sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Eleições presidenciais guineenses custam 5,9 milhões de euros – Governo

As eleições presidenciais de 24 de novembro na Guiné-Bissau devem custar cerca de 5,9 milhões de euros, depois de um processo de cortes decidido pelo Ministério das Finanças, disse hoje à Lusa, Odete Semedo, ministra responsável pela gestão eleitoral.

O orçamento inicial era de cerca de 5,7 mil milhões de francos CFA (cerca de 8,7 milhões de euros), precisou a ministra da Administração Territorial e Gestão Eleitorais.

O valor contempla as despesas e dividas, apresentadas por diversas entidades que participam no processo, nomeadamente o Ministério Público, Ministério da Justiça, Comissão Nacional de Eleições (CNE), forças de Defesa e Segurança, Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) e o próprio Ministério da Administração Territorial e Gestão Eleitorais.

Uma arbitragem feita pelo Ministério das Finanças concluiu que o orçamento para as presidenciais de 24 de novembro deve ficar-se pelo correspondente a cerca de 5,9 milhões de euros, sendo desse valor figuram as dívidas contraídas com os fornecedores de serviços nas legislativas de 10 de março passado.

Segundo a ministra Odete Semedo, os parceiros internacionais, que vão financiar parte do orçamento eleitoral, "disseram de forma categórica" que não iriam assumir as dívidas e "de pronto e de forma responsável o Governo se comprometeu em saldá-las".

A governante esclareceu, contudo, que as dívidas com os fornecedores, orçadas atualmente em cerca de 900 milhões de francos CFA (cerca de 1,3 milhões de euros) só serão pagas após serem auditadas.

Do valor global previsto para as presidenciais, o Governo guineense "já está a financiar as despesas primárias" e Portugal já se disponibilizou em fornecer alguns materiais eleitorais, que devem ser contabilizados no orçamento, esclareceu Odete Semedo.

"Tudo está na trilha e vamos avançando, 24 de novembro não é para falhar", declarou a ministra que acredita que haverá dinheiro para organizar e realizar as eleições.

LUSA

Rádio Jovem Bissau

Oficializado processo de legalização de 52 empresas de jovens empreendedores,

Secretarias de Estado da Juventude e do Plano e Integração Regional em colaboração com o Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial, realçam no ato o objectivo do governo perante a juventude, que segundo elas visa, “governar para a Juventude e com a Juventude”.


 


By Aliu Cande

Lesmes Monteiro Torres Gemeos a tua nomeação é uma clara evidência de que o jogo mudou e o tempo agora é dos jovens competentes. Cada dia que passa ês mais maduro e aprendeste a ser um homem. Parabéns pelo teu trigésimo quarto aniversário. Bem haja geração positiva.



By Gervasio Silva Lopes

Aristides Gomes - Já em Dili por ocasião da celebração do 20° aniversário do referendo que conduziu à Independência do povo amigo de Timor Loro Sae.




Viva amizade entre os povos.

Aristides Gomes - Primeiro Ministro da Guiné-Bissau

O ministro da Economia e das Finanças da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, visitou esta sexta-feira a direção geral das Alfândegas, em Bissau, que culminou com a entrega de materiais informáticos para o "Guichet Único".

O aparelho informativo instalada nas Alfândegas em Bissau, tem como o objectivo principal, facilitar a vida dos operadores económicos e do próprio governo na medida em que as estatísticas de exportação serão doravante mais fiáveis.

"Guichet Único" foi doado pelo Projeto de Reabilitação do Sector Privado e Apoio ao Desenvolvimento Agro-industrial (PRSPDA/BM).



Fonte: Alison Cabral

José Mário Vaz - Anunciou da recandidatura!

Meus irmãos, neste palco, ladeado por dez bandeiras da nossa Pátria, bandeiras que representam cada uma das regiões e o sector autónomo de Bissau, quero, antes de tudo, dizer-vos o orgulho e a honra que é estar perante tantos irmãos, vindos de todo o país.
(...)
Se estou aqui, hoje, é muito por força dos apelos que tenho recebido para continuar o trabalho que convosco iniciei, contra todos os que querem as riquezas deste povo só para eles e para as suas famílias (É misti toma tudu riqueza dé povo son pá sê cabeça ku sê famílias) e desejaram a instabilidade, a fome e a miséria do nosso país, "É Guine ku nô djunta ten de Sabi pá Tudu Fidjus di Guiné". 
Quero agradecer à todos os Guineenses em geral e a todos os presentes neste espaço, em particular ao Movimento de Apoio a JOMAV, ao Movimento de Apoio a Botche Cande, à Plataforma da Juventude, ao Grupo dos Académicos, ao Movimento Social, ao Gabinete da Primeira-Dama e todos os que na Presidência da República comigo trabalham e me são leais e, claro, à minha família, hoje aqui representada pelo meu filho Herson Vaz e que têm sido incansáveis nesta caminhada. 
E quero reiterar o meu profundo agradecimento todos os irmãos guineenses. 
(...)
Estes cinco anos foram anos de luta. Luta feroz, sem tréguas, com ameaças físicas e verbais contra mim e contra a minha família, e contra todos os que defendem e comungam comigo as mesmas causas. Esses insultos e mentiras vieram sobretudo daqueles que até hoje foram os únicos beneficiários da nossa independência e das riquezas do país e que querem continuar a sê-lo, vivendo à custa da maioria do nosso povo.
Enquanto me restar força, enquanto eu puder lutar, estou e estarei ao vosso lado, ao lado do povo, dos que não têm voz. 
E se preciso for, darei a minha vida pela nossa Guiné-Bissau, por todos vós, pela vossa libertação total e definitiva. Essa é minha causa. Esse é o combate de JOMAV. Sei que posso contar convosco.
(...)
Eu ACEITO com orgulho e honra os vossos pedidos para me recandidatar para um segundo mandato. Afirmo hoje e aqui perante vós, meus irmãos e povo da Guiné-Bissau, que é por vós, para realizar os vossos anseios, continuarmos juntos a fazer desta terra um grande país, que eu sou candidato às eleições presidenciais de dia 24 de novembro próximo. 
(...)
Irmãs e Irmãos Guineenses, 
Dou-vos a garantia que sempre vos dei: ao merecer a vossa confiança lutarei no próximo mandato tal como fiz neste para manter a Paz civil, a tranquilidade interna e a liberdade como conquista a caminho da consolidação. 
(...)
Conto convosco e sei que contam comigo.
Juntos a caminho do progresso com este Presidente de Paz.
No Dia 24 de Novembro conto convosco. 
A Guiné-Bissau precisa de todos nós.
Viva a Guiné-Bissau!
Viva a Paz!
Viva a liberdade!
OBRIGADO!

By José Mário Vaz - Presidente da Republica da Guiné-Bissau

Presidente da Guiné-Bissau anuncia recandidatura ao cargo


O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, aceitou hoje o pedido feito pelos seus apoiantes e anunciou que vai ser candidato às eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro.

"Um, dois, três. Aceito com orgulho e honra os vossos pedidos para me recandidatar para um segundo mandato", afirmou José Mário Vaz perante o aplauso de centenas de apoiantes.

"Afirmo hoje e aqui perante vós, meus irmãos e povo da Guiné-Bissau, que é por vós, para realizar os vossos anseios, continuarmos juntos a fazer desta terra um grande país, que eu sou candidato às eleições presidenciais de 24 de novembro", continuou o Presidente guineense.

José Mário Vaz falava num espaço cultural, em Bissau, que começou a ser preparado ao início da manhã de hoje para a cerimónia de anúncio da candidatura, que juntou, segundo a organização, cerca de duas mil pessoas.

A imprensa foi convocada para estar presente às 15:00 locais (16:00) em Lisboa, mas teve de esperar, à semelhança dos apoiantes, mais de três horas para ouvir o já esperado anúncio do Presidente guineense de que é candidato às presidenciais.

Num longo discurso, de 12 páginas, José Mário Vaz fez um balanço sobre os cinco anos do seu mandato e deixou críticas aos seus adversários políticos.

"Estes cinco anos foram anos de luta, luta feroz, sem tréguas, com ameaças físicas e verbais contra mim e contra a minha família, e contra todos os que defendem e comungam comigo as mesmas causas", disse.

Segundo José Mário Vaz, os "insultos e mentiras" vieram dos que até hoje "foram os únicos beneficiários" da independência da Guiné-Bissau e das "suas riquezas".

"Os que fazem marchas, vigílias, enganam e mobilizam mulheres e jovens para servirem os seus interesses pedem paz e depois calam-se em troca de nomeações para cargos de ministros, diretores ou outras funções", salientou o chefe de Estado.

José Mário Vaz acusou também "os que viajam para o estrangeiro" de dizerem mal do país e contarem "mentiras", bem como de venderem os interesses da pátria em "troca de grandes quantidades de dinheiro, privilégios e tempos de antena nas rádios e nas televisões com direito a comentadores tendenciosos, mas disponíveis para abordar conteúdos sem fundamento, difundindo assim falsas notícias em vários meios de comunicação social".

"É normal que um cidadão e líder de um grande partido peça às Forças Armadas para darem um golpe de Estado? É normal que o mesmo indivíduo que apela a um golpe de Estado contra a Constituição seja hoje candidato às presidenciais para fazer cumprir a Constituição?", questionou José Mário Vaz.

O Presidente guineense referia-se ao líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, Domingos Simões Pereira, que é o candidato deste partido às presidenciais, depois de ter visto o seu nome ter sido recusado por José Mário Vaz para o cargo de primeiro-ministro.

A candidatura do Presidente é apoiada por vários movimentos, incluindo o de Botche Candé, eleito deputado pelo Partido de Renovação Social e conselheiro de José Mário Vaz, e por vários partidos sem assento parlamentar.

Além de José Mário Vaz e Domingos Simões Pereira, são candidatos às eleições presidenciais Carlos Gomes Júnior, antigo primeiro-ministro do país e candidato independente, Umaro Sissoco Embalo, também antigo chefe do Governo guineense e apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Idrissa Djaló, líder do Partido da Unidade Nacional, e Vladimir Deuna, também do Madem-G15, mas que concorre como independente.

Nancy Schwartz, candidata independente, é, até agora, a única mulher na corrida.

LUSA

Rádio África FM/ Guiné-Bissau

Editorial: ABOLIÇÃO DE POSTOS DE CONTROLO INTER-URBANOS, DECISÃO ACERTADA!!!

O despacho do governo que abole todos os postos de controlo inter-urbanos é uma decisão acertada, no caminho da almejada promoção de livre circulação de pessoas e bens. A medida constitui um sinal forte de desintoxicação das artérias públicas que, ao logo de décadas, transformaram-se progressivamente em mercados de burla pública contra o cidadão comum. 

De Bissau para todos os cantos do país, centenas de postos improvisados, serviam de meio para injustamente confiscar dinheiro aos cidadãos que diariamente labutam para garantir o pão para a boca. Os agentes policiais descaradamente têm legitimado e comportado como autênticos “cobradores de impostos” ilegalmente institucionalizados. 

Alguém tinha que atuar para estancar a prática que muito custou aos cidadãos.

Nos últimos anos, as vias públicas foram inundadas de incontáveis agentes fardados ao ponto de se confundirem com as viaturas. Em cada interseção, quer dentro de Bissau quer fora, constatava-se vários agentes cujo trabalho era estorquir dinheiro aos automobilistas e aos comerciantes. 

A exigência de garantir a segurança pública nunca deveria servir de pretexto para assaltar, sem vergonha, os bolsos de humildes cidadãos. A segurança e ordem pública deve ser garantida com mecanismos objetivos e justos, a bem dos cidadãos, não contra eles. O governo deve assumir a sua responsabilidade cabalmente para que a medida não seja mais uma mera propaganda condenada ao fiasco. Para isso, é preciso inovar os mecanismos de controlo através da capacitação dos agentes afetos às linhas fronteiriças, adotando-lhes de armação tecnológica que lhes permita detetar materiais ilícitos dissimulados. Nessa estratégia, a Polícia Judiciária deve merecer uma atenção especial no combate ao crime.

A nova medida é um desafio para o governo, que deve pôr um ponto final na disputa de competências entre as forças de segurança, nomeadamente: a Polícia de Transito e a corporação da Guarda Nacional. Em definitivo, é hora de se mentalizar que qualquer medida ou política pública que não promova o bem-estar dos cidadãos deve ser banida. Há muito tempo que cidadãos deste país têm sofrido e pago injustamente faturas que beneficiaram exclusivamente um punhado de indivíduos que agem sob capote de fiscalização e controlo. 

A medida deve ser extensiva aos demais serviços de cobranças em via pública, nomeadamente: portagens de João Landim, São Vicente e Jugudul, que diariamente acumulam somas avultadas em dinheiro cujo paradeiro é duvidoso, considerando a permanente degradação das vias rodoviárias do país. 

Ao governo, é urgente reativar a máquina (Raio X) de controlo de bagagens no Aeroporto Internacional “ Osvaldo Vieira”, como forma de pôr cobro à vergonhosa situação de descontrolo que caracteriza os serviços que ali operam.  É hora de agir, para desmantelar as redes ilícitas e repor a autoridade do Estado ao serviço dos cidadãos.

Por: Redação

OdemocrataGB

Armando Contekunda - A recandidatura de Jomav ao segundo mandato, continuação do análise sobre a nossa soberania





Fonte: Armando Contekunda 

DSP... ? PÉCÉDISTA OU PÉGÉCISTA ? - Francisco Na Rimba

Fonte: patriamada-gb.blogspot.com

Domingos Simões Pereira, vulgo DSP na versão francófona dos grandes populistas africanos, ADO, IBK e outros..., deve constituir um caso de estudo na politica guineense, se se considerar, o percurso anormal e péculiar que marcou a sua emergência e ascendência fulgurante no cenário politico nacional. 

Na realidade, DSP teve um percurso político, é certo, de rápida ascendência, mas também, marcada por zonas cinzentas e de interrogações.

Na realidade, DSP era conhecido como um pontificado militante do Partido da Convergência Democrática (PCD), partido satélite e uma charneira política criada por Nino Vieira nas vésperas da abertura democrática com o fito de criar uma fachada de oposição política, para só mais tarde, vir a consumar a sua transumância politica para o PAIGC, partido onde conseguiu num curto espaço de tempo tornar-se presidente, convertendo-se radicalmente à causa dos Libertadores, onde hoje exerce, uma liderança ditatorial e absolutista.

A sua transumância para o partido dos Libertadores, formação politica pelo qual não tinha e não se lhe conheciam quaisquer simpatias ou ligações no passado, teve no entanto, um dado de aliciamento muito importante. DSP, fê-lo apenas na condição de aceder ao elenco governativo do primeiro Governo chefiado por Carlos Gomes Júnior, ficando assim como pormenor e registo, que a adesão de DSP aos Libertadores, foi movido por interesses primordialmente de promoção pessoal e de ascensão social e não, por convicções ideológicas ou de militância politica desinteressada.

O inusitado em tudo isso é que, anteriormente Domingos Simões Pereira nunca teve uma relação de simpatia e tão pouco de militância assumida com o partido dos Libertadores, conhecendo-se-lhe pelo contrário, nos tempos da sua militância “pécédista” ter uma assumida hostilidade ao partido dos Libertadores que, segundo a voz populis tal aversão, está relacionada com as suspeitas que a familia Simões Pereira, sempre manifestou relativamente à morte trágica do irmão Bartolomeu num acidente de viação, cujos contornos, deram à seu tempo muito que falar, e com a qual, os familiares nunca se conformaram até hoje.

Na realidade, Domingos Simões Pereira, sem se ter iniciado  sua carreira política como militante de convicções e de primeira hora do partido de Cabral, conseguiu chegar a liderança dos pégécistas por obra do acaso, sem sobressaltos e nem oponentes de peso, graças ao vazio provocado pelo exílio forçado da liderança de então do partido. Consciente dessa oportunidade única, DSP soube aproveitar-se estratégicamente desse vazio facilitador, para no momento certo, se acaparar facilmente do partido sem grandes oposições. Para consumar essa estratégia de apoderamento da liderança orfã dos Libertadores, DSP soube oportunisticamente aproveitar-se do apoio empenhado da cúpula exílada no Congresso de Cacheu, particularmente do ex-lider que lhe dispensou apoios e deu indicações de votos, porquanto via na sua pessoa, um lider moderno e capaz e que podia restruturar e reunificar o partido depois do rude golpe sofrido em abril de 2012.

No entanto, sabe-se porém, que mal instalado na liderança do partido DSP, descartou-se literalmente dos dirigentes em exílio, tendo até para com ex-lider do partido, um comportamento de deselegância pública, para além de que, internamente ia movendo activamente os cordelhinhos da intriga e da instigação junto à classe castrense, com o intuíto de os instrumentalizar no sentido de estes obstacularizarem quaisquer intenções de regresso dos exilados, em particular do antigo presidente do partido e ex-chefe de Governo, Carlos Gomes Júnior, com o manifesto receio, que a presença deste poderia vir a ensombrar a sua liderança à frente dos Libertadores.

Feito herdeiro, sem se dar conta, de um grande partido nacional nas circunstâncias que se retratam, as acções e condutas de DSP na liderança dos Libertadores até a presente data, têm deixado muito a desejar, quer como lider ganhador na senda do seu antecessor, quer como exemplo que se pretendia para a liderança de um partido fortemente abalado nas suas estruturas dirigentes, isto é, um lider aglutinador e promotor da paz interna e coesão de todos os seus dirigentes. Entre as acções e estratégias questionáveis de DSP, ressaltam os seguintes dados  factos que marcaram negativamente a sua conturbada liderança.

Primeiro dado negativo: com a liderança de DSP, os simbolos fortes do partido passaram a girar à volta da sua omnipresente figura assente numa enorme campanha promocional interna tendente à personificação do partido em torno da sua única e exclusiva identidade, chegando a roçar tal prática, um verdadeiro culto de personalidade. 

Como presidente do partido, tudo passou a pontificar-se pelo seu nome e personagem, omitindo-se deliberadamente todas as outras realizações, obras, acções e resultados marcantes conseguidos pelos seus antecessores, como se esses nunca tivessem existido ou liderado o partido. Aliás, mais atitudes tendentes à personificação e afirmação absolutista da figura de DSP, foram-se sucedendo no seio do partido e louros foram-lhe cantados, adjectivos pomposos atribuidos nas redes sociais e nos meios de comunicação envadidos e dominados pelo séquito de apoiantes. 

Todos esses “louvores” encomendados e sustentados à peso de fortes avenças e contrapartidas, parecem no entanto, que não chegavam para alimentar o super ego narcisista do DSP, um lider fortemente clamado, mas sem nenhuma prova palpável demostrada na governação do país, mas cuja figura, era intensamente proclamado e idolatrado pelos seus apaniguados, com adjectivos e epítetos de grandeza, tais como, o “Sol maior”, “Lider dos lideres”, “Salvador da Pátria”, “Matchu, Chefe dos chefes”, o qual, na sua vã imaginação de glórificação, vai patéticamente caucionando, com a desmedida ambição de querer suplantar todos os grandes lideres da história dos Libertadores.

Pior ainda, chegou-se ao cúmulo de a figura e liderança de Amilcar Lopes Cabral, Fundador do partido e Pai da Nacionalidade, ser-lhe ostensivamente comparado de forma presunçosa, notando-se a caução subpterícia e ganânciosa do próprio. Igualmente, contra toda a tradição do partido, passou-se ousada e deliberadamente a colocar-se a efíge ícónica de Cabral, lado à lado com a de DSP num manifesto exercicio de comparação das suas figuras imagens e as epopéicas palavras de ordem de Amilcar Cabral passaram a ser escrutinadas paralelamente com as de DSP, de forma irresponsável e com desmedida ambição comparativa.

Segundo dado negativo : mal instalado na liderança do partido, DSP arrogando disciplina partidária, iniciou com autoridade e intenção deliberada, uma autêntica purga contra todos seus potenciais opositores no seio do partido, visando no essencial, a eliminação de qualquer foco de contestação interna que pudessem perturbar o tipo de liderança que queria impôr no partido, tendo começado cirúrgicamente pelos reconhecidos nostálgicos e apoiantes da antiga liderança. 

O afastamento voluntário ou compulsivo de muitos militantes que não se-lhes submetiam, foi-se sucedendo no partido, sendo o mais fracturante a ruptura ocorrida com o denominado Grupo dos 15, cujo episódio de confronto com a liderança totalitária e de intolerância de DSP às contestações internas, foi a que mais se fez sentir de forma repercutante nas eleições legislativas passadas. 

Em contraponto as acções purgativas no seio do partido, DSP foi criando internamente, o seu grupo de conforto e de submissos em todas as instâncias e sensibilidades do partido, com cujos apoios estratégicos, conseguiu ter o controlo e dominio quase absoluto do partido em todos os seus quadrantes. Para conseguir esse desiderato, DSP fez promover no partido um elitismo baseado no servilísmo e submissão à sua figura e as suas pretensões ditatoriais e, para isso, utiliza como critérios de ascensão nos orgãos do partido a confiança pessoal, os laços familiares ou do seu grupo de interesses

Alguma das pessoas que se promoveram aleatóriamente n partido, nunca pertenceram ao partido, não passando de simples admiradores de DSP, que oportunisticamente se colaram ao PAIGC, para dele se servirem. Essas pessoas que entraram no partido pelas mãos e graças do lider, foram sendo inexplicávelmente promovidas em tempo recorde, aos orgãos cimeiros do partido, nomeadamente BP e CC, em detrimento de figuras com percurso de militância reconhecidos no partido. É com esse grupo de novos intrusos “promovidos”, que DSP, constitui o seu fortím de defesa acérrima à idolatração da sua imagem e instrumento de excelência de propaganda, dissuação e minimização de quaisquer veleidades ou sinais de contestação internas à sua liderança.

Terceiro dado negativo : demostrando cada vez mais claramente, ter uma agenda própria, DSP vai-se sobrepondo-se sobranceiramente à estrutura e à nomenclatura interna do partido, demostrando em várias ocasiões o seu desprimor e até certa desconsideração para com os seus pares dirigentes, tomando recorrentemente decisões unilaterais em nome do partido, só os comunicando posteriormente aos demais membros, já como facto consumado.

Como presidente do partido, DSP, açambarca completamente todas as acções, representações e aparições partidárias, deixando os demais orgãos dirigentes no completo ostracismo e inoperância e, quando não o faz, era mais correntemente deixar o protagonismo aos lideres dos micro-partidos seus aliados, principalmente aos lideres da UM e do PUN. Aliás, houve largos periodos que no cenário da intervenção politica, o lider da UM é que era habitualmente, a voz mais marcante dos Libertadores, pertencendo até a este pequeno partido, as maiores iniciativas e posicionamentos com maior visibilidade e impacto sobre as questões mais candentes da politica nacional. Por força desse alinhamento de conveniência politica, esses pequenos partidos, incluindo extensivamente o PND em certa medida, foram ganhando espaços e influências nos circulos do poder às expensas dos Libertadores, ao ponto de se transformarem paulatinamente em porta-vozes e opiniões orientadoras priviligiadas de DSP. Por consequência, raras eram as viagens, negociações ou estratégicas políticas dos Libertadores, que não contassem com a participação ou posicionamentos marcantes dos referidos lideres, que muitas vezes se sobrepunham, assumindo até maior protagonismo que os próprios dirigentes do PAIGC.

Essa estratégia de deliberada minimização ou acantonamento dos demais dirigentes e valores internos do partido, tem tido particular respaldo na constituição dos elencos governativos liderados pelo PAIGC, onde manifestamente, DSP, em vez de dar prioridade ao equilibrio interno e dar vazão as legitimas expectativas dos seus quadros dirigentes em serem chamados a participarem nas actividades governativas do partido, dá clara primazia em satisfazer as pretensões dos seus aliados de circunstância. 

Para o caso da estranha peristência obsecada na figura de Geraldo Martins no cargo de Ministro da Economia e Finanças, esta realidade, é de novo perfeitamente visível na constituição do actual elenco governativo, onde, em detrimento dos quadros do partido, foram as formações politicas sem qualquer expressão e importância no xadrez politico (porém “fiéis e servis” à DSP), é que foram surpreendentemente beneficiadas com importantes postos ministeriáveis no aparelho do Estado. São os casos, da atribuição do Ministério da Justiça e Direitos Humanos ao Movimento Patriótico, do Comércio e Artesanato ao lider do PND, da Agricultura e Desenvolvimento Rural à SG do PUN, por deferência do seu presidente, das Secretarias de Estado da Comunicação Social e dos Combatentes da Liberdade da Pátria para a UM e, finalmente, a SE do Turismo e Artesanato para o PCD !!!!. 

Todos esses pelouros e por arrastamento as respectivas Direcções Gerais, foram incompreensívelmente atribuídos aos micro-partidos que gravitam servilmente à volta do DSP, enquanto proeminentes quadros do partido, são deliberadamente esquecidos e postergados para se dar satisfação aos interesses da agenda particular do lider do PAIGC. 

Essas opções estratégicas de DSP não podem deixar de ser questionáveis, porque ela dá claramente prioridade à construção de uma fachada de aparente inclusão ao agregar muitos micro-elementos externos ao partido à sua volta para, deliberadamente criar-se a ilusão de um lider aglutinador de sensibilidades à volta da sua liderança, enquanto minimiza as valências internas, cujas consequências são imprevisíveis para a coesão interna do partido.

Uma outra decisão controversa assumida por DSP, claramente motivada, caso não o fizesse, pelo receio de perder o poder devido ao resultado catastrófico das legislativas de 2019, e que acarreta questionáveis ganhos politicos para o partido, é a aliança de incidência governativa apressadamente selada com a APU de Nuno Gomes Nabian no rescaldo da supracitada eleição. Os contornos desse casamento quase-instantâneo e sem noivado, prevê-se à partida de efeitos colaterais explosivos com acção retardada, quer para o partido, quer para a áurea do próprio DSP.  

Quarto dado negativo : apesar de aparentemente ser reconhecido a DSP, uma grande capacidade negocial e de convencimento, em vez de priorizar o dialogo interno, quer no partido, quer nas instâncias nacionais, optou recorrentemente por externalizar todos os problemas politicos que surgiram e se desenvolveram, por arrastamento da sua demissão como Chefe de governo. Foram imensos os casos em que, por sugestão e convencimento de DSP, questões politicas e negociais, que podiam ser perfeitamente resolvidas internamente, sem se pôr em causa a nossa soberania e a idoneidade das nossas instituições foram externalizadas, sendo os simbolos e as instituições da República subalternizadas, humilhadas e levadas à reboque de intervenções e decisões desfasadas e descontextualizadas das instâncias regionais, arcando assim o país, com avaliações desprestigiantes e de manifestas desconsiderações para com a nossa soberania e dignidade. Foram as constantes manigâncias politicas de DSP, que arrastaram regularmente os problemas do pais para o exterior, promovendo a regionalização da nossa crise, com a exportação das nossas questões internas para Conakry, Lomé e à espaços até Dakar, de cujas experiências e resultados só trouxeram soluções desprestigiantes e humilhantes para o país nos últimos cinco anos. Foi nesse contexto de profunda deslocalização e descaracterização dos nossos problemas, que DSP, foi trocando de Chefes de Estado-padrinhos, conforme os sabores e desabores dos resultados das mediações. Hoje noentanto, ao que se parece DSP voltou-se para os padrinhos e protectores de sempre, os de Lisboa e aparentemente, nos últimos tempos, igualmente com o embaixador dos EUA    

Quinto dado negativo : logo após ascender ao cargo de Chefe de governo, DSP, deu mostras claras da sua propensão pelo dinheiro e não se coibiu de deixar bem claro nas acções e apetências de que, tinha uma agenda prioritária com o dinheiro e com tudo que lhe possa proporcionar um enriquecimento rápido possível, sem olhar a meios para os alcançar. Aliás, era facilmente perceptível que o conflito exacerbado que opôs DSP ao PR cessante, este igualmente com os mesmos propósitos e propensões financeiras, eram fundamentalmente ligados à luta pelo acesso e acaparamento das fontes de recursos do Estado. Com essa agenda previamente estabelecida, DSP estendeu os seus tentaculares interesses através dos seus homens de mão colocados nos postos mais estratégicos do Governo (Ministério da Economia e Finanças, Obras Publicas e Equipamento Social, Transportes e Comunicações, Recursos Naturais etc...) e também nas Instituições e Empresas públicas de grande facturação. Aos seus homens de mão, eram confiados missões de montagens de mecanismos sofisticados de gestão, que lhes permitissem desviar fundos e dividendos do Estado por sua conta e do seu grupo à partir das fontes e fluxos financeiros das entidades onde eram colocadas. 

O caso do MEF, Geraldo Martins foi dos mais flagrantes, sendo este o seu “play-maker” de eleição em todas as montagens e desvios de erário público, estando estimado por conta dessa dupla, desvios acima de 42 milhões de euros, distribuidos por dezenas de negócios sujos e de peculato, sendo a mais escandaloso, a grande golpada da montagem do “resgate do BAO”, assunto explosivo, sobre a qual iremos debruçar brevemente.

Na procura incessante de se enriquecer à todo o custo e o mais rapidamente possível, DSP viu-se envolvido, pessoalmente ou por entrepostos familiares (normalmente o filho ou o irmão mais velho, este grande comissionista), em vários negócios incompativeis com o seu estatuto de Chefe de governo. Entre os negócios de manifesto conflito de interesses, pode-se citar, o contrato de  vazamento de lixo com a CMB celebrado com o filho no valor de 75 milhões de FCFA mensais (valores absurdos para uma edilidade com problemas financeiros estruturais, incluindo falta de meios para pagamento regular de salários) e também, a captura do sector de agenciamentos de navios pesqueiros pelo irmão que detinha o monopólio e cobrava comissões avultadas entre outros...

No entanto, do curto periodo de tempo que esteve à frente da chefia do governo, DSP soube juntar um grande pecúlio financeiro e de bens, que se manifestam pelos sinais exteriores de riqueza que ele e a sua familia exibem, nomeadamente bes imóveis (no pais, em Dakar, Conakry e Lisboa), bens de luxo, frota de viaturas de alta gama, incluindo sinais de riqueza e de opulência demostrados pelos filhos, ele DSP que, antes ser chefe de governo se limitava a uma viatura a pedir reforma e uma casa de médio standing no bairro de Luanda. Sinais de mãos-leves sobre o erário público...

Sexto dado negativo : DSP, embora aparente abertura de espirito e de ser um politico de diálogo e de consensos, já demostrou em várias ocasiões e cenários de que, não sabe lidar com as diferenças de opiniões, não tolera a critica e não gosta de ser minimamente contrariado nas suas pretensões, chegando mesmo a mostrar sinais de tendencias e propensão à condutas ditatoriais. Essas posturas e comportamentos, tornaram-se notórios desde o inicio da sua chegada a chefia do governo e com o tempo, tornaram-se evidentes, nas várias batalhas políticas que teve que travar e onde se exigiam poder negocial, pragmatísmo e experiência, mas que foram pontificadas pela sua postura fabricada de “durão”, de político intransigente, irrescível e de teimosia tinhosa, típicamente africana de mostrar “matchundadi”. DSP, perdeu-se pela auto-vanglorização e promoção populista da sua personalidade, cuja alcunha de “matcho” parece embriagá-lo para os mais descabidos caminhos e opções politicas. Está hoje, mais do que provado de que, DSP funciona com uma matrix de pensamento préconcebido, imbuido de complexos de superioridade, em que se julga o mais inteligente e dotado de todos os guineenses, quando na realidade nada fez e nem provas deu, para assim pretender ser ou proclamar-se. A sua negação ao diálogo, mais que uma posição de intransigência, é um comportamento intrínseco de um homem ganancioso, egoista e sectarista, atitudes porém, que levarão à sua perdição e ao seu fim politico a curto prazo.

Sétimo dado negativo : Com a subida de DSP à chefia do Governo, começou-se o grande ciclo da banalização da vida politica e das instituições da República em toda a sua extensão e alcance. Até as instiuições de soberania que outrora foram salvaguardadas (presidênci da República, ANP e Tribunais), foram trazidas à compita da guerra política mundana e de baixo nivel que degrada o nosso país. Ter perdido o poder para DSP, foi uma autêntica declaração de guerra para com os seus concidadãos, visando tornar este país ingovernável, desde que não seja ele a governar e a conduzir a seu bel-prazer os destinos deste país, sendo no entanto que, em tempos, outro lider, mais conceituado e carismático que DSP tinha sido injustamente afastado do poder, mas conformou-se com as circunstâncias, reorganizou-se e ao partido e voltou a reconquistar o poder leal e patrióticamente, sem condicionar, penalizar ou paralizar o país. Com DSP, o país foi levado ao reboque das suas guerras e ambições, tornando o pais uma incerteza durante cinco longos anos...

Desde que foi afastado do poder, DSP embrenhou-se numa cruzada destrutiva de qualquer emergência de uma solução governativa que não passasse por ele e passou a utilizar todos os meios possíveis e imagiáveis ao seu alcance, para fazer-se crer, que sem ele, este país não tem futuro nem sustentabilidade. DSP, em acto de desespero e de puro egoismo, instrumentalizou a sociedade vitimizando-se, financiou movimentos sociais para a desistabilização permanente do país, corrompeu e manipulou os tribunais e os juízes de todas as instâncias, chantageou e coagiu os parlamentares orientando-os para comportamentos anti-democráticos desclassificáveis, instrumentalizou os sindicatos e os jovens de forma interesseira banal, com meros fins do seu projeto pessoal. Enfim...DSP, dividiu a sociedade, as familias, os irmãos...na vã ganância de mandar à todo o custo e por todos os meios possíveis e imagináveis.

E suma, todos esses pontos acima que consubstanciam as atitudes e comportamentos negativos de DSP à frente dos Libertadores, justificam a pergunta seguinte :

Será Domingos Simões Pereira, DSP, um verdadeiro militante do PAIGC, um verdadeiro soldado de Cabral, ou um mero impostor que se serve do partido para os seus fins pessoais e de grupo ??

A cada militante a sua sentença, pois factos para avaliarem e julgar o DSP não faltam.

Bem hajam

Catió, 27 de agosto de 2019

Francisco Na Rimba 

Foto: PAIGC 2019 

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