sábado, 29 de julho de 2023

A reunião extraordinária do Bureau Político e Comité Central do PTG, para decidir sobre a integração ou não do Acordo Político de Incedência Parlamentar e Governativa proposto pela Coligação PAI-TERRA RANKA.

 Radio Voz Do Povo 

Nuno Gomes Nabiam aponta razões da derrota nas legislativas e, prepara APU-PDGB para os próximos embates, reunindo os órgãos.

Radio Voz Do Povo

𝗕𝗔𝗦𝗧𝗔 𝗢𝗦 𝗘𝗥𝗥𝗢𝗦 𝗡𝗢𝗦 𝗦Í𝗠𝗕𝗢𝗟𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗜𝗦

Leia e perceba porquê! 

Não podemos errar até ao ponto de confundirmos os símbolos nacionais. Nestas imagens que trago ao público, as corres das FAIXAS colocadas nos ombros dos deputados fazem parte das corres nacionais, mas as mesmas NÃO REPRESENTAM a nossa Bandeira conforme consta na nossa Constituição da República.

A estrela negra deveria ser colocada na parte vermelha mas foi parar na zona amarela, identificando já agora, desta forma, com a Bandeira do Gana, e não da Guiné-Bissau.

Até o posicionamento das cores não tem sido o mesmo. Nalgumas legislaturas a tira vermelha fica por cima e noutras é colocada em baixo.

Entretanto, concluo esta minha crítica que considero de construtiva, aconselhando a cada um de nós, de que devemos respeitar o termo VERIFICAÇÃO em tudo que fazemos ou dizemos publicamente. 

Por: Aliu Baldé (jornalista)

 Rádio Jovem Bissau

Justiça do Senegal imputa sete acusações contra o líder da oposição

© Getty Images

POR LUSA   29/07/23 

O Ministério Público do Senegal anunciou hoje ter imputado sete acusações contra o líder da oposição e candidato presidencial Ousmane Sonko, depois de este ter sido detido por um incidente com um polícia.

"Ele vai ser processado por incitação à insurreição, associação criminosa, atentado contra a segurança do Estado, formação de quadrilha contra a autoridade do Estado, atos e manobras para comprometer a segurança pública e criar graves distúrbios políticos, associação criminosa e roubo de um telemóvel", informou Abdou Karim Diop, procurador de Dakar.

O anúncio das acusações contra Sonko surge depois de este ter sido detido, na sexta-feira, por alegadamente ter "roubado violentamente um telemóvel a um polícia cujo veículo avariou perto da sua casa", tendo de seguida feito um "apelo subversivo" à população nas redes sociais.

Segundo a versão de Sonko, divulgada nas suas redes sociais, o incidente ocorreu com agentes dos serviços de informações que ele alega estarem colocados à volta da sua casa 24 horas por dia.

Sonko explicou que os agentes começaram a gravar imagens, pelo que retirou-lhes o telemóvel, pedindo "à pessoa que estava a gravar para o desbloquear e apagar as imagens que captou, o que ele se recusou a fazer".

Diop explicou hoje que o alegado furto do telemóvel de um polícia "foi apenas um dos pretextos para a sua detenção, que era iminente" e que o político se encontra agora sob custódia policial, para comparecer perante o Ministério Público em breve.

Após a sua detenção na sexta-feira, a capital e algumas cidades do país viveram momentos de confronto entre as forças policiais e os jovens, que queimaram pneus e organizaram barricadas em protesto.

Em junho passado, um tribunal condenou Sonko a dois anos de prisão pelo crime de corrupção juvenil (aplicável quando jovens entre 18 e 21 anos são abusados, de acordo com o Código Penal senegalês), sentença que gerou violentos protestos que provocaram pelo menos 16 mortos, segundo o Governo - número que a Amnistia Internacional estima em 23.

Em março, Sonko foi condenado a dois meses de prisão suspensa por difamação, após ser processado pela ministra do Turismo do país, Mame Mbaye Niang.

Sonko acusa o sistema judicial de estar a instrumentalizar este processo, sob instruções do Presidente senegalês, Macky Sall, para impedi-lo de concorrer às próximas eleições, marcadas para 2024.

Conhecido pelas suas ideias antissistema, Sonko critica a má governação, a corrupção e o neocolonialismo francês, tendo angariado muitos apoiantes entre os jovens senegaleses.


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Níger perde apoio financeiro do ocidente

Uma imagem de vídeo obtida pela AFP junto da ORTN-Télé Sahel, a 28 de julho de 2023, mostra o general Abdourahamane Tchiani, que tomou o poder no Níger.

 Voaportugues.com   29/07/23

União Europeia cortou a ajuda financeira. Estados Unidos ponderam fazer o mesmo

A União Europeia cortou o apoio financeiro ao Níger e os Estados Unidos ameaçaram fazer o mesmo, depois de os líderes militares terem anunciado esta semana que tinham derrubado o Presidente democraticamente eleito, Mohamed Bazoum.

O Níger é um dos países mais pobres do mundo, recebendo cerca de 2 mil milhões de dólares por ano em ajuda pública ao desenvolvimento, de acordo com o Banco Mundial.

É também um parceiro de segurança fundamental dos países ocidentais, como a França e os Estados Unidos, que o utilizam como base para os seus esforços de contenção de uma insurreição islamista na região do Sahel, na África Ocidental e Central. Anteriormente visto como o país mais estável entre vários vizinhos instáveis, o Níger é o sétimo maior produtor mundial de urânio.

Photo Gallery: "Abaixo a França, viva a Rússia!", slogan entoado durante manifestação após golpe no Níger

Até à data, os aliados estrangeiros do Níger têm-se recusado a reconhecer o novo governo militar liderado pelo general Abdourahamane Tchiani, antigo chefe da guarda presidencial, que foi declarado chefe de Estado na sexta-feira.

Não se ouviu falar de Bazoum desde o início de quinta-feira, quando foi confinado no palácio presidencial, embora a União Europeia, a França e outros países afirmem que ainda o reconhecem como o Presidente legítimo.

Apoiantes das forças de defesa e segurança nigerinas reúnem-se durante uma manifestação diante da assembleia nacional em Niamey, a 27 de julho de 2023

"Para além da cessação imediata do apoio orçamental, todas as acções de cooperação no domínio da segurança são suspensas por tempo indeterminado com efeito imediato", afirmou o chefe da política externa da UE, Josep Borrell, num comunicado.

O Níger é um parceiro fundamental da União Europeia para ajudar a travar o fluxo de migrantes irregulares da África subsariana. A UE tem também um pequeno número de tropas no Níger para uma missão de treino militar.

A UE atribuiu 554 milhões de dólares do seu orçamento para melhorar a governação, a educação e o crescimento sustentável no Níger em 2021-2024, de acordo com o seu site oficial.

Os Estados Unidos têm duas bases militares no Níger, com cerca de 1100 soldados, e também fornecem centenas de milhões de dólares ao país em ajuda à segurança e ao desenvolvimento.

"A assistência muito significativa que temos em vigor para as pessoas no Níger está claramente em perigo", disse o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. O apoio dos EUA depende da continuação da governação democrática, disse ele.

As Nações Unidas afirmaram que o golpe de Estado não afectou as suas entregas de ajuda humanitária.

Não se sabe ao certo qual o apoio que a junta militar tem entre a população do Níger. Algumas multidões apoiaram Bazoum na quarta-feira, mas no dia seguinte os apoiantes do golpe manifestaram-se nas ruas.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, ou CEDEAO, vai realizar uma cimeira de emergência na Nigéria no domingo para discutir a situação.

Após uma reunião de emergência na sexta-feira, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana emitiu uma declaração exigindo que os militares regressem às suas casernas e restabeleçam a ordem constitucional no prazo de 15 dias. A UA não disse o que aconteceria depois disso.

Prigozhin celebra golpe no Níger e diz que grupo Wagner pode dar uma ajuda

Yevgeny Prigozhin em São Peterburgo em julho de 2023 Imagem Orchestra_W Telegram

Por CNN,  29/07/23

O fundador e financiador do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, foi visto em São Petersburgo, na Rússia, na quinta-feira, de acordo com contas nas redes sociais associadas ao grupo mercenário. (Imagem Orchestra_W/Telegram)

Enquanto a comunidade internacional, incluindo muitos Estados africanos, condenou o golpe de Estado no Níger, o líder mercenário russo Yevgeny Prigozhin tem a sua própria opinião.

Numa longa mensagem publicada nas redes sociais, Prigozhin atribuiu a situação no Níger ao legado do colonialismo e alegou, sem provas, que as nações ocidentais estavam a patrocinar grupos terroristas no país. O Níger foi em tempos uma colónia francesa e, antes do golpe de Estado desta semana, era uma das poucas democracias da região.

Prigozhin parece ainda estar em liberdade, apesar de em junho ter liderado uma rebelião armada contra o Kremlin.

A revolta de curta duração terminou quando Prigozhin e as suas tropas concordaram em ir para a Bielorrússia, mas o líder da milícia foi visto em São Petersburgo na quinta-feira, reunido com um dignitário africano à margem de uma cimeira entre nações africanas e a Rússia.

A missiva de Prigozhin era também uma espécie de proposta de negócio. Dizia que a sua empresa militar privada, o Grupo Wagner, é capaz de lidar com situações como a que se está a passar em Niamey, a capital nigeriana. Centenas de contratados da Wagner estão no vizinho Mali, a convite da junta militar do país, para enfrentar uma insurreição islamista que é mais forte na área onde as fronteiras do Mali, Burkina Faso e Níger se encontram.

“O que aconteceu no Níger está a ser preparado há anos”, disse Prigozhin. “Os antigos colonizadores estão a tentar manter os povos dos países africanos sob controlo. Para os manter sob controlo, os antigos colonizadores estão a encher esses países de terroristas e de várias formações de bandidos. Criando assim uma crise de segurança colossal”.

Prigozhin continuou depois com o seu típico discurso de vendedor.

“A população sofre. E esta é a razão do amor pela PMC (empresa militar privada) Wagner, esta é a alta eficiência da PMC Wagner. Porque mil soldados da PMC Wagner são capazes de estabelecer a ordem e destruir terroristas, impedindo-os de prejudicar a população pacífica dos Estados”, afirmou.

Várias investigações da CNN e outras de grupos de defesa dos direitos humanos revelaram o envolvimento e a cumplicidade do grupo Wagner em atrocidades contra populações civis no Sudão, no Mali e na República Centro-Africana, onde os mercenários foram utilizados para ajudar as forças de defesa locais contra rebeliões e insurreições e suprimir a oposição.

Os comentários de Prigozhin na sexta-feira foram contrários à opinião do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, que apelou à “libertação imediata” do Presidente Mohamed Bazoum pelos militares.

"Mais de 100 mercenários do Grupo Wagner" aproximam-se da Polónia

© Getty Images

Notícias ao Minuto   29/07/23 

De acordo com primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, "este é certamente um passo para um novo ataque híbrido em território polaco".

O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, afirmou que mais de 100 mercenários do Grupo Wagner se deslocaram para o Suwałki Gap, uma faixa estratégica do território polaco situada entre a Bielorrússia e o enclave russo de Kaliningrado.

Em declarações numa conferência de imprensa durante a sua visita à fábrica militar de Bumar-Łabędy, no sul da Polónia, Morawiecki referiu, citado pela Reuters, que, nos últimos dois anos, a Polónia tem sofrido um ataque híbrido permanente na sua fronteira oriental com a Bielorrússia.

Só este ano, houve cerca de 16 mil tentativas de atravessar a fronteira por parte de imigrantes ilegais, que foram "empurrados para a Polónia" pelas forças russas e bielorrussas.

"Agora a situação torna-se ainda mais perigosa. Temos informações de que mais de 100 mercenários do Grupo Wagner se deslocaram em direção ao fosso de Suwałki, perto de Grodno, na Bielorrússia", afirmou o primeiro-ministro polaco.

De acordo com Morawiecki, "este é certamente um passo para um novo ataque híbrido em território polaco".

"Provavelmente estarão disfarçados de guardas fronteiriços bielorrussos e ajudarão os imigrantes ilegais a entrar em território polaco, desestabilizando a Polónia, mas também tentarão provavelmente infiltrar-se na Polónia fingindo ser imigrantes ilegais, o que cria riscos adicionais", explicou ainda.

Já em 2021, a Polónia registou um aumento da pressão migratória na sua fronteira com a Bielorrússia, com milhares de migrantes a tentarem entrar no país. A Varsóvia atribuiu a crise ao governo bielorrusso, afirmando que este estava a atrair migrantes do Médio Oriente e de África com a falsa promessa de acesso fácil à UE.

De acordo com as autoridades polacas, o ataque híbrido da Bielorrússia foi preparado em conjunto com os serviços secretos russos.


Leia Também: Ameaça do Wagner levará Polónia e Lituânia a fechar fronteira com Minsk

BURKINA FASO: Líder golpista do Burkina Faso descreve Rússia como "uma família"

© Reuters

POR LUSA   29/07/23 

O líder golpista do Burkina Faso e proclamado "presidente de transição", Ibrahim Traoré, descreveu a Rússia como uma "família para a África" criticando a submissão ao "imperialismo" exibida por outros líderes africanos.

Durante a Cimeira Rússia-África 2023 realizada em São Petersburgo, Traoré declarou que o seu país "sente a Rússia como uma família" em virtude "da história compartilhada na luta contra o nazismo" e diante dos resquícios da política colonial que ainda sobrevive no continente.

O Burkina Faso, governado por uma junta militar desde o golpe de janeiro de 2022 contra o então presidente Roch Marc Christian Kaboré, tem vindo a registar insegurança crescente desde 2015.

A junta militar agora chefiada por Traoré protagonizou um motim em setembro, que foi considerado um "golpe palaciano" contra o até então líder, Paul-Henri Sandaogo Damiba.

Os ataques contínuos no país, perpetrados tanto pelo grupo afiliado da Al-Qaeda quanto pelo afiliado do Estado Islâmico na região, também contribuíram para o aumento da violência intercomunitária e fizeram florescer grupos de autodefesa, aos quais o governo do Burkina Faso adicionou 'voluntários' para reforçar as operações antiterroristas.

Os chamados Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP) têm sido acusados, por organizações civis do país africano, como responsáveis por massacres como o ocorrido em março deste ano na comunidade de Rollo, no centro-norte do país, que terminou com cerca de vinte civis mortos.

Em resposta, Traoré garante que esses voluntários são alvo de uma campanha de difamação do "imperialismo". "Estamos surpresos que os descrevam como 'milícias' de qualquer tipo porque, na Europa, as pessoas que defendem a sua terra são chamadas de patriotas", referiu no seu discurso, noticiado pelo Burkina24.

"Quando o povo decide defender-se, eles chamam-nos de milícias. Mas esse não é o problema. O problema é que há chefes de Estado africanos cantando as mesmas canções que os imperialistas, chamando-nos de milicianos, tratando-nos como homens que não respeitam os direitos humanos", lamentou.

"Os chefes de Estado africanos devem parar de se comportar como marionetes que dançam cada vez que os imperialistas puxam os cordelinhos", concluiu o capitão, reivindicando ter acabado com "mais de oito anos da forma mais bárbara de manifestação, violência do neocolonialismo, imperialismo e a escravidão que tendem a impor" ao seu país.



UNIÃO AFRICANA: UA faz ultimato para militares suspenderem golpe de Estado no Níger

© Lusa

POR LUSA   29/07/23 

A União Africana (UA) deu hoje 15 dias ao general Omar Abdourahmane Tchiani para suspender o golpe de Estado iniciado na quarta-feira e restabelecer a Constituição no país, admitindo tomar "medidas punitivas".

Num comunicado emitido após a reunião de emergência de sexta-feira, a UA exigiu o regresso "incondicional" dos militares aos seus quartéis no mesmo período, assim como a libertação "imediata" do Presidente do país, Mohamed Bazoum, detido desde o golpe de Estado.

O documento, citado pela agência noticiosa Europa Press, refere que a União "condena com a maior veemência" o golpe de Estado.

A UA alerta que o seu Conselho de Segurança irá tomar "todas as medidas necessárias contra os golpistas, incluindo medidas punitivas", se não forem respeitados os direitos fundamentais de Bazoum enquanto preso político.

O organismo pan-africano saudou ainda a convocação de uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), no domingo, para abordar esta questão.

Os militares golpistas do Níger suspenderam na sexta-feira a Constituição de 2010 e dissolveram todas as suas instituições, ao mesmo tempo que anunciaram que estão a exercer "todos os poderes legislativos e executivos" até ao "regresso à ordem constitucional normal".

O anúncio foi feito pelo coronel Amadou Abdourahmane, numa comunicação ao país via televisão para leitura de um decreto.

A "Ordem 2023-01 de 28 de julho", a primeira emitida pela junta golpista, tem cinco artigos, o primeiro dos quais suspende a Constituição de 25 de novembro de 2010 e dissolve as instituições que dela emanam.

A junta militar, que se intitula Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), derrubou na quarta-feira o Presidente eleito, Mohamed Bazoum.

O general Abdourahmane Tchiani foi apresentado na sexta-feira, também através da televisão, como "o chefe de Estado que representa o Níger nas relações internacionais".

No mesmo dia, na sua primeira comunicação ao país, Tchiani disse que os golpistas tinham decidido intervir devido à "incoerência e ineficácia" da gestão da segurança do Presidente deposto.

Depois do Mali e do Burkina Faso, o Níger, até agora aliado dos países ocidentais, torna-se no terceiro país do Sahel - minado pelos ataques de movimentos extremista ligados ao grupo fundamentalista Estado Islâmico e à Al-Qaida - a sofrer um golpe de Estado desde 2020.

O golpe foi condenado pela comunidade internacional, que tem apelado à libertação do Presidente Bazoum, detido no palácio presidencial desde quarta-feira.


Leia Também: O diretor do Programa África no Instituto Real de Estudo Internacionais (Chatham House) considerou hoje à Lusa que o golpe de Estado no Níger tem implicações regionais e que para a Rússia é "uma oportunidade".

A gelatina faz mesmo bem aos ossos? Não trema mais com as suas dúvidas

Wilson Ledo   cnnportugal.iol.pt   29/07/23 

É o tremelicar que lhe dá graça quando somos pequenos. E as promessas de que os ossos vão ficar bem fortes depois de comer gelatina. Se chegou à idade adulta a achar que é mesmo assim, talvez seja melhor ler este artigo. E perceber o que há, afinal, no pó que outrora foi mágico

Elas são coloridas. Elas são frescas. Elas são divertidas. E, na hora de um lanche saudável, elas são uma opção que muita gente gosta de escolher. De quem falamos? Das gelatinas, lá está.

Quantas vezes viu alguém a dizer às crianças que comer gelatina faz bem aos ossos? Estes adultos não estão a mentir. Mas também não estão a contar a verdade toda. Por isso, chamámos ao serviço duas nutricionistas.

“Devido à presença de colagénio na gelatina de origem animal, ajuda na elasticidade e firmeza da pele e ossos. Contudo, também conseguimos encontrar esta proteína em alimentos como carne ou peixe”, aponta Daniela Duarte, nutricionista na clínica Agita Kalorias.

A gelatina é também associada ao fortalecimento das unhas e cabelo. “Mas a quantidade de colagénio presente nas gelatinas não é significativa, ao ponto de poder surtir tais benefícios”, completa Rita Ribeiro, nutricionista na clínica Fisiogaspar.

Resumo: a gelatina ajuda, mas sozinha não faz milagres. “Apesar de já existirem opções enriquecidas com proteína, na versão convencional a gelatina não apresenta um teor significativo, principalmente em comparação com outros alimentos ricos em proteína como a carne e os ovos”, remata Rita Ribeiro.

A ciência até está interessada em perceber os efeitos da gelatina, mas a evidência “é ainda insuficiente e pouco robusta” quanto aos benefícios na saúde óssea e das articulações se for combinada com suplementos de colagénio ou vitamina C.

(Pexels)

Mas, afinal, de que é feita a gelatina?

Esta é a parte que talvez seja melhor não contar aos miúdos. Ou lá se vai o universo colorido da gelatina. Gelatinas há muitas, mas, se forem da mesma categoria, não diferem no que levam dentro.

“A gelatina de origem animal é a mais comum, embora as opções vegetais sejam cada vez mais encontradas no mercado”, explica Daniela Duarte.

E o que leva uma gelatina de origem animal? “É obtida a partir de colagénio, extraído dos ossos, pele, cartilagens e tendões de animais”, concretiza Rita Ribeiro.

Já a gelatina de origem vegetal é obtida através de algas marinhas, nomeadamente a agar-agar.

Vai bem sozinha?

Se parar uns segundos, vai aparecer o nome daquela amiga para quem a gelatina ao lanche é sagrada. Mas deve a gelatina ser comida sozinha com lanche, ou combinada com outras coisas?

“É pouco calórica. Aquilo que pode acontecer caso seja a única fonte de energia do lanche é sentir fome mais cedo e ter tendência a não controlar os mecanismos de saciedade, acabando por comer mais depois”, descreve Daniela Duarte.

E é coisa para se comer todos os dias? “Embora não deva fazer parte do dia a dia, é por vezes uma estratégia em alguns planos de perda de peso”, completa.

Também Rita Ribeiro reconhece que “sendo uma opção pouco calórica, refrescante e com sabor adocicado, inserida em quantidades controladas e no contexto de um plano alimentar saudável, poderá ser uma opção interessante a incluir para quem está em processo de emagrecimento”.

Como a gelatina pode conter açúcar, edulcorantes ou outros ativos, bem como corantes – que não lhe fazem bem, lá está – aqui fica uma sugestão das nutricionistas: use gelatina neutra, incolor, sem adição de açúcar, juntando depois fruta para lhe conferir sabor.

(Pexels)

Animal ou vegetal?

Está à frente da prateleira das gelatinas no supermercado e não sabe qual escolher. Vai a que tem a origem animal ou vegetal? É que aquilo Aqui fica a análise das nutricionistas.

“A gelatina de origem animal apresenta um teor proteico superior, ainda que baixo”, aponta Rita Ribeiro.

Daniela Duarte refere que “a composição é bastante diferente”: enquanto a gelatina animal é “maioritariamente rica em proteína”, a gelatina vegetal é “rica em hidratos de carbono”.

China cada vez mais potência global mas ainda país em desenvolvimento

© JADE GAO/AFP via Getty Images

POR LUSA   29/07/23 

Quem aterra no aeroporto Pudong (Xangai) e apanha o comboio de levitação magnética que em oito minutos percorre 30 quilómetros até ao centro da capital económica da China, difilmente acreditará estar num país em desenvolvimento, classificação que inclui a Somália.

Nos centros de Pequim, Shenzhen ou Cantão, artérias de oito ou mais faixas, que atravessam densas malhas de arranha-céus, enchem-se de automóveis com matrícula verde, a marca que distingue os elétricos dos carros de combustão interna, ilustrando o domínio da China em importantes indústrias do futuro. Nos centros comerciais, as principais marcas de luxo internacionais competem pela atenção da maior classe média do mundo.

Recentemente contratado pelo Beijing Guoan, a principal equipa da capital chinesa, o futebolista luso-angolano Fábio Abreu, confessa-se ainda impressionado com o "muito desenvolvido e organizado" que é o seu país de acolhimento.

"Na primeira mensagem que escrevi à minha mulher, após chegar a Pequim, disse-lhe que tudo o que há na Europa se encontra aqui e, por vezes, ainda mais e melhor", explicou à agência Lusa.

Oficialmente um país em desenvolvimento, a China tem a mesma classificação que, por exemplo, a Albânia ou Timor-Leste: é a "única superpotência híbrida", onde coexistem características de países ricos e pobres, apontam analistas.

Isto, numa altura em que os Estados Unidos tentam retirar ao país o estatuto de economia em desenvolvimento, que garante tratamento preferencial.

"Ao avaliar a China, é importante reconhecer a sua situação única: um país que combina características dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, com influência global", escreveu a revista Foreign Policy. "É a única superpotência híbrida do mundo".

Simon Lester, diretor associado do Centro Herbert A Stiefel de Estudos de Política Comercial, do Instituto Cato, em Washington, defendeu que "talvez seja necessário encontrar algum tipo de categoria intermédia" para o país.

"Isto exigiria que a China assuma mais compromissos e não beneficie de todas as regras preferenciais, que foram criadas para os países em desenvolvimento. Talvez possa usufruir de apenas alguns benefícios e só em determinados setores", explicou.

De um país pobre e isolado, a China converteu-se, em 40 anos, na segunda maior economia mundial, projetando hoje a sua influência no exterior, através de iniciativas como o gigantesco projeto de infraestruturas 'Faixa e Rota', a internacionalização da sua moeda ou a mediação de conflitos além-fronteiras.

No ano passado, o país, que opera já a maior marinha do mundo, apresentou o seu terceiro porta-aviões. O objetivo é ser a potência dominante na Ásia Pacífico, retirando primazia aos Estados Unidos.

Mas a China continua a exibir traços de um país em desenvolvimento: o país sofre de poluição generalizada; e no Índice de Desenvolvimento Humano -- que se concentra na qualidade da saúde e educação --, surge em 79º lugar, abaixo do Sri Lanka e Irão.

Com cerca de 1.400 milhões de habitantes, a China é o segundo país mais populoso do mundo, ultrapassado apenas pela Índia. Apesar de ter ascendido a segunda maior economia mundial, o PIB (produto interno bruto) 'per capita' da China é, assim, metade do de Portugal. Enquanto 2% da população portuguesa vive abaixo do limiar da pobreza de 6,20 euros por dia, esta categoria abrange 25% dos chineses.

O Comité de Relações Externas do Senado dos Estados Unidos aprovou, no mês passado, um projecto de lei bipartidário que visa retirar à China o estatuto de "país em desenvolvimento". A decisão surge após legislação semelhante ter sido aprovada pela Câmara dos Representantes.

Um porta-voz do Governo chinês reagiu assim: "Os EUA não querem classificar a China como 'país desenvolvido' por apreciação ou reconhecimento pelos sucessos de desenvolvimento da China. O verdadeiro motivo é impedir o desenvolvimento da China".

Em causa estão benefícios em tratados internacionais em vigor, que visam apoiar os países mais pobres.

As nações em desenvolvimento estão, por exemplo, sujeitas a menos restrições na luta contra as alterações climáticas, enquanto as suas exportações para os países ricos beneficiam de taxas aduaneiras baixas.

Ao abrigo do estatuto de país em desenvolvimento, a China continua, também, a obter empréstimos com taxas preferenciais de organizações internacionais, como o Banco Mundial.

"Em suma, a China caminha, fala e age como um país desenvolvido, mas continua a beneficiar de provisões e tratamento diferenciado que visam ajudar os países pobres", descreveu Brett D. Schaefer, pesquisador no grupo de reflexão conservador Margaret Thatcher Center.

"Tudo se resume a isto: a segunda maior economia do mundo está a beneficiar de condições especiais em acordos e organizações internacionais, destinadas a ajudar as nações pobres", acrescentou. "Isto não é equitativo. É, francamente, injusto".


Leia Também: O historiador Mark Hollingsworth afirmou à Lusa que a guerra em curso na Ucrânia está a ser planeada desde a anexação da Crimeia (2014), altura em que os serviços secretos russos conseguiram informações importantes ao corromperam agentes de Kyiv.

EUA afirmam que Rússia está a comprar armas à Coreia do Norte

© Reuters

POR LUSA   29/07/23 

Os Estados Unidos da América (EUA) acreditam que o ministro da Defesa russo está na Coreia do Norte para garantir o fornecimento de armas necessárias para a guerra na Ucrânia, afirmou hoje o secretário de Estado norte-americano.

Na sequência de uma rara visita a Pyongyang do ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, Antony Blinken declarou que a Rússia estava a comprar armas aos aliados.

"Vemos a Rússia a procurar desesperadamente apoio, armas, onde quer que as possa encontrar, para continuar a agressão contra a Ucrânia", acrescentou.

"Vemos isso com a Coreia do Norte, vemos isso com o Irão, que forneceu à Rússia muitos drones, usados para destruir infraestruturas civis e matar civis na Ucrânia", continuou.

Durante a estada na Coreia do Norte, Shoigu encontrou-se com o líder do país, Kim Jong-un, durante "uma reunião amigável", por ocasião do 70.º aniversário da assinatura do armistício que pôs fim aos combates na Guerra da Coreia (1950-53), de acordo com os meios de comunicação social estatais de Pyongyang.

A Rússia, aliada histórica da Coreia do Norte, é um dos poucos países com os quais Pyongyang mantém relações amistosas.


Leia Também: Washington vai reforçar o arsenal de armas e ajudar a Austrália a criar uma indústria de fabrico de mísseis, disseram hoje as autoridades, no final de conversações entre os dois países.

ONU obrigada a cortar ajuda alimentar por falta de fundos

© Reuters

POR LUSA  29/07/23 

A ONU foi forçada a cortar alimentos, pagamentos em dinheiro e assistência a milhões de pessoas devido a "uma crise de financiamento incapacitante" e a uma queda para cerca de metade, disse um responsável.

O diretor executivo adjunto do Programa Alimentar Mundial (PAM) afirmou, em conferência de imprensa, que pelo menos 38 dos 86 países, incluindo Afeganistão, Síria, Iémen e África Ocidental, onde o PAM opera já sofreram cortes ou planeiam cortar a assistência em breve, numa altura em que a fome aguda está a atingir níveis recorde.

Carl Skau salientou que o PAM tem uma necessidade operacional de 20 mil milhões de dólares (18,2 mil milhões de euros) para prestar ajuda a todos os necessitados, mas o objetivo é obter entre 10 mil milhões de dólares e 14 mil milhões de dólares (entre nove e 12,7 mil milhões de euros), montantes recebidos nos últimos anos pela agência.

"Continuamos a visar esse objetivo, mas este ano só atingimos metade desse valor, cerca de cinco mil milhões de dólares" [4,5 mil milhões de euros], disse.

Skau disse que as necessidades humanitárias dispararam em 2021 e 2022 devido à pandemia da covid-19 e à guerra na Ucrânia, com implicações globais. "Essas necessidades continuam a crescer, esses fatores continuam a existir, mas o financiamento está a diminuir. Por isso, esperamos que 2024 seja ainda mais terrível".

"A maior crise alimentar e nutricional da história persiste atualmente", afirmou Skau. "Este ano, 345 milhões de pessoas continuam em situação de insegurança alimentar aguda, enquanto centenas de milhões de pessoas correm o risco de agravar a fome".

O diretor executivo afirmou que os conflitos e a insegurança continuam a ser os principais fatores de fome aguda em todo o mundo, juntamente com as alterações climáticas, as catástrofes constantes, a inflação persistente dos preços dos alimentos e o aumento da dívida, tudo isto num momento de abrandamento da economia global.

O PAM está a tentar diversificar a base de financiamento, mas também apelou aos doadores tradicionais da agência para que "se aproximem e apoiem neste momento muito difícil".

Questionado sobre a razão pela qual o financiamento está a diminuir, Skau disse ser preciso perguntar aos doadores.

"Mas é claro que os orçamentos de ajuda, os orçamentos humanitários, tanto na Europa como nos Estados Unidos, (não) estão onde estavam em 2021-2022", disse.

Em março, Skau indicou que o PAM foi forçado a cortar as rações de 75% para 50% para as comunidades do Afeganistão que enfrentavam níveis de fome de emergência e, em maio, foi forçado a cortar os alimentos para oito milhões de pessoas, ou 66% daqueles que estava a ajudar. Atualmente, está a ajudar apenas cinco milhões de pessoas.

Na Síria, 5,5 milhões de pessoas que dependiam do PAM para obter alimentos já estavam a receber rações de 50%, disse Skau. Em julho, a agência cortou todas as rações a 2,5 milhões delas.

Nos territórios palestinianos, o PAM reduziu a assistência em dinheiro em 20% em maio, e em junho e reduziu o número de casos em 60%, ou seja, 200 mil pessoas. E no Iémen, um enorme défice de financiamento vai obrigar o PAM a cortar a ajuda a sete milhões de pessoas, já em agosto.

Na África Ocidental, onde a fome aguda está a aumentar, a maior parte dos países está a enfrentar grandes cortes nas rações, em especial as sete maiores operações de crise do PAM: Burkina Faso, Mali, Chade, República Centro-Africana, Nigéria, Níger e Camarões, destacou.

"Os cortes nas rações não são claramente o caminho a seguir", afirmou Skau.

Skau exortou os líderes mundiais a dar prioridade ao financiamento humanitário e a investir em soluções a longo prazo para os conflitos, a pobreza, o desenvolvimento e outras causas profundas da atual crise.


PRESIDENTE PARTICIPA NA CIMEIRA RÚSSIA-AFRICA

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, participou juntamente com outros líderes africanos, na 2ª Cimeira Rússia-África, em São Petersburgo. 

O evento representa uma plataforma importante de intercâmbio, e faz parte dos esforços do Kremlin para fortalecer as relações entre os dois espaços.🇬🇼🇷🇺

As prioridades da cooperação com a Rússia são três setores cruciais para o desenvolvimento da Guiné-Bissau, nomeadamente:

* Educação, Juventude e Desporto;

* Exploração de Recursos Naturais, em particular os recursos energéticos; 

* A infraestruturação do setor das Pescas.

Os aspetos operacionais desta Agenda de Cooperação serão tratados com o Governo da Guiné-Bissau, anunciou o Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló na Cimeira Rússia-África.

Presidência da República da Guiné-Bissau Radio Voz Do Povo 

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