Criando um mapa detalhado

Durante os episódios em que o corpo de Miller começou a rejeitar o órgão, os médicos conseguiram criar um mapa detalhado de como exatamente o seu sistema imunológico reagiu ao órgão suíno e identificar as vias que o corpo estava a usar para rejeitá-lo. Eles também conseguiram mapear a genómica associada a essas vias, mapeando 5.100 genes suínos e humanos expressos e identificando todas as células imunológicas do corpo para rastrear o comportamento imunológico nesse nível granular único.

"Conseguimos realmente separar o que aconteceu quase diariamente", disse o coautor do estudo, Brendan Keating, membro do corpo docente do Departamento de Cirurgia da NYU Grossman School of Medicine e do NYU Langone Transplant Institute.

Eles também puderam ver as diferenças na reação imunológica a um órgão suíno em comparação com o que acontece com um órgão humano transplantado.

Os investigadores afirmaram ter identificado biomarcadores no sangue que, eventualmente, poderão ser usados para detetar a rejeição de órgãos muito mais cedo, antes que ocorram danos.

Embora o estudo seja um grande passo em frente, Montgomery disse que envolveu apenas uma pessoa, pelo que os resultados terão de ser replicados noutras pessoas para verificar se as reações são consistentes. Os investigadores acabaram de obter financiamento para testar técnicas de supressão imunológica em mais 20 pacientes, afirmou.

"Estamos a melhorar nisto"

Só no ano passado, os cientistas fizeram enormes progressos na compreensão de como funcionam os transplantes de rins de porcos.

O sucesso mais notável envolveu o caso de Tim Andrews, de New Hampshire, a quarta pessoa viva nos EUA a receber um rim de um porco geneticamente modificado.

Andrews estabeleceu um recorde quando o seu rim de porco continuou a funcionar por 271 dias. Os médicos tiveram que remover o órgão no final de outubro, depois de notarem um declínio na função. Mas antes disso, o transplante tinha funcionado tão bem que Andrews conseguiu fazer longas caminhadas e até mesmo lançar a primeira bola num jogo dos Boston Red Sox.

Vasishta Tatapudi, médico e nefrologista especializado em transplantes do NYU Langone Transplant Institute, realiza uma biópsia de um rim de porco geneticamente modificado no 61.º dia do mais recente estudo sobre xenotransplantes na NYU Langone Health (Joe Carrotta para a NYU Langone Health)

O tipo de investigação encontrado nos novos estudos é importante para a área, disse a Minnie Sarwal, codiretora do Programa de Transplante de Rim e Pâncreas da Universidade da Califórnia em São Francisco.

"Sessenta e um dias de função renal estável é uma nova prova de conceito, e acho que isso confirma que rins de porcos geneticamente modificados podem sustentar a função fisiológica na circulação humana", disse Sarwal, que não esteve envolvida na nova investigação. "Como primeiro passo, a prova de conceito é claramente muito importante, porque preenche a lacuna entre o que trabalhávamos anteriormente com modelos pré-clínicos de curta duração e nos permite avançar para a verdadeira viabilidade clínica, mesmo que obviamente não seja a longo prazo. Mas 61 dias é melhor do que, digamos, horas ou talvez alguns dias."

Sarwal, que se concentra em inovações terapêuticas para o desenvolvimento de medicamentos imunossupressores, disse que os novos estudos também demonstraram que a rejeição era tratável.

“Essa parte não é inovadora, mas acho muito reconfortante que os nossos tratamentos atuais funcionem nesse modelo, que era o que esperávamos, mas é ótimo ver a confirmação”, disse.

O mapeamento da reação imunológica pode fornecer aos investigadores outros "pontos de controlo moleculares passíveis de tratamento farmacológico", para que possam desenvolver melhores opções de imunossupressão para os receptores de transplantes, afirmou Sarwal.

Montgomery acredita que a sua experiência também pode dar esperança de que o xenotransplante se torne uma opção mais viável algum dia.

"Estamos a ficar cada vez melhores nisto, e acho que essa é a mensagem que gostaria de transmitir", disse Montgomery. "Haverá altos e baixos. Nada que valha a pena fazer está isento de algumas complicações."

Mas, acrescentou, "tudo é solucionável".

Irão condena anúncio de Trump sobre fecho do espaço aéreo da Venezuela... O Irão condenou o anúncio do presidente dos Estados Unidos de encerramento do espaço aéreo da Venezuela e classificou a ação como uma "violação flagrante" do direito internacional e "uma ameaça sem precedentes" para a aviação internacional.

Por LUSA 

"É uma violação flagrante das normas e princípios fundamentais do direito internacional, incluindo as regras que regem o transporte aéreo internacional", denunciou em comunicado, no final do sábado, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ismail Baghaei.

Baghaei assinalou que esta ação de Washington, que se soma a uma série de medidas "provocadoras e ilegais" contra a soberania e a integridade territorial da Venezuela, constitui um "ato arbitrário e uma ameaça sem precedentes" para a segurança e a proteção da aviação internacional.

Além disso, alertou para as graves consequências que esta decisão do presidente Donald Trump poderá ter para a paz e a segurança internacionais.

Trump declarou no sábado que o espaço aéreo da Venezuela deve ser considerado "totalmente fechado".

"Todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de droga e traficantes de seres humanos considerem o espaço aéreo sobre e ao redor da Venezuela como totalmente fechado", escreveu o líder norte-americano na sua rede social, a Truth Social.

Esta declaração de Trump surge numa altura em que os Estados Unidos intensificam a pressão sobre a Venezuela com um grande destacamento militar nas Caraíbas, incluindo o maior porta-aviões do mundo, e admitem ataques terrestres no território venezuelano na luta contra os cartéis de droga.

A Venezuela condenou a mensagem do Presidente dos Estados Unidos classificando-a como uma "ameaça colonialista".

"A Venezuela denuncia e condena a ameaça colonialista que pretende afetar a soberania do seu espaço aéreo, constituindo assim uma nova agressão extravagante, ilegal e injustificada contra o povo venezuelano", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros venezuelano, num comunicado.

Sob o pretexto de combater o narcotráfico, os Estados Unidos mantêm desde setembro um destacamento naval e aéreo em águas das Caraíbas próximas da Venezuela.

O Irão, um dos principais aliados da Venezuela, tem denunciado repetidamente a "atitude intimidatória", "intervencionista" e "perigosa" do presidente norte-americano em relação a Caracas nos últimos meses.

O próprio líder supremo do Irão, Ali Jameneí, criticou a atitude de Washington num discurso na quinta-feira, denunciando que "os americanos estão dispostos a instigar guerras em qualquer parte do mundo por petróleo e minerais subterrâneos, e hoje esse belicismo também chegou à América Latina".


Leia Também: De "fechado" à "ameaça colonialista": Que se passa entre EUA e Venezuela?

O espaço aéreo da Venezuela tornou-se no novo centro do conflito entre os Estados Unidos e o país liderado por Nicolás Maduro. Após o anúncio de Trump de que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado "totalmente fechado", Caracas respondeu a condenar a "ameaça colonialista" norte-americana.